- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
[240]
TERAPIA OCUPACIONAL E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: RECONSTRUINDO A INTEGRIDADE
DA MULHER VIOLENTADA
KAREN VIVIANE TRAGE; VITÓRIA
HOERBE BELTRAME; CAROLINE PONCIO; DANI LAURA PERUZZOLO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA
MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; violência doméstica;
empoderamento
Resumo: Introdução: Este trabalho visa apresentar um projeto de
intervenção da Terapia Ocupacional em uma casa-abrigo que atende mulheres
vítimas de violência doméstica. Ele foi desenvolvido como atividade da
disciplina de Saúde da Mulher, a partir de entrevistas com a delegada
responsável pela delegacia da mulher da cidade de Santa Maria/RS, e com a
direção e equipe da casa-abrigo. Objetivos:
Promover a retomada da autoestima; identificar desejos pessoais e valorizar a
singularidade das mulheres vítimas de violência doméstica; proporcionar o
empoderamento social. Metodologia:
Aplicação de avaliações individuais com ênfase na vida cotidiana, na
identificação de habilidades, desejos e conhecimento pessoal das mulheres
vitimadas, focando em sua identidade, subjetividade e história de vida. A
partir do resultado destas avaliações, serão realizados atendimentos grupais e
individuais, de acordo com a demanda. Discussão:
A violência doméstica à mulher é um grave problema de saúde pública, não sendo
exclusivo a Anais nenhum nível social, cultural ou econômico. Mesmo com seus
direitos garantidos em lei, as ações concretas de ajuda a estas mulheres ainda
são muito insipientes. Elas são usurpadas de seus direitos e desejos, tendo sua
integridade psíquica e emocional fragmentada na família e, muitas vezes na
instituição que as acolhem. Algumas instituições acabam reproduzindo o cenário
agressivo e depreciativo às mulheres ao depositar, por exemplo, nas oficinas de
geração de renda a única possibilidade de independência e autonomia delas. Em
contrapartida, a Terapia Ocupacional trabalha para que as mulheres encontrem ou
reencontrem recursos pessoais, considerando seus desejos, sua história e lugar
social, ou seja, trabalha com o empoderamento sobre sua vida e os caminhos a
serem trilhados após a chegada ao abrigo, visando a importância de proporcionar
a estas mulheres uma voz ativa neste processo de independência. Considerações Finais: A partir deste
trabalho observou-se que o papel da Terapia Ocupacional é de grande importância
no tratamento de vítimas de violência doméstica, pois é um profissional que
possui um olhar amplo sobre o sujeito e compreende a mulher violentada como
alguém que deve ser acompanhada em um processo de práxis para a construção de
um cotidiano onde ela seja a protagonista de sua história e conhecedora de seus
recursos e direitos para uma nova vida.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
[453]
TERAPIA OCUPACIONAL JUNTO À ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE EM UNIDADES
PRISIONAIS DO ESPÍRITO
SANTO LUCIANA ALVES DE OLIVEIRA
EMESCAM, VITÓRIA, ES, BRASIL.
Palavras-chave: sistema prisional; atenção básica; terapia
ocupacional
Resumo: Este é um estudo que procura compartilhar, junto a
profissionais da área de saúde, segurança pública e afins, as possibilidades de
atuação da Terapia Ocupacional na atenção e cuidado relacionados a saúde e
ressocialização dos presos nas Unidades Prisionais do estado do Espírito Santo,
junto aos programas da rede de atenção básica, estabelecidos pelo SUS. Esta
área de atuação se preocupa com a prevenção de doenças manutenção e
reabilitação da saúde dos presos, para que mesmo encarcerados estes tenham
maior qualidade de vida e possibilidades de reinserção na sociedade de maneira
satisfatória diminuindo as taxas de reincidência, através da qualidade de vida,
saúde, educação e trabalho. Percebe-se que as condições de confinamento em que
se encontram as pessoas privadas de liberdade (os presos) são determinantes
para o bem-estar físico e psíquico. Visto que quando recolhidas aos
estabelecimentos prisionais, as pessoas trazem problemas de saúde, vícios, e
grande parte desta população transtornos mentais, que podem ser gradualmente
agravados se há precariedade das condições de moradia, alimentação e saúde.
Acreditando que os altos índices de criminalidade não serão reduzidos apenas
com a ampliação do Sistema Penitenciário, por meio da construção de mais
presídios, surge a preocupação de investir em políticas de atenção à saúde, à
educação e à profissionalização das pessoas presas. Assim, interessa discutir
de que formas – com que facilitadores pode se avançar na consolidação da
atuação deste profissional no Sistema Prisional. Será realizado um estudo sobre
a importância da atuação do terapeuta ocupacional nos programas da rede de
atenção básica, estabelecidos pelo SUS para a promoção da saúde de presos, como
o Programa de Hipertensão e Diabetes, Tuberculose, Hanseníase, DST/AIDS, Saúde
Mental, Dependência Química, Materno-Infantil, Saúde do Idoso, Saúde
Ocupacional, adaptados para o contexto do Sistema Prisional, porém com os
mesmos objetivos utilizados pelo SUS. O estudo foi baseado na prática diária do
profissional terapeuta ocupacional neste contexto e através de revisão
bibliográficas de análise de conteúdo das bibliografias pesquisadas acerca do
tema. Com um estudo mais aprofundado efetuado através dos recursos existentes
na atualidade, certamente obter-se-á ganhos tanto em relação à saúde e
ressocialização da pessoa presa.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
[539]
APRESENTAÇÃO DO SERVIÇO DE TERAPIA OCUPACIONAL DO CENTRO HOSPITALAR DO
SISTEMA PENITENCIÁRIO DE SÃO PAULO
ARIANA SANTIAGO ZOCARATTO;
CRISTIANE SINNES ORSETTI; DANIELA HABIRO; THELBIA CHRISTINA FONSECA; PRISCILLA
FERES SPINOLA
CENTRO HOSPITALAR DO SISTEMA
PENITENCIÁRIO DO ESTADO DE SP, SP, BR.
Palavras-chave: hospital geral; sistema prisional; serviço de
terapia ocupacional
Resumo: Introdução: Atualmente São Paulo conta com 205 mil pessoas
detidas nos diferentes equipamentos do Sistema Prisional Paulista. Essas
pessoas vivenciam inúmeras situações de exposição a maiores riscos à saúde e a
outras adversidades. O alto índice de doenças infecto-contagiosas, de traumas
decorrentes do crime e fugas, de alterações psiquiátricas, bem como de outras
formas de adoecimento também encontradas na população geral, demandam um
equipamento de saúde que atenda a complexidade dessas necessidades de cuidados.
Ressalta-se ainda, a condição especial das mulheres que, após o nascimento de
seus bebês, permanecem albergadas com os mesmos até o sexto mês, quando devem
entregá-lo. O Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário presta-se assim, ao
atendimento em atenção secundária e terciária à saúde dessa população. Em
Agosto de 2009, realizou a implantação do Serviço de Terapia Ocupacional na
instituição. O serviço conta hoje, com cinco terapeutas ocupacionais divididas
de forma a atender a população do hospital, com 371 leitos mistos, divididos
entre as especialidades de clínica médica, clínica cirúrgica, neurologia,
infectologia, psiquiatria, ginecologia e pediatria. Objetivos: Apresentar o Serviço de Terapia Ocupacional do Centro
Hospitalar do Sistema Penitenciário do Estado de São Paulo. Metodologia: Para tanto, esse trabalho
terá um enfoque mais descritivo e crítico a partir de contextualização da
população assistida, da apresentação das especificidades e problemáticas
vivenciadas frente a condição dos pacientes e do contexto de atendimento, e das
ações desenvolvidas no serviço. Discussão:
Diante da especial característica deste hospital geral que é também uma
extensão do presídio, os cuidados e tratamento das pessoas internadas em
situação de aprisionamento, estão sempre atravessados pela lógica do cumprimento
da pena, da destituição da liberdade, dos riscos ligados à segurança, e de
outras particulares condições. As terapeutas ocupacionais necessitaram
desenvolver estratégias e recursos para garantir sua existência e trabalho na
instituição, da mesma forma que redimensionaram intervenções de encontro as
necessidades de uma população com muitas especificidades. Importantes fatores
de impacto no trabalho tem sido as restrições ligadas ao uso de materiais e
recursos de tecnologia assistiva, o pouco acesso aos familiares/rede de
suporte, e os processos de alta, quando o paciente retornará para a realidade
dos presídios, sob precárias condições para a continuidade de seus cuidados. Considerações Finais: Nessa
perspectiva, foi necessário contextualizar, adaptar e flexibilizar ações a fim
de garantir o atendimento e cuidados às pessoas presas internadas.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
[693]
TERAPIA OCUPACIONAL E A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: ESTUDO E PREVENÇÃO DE
SEQUELAS
CECILIA BERNADETE DE SOUZA DE
CARVALHO; MARCIA KAROLAYNE GARCIA DE QUADROS; JOYCE CHAVES DE SOUZA ARAUJO;
NIVEA PAES RAMOS PIAUX; ANGELA MARIA BITTENCOUT
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACÃO,
CIÊNCIA E TECNOLOGIA, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; violência; gênero
Resumo: Introdução: O
mergulho no mundo de vivências femininas propicia o desafio de trabalhar com mulheres
em situação de violência familiar que apresentam complicações na saúde física,
emocional e sexual e fazem uso do SUS como consequência das agressões sofridas.
Esse problema ocorre em todas as classes sociais, independente de cultura, raça
ou status econômico. Objetivos:
acolher a mulher vítima de violência doméstica; promover a reflexão sobre as
relações de gênero, envolvendo as mulheres assistidas na atenção básica e
favorecer a participação delas em grupos de reflexão de Terapia Ocupacional com
vistas à recuperação e/ou elevação de sua autoestima; investir na prevenção e
no enfrentamento da violência de gênero, identificar os tipos de agressão
sofrida ocasionada por pessoas do seu grupo familiar. Metodologia: pesquisa baseada na abordagem quanti-qualitativa, que
na esfera quantitativa será realizado estudo epidemiológico que buscará
identificar o perfil da mulher que sofre violência na região oeste do Município
do Rio de Janeiro, para a coleta de dados utilizou-se questionário com
perguntas abertas e fechadas e análise dos dados será realizada pelo software
EPI-Info. Resultados: Trata-se de
resultados preliminares do projeto Emponderamento da mulher vitima de violência
familiar: expectativas de acolhimento e cuidado de Terapia Ocupacional,
financiado pelo CNPQ e Comitê de Ética do IFRJ. Fazem parte do estudo 10
mulheres de 15 a 57 anos que residem no entorno do Campus Realengo do IFRJ,
sendo que 40% encontram-se na faixa etária de 21 a 30 anos, que representa a
fase mais fértil e produtiva da vida. Em relação à religião elas se
subdividiram em católicas, evangélicas e espíritas, o que favorece o perdão e a
vontade de permanecer no vínculo. Quanto a etnia, 60% são pardas, 30% negras e
10% brancas, o que vem reforçar que as maiores incidências de violência atinge
a população afro-brasileira, cuja renda familiar é de um salário mínimo, sendo
que 30% delas aumentam a renda com a bolsa família, o que demonstra a mulher
ainda é dependente econômica do marido. Em relação ao tipo de agressão, elas
sofrem vários tipos 90% relataram violência física, com moral (70%), sexual
(20%), psicológica (40%), o que vem confirmar que a mulher não sofre somente de
um tipo de agressão, mas que ela vem acompanhada de outras além da física. Considerações Finais: Estes resultados
mostram que as mulheres brasileiras precisam de alguma intervenção que as
auxiliem a se proteger dos abusos e violências domésticas e que a Terapia
Ocupacional, pode ser mais um profissional da saúde a favorecer a diminuição da
taxa de ocorrência e desenvolver autoestima e melhorar problemas de saúde
oriundos da violência.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
[708]
INTERVENÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL JUNTO À CRIANÇAS VÍTIMAS DE
VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR
IVONETE SILVA CARNEIRO MONTEIRO;
ANA PAULA DE ALMEIDA MACIEL; RAQUEL WYARA LIMA FEITOZA; ETIENE CERUTTI LOUZADA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL.
Palavras-chave: criança; violência intrafamiliar; terapia
ocupacional
Resumo: A violência consiste no ato de fazer alguém agir contra a
sua vontade, utilizando a força e a intimidação. Contra crianças e adolescentes
é um dos grandes desafios que a sociedade e as autoridades vêm enfrentando,
pois estes apresentam uma fragilidade física e de personalidade que os torna um
dos grupos mais susceptíveis a sofrerem violação de seus direitos. Entretanto,
só começou a ser discutida como um problema de saúde pública na década de 80.
Pode ocorrer em cenários distintos e um dos quais acontece, é no ambiente familiar,
sendo expressa através da violência sexual, física, psicológica ou negligência
e se misturando de diversas formas, causando muitos traumas e comprometendo
seus papéis, desempenho e escolhas ocupacionais. O terapeuta ocupacional é o
profissional que cuida e avalia o desempenho ocupacional das pessoas em seus
diversos papéis na sociedade, atuando também no campo social. O objetivo deste
trabalho é apontar as possíveis intervenções da Terapia Ocupacional junto a
crianças vítimas de violência intrafamiliar. Para a sua construção foi
realizada uma pesquisa na literatura, sem delimitação de tempo, em base de
dados (BIREME). A criança vítima de violência tem sua vida marcada, sofrendo
com sequelas cognitivas, sociais e emocionais, podendo apresentar o comportamento
alterado, com agressividade, baixa autoestima, déficit de atenção, baixo
rendimento escolar, dentre outros que também podem, inclusive, influenciar na
sua escolha ocupacional. A intervenção do terapeuta ocupacional será de acordo
com a demanda e singularidade de cada criança. Como instrumentos que promovem a
ressingularização e ressignificação, faz uso deatividades expressivas, lúdicas
e artísticas. Utiliza também grupos, para promover a ruptura das redes sociais
de apoio, compostas, inicialmente, pela família. Entretanto, para que seja
eficaz, deverá que construir um vínculo de forma que elas sintam-se acolhidas e
a vontade. Também pode intervir através de visitas domiciliares, encaminhamento
das varas da infância e adolescência, abordagem terapêutica individual para a
vitima, o agressor e em alguns casos, outros membros da família; e ainda atuar
nas três esferas de prevenção. Nesse sentindo, o terapeuta ocupacional é um
profissional que intervém com esse público, poiscontribui para o desenvolvimento
da autonomia e participação social, utilizando as atividades como um recurso
promotor da expressão e elaboração dos conflitos internos da estruturação da
personalidade, além de estimular os componentes cognitivos das crianças, que
quando vítimas de violência, também podem apresentar-se comprometidos.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
[708]
INTERVENÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL JUNTO À CRIANÇAS VÍTIMAS DE
VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR
IVONETE SILVA CARNEIRO MONTEIRO;
ANA PAULA DE ALMEIDA MACIEL; RAQUEL WYARA LIMA FEITOZA; ETIENE CERUTTI LOUZADA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL.
Palavras-chave: criança; violência intrafamiliar; terapia
ocupacional
Resumo: A violência consiste no ato de fazer alguém agir contra a
sua vontade, utilizando a força e a intimidação. Contra crianças e adolescentes
é um dos grandes desafios que a sociedade e as autoridades vêm enfrentando,
pois estes apresentam uma fragilidade física e de personalidade que os torna um
dos grupos mais susceptíveis a sofrerem violação de seus direitos. Entretanto,
só começou a ser discutida como um problema de saúde pública na década de 80.
Pode ocorrer em cenários distintos e um dos quais acontece, é no ambiente familiar,
sendo expressa através da violência sexual, física, psicológica ou negligência
e se misturando de diversas formas, causando muitos traumas e comprometendo
seus papéis, desempenho e escolhas ocupacionais. O terapeuta ocupacional é o
profissional que cuida e avalia o desempenho ocupacional das pessoas em seus
diversos papéis na sociedade, atuando também no campo social. O objetivo deste
trabalho é apontar as possíveis intervenções da Terapia Ocupacional junto a
crianças vítimas de violência intrafamiliar. Para a sua construção foi
realizada uma pesquisa na literatura, sem delimitação de tempo, em base de
dados (BIREME). A criança vítima de violência tem sua vida marcada, sofrendo
com sequelas cognitivas, sociais e emocionais, podendo apresentar o comportamento
alterado, com agressividade, baixa autoestima, déficit de atenção, baixo
rendimento escolar, dentre outros que também podem, inclusive, influenciar na
sua escolha ocupacional. A intervenção do terapeuta ocupacional será de acordo
com a demanda e singularidade de cada criança. Como instrumentos que promovem a
ressingularização e ressignificação, faz uso deatividades expressivas, lúdicas
e artísticas. Utiliza também grupos, para promover a ruptura das redes sociais
de apoio, compostas, inicialmente, pela família. Entretanto, para que seja
eficaz, deverá que construir um vínculo de forma que elas sintam-se acolhidas e
a vontade. Também pode intervir através de visitas domiciliares, encaminhamento
das varas da infância e adolescência, abordagem terapêutica individual para a
vitima, o agressor e em alguns casos, outros membros da família; e ainda atuar
nas três esferas de prevenção. Nesse sentindo, o terapeuta ocupacional é um
profissional que intervém com esse público, poiscontribui para o desenvolvimento
da autonomia e participação social, utilizando as atividades como um recurso
promotor da expressão e elaboração dos conflitos internos da estruturação da
personalidade, além de estimular os componentes cognitivos das crianças, que
quando vítimas de violência, também podem apresentar-se comprometidos.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
[761]
ACESSIBILIDADE NA ESTAÇÃO DE JOANA BEZERRA NA CIDADE DO RECIFE
MAÍRA DOS SANTOS RODRIGUES1 ;
EDUARDA COELHO SULTANUM GOMES1 ; ADRIANE SÍLVIA CASTRO RIBEIRO CARVALHO DE
OLIVEIRA1 ; MIRELY EUNICE SOBRAL1 ; BÁRBARA STÉFANNY DA COSTA NUNES1; ROSANE
MOREIRA DE MENEZES2
1.GRADUANDA EM TERAPIA
OCUPACIONAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL;
2.TERAPEUTA OCUPACIONAL, RECIFE, PE, BRASIL.
Palavras-chave: acessibilidade; estação joana bezerra; autonomia
Resumo: Entende-se por acessibilidade a possibilidade e condição de
alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e
equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios
de comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida,
direito esse garantido pela Lei n° 10.098 de 19 de dezembro de 2000. Porém esta
não é a realidade que encontramos quando enfrentamos o dia-a-dia do transporte
público. Diante disso, o seguinte trabalho tem como objetivo analisar as
condições de acessibilidade da estação de metrô Joana Bezerra, no centro da
cidade do Recife. Para o desenvolvimento do mesmo foram feitas visitas ao local
e retiradas medidas baseadas na norma ABNT NBR 9050, sendo analisadas as formas
de acesso às três plataformas existentes. Joana Bezerra é uma das maiores
estações de metrô do Recife, local de troca de linhas, integração com o
terminal de ônibus e a estação mais próxima da maioria dos hospitais de
referência do Recife, como a AACD, o Real Hospital Português, o Hospital
Esperança, entre outros. A falta de acessibilidade da estação é perceptível
desde a entrada até as plataformas, porém o aspecto que maior apresentou
desrespeito às normas foi o acesso às plataformas, que se dá por diferentes
formas. Na primeira plataforma o acesso se da exclusivamente através de uma
rampa, da qual há ausência do piso tátil de alerta no começo e termino da
rampa, existem aberturas na parede da rampa, que possibilitam a entrada de água
em dias de chuva, tornando o piso derrapante, além de não haver nenhum tipo de
corrimão. Na segunda e na terceira o acesso é através de elevadores, escadas
rolantes e fixas. Os elevadores estão dentro dos padrões exigidos, com
capacidade para 600 kg, entretanto impossibilita o giro de um cadeirante. As
escadas rolantes apresentam instruções de uso, mas por serem adesivos estão
descolando e impossibilitando visualizar algumas destas instruções, porém não
estão funcionando. As escadas fixas apresentam um comprimento e patamares
acessíveis segundo o fluxo de pessoas, mas a partir de sua largura necessitaria
de corrimão intermediário, também não possui a sinalização tátil de alerta no
início e termino da escada, o piso do degrau está 0,10m abaixo do permitido, além
de não apresentar as sinalizações visuais em suas bordas, nos corrimãos não há
sinalização em Braille e não apresentam a prolongação de 0,30m antes do início
e após o termino da escada. Portanto, é possível concluir que pessoas com
mobilidade reduzida sofrem barreiras, que poderiam e deveriam ser evitas,
quando desejam ter acesso as plataformas, impossibilitando sua autonomia e um
transporte público de qualidade.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
[761]
ACESSIBILIDADE NA ESTAÇÃO DE JOANA BEZERRA NA CIDADE DO RECIFE
MAÍRA DOS SANTOS RODRIGUES1 ;
EDUARDA COELHO SULTANUM GOMES1 ; ADRIANE SÍLVIA CASTRO RIBEIRO CARVALHO DE
OLIVEIRA1 ; MIRELY EUNICE SOBRAL1 ; BÁRBARA STÉFANNY DA COSTA NUNES1; ROSANE
MOREIRA DE MENEZES2
1.GRADUANDA EM TERAPIA
OCUPACIONAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL;
2.TERAPEUTA OCUPACIONAL, RECIFE, PE, BRASIL.
Palavras-chave: acessibilidade; estação joana bezerra; autonomia
Resumo: Entende-se por acessibilidade a possibilidade e condição de
alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e
equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios
de comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida,
direito esse garantido pela Lei n° 10.098 de 19 de dezembro de 2000. Porém esta
não é a realidade que encontramos quando enfrentamos o dia-a-dia do transporte
público. Diante disso, o seguinte trabalho tem como objetivo analisar as
condições de acessibilidade da estação de metrô Joana Bezerra, no centro da
cidade do Recife. Para o desenvolvimento do mesmo foram feitas visitas ao local
e retiradas medidas baseadas na norma ABNT NBR 9050, sendo analisadas as formas
de acesso às três plataformas existentes. Joana Bezerra é uma das maiores
estações de metrô do Recife, local de troca de linhas, integração com o
terminal de ônibus e a estação mais próxima da maioria dos hospitais de
referência do Recife, como a AACD, o Real Hospital Português, o Hospital
Esperança, entre outros. A falta de acessibilidade da estação é perceptível
desde a entrada até as plataformas, porém o aspecto que maior apresentou
desrespeito às normas foi o acesso às plataformas, que se dá por diferentes
formas. Na primeira plataforma o acesso se da exclusivamente através de uma
rampa, da qual há ausência do piso tátil de alerta no começo e termino da
rampa, existem aberturas na parede da rampa, que possibilitam a entrada de água
em dias de chuva, tornando o piso derrapante, além de não haver nenhum tipo de
corrimão. Na segunda e na terceira o acesso é através de elevadores, escadas
rolantes e fixas. Os elevadores estão dentro dos padrões exigidos, com
capacidade para 600 kg, entretanto impossibilita o giro de um cadeirante. As
escadas rolantes apresentam instruções de uso, mas por serem adesivos estão
descolando e impossibilitando visualizar algumas destas instruções, porém não
estão funcionando. As escadas fixas apresentam um comprimento e patamares
acessíveis segundo o fluxo de pessoas, mas a partir de sua largura necessitaria
de corrimão intermediário, também não possui a sinalização tátil de alerta no
início e termino da escada, o piso do degrau está 0,10m abaixo do permitido, além
de não apresentar as sinalizações visuais em suas bordas, nos corrimãos não há
sinalização em Braille e não apresentam a prolongação de 0,30m antes do início
e após o termino da escada. Portanto, é possível concluir que pessoas com
mobilidade reduzida sofrem barreiras, que poderiam e deveriam ser evitas,
quando desejam ter acesso as plataformas, impossibilitando sua autonomia e um
transporte público de qualidade.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
[794]
COTIDIANO DE DESFILIAÇÃO DE MULHERES APENADAS – EXPERIÊNCIA NO PRESÍDIO
ERIKA DAIANA DO AMARAL ROCHA;
KARLA MAYARA FLORENTINO FERNANDES; TAINNAN VILANTE E SILVA; MARILENE CALDERARO
MUNGUBA
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA,
FORTALEZA, CE, BRASIL.
Palavras-chave: institucionalização; mulher; terapia ocupacional
Resumo: A rotina no presídio é percebida de forma impositiva, mas
necessária ao processo normativo e de convivência. Pensar em estratégias de
intervenção e espaços de promoção da cidadania significa repensar conceitos
para reestruturação do cotidiano do indivíduo a fim de restabelecer uma rotina
diária individual mesmo dentro do coletivo. O afastamento do mundo pessoal e a
transformação da sua identidade afeta a subjetividade e a capacidade de agir e
reagir como sujeito social. Esta desconfiguração da vida caracteriza-se pela
cidadania parcialmente perdida, os reflexos do isolamento, as paredes que os
impede de exercer o que é por direito garantido. O objetivo deste trabalho foi
relatar o cotidiano de desfiliação das internas do Instituto Penal Feminino, no
Município de Fortaleza, Ceará. Trata-se de três visitas técnicas em abril e
maio de 2012, visando observar a rotina das mulheres apenadas, suas possíveis
dificuldades e necessidades. Tem caráter descritivo e qualitativo. Utilizamos
diário de campo para o registro das informações. Ao adentrar o presídio foi
possível observar a expressão das tristezas, angústias e a solidão como fatores
presentes no cotidiano das apenadas. Deparamos nos com mulheres restritas a uma
rotina imposta pelas normas institucionais nos quais dentre elas está a espera
do reencontro passageiro com a liberdade representado pelas visitas familiares.
Além do mais existem rotinas diferentes para comportamentos diferentes, como no
caso daquelas que incluíram na sua rotina a oportunidade de trabalho devido ao
bom comportamento. Ainda podemos citar aquelas que devido a maternidade recebem
regalias diferenciadas como é o caso de permanecer com seus filhos durante o
primeiro ano de vida, na creche da unidade prisional. As dez mães internas, na
creche, informaram suas necessidades: cuidar melhor de si, ficar bonita, fazer
atividade manual, reduzir o tempo ocioso. Relataram ter regalias porque estão
com suas crianças e desejam sair junto com elas. Indicaram que as internas que
mais necessitam de Terapia Ocupacional estão nas alas, afirmando “ali parece
que o tempo não passa!”. Diante deste universo do presídio feminino, e compreendendo
melhor o espaço da Terapia Ocupacional fica claro que é possível ir além de uma
abordagem reducionista, propondo modos de intervenção considerando a
complexidade do meio social e a participação dos sujeitos e do coletivo, como
agentes de construção de modos de ser, estar e intervir no mundo circundante.
Vemos a resiliência como fator importante para se agregar a rotina diária
destas mulheres mobilizando a capacidade de enfrentamento, como estratégia de
planejamento de vida e reinserção social.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
[794]
COTIDIANO DE DESFILIAÇÃO DE MULHERES APENADAS – EXPERIÊNCIA NO PRESÍDIO
ERIKA DAIANA DO AMARAL ROCHA;
KARLA MAYARA FLORENTINO FERNANDES; TAINNAN VILANTE E SILVA; MARILENE CALDERARO
MUNGUBA
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA,
FORTALEZA, CE, BRASIL.
Palavras-chave: institucionalização; mulher; terapia ocupacional
Resumo: A rotina no presídio é percebida de forma impositiva, mas
necessária ao processo normativo e de convivência. Pensar em estratégias de
intervenção e espaços de promoção da cidadania significa repensar conceitos
para reestruturação do cotidiano do indivíduo a fim de restabelecer uma rotina
diária individual mesmo dentro do coletivo. O afastamento do mundo pessoal e a
transformação da sua identidade afeta a subjetividade e a capacidade de agir e
reagir como sujeito social. Esta desconfiguração da vida caracteriza-se pela
cidadania parcialmente perdida, os reflexos do isolamento, as paredes que os
impede de exercer o que é por direito garantido. O objetivo deste trabalho foi
relatar o cotidiano de desfiliação das internas do Instituto Penal Feminino, no
Município de Fortaleza, Ceará. Trata-se de três visitas técnicas em abril e
maio de 2012, visando observar a rotina das mulheres apenadas, suas possíveis
dificuldades e necessidades. Tem caráter descritivo e qualitativo. Utilizamos
diário de campo para o registro das informações. Ao adentrar o presídio foi
possível observar a expressão das tristezas, angústias e a solidão como fatores
presentes no cotidiano das apenadas. Deparamos nos com mulheres restritas a uma
rotina imposta pelas normas institucionais nos quais dentre elas está a espera
do reencontro passageiro com a liberdade representado pelas visitas familiares.
Além do mais existem rotinas diferentes para comportamentos diferentes, como no
caso daquelas que incluíram na sua rotina a oportunidade de trabalho devido ao
bom comportamento. Ainda podemos citar aquelas que devido a maternidade recebem
regalias diferenciadas como é o caso de permanecer com seus filhos durante o
primeiro ano de vida, na creche da unidade prisional. As dez mães internas, na
creche, informaram suas necessidades: cuidar melhor de si, ficar bonita, fazer
atividade manual, reduzir o tempo ocioso. Relataram ter regalias porque estão
com suas crianças e desejam sair junto com elas. Indicaram que as internas que
mais necessitam de Terapia Ocupacional estão nas alas, afirmando “ali parece
que o tempo não passa!”. Diante deste universo do presídio feminino, e compreendendo
melhor o espaço da Terapia Ocupacional fica claro que é possível ir além de uma
abordagem reducionista, propondo modos de intervenção considerando a
complexidade do meio social e a participação dos sujeitos e do coletivo, como
agentes de construção de modos de ser, estar e intervir no mundo circundante.
Vemos a resiliência como fator importante para se agregar a rotina diária
destas mulheres mobilizando a capacidade de enfrentamento, como estratégia de
planejamento de vida e reinserção social.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
[817]
HISTÓRIAS DE VIDA: FILHOS DA VIOLÊNCIA
FERNANDA PERCEGONA; CHRISTIANE
SIEGMANN
UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL.
Palavras-chave: violência contra a mulher; impactos nos filhos;
terapeuta ocupacional
Resumo: Na sociedade contemporânea vem crescendo os índices de
violência contra a mulher. A cada 15 minutos, no Brasil, uma mulher é agredida
em casa, pelo marido ou companheiro. Somente no ano de 2011, foram relatadas
aproximadamente 75 mil ocorrências, e em 66,1% destas os filhos estavam
testemunhando as agressões. O acompanhamento da violência entre familiares pode
gerar impactos no desenvolvimento físico, emocional, comportamental e social de
crianças e adolescentes. Estes prejuízos costumam acentuar-se pela relação de
proximidade estabelecida com os envolvidos nos conflitos, e pela ruptura do
contexto familiar, importante para seu desenvolvimento. Considerando estes
dados nota-se a importância de estudos que compreendam os impactos que este
acompanhamento pode trazer às crianças, podendo permear até a vida adulta.
Histórias de Vida: Filhos de Violência, trata-se de um Trabalho de Conclusão de
Curso desenvolvido no Depto. Terapia Ocupacional da UFPR, que pretende dar voz
a histórias de vida singulares, únicas, de adultos que testemunharam a
violência entre os pais ou que foram vítimas de violência e que tiveram seus
corpos marcados pela dor, pela insegurança e pelo medo, dando a oportunidade à
esses sujeitos de falar como estas marcas impactaram em suas vidas, em seus
fazeres cotidianos, suas relações, seus projetos e seus sonhos. Tem como
objetivo compreender os impactos gerados às histórias de vida dos filhos, que
presenciam cenas de agressões contra suas mães. Na primeira fase do trabalho
foi realizada revisão de literatura com pesquisa bibliográfica sobre a
temática, sendo constatado que a violência contra a mulher traz impactos
significativo na vida dos filhos, como na área psicológica. A segunda etapa do
TCC envolve pesquisa através de entrevista semi-estruturada, com sujeitos
adultos que cresceram sendo vítimas indiretas desta violência. Esta pesquisa
aguarda neste momento avaliação e aprovação do CEP/SD. As entrevistas seguirão
as diretrizes da metodologia de História Oral, com o gênero de História Oral de
Vida, sendo registradas por meio de gravação e registro escrito para compilar
narrativas ímpares dos participantes da pesquisa, decorrentes da temática
central a ser discutida. A partir destes registros, objetiva-se identificar as
áreas de ocupação e as atividades cotidianas impactadas pelo testemunho da
violência, e a partir da análise das literaturas, investigar possíveis
contribuições do terapeuta ocupacional junto a esta população. Neste processo
de intervenção o terapeuta ocupacional considera cada indivíduo como único e
com potencialidades, e tem suas intervenções direcionadas ao fortalecimento dos
vínculos entre mãe e filho e resiliência.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
[821]
O PROCESSO TERAPÊUTICO OCUPACIONAL NA PROMOÇÃO DA RESSOCIALIZAÇÃO DE
REEDUCANDOS DE UMA UNIDADE PENITENCIÁRIA DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE
BÁRBARA KATIENE MAGNO GAIÃO1 ;
VIVIANE INTERAMINENSE BANDIM DE VASCONCELOS1 ; MILENA DA SILVA CORREIA1 ;
MARINA ROSAS DE ARAÚJO2
1.UFPE, RECIFE, PE, BRASIL;
2.CAPS, RECIFE, PE, BRASIL.
Palavras-chave: sistema penitenciário; ressocialização; terapia ocupacional
Resumo: O terapeuta ocupacional atua no sistema penitenciário
visando à promoção da saúde e a reinserção social de indivíduos excluídos por
problemas sociais de forma integral e independente, evidenciando o bem-estar
biopsicossocial dos mesmos. Utilizando-se das atividades, este profissional
poderá promover a transformação social, motivando as mudanças de atitudes e o
direito à cidadania. O objetivo deste trabalho é relatar a atuação terapêutica
ocupacional com reeducandos do sistema penitenciário. A experiência apresentada
ocorreu em uma unidade porta de entrada do sistema penitenciário da Região
Metropolitana do Recife, com 31 reeducandos do sexo masculino que aguardam
julgamento em regime fechado. A coordenação do grupo foi de responsabilidade
das acadêmicas do curso de Terapia Ocupacional e a intervenção realizada
apresentou o objetivo de ressocializar os reeducandos desse sistema, por meio
de atividades fundamentadas no modelo psicodinâmico da Terapia Ocupacional.
Dinâmicas grupais foram realizadas com o intuito de proporcionar reflexões
sobre o cumprimento de regras, o controle da situação e a autoconfiança, porém
foi perceptível a dificuldade dos mesmos em relação a essas questões, na qual
se observou, principalmente, o descumprimento das regras da atividade e
ausência de autoconfiança da maioria dos reeducandos. Também foram exploradas
atividades que promovem uma releitura de si próprio, instigando uma reflexão
sobre quais mudanças são necessárias para que objetivos desejados sejam alcançados.
Essa atividade suscitou diversas discussões que oportunizaram o estímulo para
um recomeço. A intervenção repercutiu eficientemente e obteve-se participação
da maioria dos reeducandos. Durante a mesma, os participantes sentiram-se a
vontade com a proposta apresentada, mas tiveram dificuldades em suportar
opiniões distintas da sua. Diante dos resultados expostos, pode-se ressaltar a
importância da intervenção terapêutica ocupacional em reeducandos do sistema
penitenciário para a promoção do processo de ressocialização destes. Sendo
assim, a valorização das potencialidades e o depósito de confiança na mudança
destes indivíduos são características aliadas a este processo.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
[817]
HISTÓRIAS DE VIDA: FILHOS DA VIOLÊNCIA
FERNANDA PERCEGONA; CHRISTIANE
SIEGMANN
UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL.
Palavras-chave: violência contra a mulher; impactos nos filhos;
terapeuta ocupacional
Resumo: Na sociedade contemporânea vem crescendo os índices de
violência contra a mulher. A cada 15 minutos, no Brasil, uma mulher é agredida
em casa, pelo marido ou companheiro. Somente no ano de 2011, foram relatadas
aproximadamente 75 mil ocorrências, e em 66,1% destas os filhos estavam
testemunhando as agressões. O acompanhamento da violência entre familiares pode
gerar impactos no desenvolvimento físico, emocional, comportamental e social de
crianças e adolescentes. Estes prejuízos costumam acentuar-se pela relação de
proximidade estabelecida com os envolvidos nos conflitos, e pela ruptura do
contexto familiar, importante para seu desenvolvimento. Considerando estes
dados nota-se a importância de estudos que compreendam os impactos que este
acompanhamento pode trazer às crianças, podendo permear até a vida adulta.
Histórias de Vida: Filhos de Violência, trata-se de um Trabalho de Conclusão de
Curso desenvolvido no Depto. Terapia Ocupacional da UFPR, que pretende dar voz
a histórias de vida singulares, únicas, de adultos que testemunharam a
violência entre os pais ou que foram vítimas de violência e que tiveram seus
corpos marcados pela dor, pela insegurança e pelo medo, dando a oportunidade à
esses sujeitos de falar como estas marcas impactaram em suas vidas, em seus
fazeres cotidianos, suas relações, seus projetos e seus sonhos. Tem como
objetivo compreender os impactos gerados às histórias de vida dos filhos, que
presenciam cenas de agressões contra suas mães. Na primeira fase do trabalho
foi realizada revisão de literatura com pesquisa bibliográfica sobre a
temática, sendo constatado que a violência contra a mulher traz impactos
significativo na vida dos filhos, como na área psicológica. A segunda etapa do
TCC envolve pesquisa através de entrevista semi-estruturada, com sujeitos
adultos que cresceram sendo vítimas indiretas desta violência. Esta pesquisa
aguarda neste momento avaliação e aprovação do CEP/SD. As entrevistas seguirão
as diretrizes da metodologia de História Oral, com o gênero de História Oral de
Vida, sendo registradas por meio de gravação e registro escrito para compilar
narrativas ímpares dos participantes da pesquisa, decorrentes da temática
central a ser discutida. A partir destes registros, objetiva-se identificar as
áreas de ocupação e as atividades cotidianas impactadas pelo testemunho da
violência, e a partir da análise das literaturas, investigar possíveis
contribuições do terapeuta ocupacional junto a esta população. Neste processo
de intervenção o terapeuta ocupacional considera cada indivíduo como único e
com potencialidades, e tem suas intervenções direcionadas ao fortalecimento dos
vínculos entre mãe e filho e resiliência.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
[821]
O PROCESSO TERAPÊUTICO OCUPACIONAL NA PROMOÇÃO DA RESSOCIALIZAÇÃO DE
REEDUCANDOS DE UMA UNIDADE PENITENCIÁRIA DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE
BÁRBARA KATIENE MAGNO GAIÃO1 ;
VIVIANE INTERAMINENSE BANDIM DE VASCONCELOS1 ; MILENA DA SILVA CORREIA1 ;
MARINA ROSAS DE ARAÚJO2
1.UFPE, RECIFE, PE, BRASIL;
2.CAPS, RECIFE, PE, BRASIL.
Palavras-chave: sistema penitenciário; ressocialização; terapia ocupacional
Resumo: O terapeuta ocupacional atua no sistema penitenciário
visando à promoção da saúde e a reinserção social de indivíduos excluídos por
problemas sociais de forma integral e independente, evidenciando o bem-estar
biopsicossocial dos mesmos. Utilizando-se das atividades, este profissional
poderá promover a transformação social, motivando as mudanças de atitudes e o
direito à cidadania. O objetivo deste trabalho é relatar a atuação terapêutica
ocupacional com reeducandos do sistema penitenciário. A experiência apresentada
ocorreu em uma unidade porta de entrada do sistema penitenciário da Região
Metropolitana do Recife, com 31 reeducandos do sexo masculino que aguardam
julgamento em regime fechado. A coordenação do grupo foi de responsabilidade
das acadêmicas do curso de Terapia Ocupacional e a intervenção realizada
apresentou o objetivo de ressocializar os reeducandos desse sistema, por meio
de atividades fundamentadas no modelo psicodinâmico da Terapia Ocupacional.
Dinâmicas grupais foram realizadas com o intuito de proporcionar reflexões
sobre o cumprimento de regras, o controle da situação e a autoconfiança, porém
foi perceptível a dificuldade dos mesmos em relação a essas questões, na qual
se observou, principalmente, o descumprimento das regras da atividade e
ausência de autoconfiança da maioria dos reeducandos. Também foram exploradas
atividades que promovem uma releitura de si próprio, instigando uma reflexão
sobre quais mudanças são necessárias para que objetivos desejados sejam alcançados.
Essa atividade suscitou diversas discussões que oportunizaram o estímulo para
um recomeço. A intervenção repercutiu eficientemente e obteve-se participação
da maioria dos reeducandos. Durante a mesma, os participantes sentiram-se a
vontade com a proposta apresentada, mas tiveram dificuldades em suportar
opiniões distintas da sua. Diante dos resultados expostos, pode-se ressaltar a
importância da intervenção terapêutica ocupacional em reeducandos do sistema
penitenciário para a promoção do processo de ressocialização destes. Sendo
assim, a valorização das potencialidades e o depósito de confiança na mudança
destes indivíduos são características aliadas a este processo.
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