Anais - CBTO/2013

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EIXO - 1 TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE


 - TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE 

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ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NAS DOENÇAS NEGLIGENCIADAS: RELATO DE CASO EM HANSENÍASE

ANNA CAROLINA DE SENA E VASCONCELOS1 ; VIVIANE INTERAMINENSE BANDIM DE VASCONCELOS1 ; LAYLA KATHARINE DE FREITAS FERREIRA SANTANA1 ; ROSANA JULIET SILVA MONTEIRO1 ; KÁTIA CILENE SILVA DE JESUS2 ; ILKA VERAS FALCÃO1

1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL; 2.PREFEITURA DA CIDADE DO RECIFE, RECIFE, PE, BRASIL.

Palavras-chave: hanseníase; promoção da saúde; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: A hanseníase é uma doença negligenciada pela alta endemicidade na população empobrecida e em situação de vulnerabilidade. Políticas de combate a essa condição priorizam ações precoces de diagnóstico, tratamento e prevenção às incapacidades causadas pela hanseníase, integradas à rotina dos serviços do SUS requerendo atuação multiprofissional. O terapeuta ocupacional é um dos profissionais que intervém junto a essa clientela desde a promoção de saúde à reabilitação do indivíduo com incapacidades, tanto na atenção básica quanto na média complexidade. Objetivo: Relatar a intervenção terapêutica ocupacional com usuária em tratamento de hanseníase virchowiana. Metodologia: Trata-se de um relato de caso, com dados obtidos em registros de avaliação e acompanhamento terapêutico ocupacional em serviço especializado da rede de saúde pública do Recife-PE, no primeiro semestre/2012. O estudo foi autorizado mediante consentimento e assinatura do TCLE. Resultados/Discussão: A Avaliação Neurológica Simplificada e entrevista a usuária evidenciaram diminuição de sensibilidade e força nos membros superiores, com lesões cutâneas e incapacidade de desempenho de atividades de vida diária (AVD), e edema de membros inferiores restringindo a deambulação. Foram realizadas sessões com atividades e exercícios para fortalecimento da musculatura comprometida, orientações para manutenção da integridade de tecidos, posicionamento e confecção de adaptações para AVD. Na recuperação dos componentes motores utilizaram-se exercícios passivos assistidos e ativos visando restaurar a mobilidade articular, impedir deformidades e melhorar a força muscular. No tratamento dos componentes sensoriais as estratégias foram de associação de estímulos táteis e visuais para compensar a diminuição da resposta e proteção a estímulos nociceptivos. Durante a intervenção pode-se observar diminuição das lesões e do edema e utilização das orientações de posicionamento e de adequação de utensílios de uso diário com a usuária alimentando-se de forma independente. Conclusão: As alterações causadas pela hanseníase nos componentes de desempenho ocupacional podem impactar a realização das atividades da vida diária do indivíduo. Deste modo, se faz necessária a atuação do terapeuta ocupacional enquanto profissional capaz de abordar a prevenção e reabilitação de incapacidades por meio de técnicas que permitam um trabalho individualizado e significativo para o indivíduo.



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O CUIDADO DE SI COMO RECURSO TERAPÊUTICO NA MANUTENÇÃO DOS RESULTADOS ADQUIRIDOS NO PROCESSO DE CORREÇÃO POSTURAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

FATIMA BEATRIZ MAIA

FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NITERÓI, NITERÓI, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; cuidado de si; correção postural

Resumo: O presente trabalho aborda um relato de experiência vivenciado na rede pública de saúde de Niterói-RJ, no campo da correção postural. Com a utilização do Método de Cadeias Musculares e Articulares GDS, a intervenção é realizada em grupo semanal, onde através de exercícios e vivencias corporais os pacientes são estimulados a repetir no ambiente profissional ou domiciliar algumas das atividades propostas. Este relato de experiência foi baseado na revisão de literatura de recentes livros e artigos que abordam os temas citados. Para a localização e escolha dos artigos, foram utilizados os seguintes descritores na biblioteca virtual em saúde: cuidado de si, cadeias musculares, bioenergética e postura. O objetivo deste estudo é refletir os benefícios do cuidado de si, experimentado através desta proposta especialmente depois de receberem alta terapêutica. O termo cuidado de si nos foi trazido por Foucault e implica em vigiar os pensamentos e sugere ações de mudanças a partir de reflexões e apropriação do conhecimento. Considera que o sujeito passa a ter conhecimento e habilidade para promover sua própria saúde. Desta forma, acredita-se que o individuo precisa voltar seu olhar para dentro para corrigir o que percebe e sente, e não o que vê ou o que escuta sobre si mesmo. Assim sendo, o principal objetivo destes grupos é estimular o paciente a promover mudanças de hábitos como: formas de deitar, criar intervalos durante o horário de trabalho, e principalmente, manter-se consciente de seus gestos e posturas o que pode evitar o desgaste músculo articular e proporcionar uma experiência enriquecedora no que diz respeito ao equilíbrio físico e emocional. A escolha do uso de materiais acessíveis e ricos em informações proprioceptivas como escovas, bolas, colheres de pau, cabos de vassouras, sacos de sementes, entre outros, garantem a viabilidade do auto cuidado em qualquer ambiente. Acreditando que estes recursos são fundamentais para a manutenção dos resultados obtidos durante o tratamento, o paciente é convidado a manter-se concentrado em suas sensações e no aprendizado do funcionamento de seu corpo e é estimulado a repetir em casa ou no trabalho movimentos executados nas sessões. Temos percebido que os indivíduos que vivenciam esta experiência referem ter sempre um utensílio a mão que serve não apenas para lembrarem que precisam promover seu cuidado, mas para proporcionar alivio nas atividades rotineiras. Diante deste resultado, caminho com a certeza de que somos apenas facilitadores do processo de reabilitação dos nossos pacientes, pois a chave do sucesso terapêutico está no ser doente, na sua capacidade de autoconhecimento e no seu desejo de transformação.



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A PARTICIPAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA REDE NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO TRABALHADOR

RENATA SILVA FARIA

ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA/ENSP-FIOCRUZ, RJ/RJ, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; renast; cerest

Resumo: Introdução: A Renast compreende uma rede nacional de informações e práticas de saúde, organizada com o propósito de implementar e integrar ações de vigilância, promoção, prevenção e assistência em saúde na perspectiva da Saúde do Trabalhador. Na formatação institucional, prevista na Portaria nº 2.728 de 11 de novembro de 2009, a Renast integra a rede de serviços do SUS por meio de Centros de Referência em Saúde do Trabalhador/Cerest e seus programas. Essa Portaria também estabelece que a Renast seja implementada de forma articulada entre o Ministério da Saúde/MS, as Secretarias de Saúde dos estados, o Distrito Federal, e os municípios, com o envolvimento e participação de outros setores na execução das ações. Definida dessa forma, a Renast se constitui em uma complexa rede que se concretiza com ações transversais, multi e interdisciplinares na tentativa de favorecer a integralidade das ações, envolvendo o trabalho da “ponta”, desde a atenção básica ao nível de alta complexidade, serviços e municípios sentinela, além da gestão e produção do conhecimento. Objetivos: Esse estudo tem como objetivo principal identificar quantos terapeutas ocupacionais estão atuando na Renast, em quais Cerest e o que vêm desenvolvendo na prática. Metodologia: Buscou-se através da análise documental e do levantamento de dados do 2º Inventário de Saúde do Trabalhador (2010-2011) publicado em maio de 2013 pelo MS, indentificar e analisar a participação da Terapia Ocupacional na Renast. Resultados: Dos 190 Cerest estaduais e regionais credenciados até maio de 2013, 38 (trinta e oito) Cerest não participaram da pesquisa, ou porque ainda estavam em período de implantação ou porque foram credenciados depois de dezembro de 2010. A análise foi realizada com 152 Cerest e contou com 95,46% de adesão ao inquérito, o que corresponde a 145 Cerest. Dos 2.066 (dois mill e sessenta e seis) profissionais da Renast, aproximadamente 45 (quarenta e cinco) são terapeutas ocupacionais: 17 (dezessete) São Paulo; 7 (sete) Minas Gerais, 4 (quatro) Bahia; 3 (três) Maranhão e Rio Grande do Sul; 2 (dois) Rio de Janeiro e Pará; 1 (um) Paraná, Goiás; Distrito Federal, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Amapá. Considerações Finais: A Terapia Ocupacional deve tentar ampliar o olhar e participação na Renast, ocupar e se apropriar dessa prática no contexto da saúde e trabalho e atuar em consonância com as diretrizes organizacionais, ideológicas, éticas, legais e políticas do campo da Saúde do Trabalhador, além de contribuir com as particularidades da categoria que sem dúvida serão de grande valia para o campo.



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TERAPIA OCUPACIONAL E O LINFOMA NÃO – HODGKIN TIPO BURKITT: UM RELATO DE CASO

LORHAINE COUTINHO E SILVA GOMES; JULIA LEAL GOMES; RAQUEL DA SILVA ROCHA TOMAZ; DIANA JASMIM AMAR MOREIRA; TANIA FERNANDES SILVA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; linfoma de burkitt; cuidados paliativos

Resumo: Introdução: Conforme Silva (2004) o câncer é, hoje em dia, uma das principais causas de morte em todo o mundo, tendo impacto em sociedades desenvolvidas economicamente e também em nações menos desenvolvidas. O paciente com diagnóstico oncológico sofre um alto nível de desequilíbrio e estresse, produzido tanto pelo impacto emocional. A intervenção terapêutica ocupacional pode ser realizada em todas as fases: diagnóstico, tratamento e cuidados paliativos. O Linfoma de Burkitt é um linfoma não-Hodgkin de células B, neoplasia maligna com um crescimento rápido que afeta, altamente agressiva, Afanas et al (2011).Objetivos: Ressaltar a importância da intervenção terapêutica ocupacional em um paciente com Linfoma não Hoddkin tipo Burkitt.Metodologia: Estudo de caso com investigação qualitativa, sistemática, revisão de literatura, e observação da evolução terapêutica de um do paciente gênero masculino, com idade de 25 anos, acometido pelo Linfoma de Burkitt na região da medula. Uso de Anamnese; Modificado de American Occupational Therapy Association: Uniform terminology for occupational therapy, third edition, Am J Occup Ther; MIF; Teste de FM segundo Kendall, período de outubro 2012 a abril de 2013. Discussão: Inicialmente o prognóstico era reservado. Paciente apresentava tetraplegia em nível de C7. Semidependente nas AVD, déficit de equilíbrio estático sentado sem apoio. Diminuição da FM com grau de 70%. MIF de 65. Após 3 meses observou melhoras quanto ao equilíbrio na postura sentada. Mais independente no vestuário, apresentando apenas dificuldades para vestir os membros superiores. O apoio da Terapia Ocupacional também voltou-se para a intervenção familiar, com orientações em como realizar as atividades de forma adequada, posicionamento no leito, com reavaliação da MIF com escore de 72 e teste muscular com 80%. No mês de março G.S, apresentou tremores intensos e diplopia, causando limitações em todas as suas AVD. Em abril, os exames constataram uma metástase cerebral o que causou um grande impacto na família que tinha grandes expectativas de cura. Nesta nova fase a atuação da Terapia Ocupacional foi importante para a família, o paciente e equipe interdisciplinar. O apoio da Terapia Ocupacional voltou-se para a promoção da saúde em cuidados paliativos, iniciado a abordagem para a promoção de indivíduo ativo. O paciente após 1 sessão de radioterapia retornou a internação no setor de oncologia, com dores intensas de cabeça, falecendo na manhã seguinte. Considerações Finais: Na intervenção da Terapia Ocupacional buscou-se oferecer a possibilidade do paciente fazer contato consigo mesmo, de expressar sentimentos que possibilitassem descobrir mais sobre si mesmo, seus limites e possibilidades.



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[107]

GRUPO DE ACOLHIMENTO A FAMILIARES EM PROCESSO DE LUTO

TATIANA BARBIERI BOMBARDA; ANA LUIZA LANZA

HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO BRASILIENSE, AMÉRICO BRASILIENSE, SP - BR.

Palavras-chave: luto; terapia ocupacional; grupo de acolhimento

Resumo: Considerando-se que a morte envolve manifestações relacionadas a um sofrimento intrapsíquico; o luto pode ser caracterizado enquanto um processo dinâmico, singular e multidimensional, cujas implicações envolvem intenso sofrimento emocional. Constitui-se em um processo por não ser uma experiência que se coloca estaticamente em um momento específico da vida, mas que necessita da ocorrência de eventos que impliquem na reconstrução e ressignificação de estruturas, situações, papéis, relações e projetos. Visando a integralidade do cuidado e a manutenção da assistência inclusive pós-morte; aspectos estes preconizados pelo Sistema Único de Saúde; a realização do Grupo de Acolhimento a Familiares em Processo de Luto, desenvolve-se enquanto ação integrada entre os setores de terapia ocupacional e psicologia do Hospital Estadual Américo Brasiliense-SP, insurgido inicialmente enquanto serviço de apoio à unidade de internação de cuidados paliativos. Com o objetivo de explanar o enfoque da Terapia Ocupacional com enlutados, metodologicamente foram realizadas consultas ao prontuário eletrônico institucional, considerando o primeiro ano de atuação. Estruturalmente, o grupo desenvolvido tem caráter aberto voltado aos acompanhantes de pacientes que vieram a óbito na instituição, ocorrendo mensalmente, compreendendo um espaço não apenas de acolhimento, mas de trocas de vivências, de expressão do sofrimento e de reflexões acerca de recursos que tendem a auxiliar no enfrentamento. Verificou-se a efetivação de 34 atendimentos, sendo as demandas mais frequentes apresentadas pelos familiares as dificuldades correlacionadas ao desempenho de atividades até então realizadas com a pessoa falecida; lembranças permanentes em especial no âmbito domiciliar que por vezes limitam o desempenho ocupacional; dificuldades de expressão acerca da morte do ente querido quando abordagens de terceiros; acentuação dos sentimentos nas datas comemorativas e, dificuldades de reorganizar rotina e/ou reassumir papéis sociais em virtude do tempo dedicado enquanto cuidador. A ação conjunta com o setor de psicologia parte do principio da integralidade do cuidado, visto manifestações dos enlutados envolverem não apenas dificuldades emocionais, mas também de papéis ocupacionais e sociais, caracterizando o luto em uma demanda existente, importante de ser refletida multiprofissionalmente para construções necessárias de práxis voltadas a assistência familiar continuada pós-morte.





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TERAPIA OCUPACIONAL NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ADULTO

TATIANA BARBIERI BOMBARDA; ANA LUIZA LANZA

HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO BRASILIENSE, AMÉRICO BRASILIENSE, SP - BR.

Palavras-chave: unidade de terapia intensiva; uti adulto; terapia ocupacional

Resumo: Em 24 de Fevereiro de 2010 foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária a resolução n°7 que dispõe sobre a obrigatoriedade do terapeuta ocupacional como profissional integrante da equipe atuante em Unidade de Terapia Intensiva. Refletindo-se sobre o trabalho da Terapia Ocupacional neste âmbito constata-se que esta ainda é uma prática pouco disseminada ao que se refere a unidade adulta, sendo identificado na literatura escassas publicações. Para tanto, este estudo consiste na explanação do trabalho inicial da terapia ocupacional no Hospital Estadual Américo Brasiliense localizado no interior do estado de São Paulo, bem como na análise da percepção da equipe com relação as intervenções terapêuticas ocupacionais efetivadas. Metodologicamente foi consultado o prontuário eletrônico institucional para amostragem referente a caracterização da população atendida e visualização do serviço terapêutico ocupacional prestado no período correspondente a seis meses. Concomitantemente foi aplicado um breve questionário com a equipe da UTI cuja análise ocorreu por categorização. Verificou-se a efetivação de 129 atendimentos, sendo importante proferir que a carga horária do terapeuta ocupacional não é de desempenho exclusivo na UTI. Com relação a caracterização da população atendida, verificou-se média de idade referente à 54 anos, representada igualmente no gênero, sendo os quadros clínicos mais frequentes comprometimentos respiratórios, renal e cardíaco. Com relação as intervenções desenvolvidas constatou-se ações de acolhimento, auxílio na construção de estratégias de enfrentamento, elaboração de recursos alternativos para viabilizar maior efetividade na comunicação, resgate de atividades significativas, minimização do sofrimento, atendimentos familiares e participações nas reuniões de equipe. Da composição multiprofissional do setor, 88,9% dos profissionais responderam contato com o trabalho da Terapia Ocupacional no âmbito da UTI pela primeira vez nesta instituição. Foram apontados pelos respondentes contribuições da Terapia Ocupacional na dinâmica assistencial por meio de subsídios na qualidade da assistência, favorecimento ao atendimento mais humanizado, assim como auxílio à equipe na dispensação dos cuidados ao usuário visto a utilização dos recursos terapêuticos (estratégias de comunicação, adaptações e atividades significativas), descrições compatíveis as intervenções realizadas e registradas em prontuário. Verifica-se a necessidade de disseminar a atuação do terapeuta ocupacional no âmbito da UTI adulto, buscando-se o aprimoramento de técnicas por meio de trocas de experiências e consequentemente favorecendo o fortalecimento da profissão.




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POLÍTICA BRASILEIRA DE SAÚDE MENTAL INFANTOJUVENIL: PRINCÍPIOS, DIRETRIZES, ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS E DESAFIOS

MELISSA RIBEIRO TEIXEIRA 

NUPPSAM/ IPUB/ UFRJ, RJ, RJ/BR.

Palavras-chave: política pública de saúde mental; rede de atenção psicossocial; criança e adolescente

Resumo: Introdução: Os atuais desafios da saúde pública no campo da saúde mental infantojuvenil permanecem sendo a consolidação de uma política que garanta uma clínica efetiva, com equidade e acessibilidade aos serviços. Estima-se que há 10% a 20% de crianças e adolescentes com transtornos mentais, e, cerca de 3% a 4% necessitam de tratamento intensivo, considerando principalmente a psicose infantil, autismo, deficiência mental com comorbidade psiquiátrica, uso prejudicial de álcool e outras drogas e neuroses graves. Porém, há uma lacuna na rede assistencial às crianças e adolescentes que, tem sido apontada em publicações que discutem a saúde mental infantojuvenil brasileira. Historicamente, a lacuna da rede de saúde mental para crianças e adolescentes e a falta de uma diretriz política nesse campo culminaram num modelo assistencial baseado em instituições totais de natureza privada e/ou filantrópica. Objetivos: Considerando o processo histórico da psiquiatria e saúde mental da infância, este trabalho propõe realizar uma contextualização da política de saúde mental infanto-juvenil brasileira apontando os princípios e diretrizes e os atuais desafios para a consolidação desta política, pautada na construção de uma rede pública ampliada de atenção para a criança e adolescente, baseada na intersetorialidade e na co-responsabilidade. Metodologia: Análise documental das publicações do Ministério da Saúde, entre os anos 2001 a 2012, relacionadas às políticas de saúde mental para crianças e adolescentes e levantamento bibliográfico sobre o tema. Resultados/Discussão: Entre os anos 2002 a 2004, a política de saúde mental infanto-juvenil brasileira vive um “momento de expansão”, principalmente pela normatização dos Centros de Atenção Psicossocial infanto-juvenil. Porém esta política está em processo de consolidação, necessitando maior articulação destes equipamentos com a Atenção Básica, bem como, na construção e fortalecimento da rede intersetorial. Considerações Finais: Considerando o processo histórico da construção da assistência e da política direcionada à saúde mental infanto-juvenil, bem como, os avanços e impasses da política, a última década apresentou grandes contribuições para constituição desta política. A reversão da tendência institucionalizante e, consequente criação de serviços de base territorial e reestruturação da rede, configuram o atual investimento desta política. Deve haver um esforço na sistematização de dados informações como analisador da demanda e revisão da política. Estes elementos propiciam o estabelecimento da intrasetorialidade e intersetorialidade, fundamentais para o fortalecimento da política de atenção em saúde mental infanto-juvenil.



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[126]

DIAGNOSTICO DO NÍVEL DE ESTRESSE DOS ACADÊMICOS DE TERAPIA OCUPACIONAL

IRANISE MORO PEREIRA JORGE; MARIA FERNANDA GUIMARÃES; ANGELICA HOSTERT 

UFPR, CTBA, PR, BR.

Palavras-chave: estresse; estresse acadêmico; terapia ocupacional

Resumo: Denomina-se de estresse o momento em que surge a necessidade de adaptação a alguma situação relevante, sendo ela positiva ou negativa. Quando ocorre a quebra da homeostase o organismo apresenta reações com componentes psicológicos, físicos, mentais e hormonais. Diante disto, o objetivo deste trabalho é apresentar os resultados de uma pesquisa realizada com os acadêmicos de Terapia Ocupacional de uma Universidade localizada no Sul do país, que mensura o nível de estresse e a fase de estresse que estes alunos apresentam, bem como sua sintomatologia. A metodologia utilizada foi qualitativa de coorte transversal. A pesquisa foi feita de forma exploratória descritiva e realizada através de pesquisa de campo. Este estudo baseia-se no Modelo Quadrifásico de Lipp que classifica o estresse em quatro fases: alerta, resistência, quase exaustão e exaustão. Para a coleta de dados foi utilizado e aplicado o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp - ISSL, e contou com a participação de 116 alunos de todos os períodos diurno deste Curso. Este estudo obteve autorização do Comitê de Ética da instituição, bem como a ciência da Coordenação e de todos os participantes que colaboraram com a pesquisa, estes estudantes encontravam-se devidamente matriculados no Curso de Terapia Ocupacional e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Concluiu-se que 24% dos acadêmicos não apresentam níveis de estresse e que 76% apresentam sintomas de estresse. Nota-se que dentre os acadêmicos que apresentam níveis de estresse a maior parte dos participantes permaneceu na fase de resistência, com sintomatologia predominantemente psicológica, porém os alunos também apresentaram sintomas físicos. Os sintomas psicológicos que foram mais assinalados e apresentados de acordo com o preenchimento do ISSL pelos estudantes foram a ‘vontade súbita de iniciar novos projetos’, ‘sensibilidade emotiva excessiva (estar muito nervoso)’, ‘irritabilidade excessiva’, ‘sensação de incompetência em todas as áreas’, ‘cansaço excessivo’, ‘irritabilidade sem causa aparente’ e ‘angústia/ansiedade diária’. Tendo em vista os sintomas físicos, os mais assinalados pelos estudantes participantes, foram ‘nó no estômago’, ‘tensão muscular’, ‘insônia’, ‘mudança de apetite’, ‘problemas com a memória’, ‘mal estar generalizado, sem causa específica’, ‘sensação de desgaste físico constante’ e ‘cansaço constante’. Com isto, ressalta-se que o ISSL foi útil e possibilitou uma avaliação sobre os sintomas de estresse, os níveis e a sintomatologias em que os estudantes se encontram.





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[139]

CARACTERIZAÇÃO DA ATUAÇÃO DE TERAPEUTAS OCUPACIONAIS RESIDENTES NA IRMANDADE DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SANTOS (ISCMS)

GISELE PAIVA1 ; ANDRÉ EDUARDO MEI2 ; RODRIGO ALVES DOS SANTOS SILVA2 ; MARIA DA CONCEIÇÃO DOS SANTOS2

1.IRMANDADE DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SANTOS, SANTOS, SP, BRASIL; 2.UNIFESP - CAMPUS BAIXADA SANTISTA, SANTOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; residência multiprofissional; atenção hospitalar

Resumo: Introdução: A Terapia Ocupacional, em atual movimento de repensar ações na atenção hospitalar, busca refletir sobre processos de trabalho e tecnologias, recursos e estratégias para atender as demandas dos pacientes segundo as diretrizes das políticas públicas de saúde. A inserção de terapeutas ocupacionais em programas de residência multiprofissional busca juntamente com a equipe dos equipamentos hospitalares consolidar a identidade da profissão na alta complexidade, tendo como norteadores os princípios doutrinários do SUS e a interdisciplinaridade. Objetivos: Descrever as demandas levantadas pelos residentes de Terapia Ocupacional junto aos pacientes em uma ala do hospital da ISCMS destinada ao cuidado do adulto e idoso pelo SUS, bem como as estratégias e recursos terapêuticos ocupacionais para atender tais demandas. Metodologia: Estudo do tipo qualitativo utilizando protocolo próprio dividido em duas partes com questões semiestruturada: uma para triagem das demandas dos pacientes e outra para a caracterização das ações e estratégias empregadas pela Terapia Ocupacional. Os dados coletados foram analisados de acordo com a análise temática de conteúdo após serem agrupados em duas categorias analíticas: demandas e queixas referidas/observadas e estratégias e recursos terapêuticos ocupacionais utilizados. Resultados: Na primeira categoria observou-se a presença de sofrimento frente à hospitalização e ao adoecimento, dificuldades em gerenciar a própria saúde, limitações funcionais nas áreas de desempenho ocupacional e alteração de componentes do desempenho ocupacional. Na segunda categoria observou-se o emprego de estratégias tais como: acolhimento, educação em saúde e orientações com vistas à reestruturação da rotina, o uso do fazer significativo e para a reabilitação e recuperação precoce de componentes de desempenho. Os principais recursos utilizados foram as tecnologias leves e leve-dura - as atividades expressivas e de lazer e técnicas específicas para a reabilitação. Emergiu no processo da pesquisa que as questões institucionais atravessam a atuação do terapeuta ocupacional exigindo pluralidade de estratégias e flexibilidade do profissional para responder às necessidades de saúde dos pacientes. Considerações Finais: A inserção de terapeutas ocupacionais em programas de residência multiprofissional neste nível da atenção em saúde contribui para a reflexão acerca das práticas profissionais no contexto hospitalar e bem como sobre os fatores que a influenciam apoiando-se em referencias teóricos da Saúde Coletiva e Terapia Ocupacional na busca da integralidade do cuidado e da consolidação da profissão no contexto hospitalar.



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[157]

TERAPIA OCUPACIONAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA E A UTILIZAÇÃO DO PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR (PTS)

KAREN VIVIANE TRAGE; TAÍSA GOMES FERREIRA; CRISTIANE WAGNER

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; atenção primária à saúde; projeto terapêutico singular (pts)

Resumo: Introdução: Este trabalho foi realizado a partir do Estágio Supervisionado em Reabilitação Baseada na Comunidade, do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Santa Maria, em uma Unidade Básica de Saúde do município com Estratégia de Saúde da Família. Observou-se que as ações cotidianas da equipe não contemplavam a construção da rede de atenção à saúde e a integralidade da atenção, atributo norteador da Atenção Primária, impedindo, muitas vezes, o acesso ao direito a uma saúde universal, igual para todos e integral. Objetivos: Discutir a potencialidade da elaboração de um Projeto Terapêutico Singular (PTS) para a garantia de um serviço de saúde integral e o papel da Terapia Ocupacional neste contexto. Metodologia: O estágio teve duração de quatro meses, onde foram realizados atendimentos domiciliares semanais a uma família da comunidade. A partir destes atendimentos, observou-se que a família possuía necessidades que envolviam não somente a saúde funcional, mas incluíam questões relacionadas à vulnerabilidade social que, para serem contempladas, seria necessário o suporte da equipe, da escola, do CRAS e de outros dispositivos sociais e comunitários. Discussão: O atributo de integralidade da Atenção Primária sugere o reconhecimento de todas as necessidades em saúde, e na garantia dos serviços necessários para responder a estas questões, ainda que eles não possam ser oferecidos dentro do nível de atenção. Entretanto, na prática se percebe que, com a complexidade da demanda das UBS/ESF, existem dificuldades no desenvolvimento de estratégias para reconhecer as necessidades dos usuários e organizar as intervenções. O Projeto Terapêutico Singular (PTS), por se tratar de condutas terapêuticas articuladas e propiciar uma atuação integrada da equipe, é um dispositivo facilitador deste processo, e quando utilizado nos serviços, pode trazer melhorias no atendimento aos usuários. Os terapeutas ocupacionais possuem uma visão ampliada do sujeito, logo podem trabalhar baseando-se nas necessidades de saúde e desejos. Podem utilizar o conceito de atenção integral à saúde dentro de sua prática profissional, tendo possibilidades potencializar nas equipes o uso do PTS para satisfação das necessidades de saúde. Considerações Finais: Para suprir a complexidade das demandas na Atenção Primária e para promover uma atenção integral à população atendida, é necessário fazer uso de estratégias que partem do sujeito. O PTS pode ser uma estratégia eficaz de promover boas e reais condições de atenção e produção de saúde na comunidade. E o terapeuta ocupacional pode ser o profissional a contribuir efetiva e significativamente com este processo.



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[166]

TERAPIA OCUPACIONAL NO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA: CONSTRUINDO UMA PRÁTICA PROFISSIONAL

NICOLE GUIMARÃES CORDONE; JULIANA DE OLIVEIRA BARROS; RITA MARIA DE ABREU GONÇALVES; SELMA LANCMAN

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: nasf; atenção primária à saúde; saúde do trabalhador

Resumo: Introdução: Em 2008, o Ministério da Saúde criou os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) com o objetivo de subsidiar e ampliar o escopo das ações desenvolvidas pelas Equipes de Saúde da Família (EqESF) na Atenção Primária em Saúde. As equipes NASF são constituídas por diferentes profissionais, entre eles o Terapeuta Ocupacional. Em maio de 2013 existiam 2100 equipes em funcionamento no país e, neste contexto, tal proposta têm se constituído como um importante campo de trabalho para os terapeutas ocupacionais. Objetivo: Apresentar alguns aspectos do trabalho realizado pelo NASF e problematizar a atuação dos terapeutas ocupacionais nesse contexto. Metodologia: Entre os anos de 2011 e 2012 realizou-se uma pesquisa, financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em dois NASF da cidade de São Paulo. O objetivo principal foi o de conhecer o trabalho realizado pelo NASF a partir do levantamento de características organizacionais, das condições de trabalho e do relato das vivências subjetivas relacionadas ao trabalhar. Constituiu-se como um estudo de caso, no qual foram utilizados os referenciais teóricometodológicos da Ergonomia da Atividade e da Psicodinâmica do Trabalho. No decorrer da pesquisa foram identificadas questões referentes ao trabalho desenvolvido pelos terapeutas ocupacionais que se destacaram por constituírem-se como um desafio frente às diretrizes propostas para o trabalho do NASF. Resultados/Discussão: O trabalho do NASF é diversificado e complexo, com enfoque em ações coletivas, multiprofissionais e grupais. Neste contexto, os NASF e as EqESF devem trabalhar juntos, porém há diferenças significativas que interferem neste processo: prioridades, ferramentas de trabalho, modelos de atuação e de gestão. Alguns profissionais da equipe NASF, entre eles os terapeutas ocupacionais, apesar de tentarem priorizar o desenvolvimento de ações de promoção à saúde e de projetos partilhados, também realizam grande número de atendimentos individuais especializados o que ocorre devido a alguns fatores, entre eles: a carência de recursos e profissionais de saúde na região; a pressão da população e das EqSF. Assim, um dos desafios enfrentados pelos terapeutas ocupacionais é o de atuar em consonância com as diretrizes propostas pelos documentos norteadores. Considerações Finais: Os resultados do estudo podem contribuir para o aprimoramento dos processos de trabalho do NASF e, especificamente, para a prática dos terapeutas ocupacionais envolvidos no processo. Por ser uma proposta recente, a interlocução entre as diretrizes ministeriais e a diversidade de contextos e necessidades da população é fundamental.



- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE 

[211]

CONSULTÓRIO NA RUA: A BUSCA PELA INSERÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL

BERLA MOREIRA MORAES; CAMILA CASTRO; LETÍCIA ZANETTI MARCHI ALTAFIM

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, JOÃO PESSOA, PB, BRASIL.

Palavras-chave: políticas públicas; terapia ocupacional; consultório na rua

Resumo: Introdução: O Estado da Paraíba apresenta déficits na quantidade de profissionais da Terapia Ocupacional inseridos nos serviços de assistência a saúde da população. A disciplina “Terapia Ocupacional e as Políticas Públicas da Saúde, da Assistência Social e da Educação” teve como um de seus objetivos estudar a partir das políticas públicas a inserção dos terapeutas ocupacionais no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de Assistência Social e nos projetos de inclusão Educacional. Tendo como proposta, em seu primeiro módulo: Terapia Ocupacional e as políticas da saúde – atenção básica, os alunos da turma 2011.1, divididos em grupos, escreveram uma carta aberta à Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa, mostrando a importância da inserção deste profissional em diversos programas preconizados pela Política Nacional de Atenção Básica, dentre estes, destaca-se o Consultório na Rua. Objetivos: O presente trabalho tem como objetivo apresentar, através de relato de experiência, o processo de criação da carta que tratou sobre o programa Consultório na Rua, assim como a relevância da formação política do aluno de Terapia Ocupacional e sua presença na luta da classe. Metodologia: Relato de experiência na criação de uma carta aberta destinada à Secretaria de Saúde de João Pessoa – PB, como parte integrante da disciplina Terapia Ocupacional e as Políticas Públicas da Saúde, da Assistência Social e da Educação cursada no semestre 2011.1, no 4º período do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal da Paraíba. Resultados: Após aprofundamento acerca do programa Consultório na Rua, da Terapia Ocupacional e de seus procedimentos legais, foi possível observar e refletir a real importância da inserção do terapeuta ocupacional no consultório na rua. Assim, a carta foi construída, mostrando não só o que está disposto na Política Nacional de Atenção Básica, mas também o papel diferenciador do terapeuta ocupacional atuando junto às pessoas que se encontram em situação de rua e em situação de vulnerabilidade social, seja por consumo de crack, álcool e outras drogas e/ou por sofrimento decorrente de transtorno mental. Considerações Finais: Conclui-se, portanto, não só a importância da inserção do profissional da Terapia Ocupacional nesse programa, mas também, e não menos importante, a necessidade de uma formação política, questionadora, crítica e que incite reflexão e luta por parte dos estudantes e futuros profissionais.





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[225]

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS AÇÕES VOLTADAS PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE DE ADOLESCENTES

THAÍS THALER SOUZA1 ; ADRIANO MARÇAL PIMENTA2

1.DISCENTE DO CURSO DE TERAPIA OCUPACIONAL DA UFMG, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL; 2.DOCENTE DO CURSO DE ENFERMAGEM DA UFMG, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.

Palavras-chave: adolescentes; promoção em saúde; educação em saúde

Resumo: Introdução: A adolescência pode ser compreendida como uma fase peculiar do desenvolvimento humano, onde ocorre a passagem para a vida adulta, um tempo de transformações no qual ocorrem ajustes tanto das capacidades produtivas quanto das reprodutivas. A falta de informação desse público frente aos novos problemas a serem enfrentados pode causar um processo de vulnerabilidade, sendo assim, as necessidades dos adolescentes passam a ser objeto de intervenção dos serviços de saúde. Nesse sentido, o uso de grupos de educação em saúde como ferramenta metodológica para a promoção da saúde tem sido valioso e até mesmo imprescindível. Objetivo: Este estudo objetivou caracterizar as ações desenvolvidas no âmbito de educação em saúde para adolescentes. Metodologia: Foi realizada uma busca de publicações sobre o tema nas bases de dados BVS, LILACS e SCIELO. A amostra foi composta por 15 artigos, dos quais foram analisadas as variáveis: escolha do tema das oficinas, associação com a escola, quantidade de alunos, faixa etária, número de oficinas, duração e metodologia. Discussão: A escolha do tema sexualidade prevaleceu (n = 13); todos relataram alguma parceria, em sua maioria com a escola (n = 11); foi encontrada uma mediana de 15 jovens; a maioria dos artigos selecionou uma faixa etária específica (n = 12); houve uma média de 7 oficinas por grupo; a variação de tempo foi de 2 horas e 35 minutos; a maioria optou pela análise qualitativa (n = 8) com abordagem do tipo pesquisa-ação (n = 5); e metodologia freireana e lúdica. Considerações Finais: Com esse estudo foi possível verificar que, apesar de as demandas de cada grupo serem diferenciadas, existem características de direcionamento do trabalho que são similares e, ao serem tomadas, não interferem na individualidade e particularidades do grupo. Assim, essas características merecem ser divulgadas com o intuito de diminuir as tentativas e erros durante o processo de intervenção, dinamizando o trabalho e o qualificando.






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[234]

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CLÍNICO DAS PESSOAS QUE SOFRERAM LESÕES TRAUMÁTICAS DE MEMBRO SUPERIOR EM UM MUNICÍPIO DE GRANDE PORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL.

LARISSA GALVÃO DA SILVA1; SUSILENE MARIA TONELLI NARDI2; IRACEMA SERRAT VERGOTTI FERRIGNO1; DANIEL MARINHO CEZAR DA CRUZ1; RITA DE CÁSSIA DOS SANTOS LAHÓS1

1.UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BR; 2.CLR-INSTITUTO ADOLFO LUTZ - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP, BR.

Palavras-chave: terapia ocupacional; traumatismos da mão; serviços médicos de emergência

Resumo: Introdução: A incidência das lesões traumáticas do membro superior está relacionada em sua maioria as atividades laborais, devido a movimentos repetitivos das mãos e braços; acidentes automobilísticos; ao uso de ferramentas inadequadas; períodos de trabalho prolongado e falta de treinamento e qualificação dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho. Objetivo: Descrever as lesões traumáticas de membro superior dos pacientes atendidos no Pronto Socorro do Hospital Padre Albino, único atendimento de emergência do município de Catanduva/SP. Metodologia: Trata-se de estudo retrospectivo descritivo transversal. Foram coletados os dados dos prontuários de pacientes que sofreram Lesões Traumáticas de Membro Superior no período de janeiro a junho de 2011 e foram atendidos no Pronto Socorro do Hospital Padre Albino de Catanduva-SP. O protocolo de coleta contemplou dados pessoais, sociodemográficos e procedimentos clínicos e de reabilitação. Utilizaram-se as denominações de diagnóstico segundo o Código Internacional das Doenças (CID-10). Resultados: Dos 803 prontuários analisados, houve predomínio de pacientes do sexo masculino (62,8%), solteiros (58,5%), média de idade de 30,2 (SD 19,14) com ensino fundamental incompleto 312 (38,9%), e de acordo com a situação trabalhista a maioria estava empregado 309 (38,5%). Estudantes 212 (26,4%) e profissionais que se utilizam de ferramentas 178 (22,2%) foram os mais acometidos. O segmento mais acometido foi o punho 180 (22,4%), seguido de dedos 177 (22,0%) e mão 139 (17,3%). As contusões foram as lesões mais frequentes (63,3%) seguido das fraturas (30,6%). Os tipos de acidentes que predominaram foram a queda da própria altura com 299 (37,2%), e trauma direto 280 (34,9%). Da população estudada, 490 (61%) foram socorridos imediatamente após o acidente, e 19 (2,4%) passaram por cirurgia e estiveram internados por pelo menos 1 dia. Foram encaminhados para reabilitação 20 pacientes (2,5%). Considerações Finais: A frequência dos acidentes foi em pessoas do gênero masculino, brancos, ensino fundamental incompleto, sem companheiros, de pele branca, em fase produtiva da vida (trabalhadores e estudantes). As contusões foram as lesões mais frequentes; punho, mão e dedos os locais do membro superior mais acometidos; e queda da própria altura como tipo de acidente mais relevante. A possibilidade de ampliar a discussão com gestores e propor mudanças nas políticas publicas com vistas à garantia dos atendimentos; campanhas de conscientização e orientação; reduzir o numero e a gravidade das lesões; diminuindo custos do atendimento inicial e da reabilitação; e buscar eficácia da rede de saúde.



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[251]

SOBRE O SIGNIFICADO DAS OCUPAÇÕES APÓS O ACIDENTE POR QUEIMADURAS

VICTOR CAVALEIRO CORRÊA; LUÍSA SOUSA MONTEIRO; ELSON FERREIRA COSTA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, BELÉM, PA, BRASIL.

Palavras-chave: queimaduras; ciência da ocupação; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: As ocupações são importantes veículos nos quais as pessoas se engajam todos os dias, incluem o trabalho, o lazer, a participação social, o autocuidado, entre outros. Diversas situações podem influenciar no desempenho das ocupações, entre elas destaca-se a queimadura. Objetivos: Este estudo teve o objetivo de compreender as repercussões da queimadura no significado das ocupações de pessoas que sofreram acidentes por queimaduras, sob o enfoque teórico da Ciência da Ocupação. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, ancorada na perspectiva fenomenológica. Foi realizada no ambulatório do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência do Pará (HMUE-PA), no período de dezembro de 2010 a janeiro de 2011. Participaram da pesquisa 19 pessoas, de ambos os sexos,  faixa etária de 19 a 60 anos, que estavam em acompanhamento ambulatorial. Resultados/Discussões: Os resultados do estudo revelaram que ocorreram significativas mudanças no significado atribuído ao engajamento em ocupações, após o acidente por queimaduras, que repercutiram na saúde e bem-estar destas pessoas. As alterações estavam relacionadas com limitações físico-funcionais, pois muitos participantes não conseguiam desempenhar suas ocupações em decorrência das sequelas deixadas pela queimadura, sentimentos de tristeza, sensação de impotência (invalidez) e angústia por não conseguirem retornar as suas ocupações habituais; na participação social, ruptura nos papéis antes assumidos. Os participantes da pesquisa revelaram, ainda, que anteriormente ao trauma, envolviam-se em um rol de ocupações, porém posteriormente passaram a vivenciar momentos de ociosidade e insatisfação em razão do não engajamento ou dificuldade de engajamento em ocupações significativas ou que preenchiam o tempo antes do acidente. Considerações Finais: Neste sentido, observou-se que a partir da queimadura e das sequelas posteriores, ocorreram mudanças no envolvimento em fazeres diários, ocorrendo repercussões na saúde, bem-estar e qualidade do viver das pessoas que colaboraram com este estudo. Portanto, defende-se a necessidade de ampliar os cuidados as vítimas de queimadura, estas devem ser assistidas por uma equipe multiprofissional, que garantam uma assistência integral em consonância com reais demandas dessas pessoas, que permitam aprimorar as abordagens e intervenções no campo clínico-assistencial.





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[269]

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA E SUA REPERCUSSÃO NA FAMÍLIA - REVISÃO DE LITERATURA

ELIANIA PEREIRA DA SILVA; RONIZE COUTO DE SÁ MONTEIRO

HUFMA, SÃO LUIS, MA, BRASIL.

Palavras-chave: autismo; família; revisão

Resumo: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA E SUA REPERCUSSÃO NA FAMÍLIA - REVISÃO DE LITERATUTA O Transtorno do Espectro Autista é um transtorno global do desenvolvimento de causa desconhecida, caracterizado por três aspectos principais: dificuldade na interação social, na comunicação e comportamentos e interesses restritos e/ou repetitivos, que envolve alterações severas e precoces, causando grande impacto na família. Em geral a mãe é a que mais sente a sobrecarga emocional, é ela quem abre mão do trabalho, estudos e vida social para se dedicar exclusivamente a cuidar dessa criança. O objetivo desse estudo foi identificar na literatura trabalhos a respeito de famílias com autistas, verificando a repercussão vivenciada por essas famílias e saber qual o foco dado pelos autores em suas pesquisas. Metodologia: A busca foi feita na base de dados scielo, onde foram selecionados artigos publicados nos últimos 13 anos que faziam referência a autismo e família, pais, irmãos ou parentes. Os resultados encontrados foram um total de136 artigos sobre autismo e após descartar aqueles que não focavam no objetivo desse estudo, os artigos repetidos e as revisões, restaram 12 que tinham comofinalidade falar sobre família. Desse total apenas 5 tinham como objetivo principal estudar as repercussões de ter uma criança autista na família. Nos artigos encontrados foi possível concluir que a dinâmica dessas famílias sofrem diversas alterações como sobrecarga emocional, dificuldades conjugais e financeiras, abandono da vida profissional e social, entre outras. Também verificou-se como é pequena a quantidade de publicações sobre o tema e que muitos estudos focam não na dinâmica familiar mas na criança autista em seu meio familiar. Dentre os 12 artigos selecionados chamou atenção o fato de nenhum deles ter sido realizado por terapeuta ocupacional, 50% foram feitos por psicólogos, seguido de fonoaudiólogos e enfermeiros. Diante dessa realidade evidenciou-se a necessidades de mais estudos sobre a dinâmica, as carências e necessidades emocionais e sociais dessas famílias. Sugere-se assim mais atenção por parte da equipe a estas famílias uma vez que é de conhecimento entre os profissionais que o tratamento se torna mais efetivo quando a família se torna participativa.





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[270]
ATUAÇÃO TERAPÊUTICA OCUPACIONAL: PECULIARIDADES DA CLÍNICA PEDIÁTRICA DE UM SERVIÇO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA - RELATO DE EXPERIÊNCIA

RENATA ITAPARICA ITAPARICA; RAFAELA FREIRES FREIRES; LUCILENE SILVA SILVA; ANA PAULA SANTOS

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ, BELÉM, PA, BRASIL.

Palavras-chave: desenvolvimento neuropsicomotor; tce; terapia ocupacional

Resumo: A experiência proporcionada pelo estágio do 9º semestre- 5º ano de Terapia Ocupacional da Universidade do Estado do Pará (UEPA) no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência- Ananindeua Pará possibilitou a atuação em média e alta complexidade. As atuações foram desenvolvidas nas Clínicas Cirúrgica I e Pediátrica dessa instituição a partir de prescrições do Terapeuta Ocupacional de cada clínica. O trabalho em questão apresentará as intervenções realizadas pelo serviço de Terapia Ocupacional na Clínica Pediátrica no período de março a abril de 2013 junto a paciente com 10 meses de idade, que apresentava como diagnóstico clínico Traumatismo Cranio- Encefálico (TCE), assim como os desafios enfrentados durante a execução dessas intervenções. Nesse período foi realizado o total de dez atendimentos, os quais apresentaram como objetivo geral favorecer a reaquisição de competências condizentes com a idade maturacional do lactente. Para esse fim realizou-se estimulação sensório-percepto-cognitivamotora, visto ter apresentado indícios de regressão do desenvolvimento neuropsicomotor normal após parada cardiorrespiratória ocasionada por reação a Plazil intravenoso em um serviço de emergência. Os atendimentos foram realizados em leito e no espaço da brinquedoteca hospitalar, utilizando-se como recursos os brinquedos da criança e realizando-se manobras avaliativas a fim de verificar prováveis atrasos no desenvolvimento. Observou-se que após a parada cardiorrespiratória a criança não apresentava controle cervical, não emitia sons vocálicos, não apresentava controle de tronco, portanto não conseguia sentar, dentre outros; contudo a genitora afirmava que a criança desempenhava tais competências. Constataram-se ao final dos atendimentos reaquisições importantes do desenvolvimento do lactente, a exemplo de controle cervical parcial, controle parcial de tronco e emissão de alguns sons, além da interação da criança com o ambiente e pessoas, sugerindo que a partir da estimulação global houve evolução do quadro clínico. Ao receber alta hospitalar a criança foi encaminhada a Unidade de Referência Especializada (URE) a fim de prosseguir evoluindo em seu quadro clínico.






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[271]

PROJETO “TO NA REDE”: AMPLIANDO ESPAÇOS DE DIÁLOGO COM A GESTÃO DE SAÚDE EM UBERABA/MG

PAULA TATIANA CARDOSO; GRASIELLE SILVEIRA TAVARES PAULIN; MARINA LEANDRINI DE OLIVEIRA

UFTM, UBERABA, MG, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; gestão em saúde; atenção básica

Resumo: Introdução: A Terapia Ocupacional (TO) contribui para a compreensão da complexidade dos problemas de saúde da população e tem investido no desenvolvimento de estratégias assistenciais compatíveis com os desafios do SUS. No entanto, em muitos municípios brasileiros a inserção deste profissional na Atenção Básica ainda não acontece em função da falta de conhecimento das possibilidades de atuação e contribuição dos terapeutas ocupacionais no NASF. Objetivos: Propor e discutir junto à Secretaria Municipal de Saúde de Uberaba/MG a inserção da Terpia Ocupacional na Atenção Básica, a partir do material produzido no processo de diagnóstico territorial inicial desenvolvido por terapeutas ocupacionais em formação/estagiários. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de campo, em que foi realizado diagnóstico inicial da situação de saúde da população e dos serviços em 3 distritos de saúde do município, a partir da aplicação do método de Estimativa Rápida Participativa em todas as unidades matriciais (n=9). Os dados coletados foram agrupados e analisados de acordo com o aspecto central investigado e as fontes de informação. Resultados/Discussão: Identificou-se categorias temáticas que foram relacionadas às possibilidades de ação da Terapia Ocupacional no contexto analisado, a saber: a TO na Atenção Básica: fortalecendo a atenção integral a partir do NASF; a Terapia Ocupacional no NASF: apoio técnico e pedagógico; a Terapia Ocupacional e a Educação Popular em Saúde; a Terapia Ocupacional na Saúde do Trabalhador: fortalecendo a atuação dos ACS. Todas as categorias identificadas e discutidas se relacionam com as principais necessidades levantadas a partir do diagnóstico territorial inicial, englobando as necessidades da população, das equipes de saúde e das redes de atenção. O processo de territorialização contribuiu de forma significativa na formação dos estagiários envolvidos e produziu um relatório consistente que será apresentado e discutido junto a Secretaria Municipal de Saúde. Considerações Finais: A contratação de terapeutas ocupacionais para o NASF e a parceria com os cursos de formação em Terapia Ocupacional do município, podem ampliar a compreensão e a atenção às necessidades de saúde da população e fortalecer as propostas de ação na micro e macropolítica da rede de saúde, a partir da construção de espaços compartilhados de reflexão, educação e prática. A pesquisa é uma proposta inicial, parte de um estudo maior, e apresenta limitações em relação à amostragem e aprofundamento dos aspectos levantados, no entanto, possibilita o alcance do objetivo de discutir a inserção da Terapia Ocupacional na Atenção Básica do município. Acredita-se na importância de estudos que possibilitem ampliação e fortalecimento do diálogo entre a gestão em saúde e representantes da categoria profissional.



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[273]

EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA EXPERIÊNCIA NA FORMAÇÃO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL

PAULA TATIANA CARDOSO; GABRIELLY JOAZEIRO

UFTM, UBERABA, MG, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; educação em saúde; formação de recursos humanos

Resumo: Introdução: Para uma ampliação da prevenção e promoção da saúde no território, do controle social e da participação popular, devem ser utilizadas ferramentas que possibilitem este processo. A Educação em Saúde está inerente a todas as práticas desenvolvidas no SUS e representa uma estratégia essencial nesse sentido. Identifica-se uma importante colaboração do meio acadêmico neste contexto, a partir da formação crítica e política dos futuros profissionais de saúde, destacando a inserção na Atenção Básica, onde a atuação de estudantes é proposta pelo Ministério da Saúde como meio de integrar ensino-serviço, visando promover transformações na geração de conhecimentos, ensino, aprendizagem e prestação de serviço à população. Objetivo: Trata-se de um relato de experiência vivenciada em uma Unidade de Saúde da Família no município de Uberaba/MG, que pretende refletir e discutir sobre o desenvolvimento de grupos de Educação em Saúde na Atenção Básica e a formação de terapeutas ocupacionais neste cenário. Método: O desenvolvimento de grupos de Educação em Saúde em sala de espera é relatado e discutido por uma estagiária de Terapia Ocupacional e uma docente envolvidas, com base em suas vivências e reflexões e a partir da análise dos documentos de registro elaborados no período estudado (relatórios semanais de estágio; estudo de caso para conclusão da disciplina e anotações sobre as supervisões). Resultados: A experiência estudada de dez encontros indicou o alcance dos objetivos propostos para os grupos de Educação em Saúde, a partir da criação de um espaço potencial de escuta, acolhimento, conversação e desenvolvimento de ações de sensibilização e trocas de saberes entre os usuários do sistema de saúde e estagiárias. Os grupos parecem ter contribuído de maneira significativa na formação profissional das alunas envolvidas, que puderam conhecer na prática os problemas enfrentados pela comunidade. A experiência teve papel importante no desenvolvimento de uma postura profissional mais crítica, flexível, colaborativa e comprometida com a realidade do território e a participação social. Considerações Finais: A vivência com Educação em Saúde, a partir da articulação ensino-serviço-território, se mostrou relevante para a formação de discentes do curso de Terapia Ocupacional, possibilitando o desenvolvimento de uma Anais reflexão dialética sobre teoria e prática. Acredita-se que a inserção dos estudantes da área da saúde nos contextos reais de práticas do SUS deve ser ampliada numa perspectiva dialógica com serviços e comunidade, com vistas no fortalecimento da contribuição da universidade na transformação da realidade social.



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[274]

ATUAÇÃO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL NO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA ÁGUAS LINDAS – RELATO DE EXPERIÊNCIA

RAFAELA FREIRES FREIRES; MAYSA SAMANTHA SANTOS; THAMYRES MACÊDO CAVALEIRO; REJANE NAZARÉ PIMENTEL

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ, BELÉM, PA, BRASIL.

Palavras-chave: Saúde da família; atenção primária a saúde; terapia ocupacional

Resumo: A Portaria nº. 154, de 24 de janeiro de 2008, criaram os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). O NASF 1 Águas Lindas, em Ananindeua, no estado do Pará, foi inaugurado em cinco de agosto de 2011 e constitui-se como o primeiro do estado, contando com profissionais das seguintes áreas em sua equipe: Terapia Ocupacional, Psicologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Educação Física, Farmácia, Nutrição e Serviço Social. Com sua criação surgiu à necessidade de organizar as práticas profissionais da Terapia Ocupacional, em todas as ações de sua responsabilidade, tendo como meio de suporte à Estratégia de Saúde da Família. O terapeuta ocupacional compõe a equipe do NASF juntamente com outros profissionais, no qual seu processo de trabalho é organizado em acolhimento, atendimento individual, atendimento domiciliar, grupos operativos e atividades educativas em equipe. O terapeuta ocupacional é um dos profissionais da Estratégia de Saúde da Família com bastante demanda no município de Ananindeua, contudo o desconhecimento do papel deste profissional pelas equipes de Saúde da Família (SF) faz com que nem todos esses usuários sejam encaminhados através da rede de Atenção Primária à Saúde (APS). Este artigo constitui-se num relato de experiência do Estágio Profissionalizante em Terapia Ocupacional da Universidade do Estado do Pará, em que se buscou levantar, por meio de observações gerenciais, aspectos facilitadores e limitantes da atuação da Terapia Ocupacional no NASF Águas Lindas e apontar os desafios dessa prática no contexto da Atenção Primária à Saúde, a fim de contribuir para a melhor compreensão do papel do terapeuta ocupacional nesse âmbito. Concluiu-se que há necessidade de expansão das ações do NASF Águas Lindas, de estratégias de divulgação do papel do terapeuta ocupacional nesse contexto e da ampliação de ações interdisciplinares entre os profissionais da equipe e os estagiários.





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[323]

GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA: UM ESPAÇO POTENCIAL PARA A TERAPIA OCUPACIONAL

FERNANDA DE ALMEIDA PIMENTEL; RENATA HUMILDES OLIVEIRA; SABRINA PEREIRA DA SILVA VIZOLLI; CAROLINA CORSI MARTINS; BEATRIZ ROCHA MOURA

APS SANTA MARCELINA, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: gestão em saúde pública; terapia ocupacional; saúde mental

Resumo: Segundo dados atuais da prefeitura municipal de São Paulo, cargos de gestão de serviços de saúde da rede pública, em especial de equipamentos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do SUS, tem sido ocupados por terapeutas ocupacionais. O aumento neste tipo de colocação profissional nos faz inferir que terapeutas ocupacionais (T.O.), inerentes à sua formação, possuam conhecimentos e habilidades que favorecem e potencializam o exercício desse cargo. Nesse sentido, este trabalho analisa o perfil de competência sugerido para cargos de gerência em equipamentos que compõe a RAPS e o perfil de competências do T.O., apontando as convergências existentes entre eles. Considerando que o gerenciamento em saúde depende fundamentalmente do recurso humano, do ser humano em ação/trabalho, faz-se necessário que gestores considerem tal atividade como atravessada por desejos e sensações presentes nos relacionamentos interpessoais e no que se produz. Um dos maiores desafios da liderança é a gestão de processos alinhada ao desenvolvimento de autonomia e comprometimento profissional. Nesse sentido, avaliamos que o T.O, em seu perfil de competência, inclui habilidades e conhecimentos que possuem grande ênfase na potencialidade funcional e relacional do ser humano (capacidade de realização e trocas relacionais). Tal profissional, capacitado para analisar, observar e intervir nas atividades humanas, aqui compreendidas como as ações/processos desenvolvidos pelas equipes, o faz de maneira a buscar construir sentidos, apropriação e responsabilização pelo que se realiza no trabalho, composto por atividades potentes na construção de cotidianos. O T.O. gestor tem competência para promover espaços de escuta, mediação de interesses e conflitos e identificação de habilidades. Pode promover espaços de construção, a partir do trabalho cotidiano e de experiências coletivas, afetivas e criativas, enfatizando-se que somente a transformação de si poderá proporcionar a transformação no outro, algo essencial para o trabalho em equipamentos da RAPS. Por fim, avaliamos que os cursos de graduação em terapia ocupacional configuram-se como uma formação bastante abrangente. Contribuem para o profissional que atua na gestão, com uma aproximação entre o trabalho prescrito e o trabalho real, condição essa que favorece uma melhora no alcance de resultados, satisfação do trabalhador com seu trabalho e satisfação dos usuários dos serviços com a qualidade da assistência prestada. Sugerimos que disciplinas voltadas para o campo da gestão em saúde passem a compor a grade curricular dos cursos de Terapia Ocupacional, sendo esse um importante e potente campo de atuação para esse profissional.



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[325]

SAÚDE MENTAL INFANTOJUVENIL E INTERSETORIALIDADE: O DESAFIO COTIDIANO DOS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

BRUNA LIDIA TAÑO; THELMA SIMÕES MATSUKURA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: saúde mental; intersetorialidade; infância

Resumo: Introdução: A atenção em saúde mental infantil proposta pelas políticas do Sistema Único de Saúde (SUS) vem, nos últimos anos agenciando ações intersetoriais, no sentido de garantir a ampliação do cuidado e do acesso equânime à cidadania das crianças e adolescentes. Cabe aos Centros de Atenção Psicossocial Infantojuvenis (CAPSI), enquanto equipamentos essenciais nos processos de atenção em saúde mental infanto-juvenil, articular de modo mais sistemático as pactuações e negociações entre os serviços que tradicionalmente se ocupam dos cuidados com a infância e adolescência e ainda aqueles que poderiam ampliar a produção de saúde e dos direitos das populações. Objetivos: Identificar e contextualizar sobre os modos com os quais os profissionais dos CAPSI articulam as ações intersetoriais e com outros serviços na área da saúde, de modo a garantirem a ampliação do cuidado para os sujeitos atendidos. Metodologia: Participaram do estudo dezessete profissionais de nível superior (terapeutas ocupacionais, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais que atuam em CAPSI do Estado de São Paulo que responderam a entrevista guiada por um roteiro semi-estruturado. As entrevistas foram transcritas e analisadas a partir do método do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Resultados/Discussão: Embora a maior parte dos profissionais refira realizar ações de articulação de rede, seja no campo da saúde ou intersetorialmente, relatam que têm encontrado dificuldades para a realização desta prática em decorrência da resistência dos parceiros em efetivar o compartilhamento do cuidado. Relatam ainda que a maior parte das ações se efetua a partir de casos individuais, o que pouco favorece a criação de fluxos estabelecidos enquanto garantia de acesso a todos os usuários. Entre os serviços com os quais mais mantem contato referem as escolas e as unidades básicas de saúde como aquelas que mais solicitam apoio e orientação. Considerações Finais: Embora seja atividade organizadora do cuidado, a dificuldade de acesso e de suporte das equipes para o trabalho com outros equipamentos revela a importância de que sejam pactuadas estratégias conjuntas entre os serviços para a efetivação do cuidado. O apoio matricial em saúde mental e a articulação de espaços intersetoriais para a pactuação de fluxos e de construção de projetos de cuidado podem ser importantes ferramentas tanto para a facilitação do trabalho dos profissionais de saúde mental como também para a qualificação dos outros sujeitos e parceiros a serem implicados no processo.





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[348]

GRUPO DE SAÚDE DA MULHER: UMA EXPERIÊNCIA MULTIPROFISSIONAL

DIONNE DO CARMO ARAÚJO FREITAS; PAMELA GRAZIELA CARDOSO; ELIANI TIEMI YOSHIOKA; MIDIÃ LINS SILVA COUTINHO; ELIZABETH ALVES GONÇALVES FERREIRA

FACULDADE DE MEDICINA DA USP, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: sexualidade; grupo de mulheres; incontinência urinária; residência multiprofissional e terapia ocupacional

Resumo: Introdução: A incontinência urinária (IU) é uma disfunção que compromete a qualidade de vida, influencia as atividades cotidianas e interfere na sexualidade. É possível auxiliar pessoas acometidas por essa disfunção, compartilhando informações sobre funcionamento normal e alterado do assoalho pélvico e possíveis repercussões psicossociais. A abordagem conjunta de Fisioterapia e Terapia Ocupacional em um grupo de saúde da mulher é inovador e estudos devem ser conduzidos para demonstrar sua eficácia. Objetivo: Descrever a experiência de um grupo de promoção da saúde da mulher com foco no tratamento de incontinência urinária, desenvolvido pelas áreas de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Método: O grupo teve 12 encontros semanais, com uma hora de duração no Ambulatório de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Hospital Universitário da USP. Esse grupo foi conduzido pelos residentes das áreas de Fisioterapia e Terapia Ocupacional com supervisão de uma Fisioterapeuta do HU e uma docente vinculados ao Programa de Residência Multiprofissional em Promoção da Saúde e Cuidado na atenção hospitalar. O grupo incluiu discussões de temas de interesse, exercícios para o assoalho pélvico, exercícios voltados à consciência corporal e atividades auto expressivas, com emprego de imagens, música e dança. A combinação desses recursos terapêuticos teve como foco a funcionalidade, autoimagem e autoestima das participantes. Resultados e discussão: O grupo foi composto por seis mulheres entre 25 e 62 anos. As participantes definiram como temas de interesse: anatomia e funcionamento do assoalho pélvico, causas e prevenções de prolapsos e da IU. Associamos esses temas às questões biopsicossociais e a sexualidade, previamente selecionados. A combinação de discussões de temas, exercícios e atividades auto expressivas possibilitou clima acolhedor, que facilitou a troca de experiências entre as participantes e destas com os profissionais. A abordagem multiprofissional possibilitou diversidade de intervenções em torno de um objetivo comum: promover a saúde e o autocuidado das mulheres participantes e, contribuiu para aumentar a adesão das participantes ao grupo. Considerações Finais: O grupo configurou-se espaço aberto para o autoconhecimento. A atuação integrada de Fisioterapia e Terapia Ocupacional junto a mulheres com foco na incontinência urinária além de inovador mostrou-se abordagem efetiva em saúde da mulher.



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[352]

O LÚDICO COMO ESTRATÉGIA DE AUTOORGANIZAÇÃO DA CRIANÇA HOSPITALIZADA, NOSSO COMPROMISSO E AÇÃO

IZABEL CRISTINA BATISTA CHAGAS; MARIA LIDUINA LIMA GADELHA; IVANA BENEVIDES DOS SANTOS; KÁTIA ALICE DIÓGENES NOGUEIRA

HOSPITAL INFANTIL ALBERT SABIN, FORTALEZA, CE, BRASIL.

Palavras-chave: lúdico; criança; hospitalização

Resumo: O ambiente hospitalar, para a maioria das pessoas é um local onde a dor e o sofrimento estão presentes. Neste período de doença, o tratamento e principalmente as privações que acarretam, constituem fatores de limitações e desajustes, podendo provocar desequilíbrios no futuro. A criança hospitalizada deve ser considerada como um todo, biopsicossocial, em crescente desenvolvimento. O brincar é uma necessidade básica para essa faixa etária, uma experiência humana, rica e complexa, pois os brinquedos realizam sonhos, desmistificam fantasias ou estimulam a brincar livremente. Refletindo em como melhorar o atendimento complementar aos pacientes internados no HIAS, foi criado em 1998 um projeto de humanização chamado Cidade da Criança, destinado á proporcionar uma hospitalização mais prazeroso e agradável, a partir de atividades lúdicas dirigidas por terapeutas ocupacionais. E para compreender os efeitos desse brincar como experiências infantis nos pacientes hospitalizados atendidos neste espaço, bem como, descrever como a terapia lúdica contribui para um melhor momento durante o tratamento; como se dá o desenvolvimento e a recuperação da autoestima e autoconfiança no ato de brincar e ainda, o nível de satisfação dos pacientes, foi realizado um estudo exploratório descritivo com abordagens qualitativas no período de Março a Junho de 2011. Nosso objeto de investigação foi a saúde da criança, evidenciando quais os benefícios do brincar para pacientes internados que participam das atividades lúdicas no Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), hospital da rede SUS do Estado do Ceará. A amostragem intencional foi composta por 50 acompanhantes e 50 pacientes. O resultado dos questionários realizados com os acompanhantes revelou: 60% dos acompanhantes frequentam o espaço com crianças, 27% somente a criança e, 8% comparecem sozinhos. Como retorno, tivemos como opinião dos acompanhantes que: 43% dos pacientes diminuem a ansiedade, 32% melhoram aceitação ao tratamento e 25% acreditam favorecer a autoestima. Como a hospitalização é um momento difícil, ficou evidente que o lúdico melhora o estado geral dos pacientes, ajudando como tratamento complementar na sua recuperação. Diante do resultado, fica claro a importância deste espaço para pacientes que estão em um leito de um hospital e também, que momentos de lazer dentro de um hospital é saudável.





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[354]

TERAPIA OCUPACIONAL E CUIDADOS INDIVIDUALIZADOS NA UTIN DO HIAS: AMPLIANDO OLHARES E DIGNIFICANDO VIDAS

REGINA LUCIA RIBEIRO MORENO; VALERIA BARROSO DE ALBUQUERQUE; NALMY BESERRA DE CASTRO; MARIA LIDUINA LIMA GADELHA

HOSPITAL INFANTIL ALBERT SABIN, FORTALEZA, CE, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; cuidado individualizado; uti neonatal

Resumo: Considerando o grande número de recém-nascidos a termo, prematuros e de baixo peso que são internados com suas mães ainda puérperas na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) do Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS). A pesquisa procurou enfocar o impacto do cuidado individualizado realizado por terapeutas ocupacionais junto a mãe e seu filho recém-nascido internados nessa unidade hospitalar, à luz do referencial fenomenologia existencial de Martin Heidegger, o que possibilitou estudar esse fenômeno com vistas a uma visão voltada para a subjetividade humana. Teve como objetivos: compreender o modo como a mãe acompanha o filho enfermo na UTIN, conhecer o significado dessa hospitalização e do desenvolvimento de formas mais adequadas e efetivas de assistência e apoio integral à dupla mãe e bebê hospitalizado. O estudo foi realizado no HIAS, na cidade de Fortaleza-CE, em 2012, com oito mães acompanhantes. As informações necessárias foram obtidas através de entrevista fenomenológica, realizada pela terapeuta ocupacional da unidade, contendo a pergunta-guia: como se mostra a você ser mãe em uma UTIN e vivenciar a maternagem nesta unidade hospitalar? O que facilitou a emersão de unidades temáticas importantes para desvelar o Ser Mãe na UTIN, proporcionando reflexões importantes para redefinir posturas profissionais e estimular a busca de formas cada vez mais adequadas e efetivas de um modelo assistencial mais humanizado que transgride o padrão terapêutico tradicional superespecializado que deixa de lado a complexidade do homem como ser corpóreo no mundo. Os dados foram submetidos à análise do fenômeno situado, proposta por Martins e Bicudo. Os resultados mostraram que a mãe acompanhante, ao vivenciar a experiência de maternagem em uma UTIN que adota a norma de atenção humanizada preconizada pelo Ministério da Saúde, revelou-se como ser autêntico, que libertou-se da “ocupação” indo de encontro à “pre-ocupação”, ao demonstrar sentimentos, pensamentos, percepções e comportamentos que compreendem: segurança e medo, esperança e angústia, potencialidade e impotência, preocupação e expectativa. Vale ressaltar, ainda, que essa pesquisa além de explicar a dor materna provocada pelo transtorno da hospitalização, serviu de indicadores para avaliação da prática assistencial realizada pelas terapeutas ocupacionais na UTIN do HIAS.



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[383]

PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DA POPULAÇÃO ACOMETIDA PELA SÍNDROME DO TÚNEL E AÇÕES DE PROMOÇÃO DE SAÚDE

ALINE COSTA DE SOUSA KAWAMURA; ANGELA PAULA SIMONELLI 

UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: síndrome do túnel do carpo; promoção de saúde; perfil sociodemográfico

Resumo: A Síndrome do Túnel do Carpo (STC), considerada a neuropatia mais recorrente na atualidade, é um dos comprometimentos que mais ocasiona incapacidades ou déficits funcionais manuais, afetando diretamente o estilo e a qualidade de vida do sujeito. Sabe-se que no Brasil as ações curativas e hospitalares ainda são predominantes, no entanto estas não resolvem os problemas de saúde em sua base e constituem-se em procedimentos caros que elevam os gastos nacionais com saúde. Deste modo, a partir da identificação do perfil dos pacientes com diagnóstico de STC, é possível contribuir no desenvolvimento de ações de promoção de saúde e prevenção de agravos especificamente para a população em risco, diminuindo a incidência desta doença. Ressalta-se também que o terapeuta ocupacional (TO) contribui para a efetividade das ações multidisciplinares de promoção de saúde a partir da adição da perspectiva única fundada na ocupação humana e no engajamento do cliente em suas atividades significativas. Os objetivos desse estudo foram: Identificar as características sociodemográficas da população acometida pela STC; Correlacionar as Políticas Públicas referentes a Gestão em Saúde atuais ressaltando a estratégia de Descentralização do SUS; Apontar a importância de ações de Promoção de Saúde e Prevenção de Agravos com o objetivo de evitar o adoecimento por STC e a contribuição do TO para a eficácia dessas ações. O estudo foi realizado no ambulatório de Terapia Ocupacional do Hospital do Trabalhador do município de Curitiba/PR, entre os meses de Janeiro de 2010 há Março de 2012, apresentando caráter de pesquisa qualitativa e quantitativa que se baseou na pesquisa documental para a coleta e análise dos dados. O trabalho de campo consistiu no levantamento, tabulação e análise dos dados dos prontuários dos sujeitos atendidos no referido ambulatório e acometidos por STC, contabilizando 149 usuários. Os resultados apontaram relação entre Síndrome do Túnel do Carpo e gênero feminino, sendo este acometimento mais presente na idade produtiva e do membro dominante ou bilateralmente. Aponta-se também o grande potencial de incapacidade gerado por esta patologia que se estende, geralmente por vários anos, comprometendo significativamente a qualidade de vida e o desempenho do indivíduo em suas atividades diárias, principalmente relacionadas à gerenciamento do lazer e alimentação. Conclui-se que a associação destas informações com a localização residencial dos usuários acometidos por STC, assim como sua atividade de trabalho, permitem o embasamento de diretrizes para ações de promoção e prevenção de saúde de acordo com as características e tipos de atividades exercidas por esta população.





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[385]

SAÚDE MENTAL INFANTIL E AMBIENTE ESCOLAR: PERCEPÇÕES E DEMANDAS DOS EDUCADORES

MARIA FERNANDA BARBOZA CID; LUIZA HELENA DE OLIVEIRA FERNANDES; DANIELI AMANDA GASPARINI

UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: saúde mental infanto-juvenil; contexto escolar; percepções de educadores

Resumo: Considerando que além da família, a escola é o ambiente mais imediato e intensamente vivenciado por crianças, sendo importante contexto de desenvolvimento, e os apontamentos da literatura a respeito da influência desse contexto na saúde mental infantil, a presente pesquisa teve o objetivo de identificar a percepção de profissionais de uma escola municipal, localizada na periferia de uma cidade do interior do Estado de São Paulo em relação à saúde mental infantil e os fatores envolvidos nessa condição, tais como os fatores de risco e proteção relacionados ao contexto familiar, escolar e social de vivencia dos seus alunos. Metodologia: Participaram do presente estudo, 18 profissionais da escola (professores, coordenadores e direção), com os quais foram realizadas entrevistas semi-estruturadas. Todos os aspectos éticos relativos à pesquisas com seres humanos foram considerados. Para o tratamento e análise dos dados das entrevistas, realizou-se a transcrição na íntegra das mesmas e, para a análise dos dados, utilizou-se a técnica de análise de conteúdo. Resultados: Observou-se, de uma forma geral que, na percepção dos profissionais da escola, a problemática relacionada à saúde mental nas crianças é expressa no contexto escolar por meio da agressividade e agitação excessivas, isolamento, desatenção, dificuldade significativa no cumprimento de tarefas e combinados, dentre outros, e que envolvem fatores do contexto familiar, escolar e socioeconômico-culturais presentes no cotidiano das crianças. Os participantes apontam, ainda, que esta problemática interfere no desenvolvimento das atividades pedagógicas e que a falta de parceria entre escola-família-rede de serviços de atenção à criança do município prejudica o bom andamento do trabalho da escola. Além disso, os participantes apontam a necessidade de suporte informacional sobre desenvolvimento infantil e saúde mental para os profissionais da escola, a fim de que possam ter mais elementos para lidar com as crianças e executar seu papel de forma mais efetiva. Os resultados obtidos reforçam os apontamentos da literatura a respeito da importância de ações intersetoriais de promoção à saúde mental infanto-juvenil que possam abarcar os diferentes atores e serviços direcionados a essa população e que considerem de forma ampliada os mecanismos de risco envolvidos nos diferentes contextos de vivencia das crianças e famílias.





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[391]

ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO REDÁRIO

CLEUSA PINTO DE ALMEIDA; MIRIAN KUN; NILVA SUELI OLIVEIRA

VILA SÃO COTTOLENGO, TRINDADE, GO, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; humanização; promoção de saúde

Resumo: O presente trabalho relata a experiência da Terapia Ocupacional na Vila São Cottolengo – Hospital de Medicina Especializada, na cidade de Trindade - GO, a partir da implantação do Espaço Terapêutico Redário, na promoção da saúde, humanização, qualidade de vida com pacientes vítimas de lesões neurológicas, traumatismo crânio encefálico, acidente vascular encefálico, dentre outros. As intervenções foram feitas em um espaço físico ao ar livre arborizado em que foi possível observar melhoras significativas como: físico, neurológico, social e comportamental dos pacientes. Há três anos atuamos na Vila São Cottolengo especificamente na Unidade São José (USJ) e deparamos com trinta mulheres de faixa etária de 37 a 82 anos com graves limitações físicas e cognitivas, todas cadeirantes, a maioria dependente nas Atividades de Vida Diária (AVDs) e que necessitavam de uma intervenção com olhar da Terapia Ocupacional. Descobrimos “O Redário”, local em que se colocam redes de descanso e balanço, atividade de lazer usada principalmente em pousadas e hotéis ao ar livre. O trabalho teve como objetivo promover melhor qualidade de vida humanizada; Oferecer atividade significativa e motivacional; Desenvolver o bem estar físico, emocional e social e proporcionar estímulos sensoriais. Os atendimentos eram realizados duas vezes na semana, fazendo revezamento das pacientes, logo outros profissionais de outras unidades ficaram interessados em atender seus pacientes no espaço, mas não tínhamos redes. Diante de várias solicitações, ganhamos mais redes possibilitando atender um maior número de pacientes do hospital. Em uma instituição de longa permanência, existem vários significados ricos em simbolismo de rotinas de costumes, crenças e rituais. Para compreendê-los, faz-se necessário observar, sentir, interpretar o comportamento das pessoas que ali residem com o novo, desenvolvendo a arte da escuta para compreender as expressões no seu cotidiano. A atuação e criação da Terapia Ocupacional, do Espaço Terapêutico Redário proporcionou uma atividade significativa, ao favorecer diversas possibilidades diante das limitações. Acreditando que as práticas de promoção de saúde devem ser preventivas e curativas, tornando a humanização relevante para as transformações necessárias ao desenvolvimento do setor público da saúde, vindo de encontro com a Política de Humanização (PNH) criada pelo Ministério da Saúde.





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[391]

ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO REDÁRIO

CLEUSA PINTO DE ALMEIDA; MIRIAN KUN; NILVA SUELI OLIVEIRA

VILA SÃO COTTOLENGO, TRINDADE, GO, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; humanização; promoção de saúde

Resumo: O presente trabalho relata a experiência da Terapia Ocupacional na Vila São Cottolengo – Hospital de Medicina Especializada, na cidade de Trindade - GO, a partir da implantação do Espaço Terapêutico Redário, na promoção da saúde, humanização, qualidade de vida com pacientes vítimas de lesões neurológicas, traumatismo crânio encefálico, acidente vascular encefálico, dentre outros. As intervenções foram feitas em um espaço físico ao ar livre arborizado em que foi possível observar melhoras significativas como: físico, neurológico, social e comportamental dos pacientes. Há três anos atuamos na Vila São Cottolengo especificamente na Unidade São José (USJ) e deparamos com trinta mulheres de faixa etária de 37 a 82 anos com graves limitações físicas e cognitivas, todas cadeirantes, a maioria dependente nas Atividades de Vida Diária (AVDs) e que necessitavam de uma intervenção com olhar da Terapia Ocupacional. Descobrimos “O Redário”, local em que se colocam redes de descanso e balanço, atividade de lazer usada principalmente em pousadas e hotéis ao ar livre. O trabalho teve como objetivo promover melhor qualidade de vida humanizada; Oferecer atividade significativa e motivacional; Desenvolver o bem estar físico, emocional e social e proporcionar estímulos sensoriais. Os atendimentos eram realizados duas vezes na semana, fazendo revezamento das pacientes, logo outros profissionais de outras unidades ficaram interessados em atender seus pacientes no espaço, mas não tínhamos redes. Diante de várias solicitações, ganhamos mais redes possibilitando atender um maior número de pacientes do hospital. Em uma instituição de longa permanência, existem vários significados ricos em simbolismo de rotinas de costumes, crenças e rituais. Para compreendê-los, faz-se necessário observar, sentir, interpretar o comportamento das pessoas que ali residem com o novo, desenvolvendo a arte da escuta para compreender as expressões no seu cotidiano. A atuação e criação da terapia ocupacional, do Espaço Terapêutico Redário proporcionou uma atividade significativa, ao favorecer diversas possibilidades diante das limitações. Acreditando que as práticas de promoção de saúde devem ser preventivas e curativas, tornando a humanização relevante para as transformações necessárias ao desenvolvimento do setor público da saúde, vindo de encontro com a Política de Humanização (PNH) criada pelo Ministério da Saúde.




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[401] 

TERAPIA OCUPACIONAL NOS CUIDADOS PALIATIVOS AOS PACIENTES ONCOLÓGICOS

RUBIA CRISTINA VALENTIM HENNING; FABIO RICARDO RUSCH

FACULDADE GUILHERME GUIMBALA, JOINVILE, SC. BRASIL

Palavras-chave: terapia ocupacional; cuidados paliativos; câncer

Resumo: Introdução: Os cuidados paliativos são destinados a indivíduos que não se beneficiarão de terapias curativas, visando atenuar sintomas físicos, espirituais e psicológicos que proporcionam sofrimento a eles. Os pacientes oncológicos produzem a maior demanda para este tipo de serviço devido o tratamento anti-tumoral ser longo e com efeitos colaterais que causam excessivo sofrimento. A Terapia Ocupacional atua neste campo, como terapia adjuvante do tratamento paliativo medicamentoso, focando sua intervenção nos sintomas que mais trazem sofrimento ao paciente como ansiedade, depressão, distress e dor, buscando uma melhor qualidade de vida para o paciente oncológico. Objetivo: Este artigo tem como objetivo verificar se os cuidados paliativos em articulação com os conhecimentos da Terapia Ocupacional prestados aos pacientes oncológicos hospitalizados são eficazes na melhora da qualidade de vida e no alívio do sofrimento dos pacientes. Metodologia: Realizou-se uma pesquisa de revisão bibliográfica em literaturas especializadas, com captação de publicações relacionadas aos temas, cuidados paliativos, oncologia e terapia ocupacional, com a intenção de verificar e contabilizar publicações que comprovam ou citem a eficácia dos cuidados paliativos não medicamentosos a pacientes oncológicos hospitalizados. Resultados/Discussão: Das referencias selecionadas, 100% destas consideram que os cuidados paliativos biopsicossociais são eficazes no tratamento paliativo do paciente oncológico. Destes 10% dos estudos selecionados fez alguma crítica aos serviços de saúde e/ou a formação acadêmica dos profissionais da saúde. Os cuidados paliativos que envolvem os aspectos biopsicossociais são eficientes e possuem grande importância no tratamento do paciente oncológico, quando são aplicados de maneira adequada e em conciliação com o tratamento médico. Alguns estudos citam que o principal benefício para as instituições que possuem este tipo de programa terapêutico é a diminuição no consumo de medicamentos opióides. Considerações Finais: Foi possível verificar com este estudo que os cuidados paliativos que abrangem as questões biopsicossociais são eficazes no alívio do sofrimento dos pacientes oncológicos, contudo não foi possível verificar a eficácia dos cuidados paliativos aplicados especificamente por terapeutas ocupacionais, pois apenas 3,33% dos artigos captados eram específicos de Terapia Ocupacional. Portanto sugere-se que sejam realizados mais estudos de Terapia Ocupacional e de outras áreas da saúde sobre os cuidados paliativos envolvendo os aspectos biopsicossociais.





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[426]

A REGULAÇÃO DA REABILITAÇÃO FÍSICA NA GESTÃO PÚBLICA DA SECRETARIA DE SAÚDE DO RS

SCHEILA ERNESTINA LIMA; AYESA DONINI DONINI DE CASTILHOS LORENTZ
SECRETARIA DE SAÚDE DO RS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL.

Palavras-chave: terapeuta ocupacional; regulação da gestão pública; reabilitação física

Resumo: Introdução: A ação do terapeuta ocupacional (T.O) Regulador, adotando critérios técnicos de reabilitação, no uso do sistema informatizado de regulação e atuando na política pública da pessoa com deficiência, tornou possível a qualificação dos atendimentos aos usuários da rede de reabilitação física do SUS/RS, bem como maior controle e avaliação da gestão pública pela Secretaria Estadual da Saúde do RS(SES/RS). Objetivos: Destacar a importância da participação efetiva do terapeuta ocupacional como regulador e gestor desta política, bem como do uso de sistema informatizado de regulação na gestão pública. Metodologia: Utilização de sistema de regulação da rede de reabilitação física pelos 496 municípios e 19 Regionais de Saúde no RS, contando o terapeuta ocupacional regulador no nível Central da SES/RS, utilizando critérios de classificação de prioridades e análise de dados quantitativos coletados a partir do sistema de regulação, para qualificar a fila de espera e realizar a regulação da rede de Reabilitação Física Estadual, em conformidade com as Portarias Ministeriais nº 818 de 2001 e 793 de 2012 que institui e organiza à rede de cuidados à pessoa com deficiência do SUS.   Resultados/Discussão: O sistema de regulação está implantado em 95% dos municípios do RS no módulo ambulatorial, vinculado à Central Estadual de Regulação que é inclusive coordenada por uma terapeuta ocupacional. Toda a oferta de consultas iniciais da rede de reabilitação física, está sob regulação estadual, excetuando 1 município. A SES/RS controla, mensalmente, a oferta contratada dos prestadores da reabilitação, utilizando sistema de regulação que proporcionou a organização dos fluxos, ampliou o acesso aos serviços secundários e terciários Anais e qualificou o processo de controle e avaliação da gestão pública estadual. Conclusões/Considerações: A adoção de sistema informatizado de regulação pela SES/RS, aplicada à rede de reabilitação física através da atuação do terapeuta ocupacional garante a qualificação na assistência no tocante ao atendimento aos usuários do SUS, por seus conhecimentos específicos de reabilitação, inclusive na elaboração de critérios técnicos, aplicados à fila de espera e análise das prioridades de atendimento. Além disso, proporcionou maior organização, controle, monitoramento à referida rede.





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[430]

APOIO MATRICIAL: CARTOGRAFANDO SEUS EFEITOS NA REDE DE CUIDADOS E NO PROCESSO DE DESINSTITUCIONALIZAÇÃO DA LOUCURA

MEYRIELLE BELOTTI; MARIA CRISTINA CAMPELLO LAVRADOR

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO, VITÓRIA, ES, BRASIL.

Palavras-chave: atenção básica; saúde mental ; desinstitucionalização

Resumo: Introdução: O Apoio Matricial tem como ideia central compartilhar as situações encontradas no território, através de discussões conjuntas, tanto para favorecer a construção de uma clínica ampliada, quanto para instituir uma postura de corresponsabilidade pelos casos, facilitando, assim, a inserção do sujeito com sofrimento mental no seu território. Dessa forma, busca-se superara a lógica do encaminhamento, por meio da ampliação da capacidade resolutiva da equipe da local. O trabalho relata a experiência dos encontros de matriciamento realizados no município de Cariacica – ES. Colocamos em análise o que esses encontros de matriciamento estão potencializando. Seus efeitos produzidos têm contribuído para o surgimento de novos modos de acolher a loucura nos serviços de saúde? Objetivo: Analisar quais os efeitos e as contribuições que o Apoio Matricial pode proporcionar no fortalecimento da rede de cuidados e no processo de desinstitucionalização da loucura. Metodologia: Propusemos-nos a utilizar a cartografia como uma postura ética que se propõe a pensar e sentir as afecções e os movimentos que ocorrem durante os encontros de matriciamento. Neste contexto, o cartógrafo irá compor a paisagem estudada, bem como, realizar intervenções nessa, assumindo a papel de apoiador, ou seja, através das discussões clínicas o pesquisador irá realizar intervenções no grupo estudado, buscando a criação de práticas que promovam uma reflexão dos processos cristalizados. Utilizamos também, o diário como uma ferramenta metodológica que possibilitou um momento de reflexão do vivido através do ato da escrita, sendo registrados falas, conversas, observações, devaneios, sentimentos e percepções ocorridos nesses encontros. Resultados/Discussão: Identificamos que as equipes da Atenção Básica ainda estão bastante capturadas pelo instituído, atuando na maioria das vezes presas às regras e aos protocolos. Não sabendo acolher as situações que “fogem da regra”. Atribuímos à dificuldade de acolher a loucura à falta de capacitação em Saúde Mental e segundo relatos de alguns profissionais há insuficiência na formação acadêmica dos mesmos. Em nosso entendimento, o ficar “preso às regras” não permite ao trabalhador experimentar a suavidade dos encontros, deixando seus “olhos vendados” para o inusitado. Considerações Finais: Compreendemos que o AM, através da porosidade dos seus encontros, pode ser um dispositivo importante na criação de práticas que possibilitem um pensar e (re) inventar fora das regras, dos protocolos e do campo das certezas, abrindo, assim, espaço para o inusitado.





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[441]

GESTÃO DO SERVIÇO DE TERAPIA OCUPACIONAL: UM NOVO DESAFIO DA PRÁTICA HOSPITALAR NO SUS

AIDE MITIE KUDO; PRISCILA BAGIO MARIA BARROS; FERNANDA DEGANI ALVES DE SOUZA

INSTITUTO DA CRIANJÇA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: administração hospitalar; planejamento; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: Tradicionalmente, a atuação do terapeuta ocupacional em instituições hospitalares é restrita às atividades assistenciais. As transformações e as exigências impostas pelo mercado e pelo SUS por meio das Normas Operacionais Básicas e Normas Operacionais da Assistência a Saúde, vêm acarretando uma atuação cada vez mais efetiva das instituições hospitalares na organização administrativa de seus serviços. Desta maneira, o serviço de Terapia Ocupacional também deve estar em consonância com as necessidades gerenciais da instituição. Este novo paradigma de planejamento e organização administrativa, capaz de garantir melhoria da qualidade da assistência terapêutica ocupacional, torna-se assim, um novo desafio para os terapeutas ocupacionais. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo descrever os processos administrativos do Serviço de Terapia Ocupacional relevantes para realização do planejamento e da gestão, em um hospital público de alta complexidade, ligado a uma instituição de ensino. Metodologia: Levantamento dos principais macro-processos assistenciais da intervenção do terapeuta ocupacional e seus desdobramentos; e dos processos administrativos alinhados à cultura organizacional para definição dos principais indicadores assistenciais e administrativos. Levantamento das rotinas de trabalhos (ROTs) e procedimentos operacionais padronizados (POPs) elaboradas pelo Serviço de Terapia Ocupacional. Resultado: Foram elaborados 04 ROTs, 07 POPs e criados 06 indicadores. ROTs e POPs são um conjunto de instruções que visam documentar e padronizar os processos assistenciais e de apoio. Os indicadores são ferramentas para mensurar e quantificar os processos assistenciais e de apoio. Considerações Finais: A inserção do terapeuta ocupacional no cenário de gestão de serviços é fundamental dentro das instituições hospitalares. Sua atuação gerencial é uma estratégia capaz de técnica e politicamente, organizar os processos assistenciais de trabalho tornando-os mais qualificados e produtivos. Os indicadores assistenciais e administrativos devem ser considerados instrumentos para mensurar e avaliar os processos e resultados da prática profissional e consequentemente do Serviço de Terapia Ocupacional, sendo apropriados para auxiliar o gestor na tomada de decisões e cumprimentos de metas estabelecidas dentro de um planejamento estratégico do serviço e da instituição.





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[465]

PROJETOS HOSPITALARES E TERAPIA OCUPACIONAL A AMBIENTAÇÃO COMO UMA DAS FACES DA HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR

ELIANI TIEMI YOSHIOKA1 ; GISELE BRIDES PRIETO1 ; MARYSIA MARA RODRIGUES PRADO DE CARLO1 ; NATALIA CALIL AMBROSIO MOLINARI2

1.UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL; 2.HOSPITAL DE BASE, SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: acesso aos serviços de saúde; arquitetura hospitalar; humanização

Resumo: Introdução: O hospital tem sofrido muitas modificações ao longo dos anos no modo de entender o cuidado à saúde dos indivíduos, influenciando inclusive, o ambiente físico. O ambiente hospitalar passou a ser considerado como uma parte importante na recuperação do paciente e humanização hospitalar cuja visão surgiu no século XX, com o surgimento da medicina social, que afirmava que a causa do adoecimento vem dos processos sociais, biológicos e ecológicos. O Programa de Humanização na Atenção Anais Hospitalar traz a cartilha sobre a ambiência no qual percebe o espaço físico como um espaço social, profissional e de relações interpessoais. Tem como eixos a confortabilidade (aspectos do ambiente), espaço para subjetividades, e espaço como facilitadora do processo de trabalho. O terapeuta ocupacional tem muito que contribuir na elaboração de projetos hospitalares, uma vez que é o profissional que visa a melhor qualidade de vida, os aspectos físicos ambientais, com a diminuição de barreiras arquitetônicas e adaptações, o que aumenta a autonomia e a independência dos indivíduos. Além da atenção voltada à vida ocupacional destes sujeitos auxiliando a minimizar os efeitos decorrentes da hospitalização. Objetivos: Relacionar a importância do terapeuta ocupacional na elaboração de projetos hospitalares, levando em consideração a escassez de estudos nesta área. Metodologia: Através de uma revisão integrativa na literatura nas bases de dados: Medline, PubMed, sites de busca, de livros e documentos os quais relacionassem a importância do terapeuta ocupacional na elaboração de projetos. E visita a um hospital geral de nível secundário do interior de São Paulo buscando analisar a relação do ambiente hospitalar e sua influência para o indivíduo hospitalizado. Resultados/Discussão: Foram identificados 31 artigos de 1995 a 2012 sobre a influência do ambiente e a qualidade do mesmo sobre o processo de cura do paciente durante a internação hospitalar. Os aspectos ambientais encontrados como a iluminação natural, ruídos e plantas, entre outros, influenciam positiva ou negativamente tanto o paciente quanto os profissionais. O hospital analisado possui rampas de acesso, quartos amplos, além de boa iluminação e corredores amplos, tornando-se um ambiente confortável e estando de acordo com as normas e com os resultados da pesquisa. Considerações Finais: Cada vez mais se têm mostrado a importância do ambiente no processo de cura. Verificou que muitos aspectos do ambiente como cor, ruídos, ventilação, iluminação, acessibilidade influenciam a qualidade de vida e a recuperação do paciente internado. Porém é necessário que realize mais pesquisas sobre o tema.



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[471]

PACTO - CUIDADORES DE IDOSOS E ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL

PRISCILLA DE DE OLIVEIRA REIS ALENCASTRO; KAYLA ARAÚJO XIMENES AGUIAR PALMA; FRANCISLAINE APARECIDA ARNAUT RODRIGUES CARDOSO; DÉBORA CHEROBINI

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL.

Palavras-chave: cuidador; idosos; terapia ocupacional

Resumo: Com o aumento da população idosa e da expectativa de vida, o número de enfermidades cresceu. Uma das patologias que vem se destacando são as síndromes demências. O cuidador do idoso demenciado pode sofrer com desgastes físicos, psíquicos e sociais, estresse e perda de motivação em seu trabalho e em sua vida pessoal, por isso o apoio e a informação são muito importantes para aqueles que cuidam e convivem com o portador de demência. A proposição deste projeto decorre da necessidade de ações desenvolvidas com os cuidadores formais e informais de idosos com demência isto que foi evidenciada a demanda de maior suporte ao cuidador, justificando-se a partir da Política Nacional do Idoso, na qual o artigo 4º, parágrafo IX refere apoio a estudos e pesquisas sobre as questões relativas ao envelhecimento, umas vez que o programa de apoio ao cuidador de idoso com demência visa a promoção de saúde do mesmo e refletirá na saúde dos idosos assistidos por tais cuidadores. Assim, temos como objetivo, através de um programa de apoio, abranger a atenção aos cuidadores formais e informais de idosos com demência em Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPI’s) e no Serviço de Internação Domiciliar do Hospital Universitário de Santa Maria (SIDHUSM). As intervenções ocorrem em formato de grupo de apoio composto por sujeitos encaminhados pelo próprio serviço, neste grupo há espaço para escuta e troca de experiências, orientações de manejo além de proporcionar uma atenção a saúde física e emocional do próprio cuidador. O projeto se estende de abril a dezembro de 2013 e busca contribuir ampliando as possibilidades da atuação interdisciplinar ao cuidador, visto que o cuidado integral e qualificado é mais eficaz para a criação de espaços de dialogo entre cuidadores formais e informais e profissionais de saúde, dentre eles a Terapia Ocupacional. Diante disso, espera-se contribuir para o apoio sistemático aos cuidadores informais dos pacientes do Serviço de Internação Domiciliar do Hospital Universitário de Santa Maria (SIDHUSM), além de cuidadores formais das ILPIs do município de Santa Maria.






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[480]

CONSTRUÇÃO DE UM MANUAL PARA CRIANÇAS INTERNADAS: RECURSO TERAPÊUTICO OCUPACIONAL EM CONTEXTO HOSPITALAR PEDIÁTRICO

FERNANDA DEGANI ALVES DE SOUZA; AIDE MITIE KUDO INSTITUTO DA CRIANÇA, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: criança hospitalizada; terapia ocupacional; doença crônica

Resumo: Introdução: O adoecimento e a hospitalização na infância pode se configurar como uma experiência traumática e de sofrimento. A rotina hospitalar é estressante, com ruídos constantes, horários de sono e alimentação alterados, aparelhos e equipamentos diferentes do convívio habitual. É preciso realizar exames, procedimentos invasivos e receber diversas medicações, além de se relacionar com pessoas desconhecidas e compartilhar o mesmo ambiente com outros pacientes em situação de sofrimento. A dor, a limitação física e a despersonalização do ambiente desencadeiam reações negativas como ansiedade, medo, angústia e insegurança, as quais afetam diretamente a compreensão e colaboração da criança frente ao seu adoecimento e tratamento. Diante disso, o terapeuta ocupacional pode, por meio de recursos e atividades dirigidas, auxiliar a criança a compreender e a se familiarizar com a rotina e o ambiente hospitalar, para assim garantir melhor enfrentamento, aceitação e adaptação à hospitalização. Dentre tais recursos, destacam-se os manuais, considerados materiais educativos e instrutivos criados para facilitar o entendimento do processo de saúde-doença e a contextualização sobre a condição de internação hospitalar. Objetivos: descrever o processo de construção de um manual educativo e lúdico sobre a rotina e a dinâmica hospitalar em uma enfermaria pediátrica. Metodologia: Este manual foi desenvolvido pelo Serviço de Terapia Ocupacional de um hospital público de alta complexidade da cidade de São Paulo, ligado a uma instituição de ensino. Foi realizada breve revisão bibliográfica sobre a existência de manuais lúdicos com a temática da hospitalização infantil. Levantamento das principais rotinas e procedimentos que envolvem o processo de internação e tratamento na enfermaria pediátrica. Resultados: Elaboração do manual para criança internada com as principais temáticas presentes no cotidiano da enfermaria: exames e procedimentos invasivos, formas de administração de medicamentos, higienização das mãos, funções de cada profissional na enfermaria. O manual é interativo, contendo desenhos e atividades lúdicas relacionadas com o processo de internação e tratamento. Considerações Finais: Este manual poderá ajudar a criança na aprendizagem e compreensão sobre o processo de adoecimento e hospitalização, auxiliando no enfrentamento, aceitação e adaptação aos impactos em seu cotidiano e consequentemente na aderência ao tratamento.





- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE 


[482]

NÍVEL DE ESTRESSE DOS CALOUROS DA ÁREA DA SAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

ÁTALA LOTTI GARCIA; PAULA POZZI PIMENTEL; JOÃO RAMIRO SERAFIM ANJOS; FELIPE GOMES LEMOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO, VITÓRIA, ES, BRASIL.

Palavras-chave: estresse; faculdade; terapia ocupacional

Resumo: O termo stress provém do inglês, e teve sua origem firmada à área biológica. As fontes estressoras são consideradas como as que têm o ato de interferir na dinâmica da vida do organismo. Para um recém-chegado a faculdade, o ambiente acadêmico tem inúmeros fatores que podem contribuir para que haja estresse, entre eles troca de ambiente, afastamento da família e ritmo puxado de estudo. Esse sofrimento pode se manifestar através do consumo de álcool e outras drogas, depressão, suicídio e ansiedade. Este estudo tem como objetivo mensurar os níveis de estresse em calouros dos cursos de Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Nutrição e Fonoaudiologia da UFES. Foi realizado um estudo transversal com abordagem quantitativa. A coleta de dados envolveu a aplicação do Teste de Lipp – ISS (inventário de sintomas de “stress”) a 10 alunos dos 4 cursos citados, sendo um total de 40 alunos. Foi perguntado se sentiam alguns sintomas de estresse nas últimas 24 horas, última semana e últimos 3 meses. Dos quarenta alunos participantes da pesquisa, 34% apresentaram-se na fase (I) Alarme, de estresse, 46% dos alunos apresentam se na fase (II) Resistência, 12% dos alunos apresentam se na fase (III) Exaustão e 8% não apresentam sintomas de estresse. Ao analisar os gráficos podemos observar, que o estresse dos alunos da se a carga elevada de atividades acadêmicas e a dificuldade de alguns alunos de conciliar os estudos ao momento de lazer, devido ao pouco tempo livre. Pode-se concluir a partir da análise dos dados que o processo de ingresso na faculdade é desencadeante de estresse em alunos universitários. A Terapia Ocupacional trabalha com o melhor aproveitamento do tempo livre, dedicando as atividades ao lazer, que promove o melhoramento e relaxamento físico e psicológico. Utilizando de recursos que não atrapalham o desenvolvimento do aluno na faculdade. Prevenindo assim o desencadeamento do estresse. E acreditamos que uma mudança no projeto pedagógico dos cursos do DEIS reduzindo a carga horária por períodos e estendendo seu tempo livre contribuiria, também, para a diminuição dos sintomas de estresse.






- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE 

[486]

REGULAÇÃO DA REABILITAÇÃO FÍSICA NA GESTÃO PÚBLICA DA SECRETARIA DE SAÚDE DO RS

AYESA DONINI DONINI DE CASTILHOS LORENTZ; SCHEILA ERNESTINA LIMA

SECRETARIA DE SAÚDE DO RS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL.

Palavras-chave: terapeuta ocupacional; regulação da gestão pública; reabilitação física

Resumo: Introdução: A ação do terapeuta ocupacional (T.O) Regulador, adotando critérios técnicos de reabilitação, no uso do sistema informatizado de regulação e atuando na política pública da pessoa com deficiência, tornou possível a qualificação dos atendimentos aos usuários da rede de reabilitação física do SUS/RS, bem como maior controle e avaliação da gestão pública pela Secretaria Estadual da Saúde do RS(SES/RS). Objetivos:Destacar a importância da participação efetiva do terapeuta ocupacinal como regulador e gestor desta política, bem como do uso de sistema informatizado de regulação na gestão pública. Metodologia: Utilização de sistema de regulação da rede de reabilitação física pelos 496 municípios e 19 Regionais de Saúde no RS, contando terapeuta ocupacional regulador no nível Central da SES/RS, utilizando critérios de classificação de prioridades e análise de dados quantitativos coletados a partir do sistema de regulação, para qualificar a fila de espera e realizar a regulação da rede de Reabilitação Física Estadual, em conformidade com as Portarias Ministeriais nº 818 de 2001 e 793 de 2012 que institui e organiza à rede de cuidados à pessoa com deficiência do SUS.Resultados/Discussão: O sistema de regulação está implantado em 95% dos municípios do RS no módulo ambulatorial, vinculado à Central Estadual de Regulação que é inclusive coordenada por uma terapeuta ocupacional. Toda a oferta de consultas iniciais da rede de reabilitação física, está sob regulação estadual, excetuando 1 município. A SES/RS controla, mensalmente, a oferta contratada dos prestadores de reabilitação, utilizando sistema de regulação que proporcionou a organização dos fluxos, ampliou o acesso aos serviços secundários e terciários e qualificou o processo de controle e avaliação da gestão pública estadual. Considerações Finais: A adoção de sistema informatizado de regulação pela SES/RS, aplicada à rede de reabilitação física através da atuação do terapeuta ocupacional garante a qualificação na assistência no tocante ao atendimento aos usuários do SUS, por seus conhecimentos específicos de reabilitação, inclusive na elaboração de critérios técnicos, aplicados à fila de espera e análise das prioridades de atendimento. Além disso, proporcionou maior organização, controle, monitoramento à referida rede.



- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE 

[480]

CONSTRUÇÃO DE UM MANUAL PARA CRIANÇAS INTERNADAS: RECURSO TERAPÊUTICO OCUPACIONAL EM CONTEXTO HOSPITALAR PEDIÁTRICO

FERNANDA DEGANI ALVES DE SOUZA; AIDE MITIE KUDO 

INSTITUTO DA CRIANÇA, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: criança hospitalizada; terapia ocupacional; doença crônica

Resumo: Introdução: O adoecimento e a hospitalização na infância pode se configurar como uma experiência traumática e de sofrimento. A rotina hospitalar é estressante, com ruídos constantes, horários de sono e alimentação alterados, aparelhos e equipamentos diferentes do convívio habitual. É preciso realizar exames, procedimentos invasivos e receber diversas medicações, além de se relacionar com pessoas desconhecidas e compartilhar o mesmo ambiente com outros pacientes em situação de sofrimento. A dor, a limitação física e a despersonalização do ambiente desencadeiam reações negativas como ansiedade, medo, angústia e insegurança, as quais afetam diretamente a compreensão e colaboração da criança frente ao seu adoecimento e tratamento. Diante disso, o terapeuta ocupacional pode, por meio de recursos e atividades dirigidas, auxiliar a criança a compreender e a se familiarizar com a rotina e o ambiente hospitalar, para assim garantir melhor enfrentamento, aceitação e adaptação à hospitalização. Dentre tais recursos, destacam-se os manuais, considerados materiais educativos e instrutivos criados para facilitar o entendimento do processo de saúde-doença e a contextualização sobre a condição de internação hospitalar. Objetivos: descrever o processo de construção de um manual educativo e lúdico sobre a rotina e a dinâmica hospitalar em uma enfermaria pediátrica. Metodologia: Este manual foi desenvolvido pelo Serviço de Terapia Ocupacional de um hospital público de alta complexidade da cidade de São Paulo, ligado a uma instituição de ensino. Foi realizada breve revisão bibliográfica sobre a existência de manuais lúdicos com a temática da hospitalização infantil. Levantamento das principais rotinas e procedimentos que envolvem o processo de internação e tratamento na enfermaria pediátrica. Resultados: Elaboração do manual para criança internada com as principais temáticas presentes no cotidiano da enfermaria: exames e procedimentos invasivos, formas de administração de medicamentos, higienização das mãos, funções de cada profissional na enfermaria. O manual é interativo, contendo desenhos e atividades lúdicas relacionadas com o processo de internação e tratamento. Considerações Finais: Este manual poderá ajudar a criança na aprendizagem e compreensão sobre o processo de adoecimento e hospitalização, auxiliando no enfrentamento, aceitação e adaptação aos impactos em seu cotidiano e consequentemente na aderência ao tratamento.



- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE 


[482]

NÍVEL DE ESTRESSE DOS CALOUROS DA ÁREA DA SAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

ÁTALA LOTTI GARCIA; PAULA POZZI PIMENTEL; JOÃO RAMIRO SERAFIM ANJOS; FELIPE GOMES LEMOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO, VITÓRIA, ES, BRASIL.

Palavras-chave: estresse; faculdade; terapia ocupacional

Resumo: O termo stress provém do inglês, e teve sua origem firmada à área biológica. As fontes estressoras são consideradas como as que têm o ato de interferir na dinâmica da vida do organismo. Para um recém-chegado a faculdade, o ambiente acadêmico tem inúmeros fatores que podem contribuir para que haja estresse, entre eles troca de ambiente, afastamento da família e ritmo puxado de estudo. Esse sofrimento pode se manifestar através do consumo de álcool e outras drogas, depressão, suicídio e ansiedade. Este estudo tem como objetivo mensurar os níveis de estresse em calouros dos cursos de Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Nutrição e Fonoaudiologia da UFES. Foi realizado um estudo transversal com abordagem quantitativa. A coleta de dados envolveu a aplicação do Teste de Lipp – ISS (inventário de sintomas de “stress”) a 10 alunos dos 4 cursos citados, sendo um total de 40 alunos. Foi perguntado se sentiam alguns sintomas de estresse nas últimas 24 horas, última semana e últimos 3 meses. Dos quarenta alunos participantes da pesquisa, 34% apresentaram-se na fase (I) Alarme, de estresse, 46% dos alunos apresentam se na fase (II) Resistência, 12% dos alunos apresentam se na fase (III) Exaustão e 8% não apresentam sintomas de estresse. Ao analisar os gráficos podemos observar, que o estresse dos alunos da se a carga elevada de atividades acadêmicas e a dificuldade de alguns alunos de conciliar os estudos ao momento de lazer, devido ao pouco tempo livre. Pode-se concluir a partir da análise dos dados que o processo de ingresso na faculdade é desencadeante de estresse em alunos universitários. A Terapia Ocupacional trabalha com o melhor aproveitamento do tempo livre, dedicando as atividades ao lazer, que promove o melhoramento e relaxamento físico e psicológico. Utilizando de recursos que não atrapalham o desenvolvimento do aluno na faculdade. Prevenindo assim o desencadeamento do estresse. E acreditamos que uma mudança no projeto pedagógico dos cursos do DEIS reduzindo a carga horária por períodos e estendendo seu tempo livre contribuiria, também, para a diminuição dos sintomas de estresse.





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[486]

REGULAÇÃO DA REABILITAÇÃO FÍSICA NA GESTÃO PÚBLICA DA SECRETARIA DE SAÚDE DO RS

AYESA DONINI DONINI DE CASTILHOS LORENTZ; SCHEILA ERNESTINA LIMA

SECRETARIA DE SAÚDE DO RS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL.

Palavras-chave: terapeuta ocupacional; regulação da gestão pública; reabilitação física

Resumo: Introdução: A ação do terapeuta ocupacional (T.O) Regulador, adotando critérios técnicos de reabilitação, no uso do sistema informatizado de regulação e atuando na política pública da pessoa com deficiência, tornou possível a qualificação dos atendimentos aos usuários da rede de reabilitação física do SUS/RS, bem como maior controle e avaliação da gestão pública pela Secretaria Estadual da Saúde do RS(SES/RS). Objetivos:Destacar a importância da participação efetiva do terapeuta ocupacinal como regulador e gestor desta política, bem como do uso de sistema informatizado de regulação na gestão pública. Metodologia: Utilização de sistema de regulação da rede de reabilitação física pelos 496 municípios e 19 Regionais de Saúde no RS, contando terapeuta ocupacional regulador no nível Central da SES/RS, utilizando critérios de classificação de prioridades e análise de dados quantitativos coletados a partir do sistema de regulação, para qualificar a fila de espera e realizar a regulação da rede de Reabilitação Física Estadual, em conformidade com as Portarias Ministeriais nº 818 de 2001 e 793 de 2012 que institui e organiza à rede de cuidados à pessoa com deficiência do SUS.Resultados/Discussão: O sistema de regulação está implantado em 95% dos municípios do RS no módulo ambulatorial, vinculado à Central Estadual de Regulação que é inclusive coordenada por uma terapeuta ocupacional. Toda a oferta de consultas iniciais da rede de reabilitação física, está sob regulação estadual, excetuando 1 município. A SES/RS controla, mensalmente, a oferta contratada dos prestadores de reabilitação, utilizando sistema de regulação que proporcionou a organização dos fluxos, ampliou o acesso aos serviços secundários e terciários e qualificou o processo de controle e avaliação da gestão pública estadual. Considerações Finais: A adoção de sistema informatizado de regulação pela SES/RS, aplicada à rede de reabilitação física através da atuação do terapeuta ocupacional garante a qualificação na assistência no tocante ao atendimento aos usuários do SUS, por seus conhecimentos específicos de reabilitação, inclusive na elaboração de critérios técnicos, aplicados à fila de espera e análise das prioridades de atendimento. Além disso, proporcionou maior organização, controle, monitoramento à referida rede.






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[545]

APORTE DO PET-SAÚDE NA FORMAÇÃO DOS ESTUDANTES DE TERAPIA OCUPACIONAL, FISIOTERAPIA E FONOAUDIOLOGIA

GABRIELA CASEIRO ALMEIDA SILVA; LUDMILA GONÇALVES PERRUCI; REGINA YONEKO DAKUZAKU CARRETTA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: pet-saúde; formação na área da saúde; atenção primária à saúde

Resumo: Introdução: O PET-Saúde (Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde) é um dos programas indutores do Ministério da Saúde e da Educação para o fortalecimento da Atenção Básica buscando a formação de recursos humanos mais capacitados na atenção à saúde da família e comunidade. Para Almeida et al (2012) a Atenção Primária à Saúde (APS) é um espaço essencial para auxiliar na formação do profissional de saúde, para que este seja mais crítico, reflexivo e preparado para atuar em equipe. Dessa forma, tanto o Ministério da Saúde quanto da Educação, têm promovido iniciativas para estimular a aproximação entre as Universidades e os serviços de saúde não hospitalares, exemplo o PET-Saúde. Segundo a autora, a experiência dos alunos de graduação em atuar na atenção primária representa um aprendizado diversificado, que não se limita apenas ao conhecimento teórico de condutas e procedimentos, mas se baseia fundamentalmente no relacionamento com os usuários inseridos em uma realidade própria, com necessidades e condições especiais, através da atuação no território e suas necessidades. Objetivos: Relatar a percepção dos alunos participantes do PET-Saúde do Campus da USP-Ribeirão Preto, das áreas de Terapia Ocupacional, Fisioterapia e de Fonoaudiologia, bem como suas contribuições e os resultados obtidos. Método: Participaram da pesquisa 13 graduandos PET-Saúde dos cursos de graduação citados. Trata-se de um estudo qualitativo, de cunho exploratório com o uso de um roteiro semiestruturado, que aborda a contribuição do PET-Saúde para aprendizagem e formação do graduando. Foi utilizada a Analise de Conteúdo Temático para análise dos resultados. Resultados: As categorias identificadas foram: “a vivencia prática e diversidade de ações”, “multidisciplinaridade e interdisciplinaridade”, e “organização do projeto e articulação entre os participantes”. Os graduandos apontaram a correlação entre subsídios teóricos vistos em disciplinas cursadas e as vivências no programa PETSaúde, o que possibilitou a compreensão e maior apropriação desses conteúdos. Destacaram também a importância de um trabalho multi e interdisciplinar para uma formação profissional qualificada. Em relação às dificuldades apresentadas, referem que organização e articulação dos participantes e do programa poderiam ser melhoradas possibilitando maior integração. Considerações Finais: Constatou-se que o PET-Saúde amplia a visão e atuação dos alunos na Atenção Básica, colaborando para a aquisição de habilidades e competência para atuação na atenção à saúde, onde possam desenvolver uma prática crítica, contato e ações interdisciplinares, além de favorecer a reflexão e humanização na atenção à população.



- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE 

[585]


FORTALECENDO O MATRICIAMENTO DA SAÚDE MENTAL EM UMA USF DE SANTOS/SP

RODRIGO ALVES DOS SANTOS SILVA1; ANDRÉ EDUARDO MEI2; CARLA FERNANDES DE ANDRADE2; ÉLIDA MARIA RODRIGUES DE MORAES2

1.UFSCAR, SAO CARLOS, SP, BRASIL; 2.UNIFESP, SANTOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: matriciamento; saúde mental; residência multiprofissional

Resumo: Introdução: O presente trabalho relata ações conjuntas entre o Programa de Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde da Universidade Federal de São Paulo (PRMAS - UNIFESP), a Seção de Saúde da Família (SESFAMI) situada na Região dos Morros do município de Santos/SP e o CAPS de referência (NAPS IV) para fortalecer o matriciamento em Saúde Mental no município. Objetivo: Relatar as ações de cuidado em saúde mental e os resultados obtidos com as mesmas, no período de Outubro de 2010 a fevereiro de 2013, por equipe de residentes do PRMAS - UNIFESP e de profissionais de referência da SESFAMI e do NAPSIV, com ênfase na estratégia de acolhimento e encaminhamento. Descrição da experiência: No período mencionado, os profissionais supracitados desenvolveram ações como participação de discussões sobre o matriciamento na Secretaria Municipal de Saúde e no NAPS IV, visitas domiciliares e a atividade de acolhimento e encaminhamento, com vistas a buscar outras estratégias para a demanda de saúde mental na esfera da atenção básica, além dos grupos de terapia comunitária já realizados na SESFAMI. A atividade de acolhimento e encaminhamento, pensada para qualificar o cuidado em Saúde Mental, assumiu formatos variados, de acordo com a dinâmica da unidade e do território, se configurando-se como grupos, encontros individuais e assimilando novas linguagens e abordagens singulares.Resultados: As ações mencionadas contribuíram para potencializar o vínculo de munícipes com a SESFAMI e para a aproximação da SESFAMI e NAPS de sua referência, promovendo discussões de caso, debates ampliados e a formação dos profissionais envolvidos no campo da Saúde Pública. Já a atividade de acolhimento e encaminhamento destaca-se neste processo, pela proposta de operacionalização do matriciamento sensível à realidade local. Considerações Finais: A SESFAMI e os trabalhadores da Saúde Mental, por meio da necessidade de fortalecer o matriciamento em Saúde Mental de Santos, criaram estratégias significativas e sensíveis à realidade local, culminando na aproximação de munícipes com demanda de saúde mental, e contribuindo para a formação dos residentes multiprofissionais e profissionais da SESFAMI e NAPS.



- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE 

[605]

SALA DE ESPERA NA DISCUSSÃO SOBRE O CÂNCER: RELATO DE ACADÊMICAS DE TERAPIA OCUPACIONAL

JÉSSICA MAYARA SANTOS ALVES; JULIANA FERREIRA LOPES; KÉZIA FRIAS PEREIRA DE MEDEIROS

UNCISAL, MACEIÓ, AL, BRASIL.

Palavras-chave: educação em saúde; neoplasia; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: Atualmente, o câncer é um dos problemas de saúde pública mais complexos dada a sua magnitude epidemiológica, social e econômica, podendo a maioria dos novos casos serem diminuídos através da prevenção (Brasil,2012).A concepção de educação em saúde pressupõe uma educação para a vida, numa perspectiva dialógica, emancipadora, participativa e criativa visando a autonomia do usuário como sujeito de direitos (Silva,1999). A atividade de grupo em sala de espera é um fenômeno merecedor de atenção, pois é nele que se dá o início da relação entre o indivíduo, a doença, a equipe de assistência e a assistência propriamente dita (Texeira e Daher,1999). O terapeuta ocupacional como educador em saúde frente ao câncer na atenção primaria atua na desmistificação, no estimulo de hábitos saudáveis da população, oportunizando conhecer seus sinais de alerta, favorecendo a realização de rastreios oncológicos e fazendo esforços conjuntos a autoridades competentes (Branco,2005).Objetivos: Este trabalho é uma vivência de acadêmicas de Terapia Ocupacional no estágio obrigatório de saúde coletiva objetivando relatar atividade desenvolvida em sala de espera na Unidade de Saúde da Família de Maceió-AL, onde se promoveu a discussão,esclarecendo e desmistificação sobre o câncer. Metodologia: A atividade teve a duração de 40 minutos estando presentes 15 pessoas. Inicialmente, procuramos entender através do diálogo os conceitos e crenças dos participantes para assim desmitificar pré-informações. Posteriormente, distribuiu-se cartelas com informações sobre a prevenção e sintomatologia representados por imagens de laços ilustrados no cartaz referente aos tipos mais comuns da doença. Após explicações foi se intercalando a participação dos usuários na discussão e leitura simples das informações contidas em suas cartelas. Resultados. Percebeu-se que alguns participantes não tinham esclarecimento sobre a temática exaltando a carga psicológica e cultural pesada da patologia. Porém, a grande maioria ressaltou a importância da prevenção em saúde sendo discutida a mesma e ampliada as ações com o dialogo entre os acadêmicos . Inseriu-se assim um espaço para o esclarecimento das dúvidas podendo avaliar, interagir, desmistificar e (re)construir a patologia, além de entender e respeitar as diferença das pessoais promovendo ações para melhor qualidade de vida de forma terapêutica e humanizada. Considerações Finais: Compreender a relação existente entre a educação em saúde e a prevenção do câncer no ambiente de sala de espera é respeitar as singularidades e saberes dos indivíduos a fim de promover qualidade a assistência e educação em saúde para a melhoria da qualidade de vida da população.



- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE 

[609]

O TERAPEUTA OCUPACIONAL NO MATRICIAMENTO ÀS EQUIPES DE PSF

RENATA TOSTA1; DAVID CAPISTRANO DA COSTA FILHO2;

1 CAPS III; 2 SERVIÇO DE SAÚDE DR. CÂNDIDO FERREIRA, CAMPINAS, SP, BR.

Palavras-chave: matriciamento; terapia ocupacional; saúde mental

Resumo: Introdução: A Reforma Psiquiátrica aponta para uma emergencial articulação da Saúde Mental com a Atenção Básica com intuito de superar o modelo hospitalocêntrico e ofertar uma nova forma de intervir, junto a loucura, de forma mais efetiva integrada e territorializada, desta forma, denominada matriciamento. Objetivo: Descrever o apoio matricial como ferramenta para estruturação dos novos modelos de saúde e a contribuição da Terapia Ocupacional nas equipes de apoio. Métodos: As reuniões ocorrem semanalmente, e reúne profissionais dos serviços de Unidade Básica e CAPS III - composta por terapeutas ocupacionais, psicólogos, médicos, enfermeiros e agentes de saúde. Resultados: Nas reuniões os profissionais trocam informações, elucidam diagnóstico, consolidam intervenções, constroem conjuntamente o PTS– Projeto terapêutico singular, e co-responsabilização do cuidado, além de abordagens mais integrais que vai além da discussão da doença e seu núcleo. Discussão: A constituição da rede de atenção a saúde mental, sob a diretriz da reabilitação psicossocial estimula num crescente a participação dos diversos profissionais de saúde de maneira transversal. Sob a ótica da construção do processo de tratamento do sujeito, o profissional de Terapia Ocupacional tem muito a contribuir por meio de sua especificidade. Ampliando os cuidados a partir da identificação e validação de potencialidades e interesses, da observação sistemática do cotidiano do sujeito, do fortalecimento de vínculos e contratualidade. possibilitando o resgate da identidade, e por vezes a autonomia ao tratamento. Afinal um diferencial que ressaltamos na prática e atuação da Terapia Ocupacional, é a priorização dada à ação, ao processo e ao produto do ‘fazer’ humano. Considerações Finais: Conclui-se que as discussões de casos feitas no matriciamento, tem sido importante recurso para gestão do trabalho em saúde, objetivando ampliar as possibilidades de da clínica ampliada, e integração dialógica entre distintas especialidades entre elas a Terapia Ocupacional.



- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE 

[610]

DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DE ADULTOS COM RESTRIÇÕES A PARTICIPAÇÃO SOCIAL

SABRINA DE MELLO RODRIGUES; MARTA AOKI; FÁTIMA CORREA OLIVER

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; pessoas com deficiência

Resumo: Introdução: O curso de graduação em Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo desenvolve parceria com uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para acompanhamento da população com deficiência e/ou em sofrimento psíquico moradora da área de abrangência desse serviço. Entre os projetos realizados pela parceria, destaca-se a atenção a adultos com restrições a participação social desenvolvida no grupo de convivência “Família Mosaico”. Este grupo objetiva a melhora das condições físicas e psicossociais dos participantes, a construção de um espaço de escuta e troca de informações sobre direitos sociais e a confecção de objetivos significativos em mosaico. Os profissionais e estudantes de Terapia Ocupacional envolvidos nesse processo têm buscado ampliar o conhecimento sobre a população adulta moradora da área de abrangência da UBS e sobre aquela participante do grupo, de forma a favorecer a ação interdisciplinar para o acompanhamento em saúde e reabilitação na UBS. Objetivo: Realizar levantamento de dados sócio-demográficos e de saúde da população com restrições a participação social identificada por esse serviço de saúde, como forma a propor práticas de saúde mais contextualizadas com o perfil e demandas apresentadas. Metodologia: Trata-se de um diagnóstico situacional realizado em dois núcleos. No primeiro buscou-se reconhecer os dados socio-demográficos e de saúde de 139 adultos com restrições a participação social, com idades entre 18 e 60 anos. Para pesquisa foram analisados os dados obtidos nos prontuários de família e no Cadastro de Informações da Atenção Básica. Na segunda etapa, foi realizado um aprofundamento do estudo, a partir da aplicação de um questionário semi-estruturado com 21 pessoas adultos, que em algum momento, frequentaram o grupo. Resultados/Discussão: Como aspectos gerais destacam-se o número superior de sujeitos do sexo masculino, com idades entre 21 a 30 anos, solteiros, desempregados e com baixa escolaridade. Os comprometimentos de saúde mais frequentes foram: hipertensão arterial (29,4%), presença de dores (25,1%) e diabetes mellitus (15,8%). No momento em que o estudo foi realizado, poucas pessoas afirmaram receberem tratamento em reabilitação, sendo o atendimento em Terapia Ocupacional o mais mencionado. Considerações finais: a partir da realização desse diagnóstico é possível pensar em estratégias de atenção a essa população, de forma a atender as suas principais necessidades. Possibilitando também que aspectos, por vezes, desconsiderados na elaboração de projetos terapêuticos sejam incorporados, além de salientar a importância da identificação precoce de pessoas com deficiência no território, para ações em reabilitação mais efetivas.



- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE 


[615]

PROJETO DE ACESSIBILIDADE PARA UNIDADES DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE COM PARCERIA DE INSTITUIÇÃO PRIVADA

ROBERTA ABDUCH ROLIM CREDIDIO; MARIA TERESA IOSHIMOTO

ALBERT EINSTEIN, SÃO PAULO, SP, BRASIL

Palavras-chave: acessibilidade; deficiência; segurança

Resumo: Introdução: A premissa da acessibilidade é favorecer e viabilizar o acesso às pessoas com deficiências (PcD) ou mobilidade reduzida, a serviços, informações e no uso de produtos, além de permitir a utilização destes por todas as parcelas da população promovendo maiores chances de igualdade e integração dessas pessoas. O terapeuta ocupacional é o profissional que atua em torno desta mesma meta, na garantia da máxima independência possível para a realização das atividades, com satisfação, motivação e qualidade. Neste contexto, é necessário que se considere uma série de fatores que abrangem, além das condições clínicas dos usuários do serviço de saúde, da acessibilidade das unidades, o entorno, trajeto e o transporte urbano coletivo que a região dispõe. Objetivos: Realizar um mapeamento de acessibilidade em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), com a sinalização de barreiras e facilitadores; avaliação do entorno e transporte coletivo, considerando as particularidades de cada local e o perfil funcional do usuário. Metodologia: Considerando a capacitação do terapeuta ocupacional na área de acessibilidade em instituição privada de excelência em saúde, foi estendido o projeto às unidades de parceria com os programas governamentais. As etapas deste processo foram: visita à unidade para o reconhecimento do local, análise do fluxo de atendimento, serviços oferecidos, tempo de permanência na unidade, características da população atendida, avaliação do entorno e meios de transporte comumente utilizados; levantamento fotográfico, aferição de medidas dos espaços, sinalização de barreiras e proposta de facilitadores, treinamento da equipe, elaboração do laudo de acessibilidade e discussão dos resultados com o profissional responsável do local e gerência, para posterior adequação. Resultados/Discussão: O mapeamento de acessibilidade nas unidades do SUS cumpriu com o dever de sinalizar as barreiras que limitam o desempenho das PcD e de propor facilitadores, para melhoria e viabilização do acesso a esta população. Além disso, este trabalho sensibilizou os profissionais que atuam na assistência para o exercício de uma visão crítica diante das condições de acessibilidade e da importância da manutenção preventiva e corretiva do ambiente. Considerações Finais: A elaboração deste projeto foi de grande valia para demonstrar que, com algumas adequações na estrutura física, no mobiliário, modificações de dispositivos de uso coletivo e mudanças de atitude, é possível que todas as pessoas possam usufruir de um serviço de saúde com mais segurança minimizando os riscos a que estão expostos, promovendo a acessibilidade à PcD.



- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE 

[673]

ATENDIMENTO TERAPÊUTICO OCUPACIONAL NO PRONTO ATENDIMENTO DE UM HOSPITAL DE URGÊNCIA EM BELO HORIZONTE: DESAFIOS DO PROCESSO AVALIATIVO

LUANA FERREIRA BATISTA; CYNTHIA GIRUNDI DA SILVA E LIMA; LIVIA MARA NAVES BARROS; CIBELE DE FÁTIMA DA SILVA FONSECA; CIOMARA MARIA NUNES

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.

Palavras-chave: contexto hospitalar; pronto atendimento; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: A inovação do atendimento de reabilitação em um ambiente de urgência exige do terapeuta ocupacional um processo avaliativo rápido, contudo abrangente, da condição de saúde dos sujeitos. Para isso foi desenvolvido uma ficha de avaliação pautada na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) a fim de identificar as áreas de participação que mais foram afetadas devido o trauma que levou o indivíduo a procurar o serviço hospitalar, bem como os fatores pessoais /ambientais, estrutura e função do corpo e capacidade que influenciam tal condição. Assim, a conduta a ser estabelecida fica mais clara e a intervenção pode ser mais efetiva. Objetivo: Descrever o processo de construção da avaliação terapêutica ocupacional baseada na CIF para pronto atendimento (PA) de um hospital de Urgência e Emergência em Belo Horizonte. Metodologia: Foram incluídas como parte do histórico ocupacional as 9 áreas da CIF (tarefas e exigências gerais; comunicação; mobilidade; auto-cuidado ; vida doméstica; interações e relacionamentos interpessoais; áreas principais da vida e vida comunitária, social e cívica). A avaliação da participação/funcionalidade é guiada pela Medida de Independência Funcional. A partir do resultado funcional e da condição atual de saúde que o sujeito apresenta são selecionados os instrumentos para o exame das estruturas e funções do corpo/capacidade como Fugl-Meyer, NIHSS e MoCa. A ficha foi aplicada em pacientes da linha de cuidado clínico composta por neurologia, ortopedia, cardiorespiratório e gerontologia no PA durante o período de fevereiro a junho de 2013 em uma versão piloto para verificar sua aplicabilidade no ambiente de urgência. Resultados: Com auxílio dessa ficha pode-se identificar que as áreas de mobilidade e autocuidado foram as que apresentaram maior influência da condição de saúde durante a internação no PA. Dessa forma, foram estabelecidos protocolos de intervenção que visam o reestabelecimento, em curto prazo, da funcionalidade dos sujeitos. Considerações Finais: O reestabelecimento funcional dos sujeitos está diretamente relacionado a uma identificação rápida e eficiente da relação entre condição de saúde,capacidade, participação e fatores pessoais e ambientais. A forma com que a ficha foi estruturada permite um raciocínio clínico amplo que vai além do modelo biomédico ainda muito utilizado no ambiente hospitalar.




- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE 

[675]

O OLHAR DOS PROFISSIONAIS DA ESF SOBRE A PESSOA COM DEFICIÊNCIA

BRUNA ESTEVES SAPORITO; CAROLINA MARIA DO CARMO ALONSO; DOMITILA SÁ BARRETO RIBEIRO; RAFAELLA PINTO; THAIS EGUES LOPES

UFRJ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: estratégia saúde da família; pessoa com deficiência; terapia ocupacional

Resumo: A Estratégia Saúde da Família (ESF) é a porta de entrada do sistema de saúde do Brasil sendo responsável por uma população adscrita oferecendo atenção integral, longitudinal e qualificada. Para formação dos profissionais neste âmbito foram criadas politicas indutoras que buscam a integração ensino-serviço. Destacamos o Programa de Educação pelo Trabalho PET-Saúde, que busca fomentar grupos de aprendizagem tutorial. Atualmente, o curso de Terapia Ocupacional da UFRJ tem inserção no PET-saúde contando com seis preceptores, doze bolsistas de iniciação científica e uma tutora. As ações desenvolvidas em campo buscam discutir a assistência à pessoa com deficiência na atenção primária partindo da premissa que este nível de atenção é fundamental para atendimento das necessidades desta população. Nesta direção o presente trabalho visa apresentar o olhar dos profissionais da ESF sobre o cuidado das pessoas com deficiência atendidas pelas equipes cujas ações foram acompanhadas pelos alunos. Inicialmente foi observado o funcionamento da Unidade e Visitas Domiciliares (VDs) privilegiando as ações desenvolvidas pela ESF junto à população com deficiência. Posteriormente, foi proposto à inserção dos alunos no processo de trabalho das equipes. Neste momento, estão o grupo está elaborando trabalhos científicos articulando teoria aos dados encontrados em campo. Na permanência na Unidade não foram vistas pessoas com deficiência, apenas durante a realização das VDs. Notou-se que as ações de saúde voltadas para as pessoas com deficiência permanecem restritas no atendimento clínico centrado na pessoa e com orientações gerais, com pouca ênfase na abordagem familiar e comunitária. Percebeu se a necessidade de maior aproximação do território pelos profissionais da ESF para contextualizar melhor as demandas desta população no que se refere ao aumento da participação social. Diante do exposto, foi possível construir uma reflexão sobre a importância de lançar novos olhares sobre o cuidado das pessoas com deficiência, ou seja, um olhar menos clínico e fechado, para um modelo social de abordagem familiar e territorial. Deste modo, a Terapia Ocupacional pode atuar ajudando a ampliação deste olhar, oferecendo apoio as equipes no desenvolvimento de ações, tais como: a sensibilização dos usuários e dos profissionais e favorecendo ações com a família e comunidade.





- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE 

[677]

“TO BRINCANDO, TO SAUDÁVEL”: PROMOÇÃO DA SAÚDE EM CRECHE-ESCOLA EM UMA COMUNIDADE DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA-PB.

ÂNGELA CRISTINA DORNELAS SILVA; CLARICE RIBEIRO SOARES ARAÚJO; MARCIA QUEIROZ DE CARVALHO GOMES

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, JOAO PESSOA, PB, BRASIL.

Palavras-chave: desenvolvimento infantil; promoção da saúde; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: Em 2010, o Ministério da Saúde do Brasil lançou o Programa “Mais Saúde” que, dentre outras determinações, propôs estratégias para melhorar a assistência à saúde das crianças, orientando ações para a promoção da saúde e prevenção de agravos com vistas a garantir o desenvolvimento infantil pleno. Nestas perspectivas, o projeto de promoção da saúde na creche-escola foi implantado como cenário de prática na Atenção Básica para os alunos do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Objetivos: Os objetivos do projeto eram promover a educação em saúde, realizar a vigilância ao desenvolvimento infantil e orientar os educadores quanto a formas de estimular o desenvolvimento das crianças. Metodologia: Foram realizadas atividades de educação em saúde para as crianças entre 04 e 05 anos de idade e avaliação do desenvolvimento infantil das crianças com 3 anos, através do Teste de Triagem do Desenvolvimento Denver II (TTDDII). As atividades aconteceram no período de fevereiro a abril de 2013. Metodologia: Para educação em saúde foram produzidos jogos e brincadeiras explorando o conhecimento do próprio corpo e condutas de higiene no cotidiano escolar e doméstico. Atividades psicomotoras foram realizadas para observação do desempenho motor e no relacionamento interpessoal das crianças. Professor e alunos da UFPB interviam no momento em que comportamentos atípicos eram apresentados pelas crianças e as situações eram discutidas com os professores da creche. Resultados/Discussão: Dezoito crianças de 05 anos e dezesseis crianças de 4 anos participaram do projeto. Das 16 crianças do maternal 11 passaram pela triagem do desenvolvimento. Apenas quatro (36,4%) crianças apresentaram desenvolvimento normal. As áreas do desenvolvimento mais prejudicadas foram a pessoal-social e a área da linguagem. Um relatório detalhado sobre a triagem do desenvolvimento e sugestões de como estimular o desenvolvimento global, aproveitando a rotina das crianças, foi entregue a coordenadora da creche. Considerações Finais: Através do discurso das professoras e coordenadora identificou-se que as crianças já esperavam o dia dos nossos encontros e que a forma como intervíamos com as crianças chamavam a atenção dos profissionais oferecendo um novo olhar sobre as mesmas. As crianças relatavam suas vivencias em casa com os novos aprendizados. Viu-se que o terapeuta ocupacional reúne atributos que lhe permite executar ações de promoção e educação com a população infantil.



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[679]

A INCLUSÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA ATENÇÃO BÁSICA NO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA-PB

MARCIA QUEIROZ DE CARVALHO GOMES1; CLARICE RIBEIRO SOARES ARAÚJO1; ÂNGELA CRISTINA DORNELAS SILVA2

1.UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, JOAO PESSOA, PB, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA, JOAO PESSOA, PB, BRASIL.

Palavras-chave: Atenção básica; terapia ocupacional; integralidade

Resumo: Introdução: O curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) iniciou as atividades em agosto de 2010 com a proposta de formar profissionais generalistas para o trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS). O perfil do egresso está pautado nas práticas em Saúde Pública, sendo o aluno inserido nos primeiros períodos na rede de saúde do município de João Pessoa e região metropolitana. Durante a disciplina Terapia Ocupacional e Saúde Pública, no primeiro ano do curso, os alunos mapearam o território do bairro Castelo Branco, cujo Distrito Sanitário também contém a UFPB. No terceiro ano, na disciplina Áreas de Intervenção da Terapia Ocupacional e Cenários de Prática I, realizaram aulas práticas na Unidade de Saúde da Família Castelo Branco I. A partir de ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação com vistas à integralidade de cuidados ao sujeito, os alunos experimentaram a prática da Terapia Ocupacional na comunidade, possibilitando reflexões acerca da inserção do profissional neste nível de complexidade. Objetivos: Refletir sobre a experiência da entrada da terapia ocupacional na Rede de Atenção Básica do município de João Pessoa/PB na perspectiva da integralidade na atenção em saúde e da formação para o SUS prevista na matriz curricular do curso. Metodologia: As reflexões sobre o processo de inserção no campo da atenção básica foram feitas á luz dos princípios do SUS e da produção teórica da terapia ocupacional. O processo de inserção se deu através das seguintes ações: articulação com a USF; estudo sobre o território; contato inicial com a equipe para esclarecimento sobre o papel da Terapia Ocupacional e sua integração na estratégia de saúde da família; levantamento das condições de saúde da comunidade feito pelos ACS; dinâmica de interação entre alunos, professores e equipe; problematização sobre as possibilidades de intervenção; processo de intervenção; fechamento do semestre com a realização da Iª Ação em Saúde do Castelo Branco I. Resultados/Discussão: Compreende-se que o processo de inserção da terapia ocupacional é continuo, se faz no cotidiano, e, considera as necessidades e demandas dos usuários daquele território. Além disto, a proposta do curso é estar permanentemente em ação na comunidade com vistas à formação do aluno para atuação no SUS na perspectiva da clinica ampliada voltada a produção de saúde num processo de construção compartilhada de saberes. Considerações Finais: O desenvolvimento de ações voltadas à prática no campo da Saúde Pública permite aos alunos vivenciarem possibilidades diversificadas da terapia ocupacional na comunidade, espaço de produção de saúde, bem estar e participação social.



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[684]

O DESEMPENHO OCUPACIONAL DOS PORTADORES DE TUBERCULOSE NA ATENÇÃO BÁSICA DO RIO DE JANEIRO

THAUANA DOS SANTOS FERNANDES; CECILIA BERNADETE DE SOUZA DE CARVALHO; ANGELA MARIA BITTENCOUT

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCÃO, CIENCIA E TECNOLOGIA, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: tuberculose; terapia ocupacional; atenção básica

Resumo: Introdução: A tuberculose é causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que afeta os pulmões podendo se manifestar em outras partes do corpo. A zona oeste do Município do Rio de Janeiro tem a maior taxa mortalidade de incidência dessa enfermidade no país. Os sintomas, mais comum são cansaço intenso, sudorese noturna, febre, dor no peito, tosse persistente, hemoptise e perda de peso, os quais interferem na vida do paciente, afetando suas atividades da vida diária, laborativas, familiares, sociais; ocasionando impacto multidimensional, limitação nas esferas físicas, funcionais e psicossociais dos mesmos, afetando o desempenho ocupacional do sujeito. Entende-se por desempenho ocupacional a habilidade do indivíduo para realizar as tarefas que necessita ou deseja, apropriada ao estado de desenvolvimento, cultura e ambiente do mesmo, com o objetivo de automanutenção, produtividade e o lazer, executadas de modo satisfatório. Subdivide-se em três componentes (sensório-motor, cognitivos, psicológicos, psicossociais) e os contextos (aspectos temporais e ambientais). Objetivo: Identificar as áreas afetadas do desempenho ocupacional dos portadores de tuberculose, na atenção básica. Metodologia: Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética do Município (nº 316/2010) e financiado pelo CNPQ, e desenvolvido nos Postos de Saúde da Família, localizado na zona oeste do Rio de Janeiro, utilizando como abordagem metodológica a pesquisa-ação e a coleta de dados ocorreu pela aplicação de questionário e teste. Resultados: Participaram deste estudo, portadores de tuberculose atendidos nos postos de saúde, na faixa etária 30 a 80 anos, com baixo índice de escolaridade e que possuíam renda familiar igual ou inferior a um salário mínimo. Identificou-se que a tuberculose favorece a perda progressiva das defesas do organismo que acarretam alteração para do auto cuidado no que diz respeito aos cuidados pessoais (na alimentação, higiene e cuidar da casa); mobilidade funcional (nas transferências, mobilidade dentro e fora de casa) e na independência fora de casa ( ao fazer uso do transportes e fazer compras) que as mesmas encontram-se diminuídas devido ao cansaço, dispneia, fadiga, postura alterada, baixa resistência, capacidade reduzida de movimento, levando-os ao sedentarismo, isolamento e à diminuição da qualidade de vida. Considerações Finais: A Terapia Ocupacional deve agir como facilitador que habilita o cliente a fazer o melhor uso possível das capacidades remanescentes, por meio do estímulo ao autoconhecimento e autocuidado, gerando melhoria na autoestima que o capacitará a tomar suas próprias decisões, assegurando alternativas realísticas e significativas para sua vida.



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[685]

A TERAPIA OCUPACIONAL E A CRIANÇA COM LEUCEMIA NO CONTEXTO HOSPITALAR – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

NATHÁLIA RODRIGUES CARDOSO; MARIA JOSÉ GUGELMIN DE CAMARGO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: neoplasias; criança; terapia ocupacional

Resumo: A intervenção terapêutica ocupacional junto às crianças hospitalizadas contribui para a saúde da criança adoecida em seu amplo sentido, considerando não somente a patologia, mas também as consequências do adoecimento e da hospitalização no cotidiano e nas atividades das áreas da ocupação. O tratamento quimioterápico e os efeitos colaterais promovem uma série de transformações na vida daqueles que o recebem, alteram seu corpo, estado emocional e rotina, bem como de seus familiares. Durante a quimioterapia, os pacientes convivem com sentimentos de tristeza, medo, ansiedade e depressão. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo relatar a experiência de um caso atendido pelo Estágio Supervisionado em Prática I, no curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Paraná, no segundo semestre de 2012. A paciente atendida, sexo feminino, 8 anos, havia sido hospitalizada no Hospital de Clínicas da UFPR para início de tratamento da Leucemia Mielóide Aguda (LMA). A principal demanda foi relacionada com a negação da paciente em relação à alopecia, efeito colateral frequente no tratamento quimioterápico. Os atendimentos da Terapia Ocupacional, que ocorriam duas vezes por semana, com duração de 50 minutos cada, tinham como principal objetivo o acesso à informação acerca da doença e do tratamento e a adaptação à queda de cabelo. As atividades propostas foram o “Livro de Dúvidas”, no qual haviam perguntas e respostas acerca da doença e do tratamento e a confecção de dois cartões com desenhos (um das princesas carecas, e o outro, da Barbie careca) para que, junto com a estagiária, a paciente pudesse buscar soluções para a problemática de ficar sem cabelo. Através da realização da atividade a criança teve que criar soluções para o problema e utilizar-se de alternativas como peruca, laços de cabelo e tiaras. Percebeu-se então que a atividade serviu como facilitador no processo de criação de técnicas de enfrentamento da doença e, especificamente, da alopecia. A intervenção terapêutica ocupacional possibilitou que a criança se tornasse ativa, participativa, social e criativa, capaz de contribuir na reconstrução de sua própria história. Portanto, a atuação do terapeuta ocupacional junto ao serviço de Oncologia Infantil no Contexto Hospitalar se faz de suma importância, visto que, as rupturas do cotidiano ocasionam na criança a quebra de seus papeis ocupacionais, principalmente no papel de brincante e ainda, proporcionam a vivência de dor e sofrimento.



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[697]

GERARTE: CONSTRUINDO POSSIBILIDADES DE GERAÇÃO DE RENDA E ARTE ATRAVÉS DO FAZER HUMANO

MARCIA QUEIROZ DE CARVALHO GOMES; CLARICE RIBEIRO SOARES ARAÚJO; ÂNGELA CRISTINA DORNELAS SILVA; MARILIA MEYER BREGALDA; ANA CLARA CONCEIÇÃO DA SILVA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, JOÃO PESSOA, PB, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; geração de renda; intersetorialidade

Resumo: Introdução. O projeto GERARTE em parceria com a Equipe de Saúde da Família (ESF) Castelo Branco I vem promover a Saúde Mental na atenção básica, seguindo a tendência e as recomendações das políticas de saúde do país, as quais estimulam a realização de parcerias interinstitucionais, neste caso, entre universidade e serviço municipal de saúde articuladas a associações e grupos da comunidade bem como parcerias intersetoriais com a educação e o trabalho/economia solidária. Esta iniciativa tem o objetivo de valorizar a produção dos moradores adstritos na zona de abrangência da ESF Castelo Branco I a partir da oferta de três oficinas com potencial gerador de renda - perfumaria, produção de chocolate e arte em madeira. Busca-se não só oferecer a esta população um local de produção material, mas também um espaço de circulação e convivência, e, a possibilidade de transformação e produção de sentido através da descoberta de novos fazeres no cotidiano. Objetivos: Relatar o processo de construção das oficinas no Projeto GERARTE e refletir sobre as possibilidades de atuação do terapeuta ocupacional em oficinas de geração de renda levando em consideração as parcerias intersetoriais na produção de saúde na comunidade. Metodologia: As reflexões sobre o processo de construção das oficinas de geração de renda foram feitas á luz dos referenciais teóricos da reabilitação psicossocial e dos princípios da economia solidaria, assim como da produção teórica da terapia ocupacional na área. Resultados/Discussão: Entende-se que a produção de saúde ultrapassa os espaços e práticas tradicionais de saúde, demanda ações intersetoriais e interdisciplinares, promove e amplia a prática, conectando novos saberes ao campo da Terapia Ocupacional. Considerações Finais: Ao construir possibilidades de geração de renda e de convivência, ampliam-se os espaços de produção de saúde, na comunidade, dentro da rede de atenção básica. A articulação com outros setores contribui para o fortalecimento do trabalho coletivo e a organização social, favorecendo participação social pessoas envolvidas.




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[740]

CULTURA POLÍTICA E TRAJETÓRIA DE VIDA SOB A VOZ DE CONSELHEIROS MUNICIPAIS DE SAÚDE REPRESENTANTES DA CLASSE USUÁRIA

PAMELA CRISTINA BIANCHI; STELLA MARIS NICOLAU

UFSCAR, AMPARO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: cultura política; conselho municipal de saúde; sistema único de saúde

Resumo: Introdução: A cultura política é um conceito multidisciplinar, criado nos anos 60, sob perspectivas sociológicas, antropológicas e psicológicas, com objetivo de incorporar nas análises da política da sociedade uma abordagem comportamental; define-se como expressão do sistema político de uma determinada sociedade nas percepções, sentimentos e avaliações da população. No Brasil, o histórico da participação popular vive um importante ciclo de expansão no final da década de 70 advinda do agravamento dos problemas sociais em um cenário de regime militar e da crise no setor público, os quais levaram a população a se unir em movimentos reivindicatórios e lutar por seus direitos de cidadãos, culminando na Constituição de 1988, marco político, que instituiu ao cidadão brasileiro a garantia na participação nos cenários dos espaços públicos no país. Atualmente, a participação popular no Brasil se dá através dos Conselhos de Saúde, no âmbito municipal, estadual e federal. Objetivo: Propõe-se investigar, o desenvolvimento e as motivações da participação popular, a partir das influências da cultura política, do município de São Carlos, interior paulista. A pesquisa busca compreender e analisar as trajetórias de envolvimento e participação nas questões relativas à saúde dos conselheiros municipais representantes da classe usuária. Metodologia: Através do método da história oral e do conceito de cultura política, propõe-se aplicar entrevistas semi-estruturadas em conselheiros municipais de saúde representantes dos usuários. Discussão: O conceito de cultura política preconiza a avaliação sob três tipos de orientações: orientação cognitiva, orientação afetiva e orientação avaliativa. A partir destes norteadores, busca-se encontrar em qual tipo de cultura política o município se encontra, dentre elas: cultura política paroquial, cultura política de sujeição ou cultura política de participação. Busca-se, também, refletir acerca da visão dos conselheiros sobre suas experiências nos espaços públicos de discussões políticas com foco em suas inquietações e motivações. Considerações Finais: Por fim, contribuir para o desenvolvimento de um sistema político democrático e para a discussão acerca dos objetivos e funções de Conselhos Municipais de Saúde.





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[752]

TERAPIA OCUPACIONAL E UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) ADULTO: RESOLUÇÃO, CAMINHOS E REFLEXÃO

PRISCILLA VIÉGAS BARRETO DE OLIVEIRA; EVELLYNE SILVA ARAÚJO; PLÍNIA MANUELLA DE SANTANA MACIEL; CINTHIA RAQUEL FERREIRA DO NASCIMENTO; MARIANA LIMA DA SILVA LOUSADA

UFPE, RECIFE, PE, BRASIL.

Palavras-chave: humanização da assistência; unidade de terapia intensiva adulto; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: Sabe-se que a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é a dependência hospitalar destinada ao atendimento de indivíduos graves ou de risco, potencialmente recuperáveis, que exijam assistência de saúde contínua, com apoio de equipe de saúde multiprofissional e demais recursos humanos especializados, além de equipamentos. É importante destacar que o paciente internado na UTI necessita de cuidados de excelência, dirigidos não apenas para os problemas fisiopatológicos, mas também para as questões psicossociais, ambientais e familiares que são intimamente interligadas a doença física. Dentro deste contexto, insere-se o terapeuta ocupacional que é o profissional da área de saúde capaz de facilitar as habilidades no desempenho das tarefas essenciais da vida dos indivíduos. Objetivo: Neste sentido, o presente estudo visa abordar reflexivamente a atuação do terapeuta ocupacional em UTI adulto à luz da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 7, de 24 de fevereiro de 2010 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Metodologia: Para tanto, teve como suporte metodológico uma revisão bibliográfica em livros, artigos e sites científicos publicados nos últimos dez anos. Os dados coletados foram relacionados com os arquivos de uma equipe de terapeutas ocupacionais integrante do programa de residência multiprofissional em saúde de um hospital universitário do Recife/PE. Resultados/Discussão: Os resultados apontam que em relação aos recursos humanos, devem ser garantidos, por meios próprios ou terceirizados, serviços de assistência terapêutica ocupacional à beira do leito de UTI geral. Assim, dentro de uma equipe multidisciplinar, o profissional em questão utiliza as seguintes condutas: acolhimento e continência terapêutica ao paciente e ao familiar; aplicação de avaliações específicas, nas quais englobam aspectos físicos, psicológicos e sociais; aplicação de atividades inerentes ao cotidiano hospitalar, corporais, expressivas e de estimulação cognitiva; manipulação de maneira a manter suas articulações em posição funcional, através de órteses de posicionamento; uso da Comunicação Alternativa e Suplementar, principalmente com os pacientes entubados, conscientes e orientados; realização de intervenções ambientais e estimulação sensorial, além de atendimento ao familiar/cuidador. Considerações Finais: Esses achados mostram que a intervenção do terapeuta ocupacional em UTI geral torna-se essencial, visto que são fundamentais na humanização da assistência, favorecendo assim a restauração do desempenho ocupacional do indivíduo.



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[783]

O TERAPEUTA OCUPACIONAL NA CONSTRUÇÃO DE POLITICAS PUBLICAS NO SUS: GERENCIA DE SAUDE MENTAL

NAILA PEREIRA SOUZA1 ; VIVIANI CRISTINA COSTA2 ; DEYSE MODESTO PINHEIRO2 ; SEVERINA MARIA SILVA DE OLIVEIRA3

1.UFRJ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; 2.INSTITUTO DE PSIQUIATRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; 3.SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; saúde mental; gestão

Resumo: Introdução: A atuação no campo da gestão é uma das premissas da formação e qualificação do profissional para atuar no Sistema Único de Saúde (SUS). Nessa direção pedagógica um dos cenários de prática ofertados pelo programa de residência multiprofissional em saúde mental foi a Gerência de Saúde Mental do Estado do Rio de Janeiro (GSM/SES). A dinâmica de organização do trabalho nessa gerência se estrutura a partir da divisão por eixos e regionais. Os eixos são: Infância e Adolescência, Álcool e Drogas e Desinstitucionalização. E o estado é dividido em nove regiões. Conforme preconiza a legislação orientadora do SUS é papel do Estado promover a descentralização para os Municípios dos serviços e das ações de saúde; acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do SUS; prestar apoio técnico aos Municípios; participar da formulação da política e da execução de ações. Objetivo: Descrever a inserção de terapeutas ocupacionais no âmbito da gestão pública no SUS. Metodologia: Trata-se de um Relato de Experiência da inclusão de terapeutas ocupacionais residentes multiprofissionais em saúde mental na GSM/SES- RJ no período de seis meses. Resultados: A partir da imersão no campo da gestão, podemos conhecer e acompanhar a implementação de políticas do SUS na esfera da Saúde Mental. Desbravamos a rotina da gestão de um Estado com peculiaridades regionais e particularidades no âmbito da reforma psiquiátrica, sendo o segundo maior parque manicomial do país. Esta vivência permitiu verificar ações relacionadas à implementação e ao acompanhamento da Rede de Atenção Psicossocial dentro da nova política de implementação de Redes de Atenção pelo Ministério da Saúde. Participar de espaços de discussão como reuniões de coordenadores, com o Controle Social, com promotorias e com Ministério Público, audiência pública e fóruns. Realizar ações de apoios e fortalecimento dos municípios como visitas técnica, reuniões e supervisão. Acompanhar o controle e avaliação dos serviços; a elaboração de Anais relatórios técnicos; as internações voluntárias e involuntárias; a indução, implantação e credenciamento de dispositivos extra-hospitalares; a proposição de medidas corretivas e de aperfeiçoamento do sistema de assistência; casos junto aos municípios e a ação de desinstitucionalização no Hospital Colônia de Rio Bonito. Considerações Finais: Desse modo, nossa reflexão parte do movimento de compreender de forma mais aprofundada aspectos e dificuldades próprios da gestão que impactam na atenção à saúde. E do entendimento da importância política da coordenação técnica ao passo que ela pode e deve favorecer a garantia dos preceitos do SUS e a indução da clínica pautada na atenção psicossocial.



- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE 

[828]

REPERCUSSÕES DA MOBILIDADE PRECOCE NO DESEMPENHO FUNCIONAL DE PACIENTES ADULTO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA

DHYEGO DE LIMA NOGUEIRA

HULW/UFPB, JOÃO PESSOA, PB, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; terapia intensiva; funcionalidade

Resumo: Introdução: O momento de internação numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pode gerar impossibilidades de mobilidade, geralmente decorrentes da instabilidade do quadro clinico no processo de adoecimento. A partir desse contexto, fatores relacionados à perda de independência e autonomia na realização de atividades de vida diária, podem gerar efeitos deletérios no tratamento e melhora do estado de saúde do paciente. As necessidades de uma abordagem multiprofissional na mobilidade precoce do paciente ainda na UTI, surge como uma possibilidade de intervenção que possibilita repercussões significativas na funcionalidade e qualidade de vida do sujeito. Objetivo: Descrever como as estratégias de mobilidade precoce no ambiente de UTI podem auxiliar na prevenção e tratamento de efeitos advindos do imobilismo a partir da funcionalidade precoce do sujeito em cuidados intensivos. Metodologia: Trabalho baseado em estudos e experiências vivenciadas em atuação da Terapia Ocupacional na Unidade de Terapia Intensiva adulto, pela residência multiprofissional em saúde do Hospital Universitário Lauro Wanderley-PB, no segundo semestre de 2012. Resultados: Complicações secundárias a doença primária, como contraturas musculares e surgimento de úlceras de pressão, relacionam-se diretamente a imobilidade do acamado, e por vezes, ocasionam em maior tempo de internação, maior instabilidade emocional ao paciente e a família, além de maiores gastos com insumos e recursos humanos no tratamento pós-intensivo. Estes complicadores abriram visibilidade para que o cuidado relacionado à mobilidade precoce e funcionalidade ativa do paciente em UTI pudesse ser efetuado ainda nesse ambiente. A partir de estratégias de sedestação, pidedestação, e estimulação de componentes sensório-motores, perfazem melhoras do estado de alerta, e potencialização de ação das estruturas físicos-motoras e cognitivas para desempenhar ou auxiliar na realização de atividades como alimentação, banho, trocas posturais e cuidados com a higiene pessoal. A realização dessas atividades para o sujeito, maximiza sua funcionalidade e o torna ativo no processo de tratamento, além de promover melhora no estado cognitivo e psíco-emocional. Considerações Finais: A restauração da funcionalidade do acamado a partir de precocidade na estimulação da mobilidade, possibilita melhora na performance de atividades diárias no contexto de internação intensiva, diminuindo as restrições impostas e minimizando os efeitos advindos de disfunções ocupacionais e imobilismo durante o período de hospitalização. Estas intervenções surgem como ganhos significativos para alta da UTI com menores agravos e melhor qualidade de vida.



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[834]

MÉTODO CANGURU: SUPORTE TERAPÊUTICO OCUPACIONAL ÀS FAMÍLIAS ASSISTIDAS NA FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ.

FABIANI HERMES FIGUEIRA DE OLIVEIRA; DHANDARA THAMISA MORAES FERREIRA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ, BELÉM, PA, BRASIL.

Palavras-chave: acompanhamento familiar; método canguru; suporte terapêutico

Resumo: Este estudo relata a experiência de acadêmicas do 5º ano do curso de Terapia Ocupacional da Universidade do Estado do Pará – UEPA, junto às famílias assistidas pela Política de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso – Método Canguru, a qual contêm as diretrizes para a implantação no Sistema Único de Saúde (SUS) na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, este hospital foi escolhido devido ser a maior maternidade do norte do país. Neste contexto destacam-se os seguintes objetivos: estimular apego entre mãe-bebê; aumentar a produção de leite materno e beneficiar a lactação e amamentação; ajudar no desenvolvimento físico e emocional do infante; despertar na genitora os laços afetivos; reduzir o estresse e o choro do recém-nascido, estabilizar o batimento cardíaco, a oxigenação e temperatura do corpo da criança; possibilitar lembrar-lhe do som do coração materno e da voz da mãe, o que lhe transmite calma e serenidade; aumentar a autoconfiança para cuidar do neném; desenvolver neste segurança e tranquilidade, importantes para sua independência futura; propiciar a transferência de anticorpos maternos para o recém-nascido, por meio do colostro e do contato; diminuir o risco de infecção cruzada e hospitalar; reduzir o número de abandono de bebês prematuros em maternidades e o tempo de internação; além de contribuir para o apego dos familiares. Neste contexto, foram atendidas cerca de 50 famílias com faixa etária de 16 a 38 anos. Mesmo com a grande rotatividade presente no hospital, foi possível realizar aproximadamente seis sessões individuais com duração de 50 minutos, no período de abril a junho de 2013. Para obtenção dos dados para construção do plano terapêutico, foi utilizada uma ficha de avaliação terapêutica, presente na própria unidade, além da participação da equipe multidisciplinar no acompanhamento destas famílias. As genitoras participaram de intervenções envolvendo a prática do posicionamento canguru, onde a criança, vestindo apenas uma fralda, é colocada em contato com o corpo da mãe na posição vertical, durante o tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente. Foram orientadas também sobre a importância do aleitamento, do ninho e da troca de fraldas de maneira adequada. Os participantes apresentaram, durante o acompanhamento terapêutico, um progresso significativo, sendo notório o aumento do vínculo mãe-bebê. Conclui-se que é de fundamental importância o suporte terapêutico realizado nas etapas do Método Canguru para propiciar a compreensão e elucidação das informações técnicas de condutas e procedimentos, aumentando a confiança e capacitação da família com a rotina diária de atenção ao recém-nascido de baixo peso.





- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE 

[835]

VIOLAÇÃO DE DIREITOS DA CRIANÇA – ADOLESCENTE: ATUAÇÃO TERAPÊUTICA OCUPACIONAL NA CASA DE PASSAGEM “ESPAÇO ACOLHER” – PARÁ.

FABIANI HERMES FIGUEIRA DE OLIVEIRA; DHANDARA THAMISA MORAES FERREIRA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ, BELÉM, PA, BRASIL.

Palavras-chave: criança-adolescente; terapia ocupacional; violação de direitos

Resumo: Este estudo relata a experiência de acadêmicas do 4º ano do curso de Terapia Ocupacional da Universidade do Estado do Pará – UEPA, junto a crianças e adolescentes que tiveram seus direitos violados, e são assistidas pela Casa de Passagem “Espaço Acolher”. Esta instituição foi escolhida devido pertencer a uma organização não governamental, sem fins lucrativos, de utilidade publica municipal, estadual e federal, inscrita no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). Neste contexto destacam-se os seguintes objetivos: possibilitar a capacidade de escolha; oferecer suporte aos usuários em um ambiente afetivo e acolhedor; trabalhar a capacidade de tolerância; favorecer a integração grupal; estimular o desenvolvimento do sentido crítico; estimular a atenção, concentração e memória; trabalhar a autoestima; auxiliar no enfrentamento de dificuldades pessoais e sociais; diferenciar limitações e incapacidades; estimular a conquista de maior autonomia; propiciar a sociabilização; além de promover a habilitação social. Mesmo a Casa de Passagem ser característica de uma rotatividade intensa, cuidando destes indivíduos no prazo máximo de 72h, foi possível realizar atividades em grupo, duas vezes por semana com durabilidade de 3h, no período de outubro a dezembro de 2012. Cada intervenção continha, aproximadamente, seis crianças-adolescentes com faixa etária de 8 a 17 anos. Para obtenção dos dados para construção do plano terapêutico, foi utilizada uma ficha de avaliação terapêutica, presente na própria unidade, além da participação da equipe multidisciplinar no acompanhamento destes infantes. Os usuários participaram de intervenções envolvendo atividades expressivas, manuais e de relaxamento. Os participantes apresentaram, durante o acompanhamento terapêutico, um progresso significativo sendo contemplando ações essenciais relativas ao autocuidado, lazer, educação e trabalho, o que se fazia notório nos resgates de suas perspectivas futuras e vontade de superação. Conclui-se que é de fundamental importância o acompanhamento terapêutico ocupacional no processo de reengajamento social de indivíduos em situação de risco pessoal e social, com contextos familiares rompidos ou extremamente fragilizados, viabilizando assegurar o fortalecimento dos vínculos familiares e/ou comunitários além do desenvolvimento da autonomia dos usuários, proporcionando sua melhor qualidade de vida.




- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE 

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PRÁTICA DO TERAPEUTA OCUPACIONAL EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

RENATA SLOBODA BITTENCOURT; LAUREN MACHADO PINTO; MORGANA BARDEMAKER LOUREIRO

HC/UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: unidade de terapia intensiva; terapia ocupacional; equipe de saúde

Resumo: Introdução: As condições dos pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), historicamente têm sido associadas à percepção desta como um ambiente onde permanecem somente aqueles que se encontram em um quadro de terminalidade. Os debates contemporâneos que contemplam fundamentações éticas com o desenvolvimento tecnológico têm demonstrado a necessidade de desenvolvimento de intervenções que contemplem a lógica dos cuidados paliativos. Os pacientes não permanecem mais em UTI somente para morrer, contudo encontram-se em condições transitórias ou críticas, assim como expostos a situações de sofrimento, rupturas intensas do cotidiano e múltiplos procedimentos. Objetivo: Descrever estratégias de intervenção desenvolvidas por terapeutas ocupacionais residentes em uma UTI de um Hospital Universitário. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo que busca relacionar variáveis de natureza qualitativa e quantitativa utilizando-se como material os seguintes documentos: programa da residência, relatório de atividades das residentes, no período de 2011 à 2013. Resultados: A prática do terapeuta ocupacional ocorre a partir do acompanhamento e atendimento de pacientes atendidos nas unidades de internamento da neurocirurgia, clínica cirúrgica em seguimento na Unidade de Terapia Intensiva ou através de pedido de interconsulta. Os procedimentos realizados envolvem avaliação, atendimento individual, orientação a familiares/cuidadores, prescrição de dispositivos e adaptações. Os principais objetivos da Terapia Ocupacional são assim constituídos: medidas de conservação de energia; facilitação do desempenho de Atividades de Vida Diária (AVDs); adaptações ambientais e ampliação do espaço vital; promoção da autonomia e do desempenho ocupacional; resgate de vínculos significativos; suporte a familiares e o acolhimento ao luto; abordagens corporais para o controle da dor, fadiga e dispnéia, entre outros. Considerações Finais: Os resultados permitem constatar que a formação do terapeuta ocupacional na Residência aponta o compromisso profissional com a melhoria da qualidade dos serviços prestados a população, a aquisição de habilidades específicas, e a competência técnica para o exercício profissional, com repercussão na melhoria das condições de saúde da população. A intervenção requer habilidades e competências por parte do terapeuta ocupacional no manejo do processo e conduta terapêutica, uso de recursos e estratégias adequadas às necessidades dos pacientes, familiares/cuidadores, assim como sua interface com a equipe multiprofissional na definição dos projetos terapêuticos e dos procedimentos realizados.



- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE 

[852]

ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E NA COORDENAÇÃO DE BRINQUEDOTECA: RELATO DE EXPERIÊNCIA NO HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM DOENÇAS INFECTO CONTAGIOSAS EM NATAL/RN

ROBERTA RIBEIRO NUNES; JOÃO BOSCO LIMA BARBOSA

HOSPITAL GISELDA TRIGUEIRO, NATAL, RN, BRASIL.

Palavras-chave: brinquedoteca; hospitalar; terapeuta ocupacional

Resumo: Introdução: A enfermaria de pediatria do Hospital Giselda Trigueiro possui em suas dependências uma brinquedoteca, sob a coordenação de uma terapeuta ocupacional cujas atribuições demandam a supervisão de brinquedistas e da dinâmica de funcionamento seguindo normas e rotinas específicas do setor com ações norteadas pela política nacional de humanização. Objetivo: Relatar a experiência exitosa da atuação da Terapia Ocupacional na esfera hospitalar e na coordenação da brinquedoteca socializando as ações em uma unidade hospitalar de referencia em doenças infecto contagiosas. Metodologia: A Terapia Ocupacional, como profissional membro da equipe multidisciplinar do processo de cogestão vigente na unidade atua nos diversos setores da enfermaria. Através da parceria com a CCIH foi criado protocolos, como normas e rotinas do setor, seleção de brinquedos adequados para o manuseio das crianças, como atribuições dos brinquedistas durante as atividades. As crianças que ao serem admitidas na enfermaria e que necessitam de isolamento, o profissional de Terapia Ocupacional após solicitação do parecer médico avalia o contexto e as necessidades, pois a criança neste período além de muitas vezes não entender seu processo de adoecimento, e o porquê do seu período de isolamento ainda é privada de conviver com outras crianças e sofre restrição de visitas junto aos familiares, necessitando ser acolhida frente a essa demanda que isola e restringe as atividades da criança, onde o profissional irá intervir buscando incluir atividades adaptadas ao seu momento específico preparando-a para sair desta fase de modo a evitar comprometimentos e prevenir sequelas mediante ao quadro e sua patologia. Assim todos os materiais e brinquedos utilizados são previamente separados para a criança de acordo com sua faixa etária para que a mesma os utilize durante esse período. A família é também orientada quanto ao uso desses materiais e aquisição dos mesmos com autorização prévia do profissional. Sendo entregue após sua saída do isolamento na brinquedoteca lacrados em um saco entregues no ato da aquisição para futura desinfecção junto à brinquedistas. Resultado: Uma equipe multidisciplinar cuja missão é levar o brincar em todas as instancias durante sua estadia hospitalar, utilizando o brincar como instrumento terapêutico. Considerações Finais: A atuação do terapeuta ocupacional e a brinquedoteca vem se configurando um espaço rico de possibilidades onde a criança e seu acompanhante experimentam experiências muito significativas durante sua estadia hospitalar sendo este espaço coadjuvante no processo de tratamento e reabilitação da criança.



- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA SAÚDE 


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ARTICULAÇÃO E DIÁLOGO ENTRE EQUIPAMENTOS DO TERRITÓRIO: PARCERIA SAÚDEEDUCAÇÃO E SEUS DESAFIOS

MARIA LUIZA MANGINO CARDOSO; MARINA SANCHES SILVESTRINI; BRUNA REGO RANGEL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; intersetoralidade; saúde

Resumo: A atuação intersetorial e comunicação entre os serviços são ações de ampliação do cuidado, uma comunicação necessária para olhar um sujeito e sua comunidade de forma holística. O ato de cuidar é algo amplo, que apesar das atribuições exigidas de profissionais específicos, é dirigido ao mesmo objetivo: a formação saudável do indivíduo. Assim torna-se difícil dissociar as práticas, estas são complementares. O presente trabalho objetiva relatar a experiência de aproximar a escola das estratégias utilizadas na atenção primária, melhorando diálogos e somando conceitos de prevenção e promoção. Durante um ano, foi realizada uma parceria com o CEMEI próximo a uma Unidade de Saúde da Família. Pretendia-se realizar um trabalho centrado prioritariamente na saúde e bem estar da população infantil, que ocorresse de forma articulada, estreitando contatos entre a saúde e a educação. Foram realizadas rodas de conversa temáticas: questões de saúde, higiene, agressividade, vigilância do desenvolvimento, além de campanhas de prevenção contra doenças. Participavam dessas conversas os pais, crianças, professores, estagiários e profissionais da saúde, fortalecendo a visão destes como direcionadores do processo, mas com o reforço: quem provoca mudanças é quem tem contato contínuo com as crianças. Notou-se que o esperado pelos profissionais da educação no início era um atendimento de caráter ambulatorial, mais pontual. Insistimos na perspectiva de coresponsabilizar a escola e a família: que esses núcleos comuniquem-se e busquem estratégias pertinentes de atuação, que utilizem a equipe da USF não apenas nos casos mais complexos, mas para fortalecerem-se conjuntamente. Os setores da educação e saúde precisam melhorar a qualidade da comunicação, um trabalho integrado desses profissionais resulta em trocas e ampliação dos conhecimentos. Uma dificuldade comunicativa provém dos profissionais permanecerem focados em suas atribuições específicas, então os saberes não são multiplicados e não se amplia a dimensão das propostas. Conclui-se que é primordial investir em estratégias para sensibilizar os profissionais no referente à realização de um trabalho integrado, compartilhado. Não se trata de despir a identidade profissional, mas de atuar em um contexto plural e diverso com efetividade.



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