- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E
DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE
[34]
ATUAÇÃO DA TERAPIA
OCUPACIONAL NAS DOENÇAS NEGLIGENCIADAS: RELATO DE CASO EM HANSENÍASE
ANNA CAROLINA DE
SENA E VASCONCELOS1 ; VIVIANE INTERAMINENSE BANDIM DE VASCONCELOS1 ; LAYLA
KATHARINE DE FREITAS FERREIRA SANTANA1 ; ROSANA JULIET SILVA MONTEIRO1 ; KÁTIA
CILENE SILVA DE JESUS2 ; ILKA VERAS FALCÃO1
1.UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL; 2.PREFEITURA DA CIDADE DO RECIFE,
RECIFE, PE, BRASIL.
Palavras-chave: hanseníase; promoção da saúde; terapia
ocupacional
Resumo: Introdução:
A hanseníase é uma doença negligenciada pela alta endemicidade na população
empobrecida e em situação de vulnerabilidade. Políticas de combate a essa
condição priorizam ações precoces de diagnóstico, tratamento e prevenção às
incapacidades causadas pela hanseníase, integradas à rotina dos serviços do SUS
requerendo atuação multiprofissional. O terapeuta ocupacional é um dos
profissionais que intervém junto a essa clientela desde a promoção de saúde à
reabilitação do indivíduo com incapacidades, tanto na atenção básica quanto na
média complexidade. Objetivo:
Relatar a intervenção terapêutica ocupacional com usuária em tratamento de
hanseníase virchowiana. Metodologia:
Trata-se de um relato de caso, com dados obtidos em registros de avaliação e
acompanhamento terapêutico ocupacional em serviço especializado da rede de
saúde pública do Recife-PE, no primeiro semestre/2012. O estudo foi autorizado
mediante consentimento e assinatura do TCLE. Resultados/Discussão: A Avaliação Neurológica Simplificada e
entrevista a usuária evidenciaram diminuição de sensibilidade e força nos
membros superiores, com lesões cutâneas e incapacidade de desempenho de
atividades de vida diária (AVD), e edema de membros inferiores restringindo a
deambulação. Foram realizadas sessões com atividades e exercícios para
fortalecimento da musculatura comprometida, orientações para manutenção da
integridade de tecidos, posicionamento e confecção de adaptações para AVD. Na
recuperação dos componentes motores utilizaram-se exercícios passivos
assistidos e ativos visando restaurar a mobilidade articular, impedir
deformidades e melhorar a força muscular. No tratamento dos componentes
sensoriais as estratégias foram de associação de estímulos táteis e visuais
para compensar a diminuição da resposta e proteção a estímulos nociceptivos.
Durante a intervenção pode-se observar diminuição das lesões e do edema e
utilização das orientações de posicionamento e de adequação de utensílios de
uso diário com a usuária alimentando-se de forma independente. Conclusão: As alterações causadas pela
hanseníase nos componentes de desempenho ocupacional podem impactar a
realização das atividades da vida diária do indivíduo. Deste modo, se faz
necessária a atuação do terapeuta ocupacional enquanto profissional capaz de
abordar a prevenção e reabilitação de incapacidades por meio de técnicas que
permitam um trabalho individualizado e significativo para o indivíduo.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[52]
O CUIDADO DE SI COMO RECURSO TERAPÊUTICO NA MANUTENÇÃO DOS RESULTADOS
ADQUIRIDOS NO PROCESSO DE CORREÇÃO POSTURAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
FATIMA BEATRIZ MAIA
FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE SAÚDE DE
NITERÓI, NITERÓI, RJ, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; cuidado de si; correção
postural
Resumo: O presente trabalho aborda um relato de experiência
vivenciado na rede pública de saúde de Niterói-RJ, no campo da correção
postural. Com a utilização do Método de Cadeias Musculares e Articulares GDS, a
intervenção é realizada em grupo semanal, onde através de exercícios e
vivencias corporais os pacientes são estimulados a repetir no ambiente
profissional ou domiciliar algumas das atividades propostas. Este relato de
experiência foi baseado na revisão de literatura de recentes livros e artigos
que abordam os temas citados. Para a localização e escolha dos artigos, foram
utilizados os seguintes descritores na biblioteca virtual em saúde: cuidado de
si, cadeias musculares, bioenergética e postura. O objetivo deste estudo é
refletir os benefícios do cuidado de si, experimentado através desta proposta
especialmente depois de receberem alta terapêutica. O termo cuidado de si nos
foi trazido por Foucault e implica em vigiar os pensamentos e sugere ações de
mudanças a partir de reflexões e apropriação do conhecimento. Considera que o
sujeito passa a ter conhecimento e habilidade para promover sua própria saúde.
Desta forma, acredita-se que o individuo precisa voltar seu olhar para dentro
para corrigir o que percebe e sente, e não o que vê ou o que escuta sobre si
mesmo. Assim sendo, o principal objetivo destes grupos é estimular o paciente a
promover mudanças de hábitos como: formas de deitar, criar intervalos durante o
horário de trabalho, e principalmente, manter-se consciente de seus gestos e
posturas o que pode evitar o desgaste músculo articular e proporcionar uma
experiência enriquecedora no que diz respeito ao equilíbrio físico e emocional.
A escolha do uso de materiais acessíveis e ricos em informações proprioceptivas
como escovas, bolas, colheres de pau, cabos de vassouras, sacos de sementes,
entre outros, garantem a viabilidade do auto cuidado em qualquer ambiente.
Acreditando que estes recursos são fundamentais para a manutenção dos
resultados obtidos durante o tratamento, o paciente é convidado a manter-se
concentrado em suas sensações e no aprendizado do funcionamento de seu corpo e
é estimulado a repetir em casa ou no trabalho movimentos executados nas
sessões. Temos percebido que os indivíduos que vivenciam esta experiência
referem ter sempre um utensílio a mão que serve não apenas para lembrarem que
precisam promover seu cuidado, mas para proporcionar alivio nas atividades
rotineiras. Diante deste resultado, caminho com a certeza de que somos apenas
facilitadores do processo de reabilitação dos nossos pacientes, pois a chave do
sucesso terapêutico está no ser doente, na sua capacidade de autoconhecimento e
no seu desejo de transformação.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[53]
A PARTICIPAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA REDE NACIONAL DE ATENÇÃO
INTEGRAL À SAÚDE DO TRABALHADOR
RENATA SILVA FARIA
ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE
PÚBLICA/ENSP-FIOCRUZ, RJ/RJ, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; renast; cerest
Resumo: Introdução: A Renast compreende uma rede nacional de
informações e práticas de saúde, organizada com o propósito de implementar e
integrar ações de vigilância, promoção, prevenção e assistência em saúde na
perspectiva da Saúde do Trabalhador. Na formatação institucional, prevista na
Portaria nº 2.728 de 11 de novembro de 2009, a Renast integra a rede de
serviços do SUS por meio de Centros de Referência em Saúde do
Trabalhador/Cerest e seus programas. Essa Portaria também estabelece que a
Renast seja implementada de forma articulada entre o Ministério da Saúde/MS, as
Secretarias de Saúde dos estados, o Distrito Federal, e os municípios, com o
envolvimento e participação de outros setores na execução das ações. Definida
dessa forma, a Renast se constitui em uma complexa rede que se concretiza com
ações transversais, multi e interdisciplinares na tentativa de favorecer a integralidade
das ações, envolvendo o trabalho da “ponta”, desde a atenção básica ao nível de
alta complexidade, serviços e municípios sentinela, além da gestão e produção
do conhecimento. Objetivos: Esse
estudo tem como objetivo principal identificar quantos terapeutas ocupacionais
estão atuando na Renast, em quais Cerest e o que vêm desenvolvendo na prática.
Metodologia: Buscou-se através da análise documental e do levantamento de dados
do 2º Inventário de Saúde do Trabalhador (2010-2011) publicado em maio de 2013
pelo MS, indentificar e analisar a participação da Terapia Ocupacional na
Renast. Resultados: Dos 190 Cerest
estaduais e regionais credenciados até maio de 2013, 38 (trinta e oito) Cerest
não participaram da pesquisa, ou porque ainda estavam em período de implantação
ou porque foram credenciados depois de dezembro de 2010. A análise foi
realizada com 152 Cerest e contou com 95,46% de adesão ao inquérito, o que
corresponde a 145 Cerest. Dos 2.066 (dois mill e sessenta e seis) profissionais
da Renast, aproximadamente 45 (quarenta e cinco) são terapeutas ocupacionais:
17 (dezessete) São Paulo; 7 (sete) Minas Gerais, 4 (quatro) Bahia; 3 (três)
Maranhão e Rio Grande do Sul; 2 (dois) Rio de Janeiro e Pará; 1 (um) Paraná,
Goiás; Distrito Federal, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e
Amapá. Considerações Finais: A
Terapia Ocupacional deve tentar ampliar o olhar e participação na Renast,
ocupar e se apropriar dessa prática no contexto da saúde e trabalho e atuar em
consonância com as diretrizes organizacionais, ideológicas, éticas, legais e
políticas do campo da Saúde do Trabalhador, além de contribuir com as
particularidades da categoria que sem dúvida serão de grande valia para o
campo.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[85]
TERAPIA OCUPACIONAL E O LINFOMA NÃO – HODGKIN TIPO BURKITT: UM RELATO
DE CASO
LORHAINE COUTINHO E SILVA GOMES;
JULIA LEAL GOMES; RAQUEL DA SILVA ROCHA TOMAZ; DIANA JASMIM AMAR MOREIRA; TANIA FERNANDES SILVA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE
JANEIRO, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; linfoma de burkitt; cuidados
paliativos
Resumo: Introdução: Conforme Silva (2004) o câncer é, hoje em dia,
uma das principais causas de morte em todo o mundo, tendo impacto em sociedades
desenvolvidas economicamente e também em nações menos desenvolvidas. O paciente
com diagnóstico oncológico sofre um alto nível de desequilíbrio e estresse,
produzido tanto pelo impacto emocional. A intervenção terapêutica ocupacional
pode ser realizada em todas as fases: diagnóstico, tratamento e cuidados
paliativos. O Linfoma de Burkitt é um linfoma não-Hodgkin de células B,
neoplasia maligna com um crescimento rápido que afeta, altamente agressiva,
Afanas et al (2011).Objetivos:
Ressaltar a importância da intervenção terapêutica ocupacional em um paciente
com Linfoma não Hoddkin tipo Burkitt.Metodologia:
Estudo de caso com investigação qualitativa, sistemática, revisão de
literatura, e observação da evolução terapêutica de um do paciente gênero
masculino, com idade de 25 anos, acometido pelo Linfoma de Burkitt na região da
medula. Uso de Anamnese; Modificado de American Occupational Therapy
Association: Uniform terminology for occupational therapy, third edition, Am J
Occup Ther; MIF; Teste de FM segundo Kendall, período de outubro 2012 a abril
de 2013. Discussão: Inicialmente o
prognóstico era reservado. Paciente apresentava tetraplegia em nível de C7.
Semidependente nas AVD, déficit de equilíbrio estático sentado sem apoio.
Diminuição da FM com grau de 70%. MIF de 65. Após 3 meses observou melhoras
quanto ao equilíbrio na postura sentada. Mais independente no vestuário,
apresentando apenas dificuldades para vestir os membros superiores. O apoio da
Terapia Ocupacional também voltou-se para a intervenção familiar, com
orientações em como realizar as atividades de forma adequada, posicionamento no
leito, com reavaliação da MIF com escore de 72 e teste muscular com 80%. No mês
de março G.S, apresentou tremores intensos e diplopia, causando limitações em
todas as suas AVD. Em abril, os exames constataram uma metástase cerebral o que
causou um grande impacto na família que tinha grandes expectativas de cura.
Nesta nova fase a atuação da Terapia Ocupacional foi importante para a família,
o paciente e equipe interdisciplinar. O apoio da Terapia Ocupacional voltou-se
para a promoção da saúde em cuidados paliativos, iniciado a abordagem para a
promoção de indivíduo ativo. O paciente após 1 sessão de radioterapia retornou
a internação no setor de oncologia, com dores intensas de cabeça, falecendo na
manhã seguinte. Considerações Finais:
Na intervenção da Terapia Ocupacional buscou-se oferecer a possibilidade do
paciente fazer contato consigo mesmo, de expressar sentimentos que
possibilitassem descobrir mais sobre si mesmo, seus limites e possibilidades.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[107]
GRUPO DE ACOLHIMENTO A FAMILIARES EM PROCESSO DE LUTO
TATIANA BARBIERI BOMBARDA; ANA LUIZA LANZA
HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO
BRASILIENSE, AMÉRICO BRASILIENSE, SP - BR.
Palavras-chave: luto; terapia ocupacional; grupo de acolhimento
Resumo: Considerando-se que a morte envolve manifestações
relacionadas a um sofrimento intrapsíquico; o luto pode ser caracterizado
enquanto um processo dinâmico, singular e multidimensional, cujas implicações
envolvem intenso sofrimento emocional. Constitui-se em um processo por não ser
uma experiência que se coloca estaticamente em um momento específico da vida,
mas que necessita da ocorrência de eventos que impliquem na reconstrução e
ressignificação de estruturas, situações, papéis, relações e projetos. Visando
a integralidade do cuidado e a manutenção da assistência inclusive pós-morte;
aspectos estes preconizados pelo Sistema Único de Saúde; a realização do Grupo
de Acolhimento a Familiares em Processo de Luto, desenvolve-se enquanto ação
integrada entre os setores de terapia ocupacional e psicologia do Hospital
Estadual Américo Brasiliense-SP, insurgido inicialmente enquanto serviço de
apoio à unidade de internação de cuidados paliativos. Com o objetivo de
explanar o enfoque da Terapia Ocupacional com enlutados, metodologicamente
foram realizadas consultas ao prontuário eletrônico institucional, considerando
o primeiro ano de atuação. Estruturalmente, o grupo desenvolvido tem caráter
aberto voltado aos acompanhantes de pacientes que vieram a óbito na
instituição, ocorrendo mensalmente, compreendendo um espaço não apenas de
acolhimento, mas de trocas de vivências, de expressão do sofrimento e de
reflexões acerca de recursos que tendem a auxiliar no enfrentamento. Verificou-se
a efetivação de 34 atendimentos, sendo as demandas mais frequentes apresentadas
pelos familiares as dificuldades correlacionadas ao desempenho de atividades
até então realizadas com a pessoa falecida; lembranças permanentes em especial
no âmbito domiciliar que por vezes limitam o desempenho ocupacional;
dificuldades de expressão acerca da morte do ente querido quando abordagens de
terceiros; acentuação dos sentimentos nas datas comemorativas e, dificuldades
de reorganizar rotina e/ou reassumir papéis sociais em virtude do tempo
dedicado enquanto cuidador. A ação conjunta com o setor de psicologia parte do
principio da integralidade do cuidado, visto manifestações dos enlutados
envolverem não apenas dificuldades emocionais, mas também de papéis ocupacionais
e sociais, caracterizando o luto em uma demanda existente, importante de ser
refletida multiprofissionalmente para construções necessárias de práxis
voltadas a assistência familiar continuada pós-morte.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS –
AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE
[108]
TERAPIA OCUPACIONAL NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ADULTO
TATIANA BARBIERI BOMBARDA; ANA LUIZA LANZA
HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO
BRASILIENSE, AMÉRICO BRASILIENSE, SP - BR.
Palavras-chave: unidade de terapia intensiva; uti adulto; terapia
ocupacional
Resumo: Em 24 de Fevereiro de 2010 foi aprovada pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária a resolução n°7 que dispõe sobre a
obrigatoriedade do terapeuta ocupacional como profissional integrante da equipe
atuante em Unidade de Terapia Intensiva. Refletindo-se sobre o trabalho da
Terapia Ocupacional neste âmbito constata-se que esta ainda é uma prática pouco
disseminada ao que se refere a unidade adulta, sendo identificado na literatura
escassas publicações. Para tanto, este estudo consiste na explanação do
trabalho inicial da terapia ocupacional no Hospital Estadual Américo
Brasiliense localizado no interior do estado de São Paulo, bem como na análise
da percepção da equipe com relação as intervenções terapêuticas ocupacionais
efetivadas. Metodologicamente foi consultado o prontuário eletrônico
institucional para amostragem referente a caracterização da população atendida
e visualização do serviço terapêutico ocupacional prestado no período
correspondente a seis meses. Concomitantemente foi aplicado um breve
questionário com a equipe da UTI cuja análise ocorreu por categorização.
Verificou-se a efetivação de 129 atendimentos, sendo importante proferir que a
carga horária do terapeuta ocupacional não é de desempenho exclusivo na UTI.
Com relação a caracterização da população atendida, verificou-se média de idade
referente à 54 anos, representada igualmente no gênero, sendo os quadros
clínicos mais frequentes comprometimentos respiratórios, renal e cardíaco. Com
relação as intervenções desenvolvidas constatou-se ações de acolhimento,
auxílio na construção de estratégias de enfrentamento, elaboração de recursos
alternativos para viabilizar maior efetividade na comunicação, resgate de
atividades significativas, minimização do sofrimento, atendimentos familiares e
participações nas reuniões de equipe. Da composição multiprofissional do setor,
88,9% dos profissionais responderam contato com o trabalho da Terapia
Ocupacional no âmbito da UTI pela primeira vez nesta instituição. Foram
apontados pelos respondentes contribuições da Terapia Ocupacional na dinâmica
assistencial por meio de subsídios na qualidade da assistência, favorecimento
ao atendimento mais humanizado, assim como auxílio à equipe na dispensação dos
cuidados ao usuário visto a utilização dos recursos terapêuticos (estratégias
de comunicação, adaptações e atividades significativas), descrições compatíveis
as intervenções realizadas e registradas em prontuário. Verifica-se a
necessidade de disseminar a atuação do terapeuta ocupacional no âmbito da UTI
adulto, buscando-se o aprimoramento de técnicas por meio de trocas de
experiências e consequentemente favorecendo o fortalecimento da profissão.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[115]
POLÍTICA BRASILEIRA DE SAÚDE MENTAL INFANTOJUVENIL: PRINCÍPIOS,
DIRETRIZES, ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS E DESAFIOS
MELISSA RIBEIRO TEIXEIRA
NUPPSAM/
IPUB/ UFRJ, RJ, RJ/BR.
Palavras-chave: política pública de saúde mental; rede de atenção
psicossocial; criança e adolescente
Resumo: Introdução: Os atuais desafios da saúde pública no campo da
saúde mental infantojuvenil permanecem sendo a consolidação de uma política que
garanta uma clínica efetiva, com equidade e acessibilidade aos serviços.
Estima-se que há 10% a 20% de crianças e adolescentes com transtornos mentais,
e, cerca de 3% a 4% necessitam de tratamento intensivo, considerando
principalmente a psicose infantil, autismo, deficiência mental com comorbidade
psiquiátrica, uso prejudicial de álcool e outras drogas e neuroses graves.
Porém, há uma lacuna na rede assistencial às crianças e adolescentes que, tem
sido apontada em publicações que discutem a saúde mental infantojuvenil
brasileira. Historicamente, a lacuna da rede de saúde mental para crianças e
adolescentes e a falta de uma diretriz política nesse campo culminaram num
modelo assistencial baseado em instituições totais de natureza privada e/ou
filantrópica. Objetivos:
Considerando o processo histórico da psiquiatria e saúde mental da infância,
este trabalho propõe realizar uma contextualização da política de saúde mental
infanto-juvenil brasileira apontando os princípios e diretrizes e os atuais
desafios para a consolidação desta política, pautada na construção de uma rede
pública ampliada de atenção para a criança e adolescente, baseada na
intersetorialidade e na co-responsabilidade. Metodologia: Análise documental das publicações do Ministério da
Saúde, entre os anos 2001 a 2012, relacionadas às políticas de saúde mental
para crianças e adolescentes e levantamento bibliográfico sobre o tema. Resultados/Discussão: Entre os anos
2002 a 2004, a política de saúde mental infanto-juvenil brasileira vive um “momento
de expansão”, principalmente pela normatização dos Centros de Atenção
Psicossocial infanto-juvenil. Porém esta política está em processo de
consolidação, necessitando maior articulação destes equipamentos com a Atenção
Básica, bem como, na construção e fortalecimento da rede intersetorial. Considerações Finais: Considerando o
processo histórico da construção da assistência e da política direcionada à
saúde mental infanto-juvenil, bem como, os avanços e impasses da política, a
última década apresentou grandes contribuições para constituição desta
política. A reversão da tendência institucionalizante e, consequente criação de
serviços de base territorial e reestruturação da rede, configuram o atual
investimento desta política. Deve haver um esforço na sistematização de dados
informações como analisador da demanda e revisão da política. Estes elementos
propiciam o estabelecimento da intrasetorialidade e intersetorialidade,
fundamentais para o fortalecimento da política de atenção em saúde mental
infanto-juvenil.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[126]
DIAGNOSTICO DO NÍVEL DE ESTRESSE DOS ACADÊMICOS DE TERAPIA OCUPACIONAL
IRANISE MORO PEREIRA JORGE; MARIA
FERNANDA GUIMARÃES; ANGELICA HOSTERT
UFPR, CTBA, PR, BR.
Palavras-chave: estresse; estresse acadêmico; terapia ocupacional
Resumo: Denomina-se de estresse o momento em que surge a
necessidade de adaptação a alguma situação relevante, sendo ela positiva ou
negativa. Quando ocorre a quebra da homeostase o organismo apresenta reações
com componentes psicológicos, físicos, mentais e hormonais. Diante disto, o
objetivo deste trabalho é apresentar os resultados de uma pesquisa realizada
com os acadêmicos de Terapia Ocupacional de uma Universidade localizada no Sul
do país, que mensura o nível de estresse e a fase de estresse que estes alunos
apresentam, bem como sua sintomatologia. A metodologia utilizada foi
qualitativa de coorte transversal. A pesquisa foi feita de forma exploratória
descritiva e realizada através de pesquisa de campo. Este estudo baseia-se no
Modelo Quadrifásico de Lipp que classifica o estresse em quatro fases: alerta,
resistência, quase exaustão e exaustão. Para a coleta de dados foi utilizado e
aplicado o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp - ISSL, e
contou com a participação de 116 alunos de todos os períodos diurno deste
Curso. Este estudo obteve autorização do Comitê de Ética da instituição, bem
como a ciência da Coordenação e de todos os participantes que colaboraram com a
pesquisa, estes estudantes encontravam-se devidamente matriculados no Curso de
Terapia Ocupacional e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE). Concluiu-se que 24% dos acadêmicos não apresentam níveis de estresse e
que 76% apresentam sintomas de estresse. Nota-se que dentre os acadêmicos que
apresentam níveis de estresse a maior parte dos participantes permaneceu na
fase de resistência, com sintomatologia predominantemente psicológica, porém os
alunos também apresentaram sintomas físicos. Os sintomas psicológicos que foram
mais assinalados e apresentados de acordo com o preenchimento do ISSL pelos
estudantes foram a ‘vontade súbita de iniciar novos projetos’, ‘sensibilidade
emotiva excessiva (estar muito nervoso)’, ‘irritabilidade excessiva’, ‘sensação
de incompetência em todas as áreas’, ‘cansaço excessivo’, ‘irritabilidade sem
causa aparente’ e ‘angústia/ansiedade diária’. Tendo em vista os sintomas
físicos, os mais assinalados pelos estudantes participantes, foram ‘nó no
estômago’, ‘tensão muscular’, ‘insônia’, ‘mudança de apetite’, ‘problemas com a
memória’, ‘mal estar generalizado, sem causa específica’, ‘sensação de desgaste
físico constante’ e ‘cansaço constante’. Com isto, ressalta-se que o ISSL foi
útil e possibilitou uma avaliação sobre os sintomas de estresse, os níveis e a
sintomatologias em que os estudantes se encontram.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[139]
CARACTERIZAÇÃO DA ATUAÇÃO DE TERAPEUTAS OCUPACIONAIS RESIDENTES NA
IRMANDADE DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SANTOS (ISCMS)
GISELE PAIVA1 ; ANDRÉ EDUARDO MEI2 ; RODRIGO
ALVES DOS SANTOS SILVA2 ; MARIA DA CONCEIÇÃO DOS SANTOS2
1.IRMANDADE DA SANTA CASA DA
MISERICÓRDIA DE SANTOS, SANTOS, SP, BRASIL; 2.UNIFESP - CAMPUS BAIXADA
SANTISTA, SANTOS, SP, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; residência multiprofissional;
atenção hospitalar
Resumo: Introdução: A
Terapia Ocupacional, em atual movimento de repensar ações na atenção
hospitalar, busca refletir sobre processos de trabalho e tecnologias, recursos
e estratégias para atender as demandas dos pacientes segundo as diretrizes das
políticas públicas de saúde. A inserção de terapeutas ocupacionais em programas
de residência multiprofissional busca juntamente com a equipe dos equipamentos
hospitalares consolidar a identidade da profissão na alta complexidade, tendo
como norteadores os princípios doutrinários do SUS e a interdisciplinaridade. Objetivos: Descrever as demandas
levantadas pelos residentes de Terapia Ocupacional junto aos pacientes em uma
ala do hospital da ISCMS destinada ao cuidado do adulto e idoso pelo SUS, bem
como as estratégias e recursos terapêuticos ocupacionais para atender tais
demandas. Metodologia: Estudo do
tipo qualitativo utilizando protocolo próprio dividido em duas partes com
questões semiestruturada: uma para triagem das demandas dos pacientes e outra
para a caracterização das ações e estratégias empregadas pela Terapia
Ocupacional. Os dados coletados foram analisados de acordo com a análise
temática de conteúdo após serem agrupados em duas categorias analíticas:
demandas e queixas referidas/observadas e estratégias e recursos terapêuticos
ocupacionais utilizados. Resultados:
Na primeira categoria observou-se a presença de sofrimento frente à
hospitalização e ao adoecimento, dificuldades em gerenciar a própria saúde,
limitações funcionais nas áreas de desempenho ocupacional e alteração de
componentes do desempenho ocupacional. Na segunda categoria observou-se o
emprego de estratégias tais como: acolhimento, educação em saúde e orientações
com vistas à reestruturação da rotina, o uso do fazer significativo e para a
reabilitação e recuperação precoce de componentes de desempenho. Os principais
recursos utilizados foram as tecnologias leves e leve-dura - as atividades
expressivas e de lazer e técnicas específicas para a reabilitação. Emergiu no
processo da pesquisa que as questões institucionais atravessam a atuação do
terapeuta ocupacional exigindo pluralidade de estratégias e flexibilidade do
profissional para responder às necessidades de saúde dos pacientes. Considerações Finais: A inserção de
terapeutas ocupacionais em programas de residência multiprofissional neste
nível da atenção em saúde contribui para a reflexão acerca das práticas
profissionais no contexto hospitalar e bem como sobre os fatores que a
influenciam apoiando-se em referencias teóricos da Saúde Coletiva e Terapia Ocupacional
na busca da integralidade do cuidado e da consolidação da profissão no contexto
hospitalar.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[157]
TERAPIA OCUPACIONAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA E A UTILIZAÇÃO DO PROJETO
TERAPÊUTICO SINGULAR (PTS)
KAREN VIVIANE TRAGE; TAÍSA GOMES
FERREIRA; CRISTIANE WAGNER
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA
MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; atenção primária à saúde;
projeto terapêutico singular (pts)
Resumo: Introdução: Este trabalho foi realizado a partir do Estágio
Supervisionado em Reabilitação Baseada na Comunidade, do curso de Terapia
Ocupacional da Universidade Federal de Santa Maria, em uma Unidade Básica de
Saúde do município com Estratégia de Saúde da Família. Observou-se que as ações
cotidianas da equipe não contemplavam a construção da rede de atenção à saúde e
a integralidade da atenção, atributo norteador da Atenção Primária, impedindo,
muitas vezes, o acesso ao direito a uma saúde universal, igual para todos e
integral. Objetivos: Discutir a
potencialidade da elaboração de um Projeto Terapêutico Singular (PTS) para a
garantia de um serviço de saúde integral e o papel da Terapia Ocupacional neste
contexto. Metodologia: O estágio
teve duração de quatro meses, onde foram realizados atendimentos domiciliares
semanais a uma família da comunidade. A partir destes atendimentos, observou-se
que a família possuía necessidades que envolviam não somente a saúde funcional,
mas incluíam questões relacionadas à vulnerabilidade social que, para serem
contempladas, seria necessário o suporte da equipe, da escola, do CRAS e de
outros dispositivos sociais e comunitários. Discussão: O atributo de integralidade da Atenção Primária sugere o
reconhecimento de todas as necessidades em saúde, e na garantia dos serviços
necessários para responder a estas questões, ainda que eles não possam ser
oferecidos dentro do nível de atenção. Entretanto, na prática se percebe que,
com a complexidade da demanda das UBS/ESF, existem dificuldades no
desenvolvimento de estratégias para reconhecer as necessidades dos usuários e
organizar as intervenções. O Projeto Terapêutico Singular (PTS), por se tratar
de condutas terapêuticas articuladas e propiciar uma atuação integrada da
equipe, é um dispositivo facilitador deste processo, e quando utilizado nos
serviços, pode trazer melhorias no atendimento aos usuários. Os terapeutas
ocupacionais possuem uma visão ampliada do sujeito, logo podem trabalhar
baseando-se nas necessidades de saúde e desejos. Podem utilizar o conceito de
atenção integral à saúde dentro de sua prática profissional, tendo
possibilidades potencializar nas equipes o uso do PTS para satisfação das
necessidades de saúde. Considerações
Finais: Para suprir a complexidade das demandas na Atenção Primária e para
promover uma atenção integral à população atendida, é necessário fazer uso de
estratégias que partem do sujeito. O PTS pode ser uma estratégia eficaz de
promover boas e reais condições de atenção e produção de saúde na comunidade. E
o terapeuta ocupacional pode ser o profissional a contribuir efetiva e
significativamente com este processo.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[166]
TERAPIA OCUPACIONAL NO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA: CONSTRUINDO
UMA PRÁTICA PROFISSIONAL
NICOLE GUIMARÃES CORDONE; JULIANA
DE OLIVEIRA BARROS; RITA MARIA DE ABREU GONÇALVES; SELMA LANCMAN
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO
PAULO, SP, BRASIL.
Palavras-chave: nasf; atenção primária à saúde; saúde do trabalhador
Resumo: Introdução: Em 2008, o Ministério da Saúde criou os Núcleos
de Apoio à Saúde da Família (NASF) com o objetivo de subsidiar e ampliar o
escopo das ações desenvolvidas pelas Equipes de Saúde da Família (EqESF) na
Atenção Primária em Saúde. As equipes NASF são constituídas por diferentes
profissionais, entre eles o Terapeuta Ocupacional. Em maio de 2013 existiam
2100 equipes em funcionamento no país e, neste contexto, tal proposta têm se
constituído como um importante campo de trabalho para os terapeutas
ocupacionais. Objetivo: Apresentar
alguns aspectos do trabalho realizado pelo NASF e problematizar a atuação dos
terapeutas ocupacionais nesse contexto. Metodologia:
Entre os anos de 2011 e 2012 realizou-se uma pesquisa, financiada pelo Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em dois NASF da
cidade de São Paulo. O objetivo principal foi o de conhecer o trabalho
realizado pelo NASF a partir do levantamento de características
organizacionais, das condições de trabalho e do relato das vivências subjetivas
relacionadas ao trabalhar. Constituiu-se como um estudo de caso, no qual foram
utilizados os referenciais teóricometodológicos da Ergonomia da Atividade e da
Psicodinâmica do Trabalho. No decorrer da pesquisa foram identificadas questões
referentes ao trabalho desenvolvido pelos terapeutas ocupacionais que se
destacaram por constituírem-se como um desafio frente às diretrizes propostas
para o trabalho do NASF. Resultados/Discussão:
O trabalho do NASF é diversificado e complexo, com enfoque em ações coletivas,
multiprofissionais e grupais. Neste contexto, os NASF e as EqESF devem
trabalhar juntos, porém há diferenças significativas que interferem neste
processo: prioridades, ferramentas de trabalho, modelos de atuação e de gestão.
Alguns profissionais da equipe NASF, entre eles os terapeutas ocupacionais,
apesar de tentarem priorizar o desenvolvimento de ações de promoção à saúde e
de projetos partilhados, também realizam grande número de atendimentos
individuais especializados o que ocorre devido a alguns fatores, entre eles: a
carência de recursos e profissionais de saúde na região; a pressão da população
e das EqSF. Assim, um dos desafios enfrentados pelos terapeutas ocupacionais é
o de atuar em consonância com as diretrizes propostas pelos documentos
norteadores. Considerações Finais:
Os resultados do estudo podem contribuir para o aprimoramento dos processos de
trabalho do NASF e, especificamente, para a prática dos terapeutas ocupacionais
envolvidos no processo. Por ser uma proposta recente, a interlocução entre as
diretrizes ministeriais e a diversidade de contextos e necessidades da
população é fundamental.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[211]
CONSULTÓRIO NA RUA: A BUSCA PELA INSERÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL
BERLA MOREIRA MORAES; CAMILA
CASTRO; LETÍCIA ZANETTI MARCHI ALTAFIM
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA,
JOÃO PESSOA, PB, BRASIL.
Palavras-chave: políticas públicas; terapia ocupacional;
consultório na rua
Resumo: Introdução: O Estado da Paraíba apresenta déficits na
quantidade de profissionais da Terapia Ocupacional inseridos nos serviços de
assistência a saúde da população. A disciplina “Terapia Ocupacional e as
Políticas Públicas da Saúde, da Assistência Social e da Educação” teve como um
de seus objetivos estudar a partir das políticas públicas a inserção dos
terapeutas ocupacionais no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de
Assistência Social e nos projetos de inclusão Educacional. Tendo como proposta,
em seu primeiro módulo: Terapia Ocupacional e as políticas da saúde – atenção
básica, os alunos da turma 2011.1, divididos em grupos, escreveram uma carta
aberta à Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa, mostrando a importância
da inserção deste profissional em diversos programas preconizados pela Política
Nacional de Atenção Básica, dentre estes, destaca-se o Consultório na Rua. Objetivos: O presente trabalho tem como
objetivo apresentar, através de relato de experiência, o processo de criação da
carta que tratou sobre o programa Consultório na Rua, assim como a relevância
da formação política do aluno de Terapia Ocupacional e sua presença na luta da
classe. Metodologia: Relato de
experiência na criação de uma carta aberta destinada à Secretaria de Saúde de
João Pessoa – PB, como parte integrante da disciplina Terapia Ocupacional e as
Políticas Públicas da Saúde, da Assistência Social e da Educação cursada no
semestre 2011.1, no 4º período do curso de Terapia Ocupacional da Universidade
Federal da Paraíba. Resultados: Após
aprofundamento acerca do programa Consultório na Rua, da Terapia Ocupacional e
de seus procedimentos legais, foi possível observar e refletir a real
importância da inserção do terapeuta ocupacional no consultório na rua. Assim,
a carta foi construída, mostrando não só o que está disposto na Política
Nacional de Atenção Básica, mas também o papel diferenciador do terapeuta
ocupacional atuando junto às pessoas que se encontram em situação de rua e em
situação de vulnerabilidade social, seja por consumo de crack, álcool e outras
drogas e/ou por sofrimento decorrente de transtorno mental. Considerações Finais: Conclui-se,
portanto, não só a importância da inserção do profissional da Terapia
Ocupacional nesse programa, mas também, e não menos importante, a necessidade
de uma formação política, questionadora, crítica e que incite reflexão e luta
por parte dos estudantes e futuros profissionais.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[225]
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS AÇÕES VOLTADAS PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE DE
ADOLESCENTES
THAÍS THALER SOUZA1 ; ADRIANO
MARÇAL PIMENTA2
1.DISCENTE DO CURSO DE TERAPIA
OCUPACIONAL DA UFMG, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL; 2.DOCENTE DO CURSO DE
ENFERMAGEM DA UFMG, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.
Palavras-chave: adolescentes; promoção em saúde; educação em saúde
Resumo: Introdução: A adolescência pode ser compreendida como uma
fase peculiar do desenvolvimento humano, onde ocorre a passagem para a vida
adulta, um tempo de transformações no qual ocorrem ajustes tanto das
capacidades produtivas quanto das reprodutivas. A falta de informação desse
público frente aos novos problemas a serem enfrentados pode causar um processo
de vulnerabilidade, sendo assim, as necessidades dos adolescentes passam a ser
objeto de intervenção dos serviços de saúde. Nesse sentido, o uso de grupos de
educação em saúde como ferramenta metodológica para a promoção da saúde tem
sido valioso e até mesmo imprescindível. Objetivo:
Este estudo objetivou caracterizar as ações desenvolvidas no âmbito de educação
em saúde para adolescentes. Metodologia:
Foi realizada uma busca de publicações sobre o tema nas bases de dados BVS,
LILACS e SCIELO. A amostra foi composta por 15 artigos, dos quais foram
analisadas as variáveis: escolha do tema das oficinas, associação com a escola,
quantidade de alunos, faixa etária, número de oficinas, duração e metodologia. Discussão: A escolha do tema
sexualidade prevaleceu (n = 13); todos relataram alguma parceria, em sua
maioria com a escola (n = 11); foi encontrada uma mediana de 15 jovens; a
maioria dos artigos selecionou uma faixa etária específica (n = 12); houve uma
média de 7 oficinas por grupo; a variação de tempo foi de 2 horas e 35 minutos;
a maioria optou pela análise qualitativa (n = 8) com abordagem do tipo
pesquisa-ação (n = 5); e metodologia freireana e lúdica. Considerações Finais: Com esse estudo foi possível verificar que,
apesar de as demandas de cada grupo serem diferenciadas, existem
características de direcionamento do trabalho que são similares e, ao serem
tomadas, não interferem na individualidade e particularidades do grupo. Assim,
essas características merecem ser divulgadas com o intuito de diminuir as
tentativas e erros durante o processo de intervenção, dinamizando o trabalho e
o qualificando.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[234]
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CLÍNICO DAS PESSOAS QUE SOFRERAM LESÕES
TRAUMÁTICAS DE MEMBRO SUPERIOR EM UM MUNICÍPIO DE GRANDE PORTE DO ESTADO DE SÃO
PAULO, BRASIL.
LARISSA GALVÃO DA SILVA1;
SUSILENE MARIA TONELLI NARDI2; IRACEMA SERRAT VERGOTTI FERRIGNO1; DANIEL
MARINHO CEZAR DA CRUZ1; RITA DE CÁSSIA DOS SANTOS LAHÓS1
1.UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BR;
2.CLR-INSTITUTO ADOLFO LUTZ - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP,
BR.
Palavras-chave: terapia ocupacional; traumatismos da mão; serviços
médicos de emergência
Resumo: Introdução: A incidência das lesões traumáticas do membro
superior está relacionada em sua maioria as atividades laborais, devido a
movimentos repetitivos das mãos e braços; acidentes automobilísticos; ao uso de
ferramentas inadequadas; períodos de trabalho prolongado e falta de treinamento
e qualificação dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho. Objetivo: Descrever as lesões
traumáticas de membro superior dos pacientes atendidos no Pronto Socorro do
Hospital Padre Albino, único atendimento de emergência do município de
Catanduva/SP. Metodologia: Trata-se
de estudo retrospectivo descritivo transversal. Foram coletados os dados dos
prontuários de pacientes que sofreram Lesões Traumáticas de Membro Superior no
período de janeiro a junho de 2011 e foram atendidos no Pronto Socorro do
Hospital Padre Albino de Catanduva-SP. O protocolo de coleta contemplou dados
pessoais, sociodemográficos e procedimentos clínicos e de reabilitação.
Utilizaram-se as denominações de diagnóstico segundo o Código Internacional das
Doenças (CID-10). Resultados: Dos
803 prontuários analisados, houve predomínio de pacientes do sexo masculino
(62,8%), solteiros (58,5%), média de idade de 30,2 (SD 19,14) com ensino
fundamental incompleto 312 (38,9%), e de acordo com a situação trabalhista a
maioria estava empregado 309 (38,5%). Estudantes 212 (26,4%) e profissionais
que se utilizam de ferramentas 178 (22,2%) foram os mais acometidos. O segmento
mais acometido foi o punho 180 (22,4%), seguido de dedos 177 (22,0%) e mão 139
(17,3%). As contusões foram as lesões mais frequentes (63,3%) seguido das
fraturas (30,6%). Os tipos de acidentes que predominaram foram a queda da
própria altura com 299 (37,2%), e trauma direto 280 (34,9%). Da população
estudada, 490 (61%) foram socorridos imediatamente após o acidente, e 19 (2,4%)
passaram por cirurgia e estiveram internados por pelo menos 1 dia. Foram
encaminhados para reabilitação 20 pacientes (2,5%). Considerações Finais: A frequência dos acidentes foi em pessoas do
gênero masculino, brancos, ensino fundamental incompleto, sem companheiros, de
pele branca, em fase produtiva da vida (trabalhadores e estudantes). As
contusões foram as lesões mais frequentes; punho, mão e dedos os locais do
membro superior mais acometidos; e queda da própria altura como tipo de
acidente mais relevante. A possibilidade de ampliar a discussão com gestores e
propor mudanças nas políticas publicas com vistas à garantia dos atendimentos;
campanhas de conscientização e orientação; reduzir o numero e a gravidade das
lesões; diminuindo custos do atendimento inicial e da reabilitação; e buscar
eficácia da rede de saúde.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[251]
SOBRE O SIGNIFICADO DAS OCUPAÇÕES APÓS O ACIDENTE POR QUEIMADURAS
VICTOR CAVALEIRO CORRÊA; LUÍSA
SOUSA MONTEIRO; ELSON FERREIRA COSTA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ,
BELÉM, PA, BRASIL.
Palavras-chave: queimaduras; ciência da ocupação; terapia
ocupacional
Resumo: Introdução: As ocupações são importantes veículos nos quais
as pessoas se engajam todos os dias, incluem o trabalho, o lazer, a
participação social, o autocuidado, entre outros. Diversas situações podem
influenciar no desempenho das ocupações, entre elas destaca-se a queimadura.
Objetivos: Este estudo teve o objetivo de compreender as repercussões da
queimadura no significado das ocupações de pessoas que sofreram acidentes por
queimaduras, sob o enfoque teórico da Ciência da Ocupação. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa,
ancorada na perspectiva fenomenológica. Foi realizada no ambulatório do Centro
de Tratamento de Queimados (CTQ), do Hospital Metropolitano de Urgência e
Emergência do Pará (HMUE-PA), no período de dezembro de 2010 a janeiro de 2011.
Participaram da pesquisa 19 pessoas, de ambos os sexos, faixa etária de 19 a 60 anos, que estavam em
acompanhamento ambulatorial. Resultados/Discussões:
Os resultados do estudo revelaram que ocorreram significativas mudanças no
significado atribuído ao engajamento em ocupações, após o acidente por
queimaduras, que repercutiram na saúde e bem-estar destas pessoas. As
alterações estavam relacionadas com limitações físico-funcionais, pois muitos
participantes não conseguiam desempenhar suas ocupações em decorrência das
sequelas deixadas pela queimadura, sentimentos de tristeza, sensação de
impotência (invalidez) e angústia por não conseguirem retornar as suas
ocupações habituais; na participação social, ruptura nos papéis antes
assumidos. Os participantes da pesquisa revelaram, ainda, que anteriormente ao
trauma, envolviam-se em um rol de ocupações, porém posteriormente passaram a
vivenciar momentos de ociosidade e insatisfação em razão do não engajamento ou
dificuldade de engajamento em ocupações significativas ou que preenchiam o
tempo antes do acidente. Considerações
Finais: Neste sentido, observou-se que a partir da queimadura e das
sequelas posteriores, ocorreram mudanças no envolvimento em fazeres diários,
ocorrendo repercussões na saúde, bem-estar e qualidade do viver das pessoas que
colaboraram com este estudo. Portanto, defende-se a necessidade de ampliar os
cuidados as vítimas de queimadura, estas devem ser assistidas por uma equipe
multiprofissional, que garantam uma assistência integral em consonância com
reais demandas dessas pessoas, que permitam aprimorar as abordagens e
intervenções no campo clínico-assistencial.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[269]
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA E SUA REPERCUSSÃO NA FAMÍLIA - REVISÃO
DE LITERATURA
ELIANIA PEREIRA DA SILVA; RONIZE
COUTO DE SÁ MONTEIRO
HUFMA, SÃO LUIS, MA, BRASIL.
Palavras-chave: autismo; família; revisão
Resumo: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA E SUA REPERCUSSÃO NA FAMÍLIA
- REVISÃO DE LITERATUTA O Transtorno do Espectro Autista é um transtorno global
do desenvolvimento de causa desconhecida, caracterizado por três aspectos
principais: dificuldade na interação social, na comunicação e comportamentos e
interesses restritos e/ou repetitivos, que envolve alterações severas e
precoces, causando grande impacto na família. Em geral a mãe é a que mais sente
a sobrecarga emocional, é ela quem abre mão do trabalho, estudos e vida social
para se dedicar exclusivamente a cuidar dessa criança. O objetivo desse estudo
foi identificar na literatura trabalhos a respeito de famílias com autistas,
verificando a repercussão vivenciada por essas famílias e saber qual o foco
dado pelos autores em suas pesquisas. Metodologia: A busca foi feita na base de
dados scielo, onde foram selecionados artigos publicados nos últimos 13 anos
que faziam referência a autismo e família, pais, irmãos ou parentes. Os
resultados encontrados foram um total de136 artigos sobre autismo e após
descartar aqueles que não focavam no objetivo desse estudo, os artigos
repetidos e as revisões, restaram 12 que tinham comofinalidade falar sobre
família. Desse total apenas 5 tinham como objetivo principal estudar as
repercussões de ter uma criança autista na família. Nos artigos encontrados foi
possível concluir que a dinâmica dessas famílias sofrem diversas alterações
como sobrecarga emocional, dificuldades conjugais e financeiras, abandono da
vida profissional e social, entre outras. Também verificou-se como é pequena a
quantidade de publicações sobre o tema e que muitos estudos focam não na
dinâmica familiar mas na criança autista em seu meio familiar. Dentre os 12
artigos selecionados chamou atenção o fato de nenhum deles ter sido realizado
por terapeuta ocupacional, 50% foram feitos por psicólogos, seguido de
fonoaudiólogos e enfermeiros. Diante dessa realidade evidenciou-se a
necessidades de mais estudos sobre a dinâmica, as carências e necessidades
emocionais e sociais dessas famílias. Sugere-se assim mais atenção por parte da
equipe a estas famílias uma vez que é de conhecimento entre os profissionais
que o tratamento se torna mais efetivo quando a família se torna participativa.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[270]
ATUAÇÃO TERAPÊUTICA OCUPACIONAL: PECULIARIDADES DA CLÍNICA PEDIÁTRICA DE
UM SERVIÇO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA - RELATO DE EXPERIÊNCIA
RENATA ITAPARICA ITAPARICA;
RAFAELA FREIRES FREIRES; LUCILENE SILVA SILVA; ANA PAULA SANTOS
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ, BELÉM, PA, BRASIL.
Palavras-chave: desenvolvimento neuropsicomotor; tce; terapia
ocupacional
Resumo: A experiência proporcionada pelo estágio do 9º semestre- 5º
ano de Terapia Ocupacional da Universidade do Estado do Pará (UEPA) no Hospital
Metropolitano de Urgência e Emergência- Ananindeua Pará possibilitou a atuação
em média e alta complexidade. As atuações foram desenvolvidas nas Clínicas
Cirúrgica I e Pediátrica dessa instituição a partir de prescrições do Terapeuta
Ocupacional de cada clínica. O trabalho em questão apresentará as intervenções
realizadas pelo serviço de Terapia Ocupacional na Clínica Pediátrica no período
de março a abril de 2013 junto a paciente com 10 meses de idade, que
apresentava como diagnóstico clínico Traumatismo Cranio- Encefálico (TCE),
assim como os desafios enfrentados durante a execução dessas intervenções.
Nesse período foi realizado o total de dez atendimentos, os quais apresentaram
como objetivo geral favorecer a reaquisição de competências condizentes com a
idade maturacional do lactente. Para esse fim realizou-se estimulação sensório-percepto-cognitivamotora,
visto ter apresentado indícios de regressão do desenvolvimento neuropsicomotor
normal após parada cardiorrespiratória ocasionada por reação a Plazil
intravenoso em um serviço de emergência. Os atendimentos foram realizados em leito
e no espaço da brinquedoteca hospitalar, utilizando-se como recursos os
brinquedos da criança e realizando-se manobras avaliativas a fim de verificar
prováveis atrasos no desenvolvimento. Observou-se que após a parada
cardiorrespiratória a criança não apresentava controle cervical, não emitia
sons vocálicos, não apresentava controle de tronco, portanto não conseguia
sentar, dentre outros; contudo a genitora afirmava que a criança desempenhava
tais competências. Constataram-se ao final dos atendimentos reaquisições
importantes do desenvolvimento do lactente, a exemplo de controle cervical
parcial, controle parcial de tronco e emissão de alguns sons, além da interação
da criança com o ambiente e pessoas, sugerindo que a partir da estimulação
global houve evolução do quadro clínico. Ao receber alta hospitalar a criança
foi encaminhada a Unidade de Referência Especializada (URE) a fim de prosseguir
evoluindo em seu quadro clínico.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[271]
PROJETO “TO NA REDE”: AMPLIANDO ESPAÇOS DE DIÁLOGO COM A GESTÃO DE
SAÚDE EM UBERABA/MG
PAULA TATIANA CARDOSO; GRASIELLE
SILVEIRA TAVARES PAULIN; MARINA LEANDRINI DE OLIVEIRA
UFTM, UBERABA, MG, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; gestão em saúde; atenção
básica
Resumo: Introdução: A Terapia Ocupacional (TO) contribui para a
compreensão da complexidade dos problemas de saúde da população e tem investido
no desenvolvimento de estratégias assistenciais compatíveis com os desafios do
SUS. No entanto, em muitos municípios brasileiros a inserção deste profissional
na Atenção Básica ainda não acontece em função da falta de conhecimento das
possibilidades de atuação e contribuição dos terapeutas ocupacionais no NASF. Objetivos: Propor e discutir junto à
Secretaria Municipal de Saúde de Uberaba/MG a inserção da Terpia Ocupacional na
Atenção Básica, a partir do material produzido no processo de diagnóstico
territorial inicial desenvolvido por terapeutas ocupacionais em formação/estagiários.
Metodologia: Trata-se de uma
pesquisa de campo, em que foi realizado diagnóstico inicial da situação de
saúde da população e dos serviços em 3 distritos de saúde do município, a
partir da aplicação do método de Estimativa Rápida Participativa em todas as
unidades matriciais (n=9). Os dados coletados foram agrupados e analisados de
acordo com o aspecto central investigado e as fontes de informação. Resultados/Discussão: Identificou-se
categorias temáticas que foram relacionadas às possibilidades de ação da
Terapia Ocupacional no contexto analisado, a saber: a TO na Atenção Básica:
fortalecendo a atenção integral a partir do NASF; a Terapia Ocupacional no
NASF: apoio técnico e pedagógico; a Terapia Ocupacional e a Educação Popular em
Saúde; a Terapia Ocupacional na Saúde do Trabalhador: fortalecendo a atuação
dos ACS. Todas as categorias identificadas e discutidas se relacionam com as
principais necessidades levantadas a partir do diagnóstico territorial inicial,
englobando as necessidades da população, das equipes de saúde e das redes de
atenção. O processo de territorialização contribuiu de forma significativa na
formação dos estagiários envolvidos e produziu um relatório consistente que
será apresentado e discutido junto a Secretaria Municipal de Saúde. Considerações Finais: A contratação de
terapeutas ocupacionais para o NASF e a parceria com os cursos de formação em
Terapia Ocupacional do município, podem ampliar a compreensão e a atenção às
necessidades de saúde da população e fortalecer as propostas de ação na micro e
macropolítica da rede de saúde, a partir da construção de espaços
compartilhados de reflexão, educação e prática. A pesquisa é uma proposta
inicial, parte de um estudo maior, e apresenta limitações em relação à
amostragem e aprofundamento dos aspectos levantados, no entanto, possibilita o
alcance do objetivo de discutir a inserção da Terapia Ocupacional na Atenção
Básica do município. Acredita-se na importância de estudos que possibilitem
ampliação e fortalecimento do diálogo entre a gestão em saúde e representantes
da categoria profissional.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[273]
EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA EXPERIÊNCIA NA FORMAÇÃO DO
TERAPEUTA OCUPACIONAL
PAULA TATIANA CARDOSO; GABRIELLY
JOAZEIRO
UFTM, UBERABA, MG, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; educação em saúde; formação de
recursos humanos
Resumo: Introdução: Para uma ampliação da prevenção e promoção da
saúde no território, do controle social e da participação popular, devem ser
utilizadas ferramentas que possibilitem este processo. A Educação em Saúde está
inerente a todas as práticas desenvolvidas no SUS e representa uma estratégia
essencial nesse sentido. Identifica-se uma importante colaboração do meio
acadêmico neste contexto, a partir da formação crítica e política dos futuros
profissionais de saúde, destacando a inserção na Atenção Básica, onde a atuação
de estudantes é proposta pelo Ministério da Saúde como meio de integrar
ensino-serviço, visando promover transformações na geração de conhecimentos,
ensino, aprendizagem e prestação de serviço à população. Objetivo: Trata-se de um relato de experiência vivenciada em uma
Unidade de Saúde da Família no município de Uberaba/MG, que pretende refletir e
discutir sobre o desenvolvimento de grupos de Educação em Saúde na Atenção
Básica e a formação de terapeutas ocupacionais neste cenário. Método: O desenvolvimento de grupos de
Educação em Saúde em sala de espera é relatado e discutido por uma estagiária
de Terapia Ocupacional e uma docente envolvidas, com base em suas vivências e
reflexões e a partir da análise dos documentos de registro elaborados no
período estudado (relatórios semanais de estágio; estudo de caso para conclusão
da disciplina e anotações sobre as supervisões). Resultados: A experiência estudada de dez encontros indicou o
alcance dos objetivos propostos para os grupos de Educação em Saúde, a partir
da criação de um espaço potencial de escuta, acolhimento, conversação e
desenvolvimento de ações de sensibilização e trocas de saberes entre os
usuários do sistema de saúde e estagiárias. Os grupos parecem ter contribuído
de maneira significativa na formação profissional das alunas envolvidas, que
puderam conhecer na prática os problemas enfrentados pela comunidade. A
experiência teve papel importante no desenvolvimento de uma postura
profissional mais crítica, flexível, colaborativa e comprometida com a
realidade do território e a participação social. Considerações Finais: A vivência com Educação em Saúde, a partir da
articulação ensino-serviço-território, se mostrou relevante para a formação de
discentes do curso de Terapia Ocupacional, possibilitando o desenvolvimento de
uma Anais reflexão dialética sobre teoria e prática. Acredita-se que a inserção
dos estudantes da área da saúde nos contextos reais de práticas do SUS deve ser
ampliada numa perspectiva dialógica com serviços e comunidade, com vistas no
fortalecimento da contribuição da universidade na transformação da realidade
social.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[274]
ATUAÇÃO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL NO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA
ÁGUAS LINDAS – RELATO DE EXPERIÊNCIA
RAFAELA FREIRES FREIRES; MAYSA
SAMANTHA SANTOS; THAMYRES MACÊDO CAVALEIRO; REJANE NAZARÉ PIMENTEL
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ,
BELÉM, PA, BRASIL.
Palavras-chave: Saúde da família; atenção primária a saúde; terapia
ocupacional
Resumo: A Portaria nº. 154, de 24 de janeiro de 2008, criaram os
Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). O NASF 1 Águas Lindas, em
Ananindeua, no estado do Pará, foi inaugurado em cinco de agosto de 2011 e
constitui-se como o primeiro do estado, contando com profissionais das
seguintes áreas em sua equipe: Terapia Ocupacional, Psicologia, Fisioterapia,
Fonoaudiologia, Educação Física, Farmácia, Nutrição e Serviço Social. Com sua
criação surgiu à necessidade de organizar as práticas profissionais da Terapia
Ocupacional, em todas as ações de sua responsabilidade, tendo como meio de
suporte à Estratégia de Saúde da Família. O terapeuta ocupacional compõe a
equipe do NASF juntamente com outros profissionais, no qual seu processo de
trabalho é organizado em acolhimento, atendimento individual, atendimento
domiciliar, grupos operativos e atividades educativas em equipe. O terapeuta
ocupacional é um dos profissionais da Estratégia de Saúde da Família com
bastante demanda no município de Ananindeua, contudo o desconhecimento do papel
deste profissional pelas equipes de Saúde da Família (SF) faz com que nem todos
esses usuários sejam encaminhados através da rede de Atenção Primária à Saúde
(APS). Este artigo constitui-se num relato de experiência do Estágio
Profissionalizante em Terapia Ocupacional da Universidade do Estado do Pará, em
que se buscou levantar, por meio de observações gerenciais, aspectos
facilitadores e limitantes da atuação da Terapia Ocupacional no NASF Águas
Lindas e apontar os desafios dessa prática no contexto da Atenção Primária à
Saúde, a fim de contribuir para a melhor compreensão do papel do terapeuta
ocupacional nesse âmbito. Concluiu-se que há necessidade de expansão das ações
do NASF Águas Lindas, de estratégias de divulgação do papel do terapeuta
ocupacional nesse contexto e da ampliação de ações interdisciplinares entre os
profissionais da equipe e os estagiários.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[323]
GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA: UM ESPAÇO POTENCIAL PARA A TERAPIA OCUPACIONAL
FERNANDA DE ALMEIDA PIMENTEL;
RENATA HUMILDES OLIVEIRA; SABRINA PEREIRA DA SILVA VIZOLLI; CAROLINA CORSI
MARTINS; BEATRIZ ROCHA MOURA
APS SANTA MARCELINA, SÃO PAULO,
SP, BRASIL.
Palavras-chave: gestão em saúde pública; terapia ocupacional; saúde
mental
Resumo: Segundo dados atuais da prefeitura municipal de São Paulo,
cargos de gestão de serviços de saúde da rede pública, em especial de
equipamentos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do SUS, tem sido ocupados
por terapeutas ocupacionais. O aumento neste tipo de colocação profissional nos
faz inferir que terapeutas ocupacionais (T.O.), inerentes à sua formação,
possuam conhecimentos e habilidades que favorecem e potencializam o exercício
desse cargo. Nesse sentido, este trabalho analisa o perfil de competência
sugerido para cargos de gerência em equipamentos que compõe a RAPS e o perfil
de competências do T.O., apontando as convergências existentes entre eles.
Considerando que o gerenciamento em saúde depende fundamentalmente do recurso
humano, do ser humano em ação/trabalho, faz-se necessário que gestores
considerem tal atividade como atravessada por desejos e sensações presentes nos
relacionamentos interpessoais e no que se produz. Um dos maiores desafios da
liderança é a gestão de processos alinhada ao desenvolvimento de autonomia e
comprometimento profissional. Nesse sentido, avaliamos que o T.O, em seu perfil
de competência, inclui habilidades e conhecimentos que possuem grande ênfase na
potencialidade funcional e relacional do ser humano (capacidade de realização e
trocas relacionais). Tal profissional, capacitado para analisar, observar e
intervir nas atividades humanas, aqui compreendidas como as ações/processos
desenvolvidos pelas equipes, o faz de maneira a buscar construir sentidos,
apropriação e responsabilização pelo que se realiza no trabalho, composto por
atividades potentes na construção de cotidianos. O T.O. gestor tem competência
para promover espaços de escuta, mediação de interesses e conflitos e
identificação de habilidades. Pode promover espaços de construção, a partir do
trabalho cotidiano e de experiências coletivas, afetivas e criativas,
enfatizando-se que somente a transformação de si poderá proporcionar a
transformação no outro, algo essencial para o trabalho em equipamentos da RAPS.
Por fim, avaliamos que os cursos de graduação em terapia ocupacional
configuram-se como uma formação bastante abrangente. Contribuem para o
profissional que atua na gestão, com uma aproximação entre o trabalho prescrito
e o trabalho real, condição essa que favorece uma melhora no alcance de
resultados, satisfação do trabalhador com seu trabalho e satisfação dos
usuários dos serviços com a qualidade da assistência prestada. Sugerimos que
disciplinas voltadas para o campo da gestão em saúde passem a compor a grade
curricular dos cursos de Terapia Ocupacional, sendo esse um importante e
potente campo de atuação para esse profissional.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS –
AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE
[325]
SAÚDE MENTAL INFANTOJUVENIL E INTERSETORIALIDADE: O DESAFIO COTIDIANO
DOS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
BRUNA LIDIA TAÑO; THELMA SIMÕES
MATSUKURA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO
CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.
Palavras-chave: saúde mental; intersetorialidade; infância
Resumo: Introdução: A atenção em saúde mental infantil proposta
pelas políticas do Sistema Único de Saúde (SUS) vem, nos últimos anos
agenciando ações intersetoriais, no sentido de garantir a ampliação do cuidado
e do acesso equânime à cidadania das crianças e adolescentes. Cabe aos Centros
de Atenção Psicossocial Infantojuvenis (CAPSI), enquanto equipamentos
essenciais nos processos de atenção em saúde mental infanto-juvenil, articular
de modo mais sistemático as pactuações e negociações entre os serviços que
tradicionalmente se ocupam dos cuidados com a infância e adolescência e ainda
aqueles que poderiam ampliar a produção de saúde e dos direitos das populações.
Objetivos: Identificar e
contextualizar sobre os modos com os quais os profissionais dos CAPSI articulam
as ações intersetoriais e com outros serviços na área da saúde, de modo a
garantirem a ampliação do cuidado para os sujeitos atendidos. Metodologia: Participaram do estudo
dezessete profissionais de nível superior (terapeutas ocupacionais, psicólogos,
enfermeiros, assistentes sociais que atuam em CAPSI do Estado de São Paulo que
responderam a entrevista guiada por um roteiro semi-estruturado. As entrevistas
foram transcritas e analisadas a partir do método do Discurso do Sujeito
Coletivo (DSC). Resultados/Discussão:
Embora a maior parte dos profissionais refira realizar ações de articulação de
rede, seja no campo da saúde ou intersetorialmente, relatam que têm encontrado
dificuldades para a realização desta prática em decorrência da resistência dos
parceiros em efetivar o compartilhamento do cuidado. Relatam ainda que a maior
parte das ações se efetua a partir de casos individuais, o que pouco favorece a
criação de fluxos estabelecidos enquanto garantia de acesso a todos os
usuários. Entre os serviços com os quais mais mantem contato referem as escolas
e as unidades básicas de saúde como aquelas que mais solicitam apoio e
orientação. Considerações Finais:
Embora seja atividade organizadora do cuidado, a dificuldade de acesso e de
suporte das equipes para o trabalho com outros equipamentos revela a
importância de que sejam pactuadas estratégias conjuntas entre os serviços para
a efetivação do cuidado. O apoio matricial em saúde mental e a articulação de
espaços intersetoriais para a pactuação de fluxos e de construção de projetos
de cuidado podem ser importantes ferramentas tanto para a facilitação do
trabalho dos profissionais de saúde mental como também para a qualificação dos
outros sujeitos e parceiros a serem implicados no processo.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[348]
GRUPO DE SAÚDE DA MULHER: UMA
EXPERIÊNCIA MULTIPROFISSIONAL
DIONNE DO CARMO ARAÚJO FREITAS;
PAMELA GRAZIELA CARDOSO; ELIANI TIEMI YOSHIOKA; MIDIÃ LINS SILVA COUTINHO;
ELIZABETH ALVES GONÇALVES FERREIRA
FACULDADE DE MEDICINA DA USP, SÃO
PAULO, SP, BRASIL.
Palavras-chave: sexualidade; grupo de mulheres; incontinência
urinária; residência multiprofissional e terapia ocupacional
Resumo: Introdução: A incontinência urinária (IU) é uma disfunção
que compromete a qualidade de vida, influencia as atividades cotidianas e
interfere na sexualidade. É possível auxiliar pessoas acometidas por essa
disfunção, compartilhando informações sobre funcionamento normal e alterado do
assoalho pélvico e possíveis repercussões psicossociais. A abordagem conjunta
de Fisioterapia e Terapia Ocupacional em um grupo de saúde da mulher é inovador
e estudos devem ser conduzidos para demonstrar sua eficácia. Objetivo: Descrever a experiência de um
grupo de promoção da saúde da mulher com foco no tratamento de incontinência
urinária, desenvolvido pelas áreas de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Método: O grupo teve 12 encontros
semanais, com uma hora de duração no Ambulatório de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional do Hospital Universitário da USP. Esse grupo foi conduzido pelos
residentes das áreas de Fisioterapia e Terapia Ocupacional com supervisão de uma
Fisioterapeuta do HU e uma docente vinculados ao Programa de Residência
Multiprofissional em Promoção da Saúde e Cuidado na atenção hospitalar. O grupo
incluiu discussões de temas de interesse, exercícios para o assoalho pélvico,
exercícios voltados à consciência corporal e atividades auto expressivas, com
emprego de imagens, música e dança. A combinação desses recursos terapêuticos
teve como foco a funcionalidade, autoimagem e autoestima das participantes.
Resultados e discussão: O grupo foi composto por seis mulheres entre 25 e 62
anos. As participantes definiram como temas de interesse: anatomia e
funcionamento do assoalho pélvico, causas e prevenções de prolapsos e da IU.
Associamos esses temas às questões biopsicossociais e a sexualidade, previamente
selecionados. A combinação de discussões de temas, exercícios e atividades auto
expressivas possibilitou clima acolhedor, que facilitou a troca de experiências
entre as participantes e destas com os profissionais. A abordagem
multiprofissional possibilitou diversidade de intervenções em torno de um
objetivo comum: promover a saúde e o autocuidado das mulheres participantes e,
contribuiu para aumentar a adesão das participantes ao grupo. Considerações Finais: O grupo
configurou-se espaço aberto para o autoconhecimento. A atuação integrada de
Fisioterapia e Terapia Ocupacional junto a mulheres com foco na incontinência
urinária além de inovador mostrou-se abordagem efetiva em saúde da mulher.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[352]
O LÚDICO COMO ESTRATÉGIA DE AUTOORGANIZAÇÃO DA CRIANÇA HOSPITALIZADA,
NOSSO COMPROMISSO E AÇÃO
IZABEL CRISTINA BATISTA CHAGAS;
MARIA LIDUINA LIMA GADELHA; IVANA BENEVIDES DOS SANTOS; KÁTIA ALICE DIÓGENES
NOGUEIRA
HOSPITAL INFANTIL ALBERT SABIN,
FORTALEZA, CE, BRASIL.
Palavras-chave: lúdico; criança; hospitalização
Resumo: O ambiente hospitalar, para a maioria das pessoas é um
local onde a dor e o sofrimento estão presentes. Neste período de doença, o
tratamento e principalmente as privações que acarretam, constituem fatores de
limitações e desajustes, podendo provocar desequilíbrios no futuro. A criança
hospitalizada deve ser considerada como um todo, biopsicossocial, em crescente
desenvolvimento. O brincar é uma necessidade básica para essa faixa etária, uma
experiência humana, rica e complexa, pois os brinquedos realizam sonhos,
desmistificam fantasias ou estimulam a brincar livremente. Refletindo em como
melhorar o atendimento complementar aos pacientes internados no HIAS, foi
criado em 1998 um projeto de humanização chamado Cidade da Criança, destinado á
proporcionar uma hospitalização mais prazeroso e agradável, a partir de
atividades lúdicas dirigidas por terapeutas ocupacionais. E para compreender os
efeitos desse brincar como experiências infantis nos pacientes hospitalizados
atendidos neste espaço, bem como, descrever como a terapia lúdica contribui
para um melhor momento durante o tratamento; como se dá o desenvolvimento e a
recuperação da autoestima e autoconfiança no ato de brincar e ainda, o nível de
satisfação dos pacientes, foi realizado um estudo exploratório descritivo com
abordagens qualitativas no período de Março a Junho de 2011. Nosso objeto de
investigação foi a saúde da criança, evidenciando quais os benefícios do
brincar para pacientes internados que participam das atividades lúdicas no
Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), hospital da rede SUS do Estado do Ceará.
A amostragem intencional foi composta por 50 acompanhantes e 50 pacientes. O
resultado dos questionários realizados com os acompanhantes revelou: 60% dos
acompanhantes frequentam o espaço com crianças, 27% somente a criança e, 8%
comparecem sozinhos. Como retorno, tivemos como opinião dos acompanhantes que:
43% dos pacientes diminuem a ansiedade, 32% melhoram aceitação ao tratamento e
25% acreditam favorecer a autoestima. Como a hospitalização é um momento
difícil, ficou evidente que o lúdico melhora o estado geral dos pacientes,
ajudando como tratamento complementar na sua recuperação. Diante do resultado,
fica claro a importância deste espaço para pacientes que estão em um leito de
um hospital e também, que momentos de lazer dentro de um hospital é saudável.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[354]
TERAPIA OCUPACIONAL E CUIDADOS INDIVIDUALIZADOS NA UTIN DO HIAS:
AMPLIANDO OLHARES E DIGNIFICANDO VIDAS
REGINA LUCIA RIBEIRO MORENO; VALERIA BARROSO
DE ALBUQUERQUE; NALMY BESERRA DE CASTRO; MARIA LIDUINA LIMA GADELHA
HOSPITAL INFANTIL ALBERT SABIN,
FORTALEZA, CE, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; cuidado individualizado; uti
neonatal
Resumo: Considerando o grande número de recém-nascidos a termo,
prematuros e de baixo peso que são internados com suas mães ainda puérperas na
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) do Hospital Infantil Albert Sabin
(HIAS). A pesquisa procurou enfocar o impacto do cuidado individualizado
realizado por terapeutas ocupacionais junto a mãe e seu filho recém-nascido internados
nessa unidade hospitalar, à luz do referencial fenomenologia existencial de
Martin Heidegger, o que possibilitou estudar esse fenômeno com vistas a uma
visão voltada para a subjetividade humana. Teve como objetivos: compreender o
modo como a mãe acompanha o filho enfermo na UTIN, conhecer o significado dessa
hospitalização e do desenvolvimento de formas mais adequadas e efetivas de
assistência e apoio integral à dupla mãe e bebê hospitalizado. O estudo foi
realizado no HIAS, na cidade de Fortaleza-CE, em 2012, com oito mães
acompanhantes. As informações necessárias foram obtidas através de entrevista
fenomenológica, realizada pela terapeuta ocupacional da unidade, contendo a
pergunta-guia: como se mostra a você ser mãe em uma UTIN e vivenciar a maternagem
nesta unidade hospitalar? O que facilitou a emersão de unidades temáticas
importantes para desvelar o Ser Mãe na UTIN, proporcionando reflexões
importantes para redefinir posturas profissionais e estimular a busca de formas
cada vez mais adequadas e efetivas de um modelo assistencial mais humanizado
que transgride o padrão terapêutico tradicional superespecializado que deixa de
lado a complexidade do homem como ser corpóreo no mundo. Os dados foram
submetidos à análise do fenômeno situado, proposta por Martins e Bicudo. Os
resultados mostraram que a mãe acompanhante, ao vivenciar a experiência de
maternagem em uma UTIN que adota a norma de atenção humanizada preconizada pelo
Ministério da Saúde, revelou-se como ser autêntico, que libertou-se da “ocupação”
indo de encontro à “pre-ocupação”, ao demonstrar sentimentos, pensamentos,
percepções e comportamentos que compreendem: segurança e medo, esperança e
angústia, potencialidade e impotência, preocupação e expectativa. Vale
ressaltar, ainda, que essa pesquisa além de explicar a dor materna provocada
pelo transtorno da hospitalização, serviu de indicadores para avaliação da
prática assistencial realizada pelas terapeutas ocupacionais na UTIN do HIAS.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[383]
PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DA POPULAÇÃO ACOMETIDA PELA SÍNDROME DO TÚNEL E
AÇÕES DE PROMOÇÃO DE SAÚDE
ALINE COSTA DE SOUSA KAWAMURA;
ANGELA PAULA SIMONELLI
UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL.
Palavras-chave: síndrome do túnel do carpo; promoção de saúde;
perfil sociodemográfico
Resumo: A Síndrome do Túnel do Carpo (STC), considerada a
neuropatia mais recorrente na atualidade, é um dos comprometimentos que mais
ocasiona incapacidades ou déficits funcionais manuais, afetando diretamente o
estilo e a qualidade de vida do sujeito. Sabe-se que no Brasil as ações
curativas e hospitalares ainda são predominantes, no entanto estas não resolvem
os problemas de saúde em sua base e constituem-se em procedimentos caros que
elevam os gastos nacionais com saúde. Deste modo, a partir da identificação do
perfil dos pacientes com diagnóstico de STC, é possível contribuir no
desenvolvimento de ações de promoção de saúde e prevenção de agravos
especificamente para a população em risco, diminuindo a incidência desta
doença. Ressalta-se também que o terapeuta ocupacional (TO) contribui para a
efetividade das ações multidisciplinares de promoção de saúde a partir da
adição da perspectiva única fundada na ocupação humana e no engajamento do
cliente em suas atividades significativas. Os objetivos desse estudo foram:
Identificar as características sociodemográficas da população acometida pela
STC; Correlacionar as Políticas Públicas referentes a Gestão em Saúde atuais
ressaltando a estratégia de Descentralização do SUS; Apontar a importância de
ações de Promoção de Saúde e Prevenção de Agravos com o objetivo de evitar o
adoecimento por STC e a contribuição do TO para a eficácia dessas ações. O
estudo foi realizado no ambulatório de Terapia Ocupacional do Hospital do
Trabalhador do município de Curitiba/PR, entre os meses de Janeiro de 2010 há
Março de 2012, apresentando caráter de pesquisa qualitativa e quantitativa que
se baseou na pesquisa documental para a coleta e análise dos dados. O trabalho
de campo consistiu no levantamento, tabulação e análise dos dados dos
prontuários dos sujeitos atendidos no referido ambulatório e acometidos por
STC, contabilizando 149 usuários. Os resultados apontaram relação entre
Síndrome do Túnel do Carpo e gênero feminino, sendo este acometimento mais
presente na idade produtiva e do membro dominante ou bilateralmente. Aponta-se
também o grande potencial de incapacidade gerado por esta patologia que se
estende, geralmente por vários anos, comprometendo significativamente a
qualidade de vida e o desempenho do indivíduo em suas atividades diárias,
principalmente relacionadas à gerenciamento do lazer e alimentação. Conclui-se
que a associação destas informações com a localização residencial dos usuários
acometidos por STC, assim como sua atividade de trabalho, permitem o
embasamento de diretrizes para ações de promoção e prevenção de saúde de acordo
com as características e tipos de atividades exercidas por esta população.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[385]
SAÚDE MENTAL INFANTIL E AMBIENTE ESCOLAR: PERCEPÇÕES E DEMANDAS DOS
EDUCADORES
MARIA FERNANDA BARBOZA CID; LUIZA
HELENA DE OLIVEIRA FERNANDES; DANIELI AMANDA GASPARINI
UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.
Palavras-chave: saúde mental infanto-juvenil; contexto escolar;
percepções de educadores
Resumo: Considerando que além da família, a escola é o ambiente
mais imediato e intensamente vivenciado por crianças, sendo importante contexto
de desenvolvimento, e os apontamentos da literatura a respeito da influência
desse contexto na saúde mental infantil, a presente pesquisa teve o objetivo de
identificar a percepção de profissionais de uma escola municipal, localizada na
periferia de uma cidade do interior do Estado de São Paulo em relação à saúde
mental infantil e os fatores envolvidos nessa condição, tais como os fatores de
risco e proteção relacionados ao contexto familiar, escolar e social de
vivencia dos seus alunos. Metodologia: Participaram do presente estudo, 18
profissionais da escola (professores, coordenadores e direção), com os quais
foram realizadas entrevistas semi-estruturadas. Todos os aspectos éticos
relativos à pesquisas com seres humanos foram considerados. Para o tratamento e
análise dos dados das entrevistas, realizou-se a transcrição na íntegra das
mesmas e, para a análise dos dados, utilizou-se a técnica de análise de
conteúdo. Resultados: Observou-se, de uma forma geral que, na percepção dos
profissionais da escola, a problemática relacionada à saúde mental nas crianças
é expressa no contexto escolar por meio da agressividade e agitação excessivas,
isolamento, desatenção, dificuldade significativa no cumprimento de tarefas e
combinados, dentre outros, e que envolvem fatores do contexto familiar, escolar
e socioeconômico-culturais presentes no cotidiano das crianças. Os
participantes apontam, ainda, que esta problemática interfere no
desenvolvimento das atividades pedagógicas e que a falta de parceria entre
escola-família-rede de serviços de atenção à criança do município prejudica o
bom andamento do trabalho da escola. Além disso, os participantes apontam a
necessidade de suporte informacional sobre desenvolvimento infantil e saúde
mental para os profissionais da escola, a fim de que possam ter mais elementos
para lidar com as crianças e executar seu papel de forma mais efetiva. Os
resultados obtidos reforçam os apontamentos da literatura a respeito da
importância de ações intersetoriais de promoção à saúde mental infanto-juvenil
que possam abarcar os diferentes atores e serviços direcionados a essa
população e que considerem de forma ampliada os mecanismos de risco envolvidos
nos diferentes contextos de vivencia das crianças e famílias.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[391]
ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO REDÁRIO
CLEUSA PINTO DE ALMEIDA; MIRIAN
KUN; NILVA SUELI OLIVEIRA
VILA SÃO COTTOLENGO, TRINDADE,
GO, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; humanização; promoção de saúde
Resumo: O presente trabalho relata a experiência da Terapia
Ocupacional na Vila São Cottolengo – Hospital de Medicina Especializada, na
cidade de Trindade - GO, a partir da implantação do Espaço Terapêutico Redário,
na promoção da saúde, humanização, qualidade de vida com pacientes vítimas de
lesões neurológicas, traumatismo crânio encefálico, acidente vascular
encefálico, dentre outros. As intervenções foram feitas em um espaço físico ao
ar livre arborizado em que foi possível observar melhoras significativas como:
físico, neurológico, social e comportamental dos pacientes. Há três anos
atuamos na Vila São Cottolengo especificamente na Unidade São José (USJ) e
deparamos com trinta mulheres de faixa etária de 37 a 82 anos com graves
limitações físicas e cognitivas, todas cadeirantes, a maioria dependente nas
Atividades de Vida Diária (AVDs) e que necessitavam de uma intervenção com
olhar da Terapia Ocupacional. Descobrimos “O Redário”, local em que se colocam
redes de descanso e balanço, atividade de lazer usada principalmente em
pousadas e hotéis ao ar livre. O trabalho teve como objetivo promover melhor
qualidade de vida humanizada; Oferecer atividade significativa e motivacional;
Desenvolver o bem estar físico, emocional e social e proporcionar estímulos
sensoriais. Os atendimentos eram realizados duas vezes na semana, fazendo
revezamento das pacientes, logo outros profissionais de outras unidades ficaram
interessados em atender seus pacientes no espaço, mas não tínhamos redes.
Diante de várias solicitações, ganhamos mais redes possibilitando atender um
maior número de pacientes do hospital. Em uma instituição de longa permanência,
existem vários significados ricos em simbolismo de rotinas de costumes, crenças
e rituais. Para compreendê-los, faz-se necessário observar, sentir, interpretar
o comportamento das pessoas que ali residem com o novo, desenvolvendo a arte da
escuta para compreender as expressões no seu cotidiano. A atuação e criação da
Terapia Ocupacional, do Espaço Terapêutico Redário proporcionou uma atividade
significativa, ao favorecer diversas possibilidades diante das limitações.
Acreditando que as práticas de promoção de saúde devem ser preventivas e
curativas, tornando a humanização relevante para as transformações necessárias
ao desenvolvimento do setor público da saúde, vindo de encontro com a Política
de Humanização (PNH) criada pelo Ministério da Saúde.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[391]
ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO REDÁRIO
CLEUSA PINTO DE ALMEIDA; MIRIAN
KUN; NILVA SUELI OLIVEIRA
VILA SÃO COTTOLENGO, TRINDADE,
GO, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; humanização; promoção de saúde
Resumo: O presente trabalho relata a experiência da Terapia
Ocupacional na Vila São Cottolengo – Hospital de Medicina Especializada, na
cidade de Trindade - GO, a partir da implantação do Espaço Terapêutico Redário,
na promoção da saúde, humanização, qualidade de vida com pacientes vítimas de
lesões neurológicas, traumatismo crânio encefálico, acidente vascular
encefálico, dentre outros. As intervenções foram feitas em um espaço físico ao
ar livre arborizado em que foi possível observar melhoras significativas como:
físico, neurológico, social e comportamental dos pacientes. Há três anos
atuamos na Vila São Cottolengo especificamente na Unidade São José (USJ) e
deparamos com trinta mulheres de faixa etária de 37 a 82 anos com graves
limitações físicas e cognitivas, todas cadeirantes, a maioria dependente nas
Atividades de Vida Diária (AVDs) e que necessitavam de uma intervenção com
olhar da Terapia Ocupacional. Descobrimos “O Redário”, local em que se colocam
redes de descanso e balanço, atividade de lazer usada principalmente em
pousadas e hotéis ao ar livre. O trabalho teve como objetivo promover melhor
qualidade de vida humanizada; Oferecer atividade significativa e motivacional;
Desenvolver o bem estar físico, emocional e social e proporcionar estímulos
sensoriais. Os atendimentos eram realizados duas vezes na semana, fazendo
revezamento das pacientes, logo outros profissionais de outras unidades ficaram
interessados em atender seus pacientes no espaço, mas não tínhamos redes.
Diante de várias solicitações, ganhamos mais redes possibilitando atender um
maior número de pacientes do hospital. Em uma instituição de longa permanência,
existem vários significados ricos em simbolismo de rotinas de costumes, crenças
e rituais. Para compreendê-los, faz-se necessário observar, sentir, interpretar
o comportamento das pessoas que ali residem com o novo, desenvolvendo a arte da
escuta para compreender as expressões no seu cotidiano. A atuação e criação da
terapia ocupacional, do Espaço Terapêutico Redário proporcionou uma atividade
significativa, ao favorecer diversas possibilidades diante das limitações.
Acreditando que as práticas de promoção de saúde devem ser preventivas e
curativas, tornando a humanização relevante para as transformações necessárias
ao desenvolvimento do setor público da saúde, vindo de encontro com a Política
de Humanização (PNH) criada pelo Ministério da Saúde.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[401]
TERAPIA OCUPACIONAL NOS CUIDADOS PALIATIVOS AOS PACIENTES ONCOLÓGICOS
RUBIA CRISTINA VALENTIM HENNING;
FABIO RICARDO RUSCH
FACULDADE GUILHERME GUIMBALA,
JOINVILE, SC. BRASIL
Palavras-chave: terapia ocupacional; cuidados paliativos; câncer
Resumo: Introdução: Os cuidados paliativos são destinados a
indivíduos que não se beneficiarão de terapias curativas, visando atenuar
sintomas físicos, espirituais e psicológicos que proporcionam sofrimento a
eles. Os pacientes oncológicos produzem a maior demanda para este tipo de
serviço devido o tratamento anti-tumoral ser longo e com efeitos colaterais que
causam excessivo sofrimento. A Terapia Ocupacional atua neste campo, como
terapia adjuvante do tratamento paliativo medicamentoso, focando sua
intervenção nos sintomas que mais trazem sofrimento ao paciente como ansiedade,
depressão, distress e dor, buscando uma melhor qualidade de vida para o
paciente oncológico. Objetivo: Este
artigo tem como objetivo verificar se os cuidados paliativos em articulação com
os conhecimentos da Terapia Ocupacional prestados aos pacientes oncológicos
hospitalizados são eficazes na melhora da qualidade de vida e no alívio do
sofrimento dos pacientes. Metodologia:
Realizou-se uma pesquisa de revisão bibliográfica em literaturas
especializadas, com captação de publicações relacionadas aos temas, cuidados
paliativos, oncologia e terapia ocupacional, com a intenção de verificar e
contabilizar publicações que comprovam ou citem a eficácia dos cuidados
paliativos não medicamentosos a pacientes oncológicos hospitalizados. Resultados/Discussão: Das referencias
selecionadas, 100% destas consideram que os cuidados paliativos
biopsicossociais são eficazes no tratamento paliativo do paciente oncológico.
Destes 10% dos estudos selecionados fez alguma crítica aos serviços de saúde
e/ou a formação acadêmica dos profissionais da saúde. Os cuidados paliativos
que envolvem os aspectos biopsicossociais são eficientes e possuem grande importância
no tratamento do paciente oncológico, quando são aplicados de maneira adequada
e em conciliação com o tratamento médico. Alguns estudos citam que o principal
benefício para as instituições que possuem este tipo de programa terapêutico é
a diminuição no consumo de medicamentos opióides. Considerações Finais: Foi possível verificar com este estudo que os
cuidados paliativos que abrangem as questões biopsicossociais são eficazes no
alívio do sofrimento dos pacientes oncológicos, contudo não foi possível
verificar a eficácia dos cuidados paliativos aplicados especificamente por
terapeutas ocupacionais, pois apenas 3,33% dos artigos captados eram
específicos de Terapia Ocupacional. Portanto sugere-se que sejam realizados
mais estudos de Terapia Ocupacional e de outras áreas da saúde sobre os
cuidados paliativos envolvendo os aspectos biopsicossociais.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[426]
A REGULAÇÃO DA REABILITAÇÃO FÍSICA NA GESTÃO PÚBLICA DA SECRETARIA DE
SAÚDE DO RS
SCHEILA ERNESTINA LIMA; AYESA
DONINI DONINI DE CASTILHOS LORENTZ
SECRETARIA DE SAÚDE DO RS, PORTO
ALEGRE, RS, BRASIL.
Palavras-chave: terapeuta ocupacional; regulação da gestão pública;
reabilitação física
Resumo: Introdução: A ação do terapeuta ocupacional (T.O)
Regulador, adotando critérios técnicos de reabilitação, no uso do sistema
informatizado de regulação e atuando na política pública da pessoa com
deficiência, tornou possível a qualificação dos atendimentos aos usuários da
rede de reabilitação física do SUS/RS, bem como maior controle e avaliação da
gestão pública pela Secretaria Estadual da Saúde do RS(SES/RS). Objetivos: Destacar a importância da
participação efetiva do terapeuta ocupacional como regulador e gestor desta
política, bem como do uso de sistema informatizado de regulação na gestão
pública. Metodologia: Utilização de
sistema de regulação da rede de reabilitação física pelos 496 municípios e 19
Regionais de Saúde no RS, contando o terapeuta ocupacional regulador no nível
Central da SES/RS, utilizando critérios de classificação de prioridades e
análise de dados quantitativos coletados a partir do sistema de regulação, para
qualificar a fila de espera e realizar a regulação da rede de Reabilitação
Física Estadual, em conformidade com as Portarias Ministeriais nº 818 de 2001 e
793 de 2012 que institui e organiza à rede de cuidados à pessoa com deficiência
do SUS. Resultados/Discussão: O sistema de regulação está implantado em 95%
dos municípios do RS no módulo ambulatorial, vinculado à Central Estadual de
Regulação que é inclusive coordenada por uma terapeuta ocupacional. Toda a
oferta de consultas iniciais da rede de reabilitação física, está sob regulação
estadual, excetuando 1 município. A SES/RS controla, mensalmente, a oferta
contratada dos prestadores da reabilitação, utilizando sistema de regulação que
proporcionou a organização dos fluxos, ampliou o acesso aos serviços
secundários e terciários Anais e qualificou o processo de controle e avaliação
da gestão pública estadual. Conclusões/Considerações:
A adoção de sistema informatizado de regulação pela SES/RS, aplicada à rede
de reabilitação física através da atuação do terapeuta ocupacional garante a
qualificação na assistência no tocante ao atendimento aos usuários do SUS, por
seus conhecimentos específicos de reabilitação, inclusive na elaboração de
critérios técnicos, aplicados à fila de espera e análise das prioridades de
atendimento. Além disso, proporcionou maior organização, controle,
monitoramento à referida rede.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[430]
APOIO MATRICIAL: CARTOGRAFANDO SEUS EFEITOS NA REDE DE CUIDADOS E NO
PROCESSO DE DESINSTITUCIONALIZAÇÃO DA LOUCURA
MEYRIELLE BELOTTI; MARIA CRISTINA
CAMPELLO LAVRADOR
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO
SANTO, VITÓRIA, ES, BRASIL.
Palavras-chave: atenção básica; saúde mental ;
desinstitucionalização
Resumo: Introdução: O Apoio Matricial tem como ideia central
compartilhar as situações encontradas no território, através de discussões
conjuntas, tanto para favorecer a construção de uma clínica ampliada, quanto
para instituir uma postura de corresponsabilidade pelos casos, facilitando,
assim, a inserção do sujeito com sofrimento mental no seu território. Dessa
forma, busca-se superara a lógica do encaminhamento, por meio da ampliação da
capacidade resolutiva da equipe da local. O trabalho relata a experiência dos
encontros de matriciamento realizados no município de Cariacica – ES. Colocamos
em análise o que esses encontros de matriciamento estão potencializando. Seus
efeitos produzidos têm contribuído para o surgimento de novos modos de acolher
a loucura nos serviços de saúde? Objetivo:
Analisar quais os efeitos e as contribuições que o Apoio Matricial pode
proporcionar no fortalecimento da rede de cuidados e no processo de
desinstitucionalização da loucura.
Metodologia: Propusemos-nos a utilizar a cartografia como uma postura ética
que se propõe a pensar e sentir as afecções e os movimentos que ocorrem durante
os encontros de matriciamento. Neste contexto, o cartógrafo irá compor a
paisagem estudada, bem como, realizar intervenções nessa, assumindo a papel de
apoiador, ou seja, através das discussões clínicas o pesquisador irá realizar
intervenções no grupo estudado, buscando a criação de práticas que promovam uma
reflexão dos processos cristalizados. Utilizamos também, o diário como uma
ferramenta metodológica que possibilitou um momento de reflexão do vivido
através do ato da escrita, sendo registrados falas, conversas, observações,
devaneios, sentimentos e percepções ocorridos nesses encontros. Resultados/Discussão: Identificamos que
as equipes da Atenção Básica ainda estão bastante capturadas pelo instituído,
atuando na maioria das vezes presas às regras e aos protocolos. Não sabendo
acolher as situações que “fogem da regra”. Atribuímos à dificuldade de acolher
a loucura à falta de capacitação em Saúde Mental e segundo relatos de alguns
profissionais há insuficiência na formação acadêmica dos mesmos. Em nosso
entendimento, o ficar “preso às regras” não permite ao trabalhador experimentar
a suavidade dos encontros, deixando seus “olhos vendados” para o inusitado. Considerações Finais: Compreendemos que
o AM, através da porosidade dos seus encontros, pode ser um dispositivo
importante na criação de práticas que possibilitem um pensar e (re) inventar
fora das regras, dos protocolos e do campo das certezas, abrindo, assim, espaço
para o inusitado.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[441]
GESTÃO DO SERVIÇO DE TERAPIA OCUPACIONAL: UM NOVO DESAFIO DA PRÁTICA
HOSPITALAR NO SUS
AIDE MITIE KUDO; PRISCILA BAGIO
MARIA BARROS; FERNANDA DEGANI ALVES DE SOUZA
INSTITUTO DA CRIANJÇA DO HOSPITAL
DAS CLÍNICAS FMUSP, SÃO PAULO, SP, BRASIL.
Palavras-chave: administração hospitalar; planejamento; terapia
ocupacional
Resumo: Introdução: Tradicionalmente, a atuação do terapeuta
ocupacional em instituições hospitalares é restrita às atividades assistenciais.
As transformações e as exigências impostas pelo mercado e pelo SUS por meio das
Normas Operacionais Básicas e Normas Operacionais da Assistência a Saúde, vêm
acarretando uma atuação cada vez mais efetiva das instituições hospitalares na
organização administrativa de seus serviços. Desta maneira, o serviço de
Terapia Ocupacional também deve estar em consonância com as necessidades
gerenciais da instituição. Este novo paradigma de planejamento e organização
administrativa, capaz de garantir melhoria da qualidade da assistência
terapêutica ocupacional, torna-se assim, um novo desafio para os terapeutas
ocupacionais. Objetivo: Este
trabalho tem como objetivo descrever os processos administrativos do Serviço de
Terapia Ocupacional relevantes para realização do planejamento e da gestão, em
um hospital público de alta complexidade, ligado a uma instituição de ensino. Metodologia: Levantamento dos
principais macro-processos assistenciais da intervenção do terapeuta
ocupacional e seus desdobramentos; e dos processos administrativos alinhados à
cultura organizacional para definição dos principais indicadores assistenciais
e administrativos. Levantamento das rotinas de trabalhos (ROTs) e procedimentos
operacionais padronizados (POPs) elaboradas pelo Serviço de Terapia
Ocupacional. Resultado: Foram
elaborados 04 ROTs, 07 POPs e criados 06 indicadores. ROTs e POPs são um
conjunto de instruções que visam documentar e padronizar os processos
assistenciais e de apoio. Os indicadores são ferramentas para mensurar e
quantificar os processos assistenciais e de apoio. Considerações Finais: A inserção do terapeuta ocupacional no
cenário de gestão de serviços é fundamental dentro das instituições
hospitalares. Sua atuação gerencial é uma estratégia capaz de técnica e
politicamente, organizar os processos assistenciais de trabalho tornando-os
mais qualificados e produtivos. Os indicadores assistenciais e administrativos
devem ser considerados instrumentos para mensurar e avaliar os processos e
resultados da prática profissional e consequentemente do Serviço de Terapia
Ocupacional, sendo apropriados para auxiliar o gestor na tomada de decisões e
cumprimentos de metas estabelecidas dentro de um planejamento estratégico do
serviço e da instituição.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[465]
PROJETOS HOSPITALARES E TERAPIA OCUPACIONAL A AMBIENTAÇÃO COMO UMA DAS
FACES DA HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR
ELIANI TIEMI YOSHIOKA1 ; GISELE
BRIDES PRIETO1 ; MARYSIA MARA RODRIGUES PRADO DE CARLO1 ; NATALIA CALIL AMBROSIO
MOLINARI2
1.UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO,
RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL; 2.HOSPITAL DE BASE, SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP,
BRASIL.
Palavras-chave: acesso aos serviços de saúde; arquitetura
hospitalar; humanização
Resumo: Introdução: O hospital tem sofrido muitas modificações ao
longo dos anos no modo de entender o cuidado à saúde dos indivíduos,
influenciando inclusive, o ambiente físico. O ambiente hospitalar passou a ser
considerado como uma parte importante na recuperação do paciente e humanização
hospitalar cuja visão surgiu no século XX, com o surgimento da medicina social,
que afirmava que a causa do adoecimento vem dos processos sociais, biológicos e
ecológicos. O Programa de Humanização na Atenção Anais Hospitalar traz a
cartilha sobre a ambiência no qual percebe o espaço físico como um espaço
social, profissional e de relações interpessoais. Tem como eixos a
confortabilidade (aspectos do ambiente), espaço para subjetividades, e espaço
como facilitadora do processo de trabalho. O terapeuta ocupacional tem muito
que contribuir na elaboração de projetos hospitalares, uma vez que é o
profissional que visa a melhor qualidade de vida, os aspectos físicos
ambientais, com a diminuição de barreiras arquitetônicas e adaptações, o que
aumenta a autonomia e a independência dos indivíduos. Além da atenção voltada à
vida ocupacional destes sujeitos auxiliando a minimizar os efeitos decorrentes
da hospitalização. Objetivos:
Relacionar a importância do terapeuta ocupacional na elaboração de projetos
hospitalares, levando em consideração a escassez de estudos nesta área. Metodologia: Através de uma revisão
integrativa na literatura nas bases de dados: Medline, PubMed, sites de busca,
de livros e documentos os quais relacionassem a importância do terapeuta
ocupacional na elaboração de projetos. E visita a um hospital geral de nível
secundário do interior de São Paulo buscando analisar a relação do ambiente
hospitalar e sua influência para o indivíduo hospitalizado. Resultados/Discussão: Foram
identificados 31 artigos de 1995 a 2012 sobre a influência do ambiente e a
qualidade do mesmo sobre o processo de cura do paciente durante a internação
hospitalar. Os aspectos ambientais encontrados como a iluminação natural,
ruídos e plantas, entre outros, influenciam positiva ou negativamente tanto o
paciente quanto os profissionais. O hospital analisado possui rampas de acesso,
quartos amplos, além de boa iluminação e corredores amplos, tornando-se um
ambiente confortável e estando de acordo com as normas e com os resultados da pesquisa.
Considerações Finais: Cada vez mais
se têm mostrado a importância do ambiente no processo de cura. Verificou que
muitos aspectos do ambiente como cor, ruídos, ventilação, iluminação,
acessibilidade influenciam a qualidade de vida e a recuperação do paciente
internado. Porém é necessário que realize mais pesquisas sobre o tema.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[471]
PACTO - CUIDADORES DE IDOSOS E ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL
PRISCILLA DE DE OLIVEIRA REIS
ALENCASTRO; KAYLA ARAÚJO XIMENES AGUIAR PALMA; FRANCISLAINE APARECIDA ARNAUT
RODRIGUES CARDOSO; DÉBORA CHEROBINI
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA
MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL.
Palavras-chave: cuidador; idosos; terapia ocupacional
Resumo: Com o aumento da população idosa e da expectativa de vida,
o número de enfermidades cresceu. Uma das patologias que vem se destacando são
as síndromes demências. O cuidador do idoso demenciado pode sofrer com
desgastes físicos, psíquicos e sociais, estresse e perda de motivação em seu
trabalho e em sua vida pessoal, por isso o apoio e a informação são muito
importantes para aqueles que cuidam e convivem com o portador de demência. A
proposição deste projeto decorre da necessidade de ações desenvolvidas com os
cuidadores formais e informais de idosos com demência isto que foi evidenciada
a demanda de maior suporte ao cuidador, justificando-se a partir da Política
Nacional do Idoso, na qual o artigo 4º, parágrafo IX refere apoio a estudos e
pesquisas sobre as questões relativas ao envelhecimento, umas vez que o
programa de apoio ao cuidador de idoso com demência visa a promoção de saúde do
mesmo e refletirá na saúde dos idosos assistidos por tais cuidadores. Assim,
temos como objetivo, através de um programa de apoio, abranger a atenção aos
cuidadores formais e informais de idosos com demência em Instituições de Longa
Permanência de Idosos (ILPI’s) e no Serviço de Internação Domiciliar do
Hospital Universitário de Santa Maria (SIDHUSM). As intervenções ocorrem em
formato de grupo de apoio composto por sujeitos encaminhados pelo próprio
serviço, neste grupo há espaço para escuta e troca de experiências, orientações
de manejo além de proporcionar uma atenção a saúde física e emocional do
próprio cuidador. O projeto se estende de abril a dezembro de 2013 e busca
contribuir ampliando as possibilidades da atuação interdisciplinar ao cuidador,
visto que o cuidado integral e qualificado é mais eficaz para a criação de
espaços de dialogo entre cuidadores formais e informais e profissionais de
saúde, dentre eles a Terapia Ocupacional. Diante disso, espera-se contribuir
para o apoio sistemático aos cuidadores informais dos pacientes do Serviço de
Internação Domiciliar do Hospital Universitário de Santa Maria (SIDHUSM), além
de cuidadores formais das ILPIs do município de Santa Maria.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[480]
CONSTRUÇÃO DE UM MANUAL PARA CRIANÇAS INTERNADAS: RECURSO TERAPÊUTICO
OCUPACIONAL EM CONTEXTO HOSPITALAR PEDIÁTRICO
FERNANDA DEGANI ALVES DE SOUZA;
AIDE MITIE KUDO INSTITUTO DA CRIANÇA, SÃO PAULO, SP, BRASIL.
Palavras-chave: criança hospitalizada; terapia ocupacional; doença
crônica
Resumo: Introdução: O adoecimento
e a hospitalização na infância pode se configurar como uma experiência
traumática e de sofrimento. A rotina hospitalar é estressante, com ruídos
constantes, horários de sono e alimentação alterados, aparelhos e equipamentos
diferentes do convívio habitual. É preciso realizar exames, procedimentos
invasivos e receber diversas medicações, além de se relacionar com pessoas
desconhecidas e compartilhar o mesmo ambiente com outros pacientes em situação
de sofrimento. A dor, a limitação física e a despersonalização do ambiente
desencadeiam reações negativas como ansiedade, medo, angústia e insegurança, as
quais afetam diretamente a compreensão e colaboração da criança frente ao seu
adoecimento e tratamento. Diante disso, o terapeuta ocupacional pode, por meio
de recursos e atividades dirigidas, auxiliar a criança a compreender e a se
familiarizar com a rotina e o ambiente hospitalar, para assim garantir melhor
enfrentamento, aceitação e adaptação à hospitalização. Dentre tais recursos,
destacam-se os manuais, considerados materiais educativos e instrutivos criados
para facilitar o entendimento do processo de saúde-doença e a contextualização
sobre a condição de internação hospitalar. Objetivos:
descrever o processo de construção de um manual educativo e lúdico sobre a
rotina e a dinâmica hospitalar em uma enfermaria pediátrica. Metodologia: Este
manual foi desenvolvido pelo Serviço de Terapia Ocupacional de um hospital
público de alta complexidade da cidade de São Paulo, ligado a uma instituição
de ensino. Foi realizada breve revisão bibliográfica sobre a existência de
manuais lúdicos com a temática da hospitalização infantil. Levantamento das
principais rotinas e procedimentos que envolvem o processo de internação e
tratamento na enfermaria pediátrica. Resultados: Elaboração do manual para criança
internada com as principais temáticas presentes no cotidiano da enfermaria:
exames e procedimentos invasivos, formas de administração de medicamentos,
higienização das mãos, funções de cada profissional na enfermaria. O manual é
interativo, contendo desenhos e atividades lúdicas relacionadas com o processo
de internação e tratamento. Considerações
Finais: Este manual poderá ajudar a criança na aprendizagem e compreensão
sobre o processo de adoecimento e hospitalização, auxiliando no enfrentamento,
aceitação e adaptação aos impactos em seu cotidiano e consequentemente na
aderência ao tratamento.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[482]
NÍVEL DE ESTRESSE DOS CALOUROS DA ÁREA DA SAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DO ESPÍRITO SANTO
ÁTALA LOTTI GARCIA; PAULA POZZI
PIMENTEL; JOÃO RAMIRO SERAFIM ANJOS; FELIPE GOMES LEMOS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
SANTO, VITÓRIA, ES, BRASIL.
Palavras-chave: estresse; faculdade; terapia ocupacional
Resumo: O termo stress provém do inglês, e teve sua origem firmada
à área biológica. As fontes estressoras são consideradas como as que têm o ato
de interferir na dinâmica da vida do organismo. Para um recém-chegado a
faculdade, o ambiente acadêmico tem inúmeros fatores que podem contribuir para
que haja estresse, entre eles troca de ambiente, afastamento da família e ritmo
puxado de estudo. Esse sofrimento pode se manifestar através do consumo de
álcool e outras drogas, depressão, suicídio e ansiedade. Este estudo tem como
objetivo mensurar os níveis de estresse em calouros dos cursos de Terapia
Ocupacional, Fisioterapia, Nutrição e Fonoaudiologia da UFES. Foi realizado um
estudo transversal com abordagem quantitativa. A coleta de dados envolveu a
aplicação do Teste de Lipp – ISS (inventário de sintomas de “stress”) a 10
alunos dos 4 cursos citados, sendo um total de 40 alunos. Foi perguntado se
sentiam alguns sintomas de estresse nas últimas 24 horas, última semana e
últimos 3 meses. Dos quarenta alunos participantes da pesquisa, 34%
apresentaram-se na fase (I) Alarme, de estresse, 46% dos alunos apresentam se
na fase (II) Resistência, 12% dos alunos apresentam se na fase (III) Exaustão e
8% não apresentam sintomas de estresse. Ao analisar os gráficos podemos observar,
que o estresse dos alunos da se a carga elevada de atividades acadêmicas e a
dificuldade de alguns alunos de conciliar os estudos ao momento de lazer,
devido ao pouco tempo livre. Pode-se concluir a partir da análise dos dados que
o processo de ingresso na faculdade é desencadeante de estresse em alunos
universitários. A Terapia Ocupacional trabalha com o melhor aproveitamento do
tempo livre, dedicando as atividades ao lazer, que promove o melhoramento e
relaxamento físico e psicológico. Utilizando de recursos que não atrapalham o
desenvolvimento do aluno na faculdade. Prevenindo assim o desencadeamento do
estresse. E acreditamos que uma mudança no projeto pedagógico dos cursos do
DEIS reduzindo a carga horária por períodos e estendendo seu tempo livre contribuiria,
também, para a diminuição dos sintomas de estresse.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[486]
REGULAÇÃO DA REABILITAÇÃO FÍSICA NA GESTÃO PÚBLICA DA SECRETARIA DE
SAÚDE DO RS
AYESA DONINI DONINI DE CASTILHOS
LORENTZ; SCHEILA ERNESTINA LIMA
SECRETARIA DE SAÚDE DO RS, PORTO
ALEGRE, RS, BRASIL.
Palavras-chave: terapeuta ocupacional; regulação da gestão pública;
reabilitação física
Resumo: Introdução: A
ação do terapeuta ocupacional (T.O) Regulador, adotando critérios técnicos de
reabilitação, no uso do sistema informatizado de regulação e atuando na
política pública da pessoa com deficiência, tornou possível a qualificação dos
atendimentos aos usuários da rede de reabilitação física do SUS/RS, bem como
maior controle e avaliação da gestão pública pela Secretaria Estadual da Saúde
do RS(SES/RS). Objetivos:Destacar a
importância da participação efetiva do terapeuta ocupacinal como regulador e
gestor desta política, bem como do uso de sistema informatizado de regulação na
gestão pública. Metodologia:
Utilização de sistema de regulação da rede de reabilitação física pelos 496
municípios e 19 Regionais de Saúde no RS, contando terapeuta ocupacional
regulador no nível Central da SES/RS, utilizando critérios de classificação de
prioridades e análise de dados quantitativos coletados a partir do sistema de
regulação, para qualificar a fila de espera e realizar a regulação da rede de
Reabilitação Física Estadual, em conformidade com as Portarias Ministeriais nº 818
de 2001 e 793 de 2012 que institui e organiza à rede de cuidados à pessoa com
deficiência do SUS.Resultados/Discussão:
O sistema de regulação está implantado em 95% dos municípios do RS no
módulo ambulatorial, vinculado à Central Estadual de Regulação que é inclusive
coordenada por uma terapeuta ocupacional. Toda a oferta de consultas iniciais
da rede de reabilitação física, está sob regulação estadual, excetuando 1
município. A SES/RS controla, mensalmente, a oferta contratada dos prestadores
de reabilitação, utilizando sistema de regulação que proporcionou a organização
dos fluxos, ampliou o acesso aos serviços secundários e terciários e qualificou
o processo de controle e avaliação da gestão pública estadual. Considerações Finais: A adoção de
sistema informatizado de regulação pela SES/RS, aplicada à rede de reabilitação
física através da atuação do terapeuta ocupacional garante a qualificação na
assistência no tocante ao atendimento aos usuários do SUS, por seus
conhecimentos específicos de reabilitação, inclusive na elaboração de critérios
técnicos, aplicados à fila de espera e análise das prioridades de atendimento.
Além disso, proporcionou maior organização, controle, monitoramento à referida
rede.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[480]
CONSTRUÇÃO DE UM MANUAL PARA CRIANÇAS INTERNADAS: RECURSO TERAPÊUTICO
OCUPACIONAL EM CONTEXTO HOSPITALAR PEDIÁTRICO
FERNANDA DEGANI ALVES DE SOUZA;
AIDE MITIE KUDO
INSTITUTO DA CRIANÇA, SÃO PAULO, SP, BRASIL.
Palavras-chave: criança hospitalizada; terapia ocupacional; doença
crônica
Resumo: Introdução: O adoecimento
e a hospitalização na infância pode se configurar como uma experiência
traumática e de sofrimento. A rotina hospitalar é estressante, com ruídos
constantes, horários de sono e alimentação alterados, aparelhos e equipamentos
diferentes do convívio habitual. É preciso realizar exames, procedimentos
invasivos e receber diversas medicações, além de se relacionar com pessoas
desconhecidas e compartilhar o mesmo ambiente com outros pacientes em situação
de sofrimento. A dor, a limitação física e a despersonalização do ambiente
desencadeiam reações negativas como ansiedade, medo, angústia e insegurança, as
quais afetam diretamente a compreensão e colaboração da criança frente ao seu
adoecimento e tratamento. Diante disso, o terapeuta ocupacional pode, por meio
de recursos e atividades dirigidas, auxiliar a criança a compreender e a se
familiarizar com a rotina e o ambiente hospitalar, para assim garantir melhor
enfrentamento, aceitação e adaptação à hospitalização. Dentre tais recursos,
destacam-se os manuais, considerados materiais educativos e instrutivos criados
para facilitar o entendimento do processo de saúde-doença e a contextualização
sobre a condição de internação hospitalar. Objetivos:
descrever o processo de construção de um manual educativo e lúdico sobre a
rotina e a dinâmica hospitalar em uma enfermaria pediátrica. Metodologia: Este
manual foi desenvolvido pelo Serviço de Terapia Ocupacional de um hospital
público de alta complexidade da cidade de São Paulo, ligado a uma instituição
de ensino. Foi realizada breve revisão bibliográfica sobre a existência de
manuais lúdicos com a temática da hospitalização infantil. Levantamento das
principais rotinas e procedimentos que envolvem o processo de internação e
tratamento na enfermaria pediátrica. Resultados: Elaboração do manual para
criança internada com as principais temáticas presentes no cotidiano da
enfermaria: exames e procedimentos invasivos, formas de administração de
medicamentos, higienização das mãos, funções de cada profissional na enfermaria.
O manual é interativo, contendo desenhos e atividades lúdicas relacionadas com
o processo de internação e tratamento. Considerações
Finais: Este manual poderá ajudar a criança na aprendizagem e compreensão
sobre o processo de adoecimento e hospitalização, auxiliando no enfrentamento,
aceitação e adaptação aos impactos em seu cotidiano e consequentemente na
aderência ao tratamento.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[482]
NÍVEL DE ESTRESSE DOS CALOUROS DA ÁREA DA SAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DO ESPÍRITO SANTO
ÁTALA LOTTI GARCIA; PAULA POZZI
PIMENTEL; JOÃO RAMIRO SERAFIM ANJOS; FELIPE GOMES LEMOS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
SANTO, VITÓRIA, ES, BRASIL.
Palavras-chave: estresse; faculdade; terapia ocupacional
Resumo: O termo stress provém do inglês, e teve sua origem firmada
à área biológica. As fontes estressoras são consideradas como as que têm o ato
de interferir na dinâmica da vida do organismo. Para um recém-chegado a
faculdade, o ambiente acadêmico tem inúmeros fatores que podem contribuir para
que haja estresse, entre eles troca de ambiente, afastamento da família e ritmo
puxado de estudo. Esse sofrimento pode se manifestar através do consumo de
álcool e outras drogas, depressão, suicídio e ansiedade. Este estudo tem como
objetivo mensurar os níveis de estresse em calouros dos cursos de Terapia
Ocupacional, Fisioterapia, Nutrição e Fonoaudiologia da UFES. Foi realizado um
estudo transversal com abordagem quantitativa. A coleta de dados envolveu a
aplicação do Teste de Lipp – ISS (inventário de sintomas de “stress”) a 10
alunos dos 4 cursos citados, sendo um total de 40 alunos. Foi perguntado se
sentiam alguns sintomas de estresse nas últimas 24 horas, última semana e
últimos 3 meses. Dos quarenta alunos participantes da pesquisa, 34%
apresentaram-se na fase (I) Alarme, de estresse, 46% dos alunos apresentam se
na fase (II) Resistência, 12% dos alunos apresentam se na fase (III) Exaustão e
8% não apresentam sintomas de estresse. Ao analisar os gráficos podemos
observar, que o estresse dos alunos da se a carga elevada de atividades
acadêmicas e a dificuldade de alguns alunos de conciliar os estudos ao momento
de lazer, devido ao pouco tempo livre. Pode-se concluir a partir da análise dos
dados que o processo de ingresso na faculdade é desencadeante de estresse em
alunos universitários. A Terapia Ocupacional trabalha com o melhor
aproveitamento do tempo livre, dedicando as atividades ao lazer, que promove o
melhoramento e relaxamento físico e psicológico. Utilizando de recursos que não
atrapalham o desenvolvimento do aluno na faculdade. Prevenindo assim o
desencadeamento do estresse. E acreditamos que uma mudança no projeto
pedagógico dos cursos do DEIS reduzindo a carga horária por períodos e
estendendo seu tempo livre contribuiria, também, para a diminuição dos sintomas
de estresse.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[486]
REGULAÇÃO DA REABILITAÇÃO FÍSICA NA GESTÃO PÚBLICA DA SECRETARIA DE
SAÚDE DO RS
AYESA DONINI DONINI DE CASTILHOS
LORENTZ; SCHEILA ERNESTINA LIMA
SECRETARIA DE SAÚDE DO RS, PORTO
ALEGRE, RS, BRASIL.
Palavras-chave: terapeuta ocupacional; regulação da gestão pública;
reabilitação física
Resumo: Introdução: A
ação do terapeuta ocupacional (T.O) Regulador, adotando critérios técnicos de
reabilitação, no uso do sistema informatizado de regulação e atuando na
política pública da pessoa com deficiência, tornou possível a qualificação dos
atendimentos aos usuários da rede de reabilitação física do SUS/RS, bem como
maior controle e avaliação da gestão pública pela Secretaria Estadual da Saúde
do RS(SES/RS). Objetivos:Destacar a
importância da participação efetiva do terapeuta ocupacinal como regulador e
gestor desta política, bem como do uso de sistema informatizado de regulação na
gestão pública. Metodologia:
Utilização de sistema de regulação da rede de reabilitação física pelos 496
municípios e 19 Regionais de Saúde no RS, contando terapeuta ocupacional regulador
no nível Central da SES/RS, utilizando critérios de classificação de
prioridades e análise de dados quantitativos coletados a partir do sistema de
regulação, para qualificar a fila de espera e realizar a regulação da rede de
Reabilitação Física Estadual, em conformidade com as Portarias Ministeriais nº
818 de 2001 e 793 de 2012 que institui e organiza à rede de cuidados à pessoa
com deficiência do SUS.Resultados/Discussão:
O sistema de regulação está implantado em 95% dos municípios do RS no
módulo ambulatorial, vinculado à Central Estadual de Regulação que é inclusive
coordenada por uma terapeuta ocupacional. Toda a oferta de consultas iniciais
da rede de reabilitação física, está sob regulação estadual, excetuando 1
município. A SES/RS controla, mensalmente, a oferta contratada dos prestadores
de reabilitação, utilizando sistema de regulação que proporcionou a organização
dos fluxos, ampliou o acesso aos serviços secundários e terciários e qualificou
o processo de controle e avaliação da gestão pública estadual. Considerações Finais: A adoção de
sistema informatizado de regulação pela SES/RS, aplicada à rede de reabilitação
física através da atuação do terapeuta ocupacional garante a qualificação na
assistência no tocante ao atendimento aos usuários do SUS, por seus
conhecimentos específicos de reabilitação, inclusive na elaboração de critérios
técnicos, aplicados à fila de espera e análise das prioridades de atendimento.
Além disso, proporcionou maior organização, controle, monitoramento à referida
rede.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[545]
APORTE DO PET-SAÚDE NA FORMAÇÃO DOS ESTUDANTES DE TERAPIA OCUPACIONAL,
FISIOTERAPIA E FONOAUDIOLOGIA
GABRIELA CASEIRO ALMEIDA SILVA;
LUDMILA GONÇALVES PERRUCI; REGINA YONEKO DAKUZAKU CARRETTA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO,
RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL.
Palavras-chave: pet-saúde; formação na área da saúde; atenção
primária à saúde
Resumo: Introdução: O PET-Saúde (Programa de Educação pelo Trabalho
para a Saúde) é um dos programas indutores do Ministério da Saúde e da Educação
para o fortalecimento da Atenção Básica buscando a formação de recursos humanos
mais capacitados na atenção à saúde da família e comunidade. Para Almeida et al
(2012) a Atenção Primária à Saúde (APS) é um espaço essencial para auxiliar na
formação do profissional de saúde, para que este seja mais crítico, reflexivo e
preparado para atuar em equipe. Dessa forma, tanto o Ministério da Saúde quanto
da Educação, têm promovido iniciativas para estimular a aproximação entre as
Universidades e os serviços de saúde não hospitalares, exemplo o PET-Saúde.
Segundo a autora, a experiência dos alunos de graduação em atuar na atenção
primária representa um aprendizado diversificado, que não se limita apenas ao conhecimento
teórico de condutas e procedimentos, mas se baseia fundamentalmente no
relacionamento com os usuários inseridos em uma realidade própria, com
necessidades e condições especiais, através da atuação no território e suas
necessidades. Objetivos: Relatar a
percepção dos alunos participantes do PET-Saúde do Campus da USP-Ribeirão
Preto, das áreas de Terapia Ocupacional, Fisioterapia e de Fonoaudiologia, bem
como suas contribuições e os resultados obtidos. Método: Participaram da pesquisa 13 graduandos PET-Saúde dos cursos
de graduação citados. Trata-se de um estudo qualitativo, de cunho exploratório
com o uso de um roteiro semiestruturado, que aborda a contribuição do PET-Saúde
para aprendizagem e formação do graduando. Foi utilizada a Analise de Conteúdo
Temático para análise dos resultados. Resultados:
As categorias identificadas foram: “a vivencia prática e diversidade de ações”,
“multidisciplinaridade e interdisciplinaridade”, e “organização do projeto e
articulação entre os participantes”. Os graduandos apontaram a correlação entre
subsídios teóricos vistos em disciplinas cursadas e as vivências no programa
PETSaúde, o que possibilitou a compreensão e maior apropriação desses
conteúdos. Destacaram também a importância de um trabalho multi e interdisciplinar
para uma formação profissional qualificada. Em relação às dificuldades
apresentadas, referem que organização e articulação dos participantes e do
programa poderiam ser melhoradas possibilitando maior integração. Considerações Finais: Constatou-se que
o PET-Saúde amplia a visão e atuação dos alunos na Atenção Básica, colaborando
para a aquisição de habilidades e competência para atuação na atenção à saúde,
onde possam desenvolver uma prática crítica, contato e ações
interdisciplinares, além de favorecer a reflexão e humanização na atenção à
população.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[585]
FORTALECENDO O MATRICIAMENTO DA SAÚDE MENTAL EM UMA USF DE SANTOS/SP
RODRIGO ALVES DOS SANTOS SILVA1;
ANDRÉ EDUARDO MEI2; CARLA FERNANDES DE ANDRADE2; ÉLIDA MARIA RODRIGUES DE
MORAES2
1.UFSCAR, SAO CARLOS, SP, BRASIL;
2.UNIFESP, SANTOS, SP, BRASIL.
Palavras-chave: matriciamento; saúde mental; residência
multiprofissional
Resumo: Introdução: O presente trabalho relata ações conjuntas
entre o Programa de Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde da
Universidade Federal de São Paulo (PRMAS - UNIFESP), a Seção de Saúde da
Família (SESFAMI) situada na Região dos Morros do município de Santos/SP e o
CAPS de referência (NAPS IV) para fortalecer o matriciamento em Saúde Mental no
município. Objetivo: Relatar as
ações de cuidado em saúde mental e os resultados obtidos com as mesmas, no
período de Outubro de 2010 a fevereiro de 2013, por equipe de residentes do
PRMAS - UNIFESP e de profissionais de referência da SESFAMI e do NAPSIV, com
ênfase na estratégia de acolhimento e encaminhamento. Descrição da experiência:
No período mencionado, os profissionais supracitados desenvolveram ações como
participação de discussões sobre o matriciamento na Secretaria Municipal de
Saúde e no NAPS IV, visitas domiciliares e a atividade de acolhimento e
encaminhamento, com vistas a buscar outras estratégias para a demanda de saúde
mental na esfera da atenção básica, além dos grupos de terapia comunitária já
realizados na SESFAMI. A atividade de acolhimento e encaminhamento, pensada
para qualificar o cuidado em Saúde Mental, assumiu formatos variados, de acordo
com a dinâmica da unidade e do território, se configurando-se como grupos,
encontros individuais e assimilando novas linguagens e abordagens singulares.Resultados: As ações mencionadas
contribuíram para potencializar o vínculo de munícipes com a SESFAMI e para a
aproximação da SESFAMI e NAPS de sua referência, promovendo discussões de caso,
debates ampliados e a formação dos profissionais envolvidos no campo da Saúde
Pública. Já a atividade de acolhimento e encaminhamento destaca-se neste
processo, pela proposta de operacionalização do matriciamento sensível à
realidade local. Considerações Finais:
A SESFAMI e os trabalhadores da Saúde Mental, por meio da necessidade de
fortalecer o matriciamento em Saúde Mental de Santos, criaram estratégias
significativas e sensíveis à realidade local, culminando na aproximação de
munícipes com demanda de saúde mental, e contribuindo para a formação dos
residentes multiprofissionais e profissionais da SESFAMI e NAPS.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[605]
SALA DE ESPERA NA DISCUSSÃO SOBRE O CÂNCER: RELATO DE ACADÊMICAS DE
TERAPIA OCUPACIONAL
JÉSSICA MAYARA SANTOS ALVES;
JULIANA FERREIRA LOPES; KÉZIA FRIAS PEREIRA DE MEDEIROS
UNCISAL, MACEIÓ, AL, BRASIL.
Palavras-chave: educação em saúde; neoplasia; terapia ocupacional
Resumo: Introdução: Atualmente, o câncer é um dos problemas de
saúde pública mais complexos dada a sua magnitude epidemiológica, social e
econômica, podendo a maioria dos novos casos serem diminuídos através da
prevenção (Brasil,2012).A concepção de educação em saúde pressupõe uma educação
para a vida, numa perspectiva dialógica, emancipadora, participativa e criativa
visando a autonomia do usuário como sujeito de direitos (Silva,1999). A
atividade de grupo em sala de espera é um fenômeno merecedor de atenção, pois é
nele que se dá o início da relação entre o indivíduo, a doença, a equipe de
assistência e a assistência propriamente dita (Texeira e Daher,1999). O
terapeuta ocupacional como educador em saúde frente ao câncer na atenção
primaria atua na desmistificação, no estimulo de hábitos saudáveis da
população, oportunizando conhecer seus sinais de alerta, favorecendo a realização
de rastreios oncológicos e fazendo esforços conjuntos a autoridades competentes
(Branco,2005).Objetivos: Este
trabalho é uma vivência de acadêmicas de Terapia Ocupacional no estágio
obrigatório de saúde coletiva objetivando relatar atividade desenvolvida em
sala de espera na Unidade de Saúde da Família de Maceió-AL, onde se promoveu a
discussão,esclarecendo e desmistificação sobre o câncer. Metodologia: A atividade teve a duração de 40 minutos estando
presentes 15 pessoas. Inicialmente, procuramos entender através do diálogo os
conceitos e crenças dos participantes para assim desmitificar pré-informações.
Posteriormente, distribuiu-se cartelas com informações sobre a prevenção e
sintomatologia representados por imagens de laços ilustrados no cartaz
referente aos tipos mais comuns da doença. Após explicações foi se intercalando
a participação dos usuários na discussão e leitura simples das informações
contidas em suas cartelas. Resultados. Percebeu-se que alguns participantes não
tinham esclarecimento sobre a temática exaltando a carga psicológica e cultural
pesada da patologia. Porém, a grande maioria ressaltou a importância da
prevenção em saúde sendo discutida a mesma e ampliada as ações com o dialogo
entre os acadêmicos . Inseriu-se assim um espaço para o esclarecimento das
dúvidas podendo avaliar, interagir, desmistificar e (re)construir a patologia,
além de entender e respeitar as diferença das pessoais promovendo ações para
melhor qualidade de vida de forma terapêutica e humanizada. Considerações Finais: Compreender a
relação existente entre a educação em saúde e a prevenção do câncer no ambiente
de sala de espera é respeitar as singularidades e saberes dos indivíduos a fim
de promover qualidade a assistência e educação em saúde para a melhoria da
qualidade de vida da população.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[609]
O TERAPEUTA OCUPACIONAL NO MATRICIAMENTO ÀS EQUIPES DE PSF
RENATA TOSTA1; DAVID CAPISTRANO
DA COSTA FILHO2;
1 CAPS III; 2 SERVIÇO DE SAÚDE
DR. CÂNDIDO FERREIRA, CAMPINAS, SP, BR.
Palavras-chave: matriciamento; terapia ocupacional; saúde mental
Resumo: Introdução: A Reforma Psiquiátrica aponta para uma
emergencial articulação da Saúde Mental com a Atenção Básica com intuito de
superar o modelo hospitalocêntrico e ofertar uma nova forma de intervir, junto
a loucura, de forma mais efetiva integrada e territorializada, desta forma,
denominada matriciamento. Objetivo:
Descrever o apoio matricial como ferramenta para estruturação dos novos modelos
de saúde e a contribuição da Terapia Ocupacional nas equipes de apoio. Métodos: As reuniões ocorrem
semanalmente, e reúne profissionais dos serviços de Unidade Básica e CAPS III -
composta por terapeutas ocupacionais, psicólogos, médicos, enfermeiros e
agentes de saúde. Resultados: Nas
reuniões os profissionais trocam informações, elucidam diagnóstico, consolidam
intervenções, constroem conjuntamente o PTS– Projeto terapêutico singular, e
co-responsabilização do cuidado, além de abordagens mais integrais que vai além
da discussão da doença e seu núcleo. Discussão:
A constituição da rede de atenção a saúde mental, sob a diretriz da
reabilitação psicossocial estimula num crescente a participação dos diversos
profissionais de saúde de maneira transversal. Sob a ótica da construção do
processo de tratamento do sujeito, o profissional de Terapia Ocupacional tem
muito a contribuir por meio de sua especificidade. Ampliando os cuidados a
partir da identificação e validação de potencialidades e interesses, da
observação sistemática do cotidiano do sujeito, do fortalecimento de vínculos e
contratualidade. possibilitando o resgate da identidade, e por vezes a
autonomia ao tratamento. Afinal um diferencial que ressaltamos na prática e
atuação da Terapia Ocupacional, é a priorização dada à ação, ao processo e ao
produto do ‘fazer’ humano. Considerações
Finais: Conclui-se que as discussões de casos feitas no matriciamento, tem
sido importante recurso para gestão do trabalho em saúde, objetivando ampliar
as possibilidades de da clínica ampliada, e integração dialógica entre
distintas especialidades entre elas a Terapia Ocupacional.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[610]
DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DE ADULTOS COM RESTRIÇÕES A PARTICIPAÇÃO SOCIAL
SABRINA DE MELLO RODRIGUES; MARTA
AOKI; FÁTIMA CORREA OLIVER
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO
PAULO, SP, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; pessoas com deficiência
Resumo: Introdução: O curso de graduação em Terapia Ocupacional da
Universidade de São Paulo desenvolve parceria com uma Unidade Básica de Saúde
(UBS) para acompanhamento da população com deficiência e/ou em sofrimento
psíquico moradora da área de abrangência desse serviço. Entre os projetos
realizados pela parceria, destaca-se a atenção a adultos com restrições a
participação social desenvolvida no grupo de convivência “Família Mosaico”.
Este grupo objetiva a melhora das condições físicas e psicossociais dos
participantes, a construção de um espaço de escuta e troca de informações sobre
direitos sociais e a confecção de objetivos significativos em mosaico. Os
profissionais e estudantes de Terapia Ocupacional envolvidos nesse processo têm
buscado ampliar o conhecimento sobre a população adulta moradora da área de
abrangência da UBS e sobre aquela participante do grupo, de forma a favorecer a
ação interdisciplinar para o acompanhamento em saúde e reabilitação na UBS. Objetivo: Realizar levantamento de
dados sócio-demográficos e de saúde da população com restrições a participação
social identificada por esse serviço de saúde, como forma a propor práticas de
saúde mais contextualizadas com o perfil e demandas apresentadas. Metodologia: Trata-se de um
diagnóstico situacional realizado em dois núcleos. No primeiro buscou-se
reconhecer os dados socio-demográficos e de saúde de 139 adultos com restrições
a participação social, com idades entre 18 e 60 anos. Para pesquisa foram
analisados os dados obtidos nos prontuários de família e no Cadastro de
Informações da Atenção Básica. Na segunda etapa, foi realizado um
aprofundamento do estudo, a partir da aplicação de um questionário
semi-estruturado com 21 pessoas adultos, que em algum momento, frequentaram o
grupo. Resultados/Discussão: Como
aspectos gerais destacam-se o número superior de sujeitos do sexo masculino,
com idades entre 21 a 30 anos, solteiros, desempregados e com baixa
escolaridade. Os comprometimentos de saúde mais frequentes foram: hipertensão
arterial (29,4%), presença de dores (25,1%) e diabetes mellitus (15,8%). No
momento em que o estudo foi realizado, poucas pessoas afirmaram receberem
tratamento em reabilitação, sendo o atendimento em Terapia Ocupacional o mais
mencionado. Considerações finais: a partir da realização desse diagnóstico é
possível pensar em estratégias de atenção a essa população, de forma a atender
as suas principais necessidades. Possibilitando também que aspectos, por vezes,
desconsiderados na elaboração de projetos terapêuticos sejam incorporados, além
de salientar a importância da identificação precoce de pessoas com deficiência
no território, para ações em reabilitação mais efetivas.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[615]
PROJETO DE ACESSIBILIDADE PARA UNIDADES DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE COM
PARCERIA DE INSTITUIÇÃO PRIVADA
ROBERTA ABDUCH ROLIM CREDIDIO;
MARIA TERESA IOSHIMOTO
ALBERT EINSTEIN, SÃO PAULO, SP,
BRASIL
Palavras-chave: acessibilidade; deficiência; segurança
Resumo: Introdução: A premissa da acessibilidade é favorecer e
viabilizar o acesso às pessoas com deficiências (PcD) ou mobilidade reduzida, a
serviços, informações e no uso de produtos, além de permitir a utilização
destes por todas as parcelas da população promovendo maiores chances de
igualdade e integração dessas pessoas. O terapeuta ocupacional é o profissional
que atua em torno desta mesma meta, na garantia da máxima independência
possível para a realização das atividades, com satisfação, motivação e
qualidade. Neste contexto, é necessário que se considere uma série de fatores
que abrangem, além das condições clínicas dos usuários do serviço de saúde, da
acessibilidade das unidades, o entorno, trajeto e o transporte urbano coletivo
que a região dispõe. Objetivos:
Realizar um mapeamento de acessibilidade em unidades do Sistema Único de Saúde
(SUS), com a sinalização de barreiras e facilitadores; avaliação do entorno e
transporte coletivo, considerando as particularidades de cada local e o perfil
funcional do usuário. Metodologia:
Considerando a capacitação do terapeuta ocupacional na área de acessibilidade
em instituição privada de excelência em saúde, foi estendido o projeto às
unidades de parceria com os programas governamentais. As etapas deste processo
foram: visita à unidade para o reconhecimento do local, análise do fluxo de
atendimento, serviços oferecidos, tempo de permanência na unidade,
características da população atendida, avaliação do entorno e meios de
transporte comumente utilizados; levantamento fotográfico, aferição de medidas
dos espaços, sinalização de barreiras e proposta de facilitadores, treinamento
da equipe, elaboração do laudo de acessibilidade e discussão dos resultados com
o profissional responsável do local e gerência, para posterior adequação. Resultados/Discussão: O mapeamento de
acessibilidade nas unidades do SUS cumpriu com o dever de sinalizar as
barreiras que limitam o desempenho das PcD e de propor facilitadores, para
melhoria e viabilização do acesso a esta população. Além disso, este trabalho
sensibilizou os profissionais que atuam na assistência para o exercício de uma
visão crítica diante das condições de acessibilidade e da importância da
manutenção preventiva e corretiva do ambiente. Considerações Finais: A elaboração deste projeto foi de grande
valia para demonstrar que, com algumas adequações na estrutura física, no
mobiliário, modificações de dispositivos de uso coletivo e mudanças de atitude,
é possível que todas as pessoas possam usufruir de um serviço de saúde com mais
segurança minimizando os riscos a que estão expostos, promovendo a
acessibilidade à PcD.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[673]
ATENDIMENTO TERAPÊUTICO OCUPACIONAL NO PRONTO ATENDIMENTO DE UM
HOSPITAL DE URGÊNCIA EM BELO HORIZONTE: DESAFIOS DO PROCESSO AVALIATIVO
LUANA FERREIRA BATISTA; CYNTHIA
GIRUNDI DA SILVA E LIMA; LIVIA MARA NAVES BARROS; CIBELE DE FÁTIMA DA SILVA
FONSECA; CIOMARA MARIA NUNES
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS
GERAIS, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.
Palavras-chave: contexto hospitalar; pronto atendimento; terapia
ocupacional
Resumo: Introdução: A inovação do atendimento de reabilitação em um
ambiente de urgência exige do terapeuta ocupacional um processo avaliativo
rápido, contudo abrangente, da condição de saúde dos sujeitos. Para isso foi
desenvolvido uma ficha de avaliação pautada na Classificação Internacional de
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) a fim de identificar as áreas de
participação que mais foram afetadas devido o trauma que levou o indivíduo a procurar
o serviço hospitalar, bem como os fatores pessoais /ambientais, estrutura e
função do corpo e capacidade que influenciam tal condição. Assim, a conduta a
ser estabelecida fica mais clara e a intervenção pode ser mais efetiva. Objetivo: Descrever o processo de
construção da avaliação terapêutica ocupacional baseada na CIF para pronto
atendimento (PA) de um hospital de Urgência e Emergência em Belo Horizonte. Metodologia: Foram incluídas como parte
do histórico ocupacional as 9 áreas da CIF (tarefas e exigências gerais;
comunicação; mobilidade; auto-cuidado ; vida doméstica; interações e
relacionamentos interpessoais; áreas principais da vida e vida comunitária,
social e cívica). A avaliação da participação/funcionalidade é guiada pela
Medida de Independência Funcional. A partir do resultado funcional e da
condição atual de saúde que o sujeito apresenta são selecionados os
instrumentos para o exame das estruturas e funções do corpo/capacidade como
Fugl-Meyer, NIHSS e MoCa. A ficha foi aplicada em pacientes da linha de cuidado
clínico composta por neurologia, ortopedia, cardiorespiratório e gerontologia
no PA durante o período de fevereiro a junho de 2013 em uma versão piloto para
verificar sua aplicabilidade no ambiente de urgência. Resultados: Com auxílio dessa ficha pode-se identificar que as
áreas de mobilidade e autocuidado foram as que apresentaram maior influência da
condição de saúde durante a internação no PA. Dessa forma, foram estabelecidos
protocolos de intervenção que visam o reestabelecimento, em curto prazo, da
funcionalidade dos sujeitos. Considerações
Finais: O reestabelecimento funcional dos sujeitos está diretamente
relacionado a uma identificação rápida e eficiente da relação entre condição de
saúde,capacidade, participação e fatores pessoais e ambientais. A forma com que
a ficha foi estruturada permite um raciocínio clínico amplo que vai além do
modelo biomédico ainda muito utilizado no ambiente hospitalar.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[675]
O OLHAR DOS PROFISSIONAIS DA ESF SOBRE A PESSOA COM DEFICIÊNCIA
BRUNA ESTEVES SAPORITO; CAROLINA
MARIA DO CARMO ALONSO; DOMITILA SÁ BARRETO RIBEIRO; RAFAELLA PINTO; THAIS EGUES
LOPES
UFRJ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.
Palavras-chave: estratégia saúde da família; pessoa com
deficiência; terapia ocupacional
Resumo: A Estratégia Saúde da Família (ESF) é a porta de entrada do
sistema de saúde do Brasil sendo responsável por uma população adscrita
oferecendo atenção integral, longitudinal e qualificada. Para formação dos
profissionais neste âmbito foram criadas politicas indutoras que buscam a
integração ensino-serviço. Destacamos o Programa de Educação pelo Trabalho
PET-Saúde, que busca fomentar grupos de aprendizagem tutorial. Atualmente, o
curso de Terapia Ocupacional da UFRJ tem inserção no PET-saúde contando com
seis preceptores, doze bolsistas de iniciação científica e uma tutora. As ações
desenvolvidas em campo buscam discutir a assistência à pessoa com deficiência
na atenção primária partindo da premissa que este nível de atenção é
fundamental para atendimento das necessidades desta população. Nesta direção o
presente trabalho visa apresentar o olhar dos profissionais da ESF sobre o
cuidado das pessoas com deficiência atendidas pelas equipes cujas ações foram
acompanhadas pelos alunos. Inicialmente foi observado o funcionamento da
Unidade e Visitas Domiciliares (VDs) privilegiando as ações desenvolvidas pela
ESF junto à população com deficiência. Posteriormente, foi proposto à inserção
dos alunos no processo de trabalho das equipes. Neste momento, estão o grupo
está elaborando trabalhos científicos articulando teoria aos dados encontrados
em campo. Na permanência na Unidade não foram vistas pessoas com deficiência,
apenas durante a realização das VDs. Notou-se que as ações de saúde voltadas
para as pessoas com deficiência permanecem restritas no atendimento clínico
centrado na pessoa e com orientações gerais, com pouca ênfase na abordagem
familiar e comunitária. Percebeu se a necessidade de maior aproximação do
território pelos profissionais da ESF para contextualizar melhor as demandas
desta população no que se refere ao aumento da participação social. Diante do
exposto, foi possível construir uma reflexão sobre a importância de lançar
novos olhares sobre o cuidado das pessoas com deficiência, ou seja, um olhar
menos clínico e fechado, para um modelo social de abordagem familiar e
territorial. Deste modo, a Terapia Ocupacional pode atuar ajudando a ampliação
deste olhar, oferecendo apoio as equipes no desenvolvimento de ações, tais
como: a sensibilização dos usuários e dos profissionais e favorecendo ações com
a família e comunidade.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[677]
“TO BRINCANDO, TO SAUDÁVEL”: PROMOÇÃO DA SAÚDE EM CRECHE-ESCOLA EM UMA
COMUNIDADE DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA-PB.
ÂNGELA CRISTINA DORNELAS SILVA;
CLARICE RIBEIRO SOARES ARAÚJO; MARCIA QUEIROZ DE CARVALHO GOMES
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA,
JOAO PESSOA, PB, BRASIL.
Palavras-chave: desenvolvimento infantil; promoção da saúde;
terapia ocupacional
Resumo: Introdução: Em 2010, o Ministério da Saúde do Brasil lançou
o Programa “Mais Saúde” que, dentre outras determinações, propôs estratégias
para melhorar a assistência à saúde das crianças, orientando ações para a
promoção da saúde e prevenção de agravos com vistas a garantir o
desenvolvimento infantil pleno. Nestas perspectivas, o projeto de promoção da
saúde na creche-escola foi implantado como cenário de prática na Atenção Básica
para os alunos do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal da
Paraíba (UFPB). Objetivos: Os
objetivos do projeto eram promover a educação em saúde, realizar a vigilância
ao desenvolvimento infantil e orientar os educadores quanto a formas de estimular
o desenvolvimento das crianças. Metodologia:
Foram realizadas atividades de educação em saúde para as crianças entre 04 e 05
anos de idade e avaliação do desenvolvimento infantil das crianças com 3 anos,
através do Teste de Triagem do Desenvolvimento Denver II (TTDDII). As
atividades aconteceram no período de fevereiro a abril de 2013. Metodologia: Para educação em saúde
foram produzidos jogos e brincadeiras explorando o conhecimento do próprio
corpo e condutas de higiene no cotidiano escolar e doméstico. Atividades
psicomotoras foram realizadas para observação do desempenho motor e no
relacionamento interpessoal das crianças. Professor e alunos da UFPB interviam
no momento em que comportamentos atípicos eram apresentados pelas crianças e as
situações eram discutidas com os professores da creche. Resultados/Discussão: Dezoito crianças de 05 anos e dezesseis
crianças de 4 anos participaram do projeto. Das 16 crianças do maternal 11
passaram pela triagem do desenvolvimento. Apenas quatro (36,4%) crianças apresentaram
desenvolvimento normal. As áreas do desenvolvimento mais prejudicadas foram a
pessoal-social e a área da linguagem. Um relatório detalhado sobre a triagem do
desenvolvimento e sugestões de como estimular o desenvolvimento global,
aproveitando a rotina das crianças, foi entregue a coordenadora da creche. Considerações Finais: Através do
discurso das professoras e coordenadora identificou-se que as crianças já
esperavam o dia dos nossos encontros e que a forma como intervíamos com as
crianças chamavam a atenção dos profissionais oferecendo um novo olhar sobre as
mesmas. As crianças relatavam suas vivencias em casa com os novos aprendizados.
Viu-se que o terapeuta ocupacional reúne atributos que lhe permite executar
ações de promoção e educação com a população infantil.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[679]
A INCLUSÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA ATENÇÃO BÁSICA NO MUNICÍPIO DE
JOÃO PESSOA-PB
MARCIA QUEIROZ DE CARVALHO
GOMES1; CLARICE RIBEIRO SOARES ARAÚJO1; ÂNGELA CRISTINA DORNELAS SILVA2
1.UNIVERSIDADE FEDERAL DA
PARAÍBA, JOAO PESSOA, PB, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA, JOAO
PESSOA, PB, BRASIL.
Palavras-chave: Atenção básica; terapia ocupacional; integralidade
Resumo: Introdução: O curso de Terapia Ocupacional da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB) iniciou as atividades em agosto de 2010 com a
proposta de formar profissionais generalistas para o trabalho no Sistema Único
de Saúde (SUS). O perfil do egresso está pautado nas práticas em Saúde Pública,
sendo o aluno inserido nos primeiros períodos na rede de saúde do município de
João Pessoa e região metropolitana. Durante a disciplina Terapia Ocupacional e
Saúde Pública, no primeiro ano do curso, os alunos mapearam o território do
bairro Castelo Branco, cujo Distrito Sanitário também contém a UFPB. No
terceiro ano, na disciplina Áreas de Intervenção da Terapia Ocupacional e
Cenários de Prática I, realizaram aulas práticas na Unidade de Saúde da Família
Castelo Branco I. A partir de ações de promoção, prevenção, recuperação e
reabilitação com vistas à integralidade de cuidados ao sujeito, os alunos
experimentaram a prática da Terapia Ocupacional na comunidade, possibilitando
reflexões acerca da inserção do profissional neste nível de complexidade. Objetivos: Refletir sobre a experiência
da entrada da terapia ocupacional na Rede de Atenção Básica do município de
João Pessoa/PB na perspectiva da integralidade na atenção em saúde e da
formação para o SUS prevista na matriz curricular do curso. Metodologia: As reflexões sobre o
processo de inserção no campo da atenção básica foram feitas á luz dos
princípios do SUS e da produção teórica da terapia ocupacional. O processo de
inserção se deu através das seguintes ações: articulação com a USF; estudo
sobre o território; contato inicial com a equipe para esclarecimento sobre o
papel da Terapia Ocupacional e sua integração na estratégia de saúde da
família; levantamento das condições de saúde da comunidade feito pelos ACS;
dinâmica de interação entre alunos, professores e equipe; problematização sobre
as possibilidades de intervenção; processo de intervenção; fechamento do
semestre com a realização da Iª Ação em Saúde do Castelo Branco I. Resultados/Discussão: Compreende-se que
o processo de inserção da terapia ocupacional é continuo, se faz no cotidiano,
e, considera as necessidades e demandas dos usuários daquele território. Além
disto, a proposta do curso é estar permanentemente em ação na comunidade com
vistas à formação do aluno para atuação no SUS na perspectiva da clinica
ampliada voltada a produção de saúde num processo de construção compartilhada
de saberes. Considerações Finais: O
desenvolvimento de ações voltadas à prática no campo da Saúde Pública permite
aos alunos vivenciarem possibilidades diversificadas da terapia ocupacional na
comunidade, espaço de produção de saúde, bem estar e participação social.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[684]
O DESEMPENHO OCUPACIONAL DOS PORTADORES DE TUBERCULOSE NA ATENÇÃO BÁSICA
DO RIO DE JANEIRO
THAUANA DOS SANTOS FERNANDES;
CECILIA BERNADETE DE SOUZA DE CARVALHO; ANGELA MARIA BITTENCOUT
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCÃO,
CIENCIA E TECNOLOGIA, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.
Palavras-chave: tuberculose; terapia ocupacional; atenção básica
Resumo: Introdução: A tuberculose é causada pelo Mycobacterium
tuberculosis, que afeta os pulmões podendo se manifestar em outras partes do
corpo. A zona oeste do Município do Rio de Janeiro tem a maior taxa mortalidade
de incidência dessa enfermidade no país. Os sintomas, mais comum são cansaço
intenso, sudorese noturna, febre, dor no peito, tosse persistente, hemoptise e
perda de peso, os quais interferem na vida do paciente, afetando suas
atividades da vida diária, laborativas, familiares, sociais; ocasionando
impacto multidimensional, limitação nas esferas físicas, funcionais e
psicossociais dos mesmos, afetando o desempenho ocupacional do sujeito.
Entende-se por desempenho ocupacional a habilidade do indivíduo para realizar
as tarefas que necessita ou deseja, apropriada ao estado de desenvolvimento,
cultura e ambiente do mesmo, com o objetivo de automanutenção, produtividade e
o lazer, executadas de modo satisfatório. Subdivide-se em três componentes
(sensório-motor, cognitivos, psicológicos, psicossociais) e os contextos
(aspectos temporais e ambientais). Objetivo:
Identificar as áreas afetadas do desempenho ocupacional dos portadores de
tuberculose, na atenção básica. Metodologia: Este projeto foi aprovado pelo
Comitê de Ética do Município (nº 316/2010) e financiado pelo CNPQ, e
desenvolvido nos Postos de Saúde da Família, localizado na zona oeste do Rio de
Janeiro, utilizando como abordagem metodológica a pesquisa-ação e a coleta de
dados ocorreu pela aplicação de questionário e teste. Resultados: Participaram deste estudo, portadores de tuberculose
atendidos nos postos de saúde, na faixa etária 30 a 80 anos, com baixo índice
de escolaridade e que possuíam renda familiar igual ou inferior a um salário
mínimo. Identificou-se que a tuberculose favorece a perda progressiva das
defesas do organismo que acarretam alteração para do auto cuidado no que diz
respeito aos cuidados pessoais (na alimentação, higiene e cuidar da casa);
mobilidade funcional (nas transferências, mobilidade dentro e fora de casa) e na
independência fora de casa ( ao fazer uso do transportes e fazer compras) que
as mesmas encontram-se diminuídas devido ao cansaço, dispneia, fadiga, postura
alterada, baixa resistência, capacidade reduzida de movimento, levando-os ao
sedentarismo, isolamento e à diminuição da qualidade de vida. Considerações Finais: A Terapia
Ocupacional deve agir como facilitador que habilita o cliente a fazer o melhor
uso possível das capacidades remanescentes, por meio do estímulo ao
autoconhecimento e autocuidado, gerando melhoria na autoestima que o capacitará
a tomar suas próprias decisões, assegurando alternativas realísticas e
significativas para sua vida.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[685]
A TERAPIA OCUPACIONAL E A CRIANÇA COM LEUCEMIA NO CONTEXTO HOSPITALAR –
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
NATHÁLIA RODRIGUES CARDOSO; MARIA JOSÉ
GUGELMIN DE CAMARGO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ,
CURITIBA, PR, BRASIL.
Palavras-chave: neoplasias; criança; terapia ocupacional
Resumo: A intervenção terapêutica ocupacional junto às crianças
hospitalizadas contribui para a saúde da criança adoecida em seu amplo sentido,
considerando não somente a patologia, mas também as consequências do
adoecimento e da hospitalização no cotidiano e nas atividades das áreas da
ocupação. O tratamento quimioterápico e os efeitos colaterais promovem uma
série de transformações na vida daqueles que o recebem, alteram seu corpo,
estado emocional e rotina, bem como de seus familiares. Durante a
quimioterapia, os pacientes convivem com sentimentos de tristeza, medo,
ansiedade e depressão. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo
relatar a experiência de um caso atendido pelo Estágio Supervisionado em
Prática I, no curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Paraná,
no segundo semestre de 2012. A paciente atendida, sexo feminino, 8 anos, havia
sido hospitalizada no Hospital de Clínicas da UFPR para início de tratamento da
Leucemia Mielóide Aguda (LMA). A principal demanda foi relacionada com a negação
da paciente em relação à alopecia, efeito colateral frequente no tratamento
quimioterápico. Os atendimentos da Terapia Ocupacional, que ocorriam duas vezes
por semana, com duração de 50 minutos cada, tinham como principal objetivo o
acesso à informação acerca da doença e do tratamento e a adaptação à queda de
cabelo. As atividades propostas foram o “Livro de Dúvidas”, no qual haviam
perguntas e respostas acerca da doença e do tratamento e a confecção de dois
cartões com desenhos (um das princesas carecas, e o outro, da Barbie careca)
para que, junto com a estagiária, a paciente pudesse buscar soluções para a
problemática de ficar sem cabelo. Através da realização da atividade a criança
teve que criar soluções para o problema e utilizar-se de alternativas como
peruca, laços de cabelo e tiaras. Percebeu-se então que a atividade serviu como
facilitador no processo de criação de técnicas de enfrentamento da doença e,
especificamente, da alopecia. A intervenção terapêutica ocupacional
possibilitou que a criança se tornasse ativa, participativa, social e criativa,
capaz de contribuir na reconstrução de sua própria história. Portanto, a
atuação do terapeuta ocupacional junto ao serviço de Oncologia Infantil no
Contexto Hospitalar se faz de suma importância, visto que, as rupturas do
cotidiano ocasionam na criança a quebra de seus papeis ocupacionais,
principalmente no papel de brincante e ainda, proporcionam a vivência de dor e
sofrimento.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[697]
GERARTE: CONSTRUINDO POSSIBILIDADES DE GERAÇÃO DE RENDA E ARTE ATRAVÉS
DO FAZER HUMANO
MARCIA QUEIROZ DE CARVALHO GOMES;
CLARICE RIBEIRO SOARES ARAÚJO; ÂNGELA CRISTINA DORNELAS SILVA; MARILIA MEYER
BREGALDA; ANA CLARA CONCEIÇÃO DA SILVA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, JOÃO PESSOA, PB, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; geração de renda;
intersetorialidade
Resumo: Introdução. O projeto GERARTE em parceria com a Equipe de
Saúde da Família (ESF) Castelo Branco I vem promover a Saúde Mental na atenção
básica, seguindo a tendência e as recomendações das políticas de saúde do país,
as quais estimulam a realização de parcerias interinstitucionais, neste caso,
entre universidade e serviço municipal de saúde articuladas a associações e
grupos da comunidade bem como parcerias intersetoriais com a educação e o
trabalho/economia solidária. Esta iniciativa tem o objetivo de valorizar a
produção dos moradores adstritos na zona de abrangência da ESF Castelo Branco I
a partir da oferta de três oficinas com potencial gerador de renda -
perfumaria, produção de chocolate e arte em madeira. Busca-se não só oferecer a
esta população um local de produção material, mas também um espaço de circulação
e convivência, e, a possibilidade de transformação e produção de sentido
através da descoberta de novos fazeres no cotidiano. Objetivos: Relatar o processo de construção das oficinas no Projeto
GERARTE e refletir sobre as possibilidades de atuação do terapeuta ocupacional
em oficinas de geração de renda levando em consideração as parcerias
intersetoriais na produção de saúde na comunidade. Metodologia: As reflexões sobre o processo de construção das
oficinas de geração de renda foram feitas á luz dos referenciais teóricos da
reabilitação psicossocial e dos princípios da economia solidaria, assim como da
produção teórica da terapia ocupacional na área. Resultados/Discussão: Entende-se que a produção de saúde ultrapassa
os espaços e práticas tradicionais de saúde, demanda ações intersetoriais e
interdisciplinares, promove e amplia a prática, conectando novos saberes ao
campo da Terapia Ocupacional. Considerações
Finais: Ao construir possibilidades de geração de renda e de convivência,
ampliam-se os espaços de produção de saúde, na comunidade, dentro da rede de
atenção básica. A articulação com outros setores contribui para o
fortalecimento do trabalho coletivo e a organização social, favorecendo
participação social pessoas envolvidas.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[740]
CULTURA POLÍTICA E TRAJETÓRIA DE VIDA SOB A VOZ DE CONSELHEIROS
MUNICIPAIS DE SAÚDE REPRESENTANTES DA CLASSE USUÁRIA
PAMELA CRISTINA BIANCHI; STELLA
MARIS NICOLAU
UFSCAR, AMPARO, SP, BRASIL.
Palavras-chave: cultura política; conselho municipal de saúde;
sistema único de saúde
Resumo: Introdução: A cultura política é um conceito
multidisciplinar, criado nos anos 60, sob perspectivas sociológicas,
antropológicas e psicológicas, com objetivo de incorporar nas análises da
política da sociedade uma abordagem comportamental; define-se como expressão do
sistema político de uma determinada sociedade nas percepções, sentimentos e
avaliações da população. No Brasil, o histórico da participação popular vive um
importante ciclo de expansão no final da década de 70 advinda do agravamento
dos problemas sociais em um cenário de regime militar e da crise no setor
público, os quais levaram a população a se unir em movimentos reivindicatórios
e lutar por seus direitos de cidadãos, culminando na Constituição de 1988,
marco político, que instituiu ao cidadão brasileiro a garantia na participação
nos cenários dos espaços públicos no país. Atualmente, a participação popular
no Brasil se dá através dos Conselhos de Saúde, no âmbito municipal, estadual e
federal. Objetivo: Propõe-se
investigar, o desenvolvimento e as motivações da participação popular, a partir
das influências da cultura política, do município de São Carlos, interior
paulista. A pesquisa busca compreender e analisar as trajetórias de
envolvimento e participação nas questões relativas à saúde dos conselheiros
municipais representantes da classe usuária. Metodologia: Através do método da história oral e do conceito de
cultura política, propõe-se aplicar entrevistas semi-estruturadas em
conselheiros municipais de saúde representantes dos usuários. Discussão: O conceito de cultura
política preconiza a avaliação sob três tipos de orientações: orientação
cognitiva, orientação afetiva e orientação avaliativa. A partir destes
norteadores, busca-se encontrar em qual tipo de cultura política o município se
encontra, dentre elas: cultura política paroquial, cultura política de sujeição
ou cultura política de participação. Busca-se, também, refletir acerca da visão
dos conselheiros sobre suas experiências nos espaços públicos de discussões
políticas com foco em suas inquietações e motivações. Considerações Finais: Por fim, contribuir para o desenvolvimento de
um sistema político democrático e para a discussão acerca dos objetivos e
funções de Conselhos Municipais de Saúde.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[752]
TERAPIA OCUPACIONAL E UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) ADULTO:
RESOLUÇÃO, CAMINHOS E REFLEXÃO
PRISCILLA VIÉGAS BARRETO DE
OLIVEIRA; EVELLYNE SILVA ARAÚJO; PLÍNIA MANUELLA DE SANTANA MACIEL; CINTHIA
RAQUEL FERREIRA DO NASCIMENTO; MARIANA LIMA DA SILVA LOUSADA
UFPE, RECIFE, PE, BRASIL.
Palavras-chave: humanização da assistência; unidade de terapia intensiva
adulto; terapia ocupacional
Resumo: Introdução: Sabe-se que a Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) é a dependência hospitalar destinada ao atendimento de indivíduos graves
ou de risco, potencialmente recuperáveis, que exijam assistência de saúde contínua,
com apoio de equipe de saúde multiprofissional e demais recursos humanos
especializados, além de equipamentos. É importante destacar que o paciente
internado na UTI necessita de cuidados de excelência, dirigidos não apenas para
os problemas fisiopatológicos, mas também para as questões psicossociais,
ambientais e familiares que são intimamente interligadas a doença física.
Dentro deste contexto, insere-se o terapeuta ocupacional que é o profissional
da área de saúde capaz de facilitar as habilidades no desempenho das tarefas
essenciais da vida dos indivíduos. Objetivo:
Neste sentido, o presente estudo visa abordar reflexivamente a atuação do
terapeuta ocupacional em UTI adulto à luz da Resolução da Diretoria Colegiada
(RDC) nº 7, de 24 de fevereiro de 2010 da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA). Metodologia:
Para tanto, teve como suporte metodológico uma revisão bibliográfica em livros,
artigos e sites científicos publicados nos últimos dez anos. Os dados coletados
foram relacionados com os arquivos de uma equipe de terapeutas ocupacionais
integrante do programa de residência multiprofissional em saúde de um hospital
universitário do Recife/PE. Resultados/Discussão:
Os resultados apontam que em relação aos recursos humanos, devem ser garantidos,
por meios próprios ou terceirizados, serviços de assistência terapêutica
ocupacional à beira do leito de UTI geral. Assim, dentro de uma equipe
multidisciplinar, o profissional em questão utiliza as seguintes condutas:
acolhimento e continência terapêutica ao paciente e ao familiar; aplicação de
avaliações específicas, nas quais englobam aspectos físicos, psicológicos e
sociais; aplicação de atividades inerentes ao cotidiano hospitalar, corporais,
expressivas e de estimulação cognitiva; manipulação de maneira a manter suas
articulações em posição funcional, através de órteses de posicionamento; uso da
Comunicação Alternativa e Suplementar, principalmente com os pacientes
entubados, conscientes e orientados; realização de intervenções ambientais e estimulação
sensorial, além de atendimento ao familiar/cuidador. Considerações Finais: Esses achados mostram que a intervenção do
terapeuta ocupacional em UTI geral torna-se essencial, visto que são
fundamentais na humanização da assistência, favorecendo assim a restauração do
desempenho ocupacional do indivíduo.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[783]
O TERAPEUTA OCUPACIONAL NA CONSTRUÇÃO DE POLITICAS PUBLICAS NO SUS:
GERENCIA DE SAUDE MENTAL
NAILA PEREIRA SOUZA1 ; VIVIANI
CRISTINA COSTA2 ; DEYSE MODESTO PINHEIRO2 ; SEVERINA MARIA SILVA DE OLIVEIRA3
1.UFRJ, RIO DE JANEIRO, RJ,
BRASIL; 2.INSTITUTO DE PSIQUIATRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO,
RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; 3.SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE, RIO DE JANEIRO, RJ,
BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; saúde mental; gestão
Resumo: Introdução: A atuação no campo da gestão é uma das
premissas da formação e qualificação do profissional para atuar no Sistema
Único de Saúde (SUS). Nessa direção pedagógica um dos cenários de prática
ofertados pelo programa de residência multiprofissional em saúde mental foi a
Gerência de Saúde Mental do Estado do Rio de Janeiro (GSM/SES). A dinâmica de
organização do trabalho nessa gerência se estrutura a partir da divisão por
eixos e regionais. Os eixos são: Infância e Adolescência, Álcool e Drogas e
Desinstitucionalização. E o estado é dividido em nove regiões. Conforme
preconiza a legislação orientadora do SUS é papel do Estado promover a
descentralização para os Municípios dos serviços e das ações de saúde;
acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do SUS; prestar apoio
técnico aos Municípios; participar da formulação da política e da execução de
ações. Objetivo: Descrever a
inserção de terapeutas ocupacionais no âmbito da gestão pública no SUS. Metodologia: Trata-se de um Relato de
Experiência da inclusão de terapeutas ocupacionais residentes
multiprofissionais em saúde mental na GSM/SES- RJ no período de seis meses. Resultados: A partir da imersão no
campo da gestão, podemos conhecer e acompanhar a implementação de políticas do
SUS na esfera da Saúde Mental. Desbravamos a rotina da gestão de um Estado com
peculiaridades regionais e particularidades no âmbito da reforma psiquiátrica,
sendo o segundo maior parque manicomial do país. Esta vivência permitiu
verificar ações relacionadas à implementação e ao acompanhamento da Rede de
Atenção Psicossocial dentro da nova política de implementação de Redes de
Atenção pelo Ministério da Saúde. Participar de espaços de discussão como
reuniões de coordenadores, com o Controle Social, com promotorias e com
Ministério Público, audiência pública e fóruns. Realizar ações de apoios e
fortalecimento dos municípios como visitas técnica, reuniões e supervisão.
Acompanhar o controle e avaliação dos serviços; a elaboração de Anais
relatórios técnicos; as internações voluntárias e involuntárias; a indução,
implantação e credenciamento de dispositivos extra-hospitalares; a proposição
de medidas corretivas e de aperfeiçoamento do sistema de assistência; casos
junto aos municípios e a ação de desinstitucionalização no Hospital Colônia de
Rio Bonito. Considerações Finais:
Desse modo, nossa reflexão parte do movimento de compreender de forma mais
aprofundada aspectos e dificuldades próprios da gestão que impactam na atenção
à saúde. E do entendimento da importância política da coordenação técnica ao
passo que ela pode e deve favorecer a garantia dos preceitos do SUS e a indução
da clínica pautada na atenção psicossocial.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[828]
REPERCUSSÕES DA MOBILIDADE PRECOCE NO DESEMPENHO FUNCIONAL DE PACIENTES
ADULTO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
DHYEGO DE LIMA NOGUEIRA
HULW/UFPB, JOÃO PESSOA, PB,
BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; terapia intensiva;
funcionalidade
Resumo: Introdução: O momento de internação numa Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) pode gerar impossibilidades de mobilidade, geralmente
decorrentes da instabilidade do quadro clinico no processo de adoecimento. A
partir desse contexto, fatores relacionados à perda de independência e
autonomia na realização de atividades de vida diária, podem gerar efeitos
deletérios no tratamento e melhora do estado de saúde do paciente. As
necessidades de uma abordagem multiprofissional na mobilidade precoce do
paciente ainda na UTI, surge como uma possibilidade de intervenção que
possibilita repercussões significativas na funcionalidade e qualidade de vida
do sujeito. Objetivo: Descrever como as estratégias de mobilidade precoce no
ambiente de UTI podem auxiliar na prevenção e tratamento de efeitos advindos do
imobilismo a partir da funcionalidade precoce do sujeito em cuidados
intensivos. Metodologia: Trabalho
baseado em estudos e experiências vivenciadas em atuação da Terapia Ocupacional
na Unidade de Terapia Intensiva adulto, pela residência multiprofissional em
saúde do Hospital Universitário Lauro Wanderley-PB, no segundo semestre de
2012. Resultados: Complicações
secundárias a doença primária, como contraturas musculares e surgimento de
úlceras de pressão, relacionam-se diretamente a imobilidade do acamado, e por
vezes, ocasionam em maior tempo de internação, maior instabilidade emocional ao
paciente e a família, além de maiores gastos com insumos e recursos humanos no
tratamento pós-intensivo. Estes complicadores abriram visibilidade para que o
cuidado relacionado à mobilidade precoce e funcionalidade ativa do paciente em
UTI pudesse ser efetuado ainda nesse ambiente. A partir de estratégias de
sedestação, pidedestação, e estimulação de componentes sensório-motores,
perfazem melhoras do estado de alerta, e potencialização de ação das estruturas
físicos-motoras e cognitivas para desempenhar ou auxiliar na realização de
atividades como alimentação, banho, trocas posturais e cuidados com a higiene
pessoal. A realização dessas atividades para o sujeito, maximiza sua
funcionalidade e o torna ativo no processo de tratamento, além de promover
melhora no estado cognitivo e psíco-emocional. Considerações Finais: A restauração da funcionalidade do acamado a
partir de precocidade na estimulação da mobilidade, possibilita melhora na
performance de atividades diárias no contexto de internação intensiva,
diminuindo as restrições impostas e minimizando os efeitos advindos de disfunções
ocupacionais e imobilismo durante o período de hospitalização. Estas
intervenções surgem como ganhos significativos para alta da UTI com menores
agravos e melhor qualidade de vida.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[834]
MÉTODO CANGURU: SUPORTE TERAPÊUTICO OCUPACIONAL ÀS FAMÍLIAS ASSISTIDAS
NA FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ.
FABIANI HERMES FIGUEIRA DE
OLIVEIRA; DHANDARA THAMISA MORAES FERREIRA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ,
BELÉM, PA, BRASIL.
Palavras-chave: acompanhamento familiar; método canguru; suporte
terapêutico
Resumo: Este estudo relata a experiência de acadêmicas do 5º ano do
curso de Terapia Ocupacional da Universidade do Estado do Pará – UEPA, junto às
famílias assistidas pela Política de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de
Baixo Peso – Método Canguru, a qual contêm as diretrizes para a implantação no
Sistema Único de Saúde (SUS) na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará,
este hospital foi escolhido devido ser a maior maternidade do norte do país.
Neste contexto destacam-se os seguintes objetivos: estimular apego entre
mãe-bebê; aumentar a produção de leite materno e beneficiar a lactação e
amamentação; ajudar no desenvolvimento físico e emocional do infante; despertar
na genitora os laços afetivos; reduzir o estresse e o choro do recém-nascido,
estabilizar o batimento cardíaco, a oxigenação e temperatura do corpo da
criança; possibilitar lembrar-lhe do som do coração materno e da voz da mãe, o
que lhe transmite calma e serenidade; aumentar a autoconfiança para cuidar do
neném; desenvolver neste segurança e tranquilidade, importantes para sua
independência futura; propiciar a transferência de anticorpos maternos para o
recém-nascido, por meio do colostro e do contato; diminuir o risco de infecção
cruzada e hospitalar; reduzir o número de abandono de bebês prematuros em
maternidades e o tempo de internação; além de contribuir para o apego dos
familiares. Neste contexto, foram atendidas cerca de 50 famílias com faixa
etária de 16 a 38 anos. Mesmo com a grande rotatividade presente no hospital,
foi possível realizar aproximadamente seis sessões individuais com duração de
50 minutos, no período de abril a junho de 2013. Para obtenção dos dados para
construção do plano terapêutico, foi utilizada uma ficha de avaliação
terapêutica, presente na própria unidade, além da participação da equipe
multidisciplinar no acompanhamento destas famílias. As genitoras participaram
de intervenções envolvendo a prática do posicionamento canguru, onde a criança,
vestindo apenas uma fralda, é colocada em contato com o corpo da mãe na posição
vertical, durante o tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente.
Foram orientadas também sobre a importância do aleitamento, do ninho e da troca
de fraldas de maneira adequada. Os participantes apresentaram, durante o
acompanhamento terapêutico, um progresso significativo, sendo notório o aumento
do vínculo mãe-bebê. Conclui-se que é de fundamental importância o suporte
terapêutico realizado nas etapas do Método Canguru para propiciar a compreensão
e elucidação das informações técnicas de condutas e procedimentos, aumentando a
confiança e capacitação da família com a rotina diária de atenção ao
recém-nascido de baixo peso.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[835]
VIOLAÇÃO DE DIREITOS DA CRIANÇA – ADOLESCENTE: ATUAÇÃO TERAPÊUTICA
OCUPACIONAL NA CASA DE PASSAGEM “ESPAÇO ACOLHER” – PARÁ.
FABIANI HERMES FIGUEIRA DE
OLIVEIRA; DHANDARA THAMISA MORAES FERREIRA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ,
BELÉM, PA, BRASIL.
Palavras-chave: criança-adolescente; terapia ocupacional; violação
de direitos
Resumo: Este
estudo relata a experiência de acadêmicas do 4º ano do curso de Terapia
Ocupacional da Universidade do Estado do Pará – UEPA, junto a crianças e
adolescentes que tiveram seus direitos violados, e são assistidas pela Casa de
Passagem “Espaço Acolher”. Esta instituição foi escolhida devido pertencer a
uma organização não governamental, sem fins lucrativos, de utilidade publica
municipal, estadual e federal, inscrita no Conselho Nacional de Assistência
Social (CNAS). Neste contexto destacam-se os seguintes objetivos: possibilitar
a capacidade de escolha; oferecer suporte aos usuários em um ambiente afetivo e
acolhedor; trabalhar a capacidade de tolerância; favorecer a integração grupal;
estimular o desenvolvimento do sentido crítico; estimular a atenção, concentração
e memória; trabalhar a autoestima; auxiliar no enfrentamento de dificuldades
pessoais e sociais; diferenciar limitações e incapacidades; estimular a
conquista de maior autonomia; propiciar a sociabilização; além de promover a
habilitação social. Mesmo a Casa de Passagem ser característica de uma
rotatividade intensa, cuidando destes indivíduos no prazo máximo de 72h, foi
possível realizar atividades em grupo, duas vezes por semana com durabilidade
de 3h, no período de outubro a dezembro de 2012. Cada intervenção continha,
aproximadamente, seis crianças-adolescentes com faixa etária de 8 a 17 anos.
Para obtenção dos dados para construção do plano terapêutico, foi utilizada uma
ficha de avaliação terapêutica, presente na própria unidade, além da participação
da equipe multidisciplinar no acompanhamento destes infantes. Os usuários
participaram de intervenções envolvendo atividades expressivas, manuais e de
relaxamento. Os participantes apresentaram, durante o acompanhamento
terapêutico, um progresso significativo sendo contemplando ações essenciais
relativas ao autocuidado, lazer, educação e trabalho, o que se fazia notório
nos resgates de suas perspectivas futuras e vontade de superação. Conclui-se
que é de fundamental importância o acompanhamento terapêutico ocupacional no
processo de reengajamento social de indivíduos em situação de risco pessoal e
social, com contextos familiares rompidos ou extremamente fragilizados,
viabilizando assegurar o fortalecimento dos vínculos familiares e/ou comunitários
além do desenvolvimento da autonomia dos usuários, proporcionando sua melhor
qualidade de vida.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[839]
PRÁTICA DO TERAPEUTA OCUPACIONAL EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA:
RELATO DE EXPERIÊNCIA
RENATA SLOBODA BITTENCOURT;
LAUREN MACHADO PINTO; MORGANA BARDEMAKER LOUREIRO
HC/UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL.
Palavras-chave: unidade de terapia intensiva; terapia ocupacional;
equipe de saúde
Resumo: Introdução: As condições dos pacientes internados em
Unidade de Terapia Intensiva (UTI), historicamente têm sido associadas à
percepção desta como um ambiente onde permanecem somente aqueles que se
encontram em um quadro de terminalidade. Os debates contemporâneos que
contemplam fundamentações éticas com o desenvolvimento tecnológico têm
demonstrado a necessidade de desenvolvimento de intervenções que contemplem a
lógica dos cuidados paliativos. Os pacientes não permanecem mais em UTI somente
para morrer, contudo encontram-se em condições transitórias ou críticas, assim
como expostos a situações de sofrimento, rupturas intensas do cotidiano e
múltiplos procedimentos. Objetivo:
Descrever estratégias de intervenção desenvolvidas por terapeutas ocupacionais
residentes em uma UTI de um Hospital Universitário. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo que busca relacionar
variáveis de natureza qualitativa e quantitativa utilizando-se como material os
seguintes documentos: programa da residência, relatório de atividades das
residentes, no período de 2011 à 2013. Resultados:
A prática do terapeuta ocupacional ocorre a partir do acompanhamento e
atendimento de pacientes atendidos nas unidades de internamento da
neurocirurgia, clínica cirúrgica em seguimento na Unidade de Terapia Intensiva
ou através de pedido de interconsulta. Os procedimentos realizados envolvem
avaliação, atendimento individual, orientação a familiares/cuidadores,
prescrição de dispositivos e adaptações. Os principais objetivos da Terapia
Ocupacional são assim constituídos: medidas de conservação de energia;
facilitação do desempenho de Atividades de Vida Diária (AVDs); adaptações
ambientais e ampliação do espaço vital; promoção da autonomia e do desempenho
ocupacional; resgate de vínculos significativos; suporte a familiares e o
acolhimento ao luto; abordagens corporais para o controle da dor, fadiga e
dispnéia, entre outros. Considerações
Finais: Os resultados permitem constatar que a formação do terapeuta
ocupacional na Residência aponta o compromisso profissional com a melhoria da
qualidade dos serviços prestados a população, a aquisição de habilidades
específicas, e a competência técnica para o exercício profissional, com
repercussão na melhoria das condições de saúde da população. A intervenção
requer habilidades e competências por parte do terapeuta ocupacional no manejo
do processo e conduta terapêutica, uso de recursos e estratégias adequadas às
necessidades dos pacientes, familiares/cuidadores, assim como sua interface com
a equipe multiprofissional na definição dos projetos terapêuticos e dos
procedimentos realizados.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[852]
ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E NA COORDENAÇÃO DE
BRINQUEDOTECA: RELATO DE EXPERIÊNCIA NO HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM DOENÇAS
INFECTO CONTAGIOSAS EM NATAL/RN
ROBERTA RIBEIRO NUNES; JOÃO BOSCO
LIMA BARBOSA
HOSPITAL GISELDA TRIGUEIRO,
NATAL, RN, BRASIL.
Palavras-chave: brinquedoteca; hospitalar; terapeuta ocupacional
Resumo: Introdução: A enfermaria de pediatria do Hospital Giselda
Trigueiro possui em suas dependências uma brinquedoteca, sob a coordenação de
uma terapeuta ocupacional cujas atribuições demandam a supervisão de
brinquedistas e da dinâmica de funcionamento seguindo normas e rotinas
específicas do setor com ações norteadas pela política nacional de humanização.
Objetivo: Relatar a experiência
exitosa da atuação da Terapia Ocupacional na esfera hospitalar e na coordenação
da brinquedoteca socializando as ações em uma unidade hospitalar de referencia
em doenças infecto contagiosas. Metodologia:
A Terapia Ocupacional, como profissional membro da equipe multidisciplinar do
processo de cogestão vigente na unidade atua nos diversos setores da
enfermaria. Através da parceria com a CCIH foi criado protocolos, como normas e
rotinas do setor, seleção de brinquedos adequados para o manuseio das crianças,
como atribuições dos brinquedistas durante as atividades. As crianças que ao
serem admitidas na enfermaria e que necessitam de isolamento, o profissional de
Terapia Ocupacional após solicitação do parecer médico avalia o contexto e as
necessidades, pois a criança neste período além de muitas vezes não entender
seu processo de adoecimento, e o porquê do seu período de isolamento ainda é
privada de conviver com outras crianças e sofre restrição de visitas junto aos
familiares, necessitando ser acolhida frente a essa demanda que isola e
restringe as atividades da criança, onde o profissional irá intervir buscando
incluir atividades adaptadas ao seu momento específico preparando-a para sair
desta fase de modo a evitar comprometimentos e prevenir sequelas mediante ao
quadro e sua patologia. Assim todos os materiais e brinquedos utilizados são
previamente separados para a criança de acordo com sua faixa etária para que a
mesma os utilize durante esse período. A família é também orientada quanto ao
uso desses materiais e aquisição dos mesmos com autorização prévia do
profissional. Sendo entregue após sua saída do isolamento na brinquedoteca
lacrados em um saco entregues no ato da aquisição para futura desinfecção junto
à brinquedistas. Resultado: Uma
equipe multidisciplinar cuja missão é levar o brincar em todas as instancias
durante sua estadia hospitalar, utilizando o brincar como instrumento
terapêutico. Considerações Finais: A
atuação do terapeuta ocupacional e a brinquedoteca vem se configurando um
espaço rico de possibilidades onde a criança e seu acompanhante experimentam
experiências muito significativas durante sua estadia hospitalar sendo este
espaço coadjuvante no processo de tratamento e reabilitação da criança.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA
SAÚDE
[872]
ARTICULAÇÃO E DIÁLOGO ENTRE EQUIPAMENTOS DO TERRITÓRIO: PARCERIA
SAÚDEEDUCAÇÃO E SEUS DESAFIOS
MARIA LUIZA MANGINO CARDOSO; MARINA SANCHES SILVESTRINI; BRUNA REGO
RANGEL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO
CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; intersetoralidade; saúde
Resumo: A atuação intersetorial e comunicação entre os serviços são
ações de ampliação do cuidado, uma comunicação necessária para olhar um sujeito
e sua comunidade de forma holística. O ato de cuidar é algo amplo, que apesar
das atribuições exigidas de profissionais específicos, é dirigido ao mesmo
objetivo: a formação saudável do indivíduo. Assim torna-se difícil dissociar as
práticas, estas são complementares. O presente trabalho objetiva relatar a
experiência de aproximar a escola das estratégias utilizadas na atenção
primária, melhorando diálogos e somando conceitos de prevenção e promoção.
Durante um ano, foi realizada uma parceria com o CEMEI próximo a uma Unidade de
Saúde da Família. Pretendia-se realizar um trabalho centrado prioritariamente
na saúde e bem estar da população infantil, que ocorresse de forma articulada,
estreitando contatos entre a saúde e a educação. Foram realizadas rodas de
conversa temáticas: questões de saúde, higiene, agressividade, vigilância do
desenvolvimento, além de campanhas de prevenção contra doenças. Participavam
dessas conversas os pais, crianças, professores, estagiários e profissionais da
saúde, fortalecendo a visão destes como direcionadores do processo, mas com o
reforço: quem provoca mudanças é quem tem contato contínuo com as crianças.
Notou-se que o esperado pelos profissionais da educação no início era um
atendimento de caráter ambulatorial, mais pontual. Insistimos na perspectiva de
coresponsabilizar a escola e a família: que esses núcleos comuniquem-se e
busquem estratégias pertinentes de atuação, que utilizem a equipe da USF não
apenas nos casos mais complexos, mas para fortalecerem-se conjuntamente. Os
setores da educação e saúde precisam melhorar a qualidade da comunicação, um
trabalho integrado desses profissionais resulta em trocas e ampliação dos
conhecimentos. Uma dificuldade comunicativa provém dos profissionais
permanecerem focados em suas atribuições específicas, então os saberes não são
multiplicados e não se amplia a dimensão das propostas. Conclui-se que é
primordial investir em estratégias para sensibilizar os profissionais no
referente à realização de um trabalho integrado, compartilhado. Não se trata de
despir a identidade profissional, mas de atuar em um contexto plural e diverso
com efetividade.
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