- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[55]
A EFICÁCIA DE UM PROGRAMA DE PRÁTICA SUPERVISIONADA JUNTO A
PROFISSIONAIS DE BERÇÁRIO
BÁRBARA DOMETT SOLANA1 ; AMANDA
OLIVEIRA BEZERRA1 ; ALBERTO VITTA2 ; FABIANA FRIGIERI VITTA1
1.UNESP, MARÍLIA, SP, BRASIL;
2.UNIVERSIDADE SAGRADO CORAÇÃO, BAURU, SP, BRASIL.
Palavras-chave: formação profissional; desenvolvimento infantil;
berçário
Resumo: O presente trabalho teve por objetivo “verificar as
mudanças de conhecimentos teóricos e práticos relativos aos conceitos e
atividades de rotina (alimentação, vestuário, higiene e trocas de posturas
realizadas com as crianças) a partir de procedimentos de oficina de educação e
práticas supervisionadas em quatro momentos de avaliação (pré- teste, pós-teste
intermediário, pós-teste final e seis meses após o término do programa)”. A
pesquisa compreendeu a realização de quatro etapas. A primeira (etapa A) –
avaliação inicial – é relativa à observação da prática nos berçários, aplicação
de um questionário semi-estruturado e entrevista com as profissionais das
escolas estudadas, a respeito de sua prática. A segunda consistiu na aplicação
de procedimentos de educação: oficina de educação e supervisão da prática. A
terceira etapa - reavaliações intermediária e final – seguiu o mesmo
procedimento da avaliação inicial (etapa A), sendo que a intermediária foi
realizada após uma semana do término da oficina de educação e a final foi
realizada após uma semana do término da prática supervisionada. A última
consistiu na reavaliação após seis meses do término das intervenções
educativas, seguindo o mesmo procedimento da avaliação inicial (etapa A). Os
resultados das observações, dos questionários e das entrevistas foram
analisados quanto ao seu conteúdo para comparação dos dados nas diferentes
etapas. Verificou-se que a oficina de educação proporcionou mudança nos níveis
de informação das profissionais e algumas práticas, reforçadas pela supervisão
prática. Os temas que mostraram mais consistência enquanto alterações
observadas mesmo após seis meses foram relativos à alimentação e mudanças
posturais. No entanto, os participantes atribuíram a problemas organizacionais,
de infraestrutura física, material e aos recursos humanos a dificuldade de
implementação de comportamentos mais coerentes com objetivos educacionais e com
a estimulação do desenvolvimento global da criança inserida no berçário. Há
necessidade de um trabalho conjunto de todas as instâncias responsáveis pelo
atendimento da criança de 0 a 2 anos para maior efetividade das práticas
pedagógicas junto a essa faixa etária. Por fim, esse trabalho contribui para o
direcionamento de práticas educativas e consequente melhora na qualidade do
atendimento à criança nessa faixa etária.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[66]
TERAPIA OCUPACIONAL: UMA REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE A INCLUSÃO ESCOLAR DE
CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN
TANIA FERNANDES SILVA1; CLARISSA
BARROS ANTONUCCI2; ROSANGELA ROCHA SOARES3
1.UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RIO
DE JANEIRO, RJ, BRASIL; 2.ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS DE
VISCONDE DO RIO BRANCO, VISCONDE DO RIO BRANCO, MG, BRASIL; 3.PREFEITURA
MUNICIPAL DE NOVA IGUAÇU, NOVA IGUAÇU, RJ, BRASIL.
Palavras-chave: síndrome de down; inclusão escolar; terapia
ocupacional
Resumo: Introdução: De acordo com a Associação de Pais e Amigos dos
Excepcionais, a Síndrome de Down (SD) é um atraso no desenvolvimento das
funções da mente e do corpo. A inclusão do aluno com Síndrome de Down na escola
regular é importante, pois o aluno irá desenvolver as suas habilidades globais,
tais como habilidades motoras e cognitivas, assim se tornando mais
independentes para as práticas das atividades de vida diária, do trabalho e do
lazer, maior interação social e aumento da expectativa de sua qualidade de
vida, como afirma Sabiá, et al (2010). Voivodic (2008) aponta que o tema
inclusão tem causado muitas discussões entre educadores e especialistas, sobre
suas vantagens e suas desvantagens. De um lado, posições defendem a inclusão de
todos os alunos, independente da deficiência, em classes regulares. De outro
lado, olham a inclusão como fantasiosa e inviável nessa realidade educacional. Objetivo: Analisar a efetividade da
inclusão de pessoas com Síndrome de Down nas escolas regulares do ensino
estadual do Rio de Janeiro. Metodologia:
O estudo expõe a pesquisa realizada na Escola Estadual Maurício de Abreu do
município de Sapucaia – RJ. Com caráter explicativo e descritivo, de natureza
quanti-qualitativa e levantamento bibliográfico, com uso de roteiro com
entrevista semiestruturada como instrumento de pesquisa, elaborado pela
pesquisadora com base em Figueiredo (2007). A pesquisa foi realizada no período
de abril a setembro de 2011. O público alvo foram oito educadores da escola.
Resultados e discussão: A escola possui 7% de alunos com SD; 50% dos educadores
possuem cursos de capacitação para trabalhar com alunos com necessidades
especiais (NEE). Em relação à diferença entre os conceitos de inclusão e
integração escolar, 38% não souberam fazer tal diferenciação. Em relação ao
apoio profissional, todos os entrevistados relataram que possuem atendimento
com uma pessoa do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Considerações Finais: Os educadores não
compreendem a diferença entre inclusão e integração. As escolas e os educadores
necessitam de maiores informações sobre as reais necessidades desses alunos com
Síndrome de Down, assim a intervenção de uma equipe de saúde em conjunto com
educadores é essencial para o acompanhamento da inclusão escolar. A Terapia
Ocupacional trabalha nesse âmbito principalmente com a orientação dos
profissionais da área de educação no que concerne às necessidades desses
alunos, além de auxiliar na melhor forma de se trabalhar e aplicar atividades
para facilitar a aprendizagem.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[96]
GLEICIANE OLIVEIRA FAUSTINO;
MARIA IRACEMA LINS DOS SANTOS; WALDEZ CAVALCANTE BEZERRA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS
DA SAÚDE DE ALAGOAS, MACEIÓ, AL, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; educação em saúde; escola
Resumo: Introdução: No contexto da saúde pública, a Terapia
Ocupacional tem desenvolvido ações diversas, de caráter individual e/ou
coletivo, em diferentes cenários de práticas, dentre estes, o ambiente escolar.
Visando agregar os conhecimentos teóricos à prática na disciplina de Terapia
Ocupacional aplicada à Saúde Pública, este trabalho consiste num relato de
experiência sobre as ações desenvolvidas por acadêmicos do 3º ano do curso de
Terapia Ocupacional da UNCISAL com alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental
de uma escola pública localizada no bairro do Pontal da Barra em Maceió-AL. Objetivo: Relatar as atividades
desenvolvidas nas práticas da disciplina de Terapia Ocupacional aplicada à
Saúde Pública, mostrando a atuação da Terapia Ocupacional em ações de saúde no
contexto escolar. Metodologia:
Inicialmente foram realizadas visitas na comunidade para conhecer o território,
e a partir destas, nos foi colocada, pela diretora e assistente social da
escola, uma demanda de intervenção com os alunos sobre a temática higiene. As
atividades foram desenvolvidas na perspectiva da educação em saúde, visando à
promoção de hábitos saudáveis. Durante as intervenções, partiu-se sempre da
realidade e dos conhecimentos prévios dos alunos sobre conceitos básicos de
higiene e saúde, para em seguida serem aplicadas as estratégias de
ensino-aprendizagem, previamente elaboradas, com o objetivo de estimular a
construção do conhecimento e a fixação das informações passadas. Utilizou-se
principalmente das atividades lúdicas como recurso, tais como peças teatrais,
músicas, danças, jogos e dinâmicas, almejando um melhor envolvimento das crianças.
Resultados/Discussão: Esta
experiência evidenciou a atividade lúdica como potente recurso para a prática
do terapeuta ocupacional no contexto das ações de educação em saúde na escola,
uma vez que ao final destas os alunos demonstraram uma boa assimilação dos
conteúdos abordados, provocando uma modificação na maneira de pensar e agir
destas crianças. Considerações Finais:
Foi possível perceber que o trabalho de educação em saúde é de grande
importância, em virtude da troca de conhecimentos e da valorização do saber do
outro. Observamos que orientações simples são capazes de gerar mudanças
significativas nos hábitos das pessoas, de modo que educar para a saúde é
contribuir para a formação de bons hábitos como condição essencial para uma
vida saudável. Por fim, cabe ressaltar que a Terapia Ocupacional vem a se
destacar como um importante canal capaz de promover novas ações de saúde e
assim incorporar hábitos mais saudáveis no contexto escolar, mas que podem
resultar em uma melhor qualidade de vida das crianças para além dos muros da
escola.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA
EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA
OCUPACIONAL
[102]
O LÚDICO COMO ESPAÇO DE CRIAÇÃO, EXPRESSÃO E INCLUSÃO: EXPERIÊNCIA DA
TERAPIA OCUPACIONAL NA ESCOLA.
ANA CAROLINA DE MEDEIROS LAKI;
ALINE TRENTINI REBERTE; NICOLE GUIMARÃES CORDONE; SILVIA MAYUMI OKUMA; CAMILA
CRISTINA BORTOLOZZO XIMENES DE SOUZA; EUCENIR FREDINI ROCHA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO
PAULO, SP, BRASIL.
Palavras-chave: inclusão escolar; atividades lúdicas; terapia
ocupacional no contexto escolar
Resumo: Introdução: O presente trabalho originou-se durante a
experiência na disciplina de Prática Supervisionada em Terapia Ocupacional
oferecida pelo Laboratório de Reabilitação e Tecnologia Assistiva (REATA) do
curso de graduação de Terapia Ocupacional da USP. O laboratório em parceria com
uma escola de ensino fundamental municipal, localizada na Zona Oeste da cidade
de São Paulo, construiu um projeto nas classes de 1º a 5º ano que visou a
inclusão escolar de alunos com deficiência. Como estratégia para inclusão,
optou-se pela construção de uma oficina de brinquedos ou jogos que envolvessem
a participação de todos os alunos e educadores. A oficina ofereceu aos
educadores uma estratégia complementar de ensino-aprendizagem. Além disso,
exploraram-se aquisições neuropsicomotoras de cada etapa do desenvolvimento
infantil, respeitando os limites individuais. Objetivos: Discutir como as atividades da prática supervisionada
podem contribuir para atuação da Terapia Ocupacional na inclusão escolar.
Entender de que maneira a atividade lúdica pode ser utilizada no contexto
escolar e quais suas potencialidades no processo de inclusão. Metodologia: O trabalho refere-se a um
relato da experiência na disciplina de prática supervisionada em Terapia
Ocupacional da USP na perspectiva de elaboração de um projeto de inclusão na
escola. Resultados: A oficina de
brinquedos consistiu na construção de dois brinquedos por classe, um deles
coletivo e um individual. Ambos objetivaram o brincar em conjunto e a
participação ativa de alunos e professores. A construção dos brinquedos e a
elaboração das regras do brincar foram pensadas coletivamente. Considerações Finais: Através das
vivências constatou-se que a inclusão não se destina somente aos alunos com
deficiência, mas deve envolver alunos com comportamento violento, dificuldade
de aprendizagem e de relacionamento, e de contextos culturais distintos. Em
todas as classes com alunos com deficiência os demais alunos mostraram-se
espontaneamente participativos nos processos de inclusão, demonstrando a
potencialidade do projeto da oficina de brinquedos e jogos na continuidade
desse processo. Os educadores demonstraram desamparo para lidar com questões
complexas presentes no cotidiano escolar, e frustração com o sistema
educacional, apontando necessidade de apoio. As vivências na escola também
explicitaram o intenso contato dos alunos com contextos de violência e sua
consequente reprodução no ambiente escolar. Nessas perspectivas, as
intervenções terapêuticas ocupacionais apresentam-se como ferramenta de
mediação e resolução dessas problemáticas.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA
EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA
OCUPACIONAL
[111]
PROJETO TERAPIA OCUPACIONAL NA ESCOLA: ESTUDO DE CASO
FLAVIA LUZIA DE OLIVEIRA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS
DA SAÚDE DE ALAGOAS, MACEIÓ, AL, BR.
Palavras-chave: terapia ocupacional; educação inclusiva;
deficiência
Resumo: Introdução: As dificuldades pedagógicas enfrentadas pelas
unidades de ensino públicas e privadas ao lidar com alunos especiais ainda são
grandes, apesar da intensificação das discussões sobre tema, das leis que
trazem regulamentações ao processo de inclusão. No Brasil existem leis, contudo
há carência de intervenções que sejam capazes de trazer para o cotidiano
escolar um novo olhar para o aluno com necessidades educacionais especiais,
suas possibilidades e singularidades, intervenções que derrubem as desigualdades
e o preconceito. Apresentamos uma experiência de educação inclusiva em uma
unidade de ensino privado com o suporte da terapia ocupacional. Objetivo: Conhecer e avaliar a
intervenção do terapeuta ocupacional na educação inclusiva. Metodologia: Trata-se de um estudo de
caso, e para sua realização foram consideradas a observação direta da execução
do projeto e aplicação de questionários para avaliar junto ao corpo docente. Resultados/Discussão: Foi instrumento
de estudo uma unidade de ensino privado, na cidade de Maceió, no período de
janeiro à dezembro de 2012, na qual foi aplicado o Projeto Terapia Ocupacional
na Escola; o projeto foi dividido em três etapas: na primeira etapa ocorreu a
apresentação do projeto ao corpo docente e diretoria de ensino, e realizadas
orientações sobre o encaminhamento de alunos com necessidades educacionais
especiais aos serviços de terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicopedagogia e
psicologia; na segunda etapa foram realizados seminários teórico-prático sobre
as temáticas que envolvem o processo de educação inclusiva e realizada
avaliação do corpo docente sobre o aprendizado adquirido e aplicado; na
terceira etapa foi prestada assessoria a escola quanto a acessibilidade e
capacitação dos profissionais. Considerações
Finais: A iniciativa voltada à
educação inclusiva favoreceu o melhor atendimento pedagógico aos alunos com
necessidades educacionais especiais e a inserção de novos alunos na mesma
condição, uma vez que, a escola e seu corpo docentes encontram-se preparados e
amparados para atender este público.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[153]
INVESTIGANDO AS NECESSIDADES EDUCACIONAIS DOS DISCENTES COM DEFICIÊNCIA
DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
LEILANE BENTO DE ARAÚJO MENESES;
ANDREZA APARECIDA POLIA; MARIA DA CONCEIÇÃO NARKHIRA PEREIRA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA,
JOÃO PESSOA, PB, BRASIL.
Palavras-chave: educação inclusiva; terapia ocupacional; ensino
superior
Resumo: Introdução: As políticas públicas de educação especial no
Brasil avançaram a partir de vários documentos, sendo um deles a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação, que garante a educação especial
preferencialmente no ensino regular. A Política Nacional de Educação Especial
na Perspectiva da Educação Inclusiva afirma que é preciso ações para promover o
acesso, a permanência e a participação dos estudantes nos três níveis de
ensino. A Universidade Federal da Paraíba (UFPB), campo de estudo desse
trabalho, desde 2010 possui 5% das vagas da Modalidade de Ingresso por Reserva
de Vagas para pessoas com deficiência. Para a permanência e participação é
importante o uso de recursos de tecnologia assistiva que auxiliem no seu
desempenho educacional, precisando-se então, de um estudo para investigar se há
recursos para os estudantes com necessidades educacionais especiais. Tecnologia
assistiva é uma área que envolve produtos, recursos e metodologias promovendo a
função de pessoas com deficiência, visando autonomia, independência, qualidade
de vida e inclusão social. Objetivo:
identificar os recursos educacionais necessários e utilizados para a inclusão e
participação dos estudantes com deficiência. Metodologia: estudo descritivo de caráter quantitativo, coletando
dados através do questionário objetivo de Avaliação Institucional Inclusão
Universitária/Educação Inclusiva. A entrevista aconteceu entre dezembro de 2012
e maio de 2013, com dezenove alunos com deficiência, sendo dois deficientes
auditivos, sete deficientes físicos e dez deficientes visuais, buscando
informações dos recursos pedagógicos utilizados e necessários. Resultados: de 78 recursos expostos no
questionário, 53 foram selecionados como necessários. Os estudantes com
deficiência auditiva afirmaram necessitar de 5 dos 7 recursos, sendo o
Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue (Libras) importante para os dois.
De 39 recursos para deficiente físico, 13 foram citados, tendo destaque
Adaptações em Mesas e Cadeiras, a qual quatro estudantes afirmaram precisar. Os
estudantes com deficiência visual asseguraram a importância dos 33 recursos,
destacando-se: Calculadora Falante, Computador Braile Portátil, Conversor de
Texto, Medidor de Pressão Arterial, Termômetro Falante e Impressora
Multifuncional. Considerações Finais:
Notamos que apesar de ser assegurada a diferente forma de ingresso de pessoas
com deficiência na UFPB, a permanência e a participação dos alunos pode não
está acontecendo, visto que a maioria dos recursos colocados no questionário
foram citados como necessários, porém não utilizados. Ainda há muito a ser
feito para garantir a inclusão devendo ser imprescindível a obtenção dos
recursos citados.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[223]
POLÍTICAS EDUCACIONAIS, PERCURSOS JUVENIS E TRAJETÓRIAS ESCOLARES
CARLA REGINA SILVA; ROSELI
ESQUERDO LOPES
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO
CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.
Palavras-chave: juventude pobre; políticas públicas; percursos de
vida
Resumo: No Brasil, a juventude tem se tornado uma categoria social
importante trazendo demandas próprias, das quais a educação e o trabalho são
temas centrais. Recentemente, assiste-se à criação de um aparato institucional
específico para a juventude que não garantiu sequer a efetivação de direitos
sociais já estabelecidos. Desse modo, a maior parte da juventude brasileira, ou
seja, a juventude pobre, se defronta com situações de importantes
vulnerabilidades, representadas pela elevada defasagem educacional quantitativa
e qualitativa e pela precária possibilidade de inserção no mundo do trabalho.
Nesse âmbito, a pesquisa “Percursos juvenis e trajetórias escolares: vidas que
se tecem nas periferias das cidades” se debruçou sobre essa problemática, com o
objetivo de correlacionar e apreender as interações macrossociais naquilo que
se pode definir como experiências microssociais - nos percursos de vida e nas
trajetórias escolares de quatro jovens pobres, moradores da periferia de uma
cidade de médio porte no interior do estado de São Paulo. A pesquisa empírica
utilizou uma composição de estratégias como procedimentos metodológicos:
acompanhamentos individuais e coletivos no território, articulação de recursos
sociais, dinamização da rede de suporte, as oficinas de atividades, dinâmicas e
projetos e, especialmente, a apreensão do território de vida desses jovens.
Tais estratégias, formuladas a partir da terapia ocupacional social e do aporte
freiriano na educação, foram apoiadas pela objetivação participante proposta por
Pierre Bourdieu. A abordagem sócio-histórica contribuiu para a análise das
relações estabelecidas entre as políticas públicas voltadas para a juventude,
sobretudo as educacionais e o seu reflexo nos percursos de vida, com um enfoque
nas trajetórias escolares. Dentre seus resultados, destaca-se que as políticas
adotadas em sintonia com o sistema capitalista de produção e com a doutrina
neoliberal contemporânea têm apresentado propostas pouco eficientes, como a
ampliação de acesso ao ensino médio, a expansão de vagas no ensino superior e
suas alternativas de inserção de grupos vulneráveis, que se mostraram
insuficientes e inadequadas, devido à incapacidade de alcançar toda juventude
pobre. De outro lado, a família e a sociedade revelam-se, igualmente, pouco suportivos
a um futuro social que os projete positivamente. Estes jovens, ainda que
imersos nas limitações e precariedades, projetam possibilidades que, no
concreto vivido, demonstram fracassos que se abatem sobre trajetórias,
evidenciando, todavia, a necessidade de uma rede mais ampliada de proteção
capaz de fornecer aportes efetivos e na qual a educação tem papel fundamental.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[282]
JOVENS, OS SENTIDOS DA ESCOLA E A TERAPIA OCUPACIONAL SOCIAL
BEATRIZ PRADO PEREIRA; ROSELI
ESQUERDO LOPES
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO
CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.
Palavras-chave: Jovens; educação; terapia ocupacional social
Resumo: A presente pesquisa debruçou-se sobre a temática da escola
em interface com a juventude, na cidade de São Carlos, interior de São Paulo.
Seu objetivo geral foi analisar e compreender o sentido que a escola tem para
os jovens que estão inseridos no último ano do Ensino Médio regular,
priorizando-se a visão dos mesmos sobre o processo de escolarização. Além de
fatores como a falta de interesse, a violência, a indisciplina e a falta de
incentivos relacionados aos estudos, observa-se que muitos jovens,
especialmente aqueles advindos de extratos populares no Brasil, evadem das
instituições de ensino, durante suas trajetórias escolares. Todavia, existem
aqueles que permanecem na escola, satisfeitos ou não, com dificuldades ou não,
sendo este trabalho resultado de uma pesquisa que buscou compreender as
peculiaridades e os sentidos dessa permanência. Para tanto, primeiramente,
lançou-se mão da aplicação de um questionário, com perguntas fechadas, com 861
jovens inscritos no último ano do Ensino Médio regular, de 13 escolas públicas
e 6 escolas particulares, para a obtenção de dados referentes a trechos do
percurso escolar dos alunos, ao sentido da escola e de como a educação formal
se constitui para os mesmos, na tentativa de se abranger jovens com trajetórias
de vidas, situações econômicas e sociais diversas. Posteriormente, foi
realizado um encontro para uma conversa coletiva, com 10 alunos escolhidos
dentre aqueles que responderam ao questionário, com vistas a produzir uma
reflexão sobre a temática. Torna-se necessário ao terapeuta ocupacional
apreender problemáticas que decorrem da interface entre a juventude e a escola,
na medida em que se propõe a trabalhar com os diferentes cotidianos, em suas
múltiplas dimensões, incorporando a subjetividade, a cultura, a história e o
poder social como elementos necessários à compreensão dos fenômenos. Os dados
foram analisados a partir da descrição, composição e comparação das informações
coletadas com os jovens, à luz de referenciais teóricos que parametrizam o
debate em torno da temática, assim como dos pressupostos da terapia ocupacional
social. Espera- se, dessa maneira, oferecer referências para estratégias de
enfrentamento à questão dos sentidos possíveis à escola hoje, tomando-se os
jovens como centro dessas possibilidades.
[306]
O LUGAR DO BRINCAR NAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL
MARIANA PEREIRA SIMONATO1 ; CARLA
CILENE BAPTISTA DA SILVA2
1.INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA,
RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, SANTOS, SP,
BRASIL.
Palavras-chave: brincar; desenvolvimento; educação infantil
Resumo: Introdução: O brincar é a atividade principal que a criança
exerce durante a infância. Atividade esta que possibilita com que a criança
entre em contato com a cultura, esteja em situações sociais, aja sobre a
realidade, transformando e sendo transformada por ela. A criança ao frequentar
a escola estabelece relações com os sujeitos que ali estão, suas ações e
interações são fundamentais para o seu desenvolvimento, e irão contribuir para
sua formação como sujeito. Com a entrada cada vez mais cedo da criança na
escola é essencial investigar o lugar do brincar nesta instituição. Objetivos: Identificar as concepções do
brincar de educadores da educação infantil; caracterizar o lugar que o brincar
ocupa nessas escolas; contribuir para a reflexão sobre o brincar como atividade
com potencial para promover práticas de educação e apropriação da cultura e por
fim, refletir sobre as possibilidades de atuação da Terapia Ocupacional na
educação infantil, sob perspectiva da educação para todos. Metodologia: Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com
professores e orientadores educacionais e observações do horário de parque de 4
escolas, com registros em diários de campo. Resultados e Discussão: Os resultados desse estudo mostraram que a
maioria dos educadores concebe o brincar na perspectiva frobeliana. Também foi
possível identificar que os educadores valorizam o jogo pedagógico, como uma
ferramenta para alcançar objetivos didáticos, e o brincar espontâneo da criança
fica restrito ao horário do parque. Porém, com os dados obtidos pelas
observações do parque, pode-se dizer que há grande interferência dos educadores
nas brincadeiras e que quase não há momentos de interação criançaeducador. Por
fim, ao refletir sobre a prática do terapeuta ocupacional na educação sob a
perspectiva da educação para todos destaca-se seu papel como um consultor que visa
auxiliar na reflexão sobre o lugar do brincar na educação, assim como na
construção de projetos pedagógicos individualizados quando necessário. Considerações Finais: Acredita-se que a
escola tem papel fundamental na vida da criança. É onde ela é apresentada as
regras sociais, a novos conhecimentos, relações e experiências. Portanto, é
fundamental que o brincar, em seu sentido pleno, esteja presente neste
importante espaço que é a escola.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[328]
INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DA PARAÍBA
RAISSA ESTRELA BRAGA; ANDREZA
APARECIDA POLIA; CAMILLA NATASHA FLORIANO FERREIRA; THAMIRIS ARAGÃO DE ARAÚJO
UFPB, JOÃO PESSOA, PB, BRASIL.
Palavras-chave: acessibilidade; inclusão; ensino superior
Resumo: Introdução: A Associação Brasileira de Normas Técnicas
considera acessibilidade como à possibilidade de condição de alcance, percepção
e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações,
espaço, mobiliário e equipamentos urbanos. De acordo com a Classificação
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, na abordagem
biopsicossocial de deficiência a incapacidade do indivíduo resulta de seu
estado de saúde e fatores contextuais (fatores pessoais e ambientais), ou seja,
a incapacidade de um indivíduo é o resultado da interação entre disfunção,
limitação das atividades, restrição na participação social e limitação dos fatores
ambientais. Objetivo: Analisar a
acessibilidade aos recursos tecnológicos, acompanhamento e trajetória de
estudantes com deficiência da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Metodologia: Para obtenção dos dados
foi utilizado um questionário de Avaliação Institucional Inclusão
Universitária/ Educação Inclusiva que é composto por perguntas abertas e
fechadas relacionadas ao desempenho educacional na universidade, suas
dificuldades para acompanhamento e aprendizado. O questionário foi aplicado aos
estudantes com deficiência que estavam regularmente matriculados na UFPB,
através de entrevistas por um período de seis meses. Resultados: Foram
contatados 30 alunos com deficiência, deste total, 19 responderam ao
questionário, sendo 10 com deficiência visual, 7 com deficiência física e 2 com
deficiência auditiva. Constatou-se que a maioria dos alunos com deficiência
física, auditiva e visual necessitam e recebem acompanhamento para facilitar a
compreensão nas disciplinas. Discussão:
A literatura destaca a estreita relação entre direitos, educação e
acessibilidade, o estudo identificou que alguns estudantes recebem
acompanhamento para facilitar o aprendizado nas disciplinas. Porém, alguns
apresentaram dificuldades na aprendizagem devido à falta de recursos e déficit
no acompanhamento acarretando prejuízos na construção da identidade
profissional durante sua graduação. Considerações
Finais: Pode-se perceber que na UFPB existem estratégias que servem para
minimizar as barreiras arquitetônicas e atitudinais que dificultam a inclusão e
o processo de aprendizagem dos estudantes com deficiência, porém, como a
inclusão é um processo o qual está vinculado a recursos tecnológicos e
acessibilidades diversas (comunicação, atitudinal, pedagógica, metodológica),
sempre irá existir demandas que devem acarretar buscas de novas estratégias e
recursos/equipamentos a fim de garantir que as necessidades educacionais
individuais dos estudantes com deficiência sejam atendidas.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[333]
REPERCUSSÃO NAS ÁREAS DE DESEMPENHO OCUPACIONAL DE PRÉ-VESTIBULANDOS:
POSSIBILIDADES DA TERAPIA OCUPACIONAL NA ESCOLA REGULAR.
ISABEL CHRISTINA MENEZES LEÃO;
CARLA ADRIANA VIEIRA DO NASCIMENTO; SARA DE PAULA PINHO SANT’ANA; CIBELE BRAGA
FERREIRA NASCIMENTO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ -
UFPA, BELÉM, PA, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; desempenho ocupacional; ensino
pré-vestibular
Resumo: A Terapia Ocupacional (T.O) objetiva o estudo das
atividades significativas no cotidiano do sujeito. Nessa perspectiva, é
analisado o desempenho ocupacional (D.O) do indivíduo, que envolve os contextos
e componentes de desempenho e as áreas de ocupação, tais como: autocuidado,
trabalho (incluindo o papel de estudante) e lazer, envolvendo atividades de
descanso e sono. Adolf Meyer, precursor da Terapia Ocupacional, defendeu o uso
qualitativo do tempo, de modo a favorecer equilíbrio entre as áreas de ocupação,
por meio de uma programação da rotina pelo fazer saudável. Porém, aspectos da
dinâmica e exigências específicas dos ciclos de vida podem comprometer o
equilíbrio ocupacional, como acontece com os pré-vestibulandos. Mapear as
repercussões do ensino pré-vestibular nas áreas de D.O de 2 alunas de 16 anos
do pré-vestibular de uma escola particular da cidade de Belém/PA, identificadas
como A1 e A2. Trata-se de uma pesquisa de campo de cunho qualitativo do tipo
estudo de caso. A coleta de dados foi direcionada a partir de uma entrevista
semi-estruturada, com as seguintes questões: 1. Como tem sido o seu dia-a-dia,
de domingo à domingo, no contexto de pré-vestibular? 2. Seu lazer tem sido
afetado? Como? 3. Você continua com um bom auto-cuidado nessa situação de pré-vestibular?
4. Como tem sido seu descanso/sono nesse período? Adotou-se a análise de
conteúdo para elaboração das unidades de significação. A unidade Alteração da
rotina ocupacional demonstra que as áreas de ocupação têm sido afetadas
diretamente pela rotina pré-vestibular marcada pelo desgaste físico, mental e
emocional, conforme diz A2: “eu já não me cuidava normalmente, [...] agora nem
condicionador passo mais, [...] tem dias que durmo até de uniforme [...]”
Comprometimento no engajamento ocupacional de estudante, uma vez que o próprio
rendimento nos estudos foi comprometido, conforme destaca A1: “Pela cobrança, o
acumulo de cansaço e excesso de aula, o meu desempenho não é como eu esperava”.
Os achados da pesquisa demonstram alteração da rotina ocupacional marcada
essencialmente pelo trabalho, com repercussões significativas nas demais áreas
de D.O. Nesse contexto, percebe-se a relevância da intervenção da Terapia
Ocupacional no ensino regular com alunos pré-vestibulandos na reestruturação do
cotidiano, buscando o equilíbrio ocupacional e uma rotina saudável, pois se
compreende que o engajamento satisfatório é reflexo de um equilíbrio de
rotinas, favorecedoras de saúde e bem-estar em qualquer contexto e área de
desempenho, como no campo educacional. Assim, este estudo aponta caminhos para
atuação da Terapia Ocupacional na escola regular, construindo referenciais
fundamentados no objeto profissional.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[340]
A PRÁTICA DOS REGISTROS DE TERAPEUTAS OCUPACIONAIS ENVOLVIDOS NO
PROCESSO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA
TATIANA BARBIERI BOMBARDA1 ;
MARINA SILVEIRA PALHARES2
1.UNVERSIDADE FEDERAL DE SÃO
CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - UFSCAR,
SÃO CARLOS, SP, BRASIL.
Palavras-chave: registros; terapia ocupacional; educação inclusiva
Resumo: A participação do terapeuta ocupacional na educação
inclusiva tem-se constituído como um campo em avanço no país, sendo sua
intervenção não mais apenas pautada no aluno, mas ampliada para a escola,
professores, colegas e família. Tão importante quanto a compreensão das
práticas desenvolvidas são os registros das intervenções, sendo Anais este
procedimento parte fundamental do trabalho. Considerando que não há um método
padrão para documentar os serviços de Terapia Ocupacional, há de se atentar ao
fato de que independente do método a ação do registro provém da necessidade de
se ter informações decorrentes da assistência como via de orientação e
fiscalização sobre o serviço prestado e acerca da responsabilidade técnica
adotada; bem como é um instrumento valioso utilizado como meio de prova idônea
para instruir processos à defesa legal; sendo também um recurso fornecedor de
dados para pesquisa. Vislumbrando-se a importância da documentação, este estudo
buscou investigar os registros referentes à atuação do terapeuta ocupacional no
processo de educação inclusiva sob a ótica dos terapeutas ocupacionais desta
área atuantes no estado de São Paulo. Metodologicamente este trabalho foi
aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da UFSCar e a coleta de dados
efetivada através da utilização de um questionário disponível online por tempo
pré- determinado, sendo realizada análise quantitativa de 54 questionários.
Dentre os resultados observou-se que 53,4% dos registros são realizados somente
em papel e o modelo mais utilizado é o da narrativa livre. 35,7% dos
profissionais referiram não registrar todas as intervenções, sendo apontado por
60,7% dos participantes a não previsão de tempo para a realização dos registros
dentro da rotina de trabalho. Mais que a metade dos participantes apontou
existência do serviço terapêutico ocupacional anterior à sua atuação, havendo
registros prévios em 78,1% dos casos, porém sendo indicado parte deles (48%)
como não efetivos para entendimento e seguimento. Todavia, 50% dos respondentes
consideraram ter conhecimento técnico suficiente para efetivação dos registros,
sendo apontado índice de satisfação com a documentação por 59% dos
participantes. Em contrapartida, 81,9% dos sujeitos afirmaram desconhecer a
resolução 415 do COFFITO, a qual dispõe sobre os registros, demonstrando que
legislações conjecturadas para auxiliar os profissionais em seu desempenho
apresentam-se fragilizadas por falhas vinculadas a divulgação. Este estudo de
caráter exploratório permitiu visualizações da práxis, sinalizando novas
vertentes a serem investigadas que possibilitarão melhorias na qualidade dos
registros e consequentemente o aprimoramento da profissão.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DE ESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[452]
ORIENTAÇÃO FAMILIAR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
RUBIA CRISTINA VALENTIM HENNING;
NEUZA MARIA FRANTZ BONILLA
CENSUPEG, JOINVILLE, SC, BRASIL.
Palavras-chave: educação inclusiva; terapia ocupacional; orientação
familiar
Resumo: Introdução: A inclusão da pessoa com deficiência no ensino regular
é um dos desafios principais do atual sistema educacional brasileiro. A atenção
aos alunos com necessidades educacionais especiais (NEE) e a inserção daqueles
com deficiência no ensino regular, requer organização diferenciada, tanto do
ponto de vista pedagógico quanto administrativo. Nesta direção estudos apontam
o terapeuta ocupacional como um profissional que estará presente em muitas das
equipes de apoio à inclusão escolar. Objetivos:
Tem como objetivo de explicitar a importância do apoio às famílias dentro do
sistema educacional e da participação da mesma no processo de inclusão do aluno
NEE no ensino regular. Metodologia:
Foi realizada revisão bibliográfica com captação 24 de publicações com temas
relacionados a orientação familiar, inclusão escolar e terapia ocupacional no
sistema educacional, em livros e nas bases de dados online scielo e lilacs. Discussão/Resultados: A Terapia
Ocupacional em todas as áreas de atuação giram em torno da viabilização de
independência e autonomia para o indivíduo. No contexto escolar, o processo de
construção da independência e autonomia da criança na vida escolar é
imprescindível a intervenção com a família desta, pois somente com o apoio da
família será possível a efetiva inclusão escolar da educando NEE. A orientação
familiar dentro da escola inclusiva tem a função de aproximar os diversos
mundos sociais da criança da escola e tornar mais efetiva as ações
educacionais. Dentro da orientação parental na escola, estão listadas a seguir
oito possibilidades de atuação da Terapia Ocupacional: 1) Orientações com
relação às especificidades da deficiência; 2) Cuidados em casa; 3) Incentivo a
independência e autonomia nas atividades da vida diária e da vida prática tanto
na escola quanto em casa; 4) Com relação ao desenvolvimento infantil; 5)
Orientação sobre o desenvolvimento da sexualidade; 6) Orientação quanto à
organização familiar de modo a minimizar o desgaste devido aos cuidados
prolongados com relação à criança mais comprometida; 7) Orientação com relação
organização de uma rotina mais adequada; 8) Orientação quanto ao comportamento
parental mais apropriado para lidar com as adversidades. Considerações Finais: A Terapia Ocupacional tem papel primordial na
escola inclusiva, pois intervém como facilitador na relação educando/família/escola,
o que propicia o desenvolvimento do aprendizado da criança tendo a capacidade
de realizar suas atividades plenamente e inserida nos seus contextos de
desempenho. Espera-se que este artigo estimule mais pesquisas na área do
suporte familiar e que esta prática torne-se cada vez mais comum nas escolas
regulares.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[468]
A TERAPIA OCUPACIONAL COMO FACILITADORA NA ABORGADEM DE EDUCAÇÃO EM
SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DAS ESTAGIÁRIAS
FRANCINY DA SILVA OLIVEIRA;
JULIANA DE FÁTIMA DA SILVA; KÉZIA FRIAS PEREIRA DE MEDEIROS
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS
DA SAÚDE DE ALAGOAS, MACEIÓ, AL, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; educação em saúde; escola
Resumo: Introdução: Segundo o Programa Saúde e na Escola (PSE) a
escola como um espaço de relações é ideal para o desenvolvimento do pensamento
crítico e político, na medida em que contribuem na construção de valores
pessoais, crenças, conceitos e maneiras de conhecer o mundo e interfere
diretamente na produção social da saúde. Tornando-se assim um espaço
privilegiado para práticas de promoção de saúde e de prevenção de agravos à
saúde e de doenças (BRASIL, 2011). Portanto, a cultura escolar configura e é
instituinte de práticas socioculturais (inclusive comportamentos) mais amplos
que ultrapassam as fronteiras da escola em si mesma (BRASIL, 2009). Deve-se
salientar a importância do trabalho de educação em saúde junto com todos que
compõem a escola, desenvolvendo em cada um a capacidade de alcançar os
objetivos propostos e assim obterem uma melhor qualidade de vida. Profissionais
da saúde e educação podem trabalhar de maneira conjunta favorecendo deste modo
a sociedade como um todo. Tendo em vista que a Terapia Ocupacional tem anéis em
várias áreas de conhecimento, enquanto profissão da saúde, pode se inserir na
prerrogativa de facilitar Educação em Saúde no âmbito escolar. Objetivos: Construir e compartilhar
saberes sustentados no cotidiano através do desenvolvimento de atividades onde
houvesse promoção e prevenção em saúde aos estudantes de creche-escola de
Maceió - AL. Metodologia:
Utilizou-se de atividades e recursos lúdicos, como jogos, fantoches, dinâmicas,
circuitos e teatro, de forma a atingir crianças na faixa etária entre dois e
dez anos, e problematizar temas como educação ambiental, higiene pessoal,
alimentação saudável, trânsito, bullying e dengue. Estratégia de atividades de
reforço como a pintura de desenhos e músicas relacionadas aos temas também foi
utilizada visando fixar os assuntos abordados. Resultados/Discussão: Durante as intervenções observou-se um grande
interesse dos alunos e funcionários da escola com relação às temáticas
propostas, bem como uma aprendizagem dos alunos, pois traziam nos encontros uma
vivência referente à temática anterior. A problematização inicial, valorizando
o conhecimento póstero do grupo, também favorece o reconhecimento do saber
popular, já repassado para o público infantil e tão relevante no universo da
saúde coletiva. Considerações Finais:
Faz-se importante o trabalho de educação em saúde na escola, visto que o
Programa Saúde e na Escola busca trazer para a realidade de alunos e
profissionais temas atuais, dentro deste campo a Terapia Ocupacional faz a sua
parte como facilitadora nessas intervenções, sempre enfatizando o
desenvolvimento e o processamento da criança.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[476]
TECNOLOGIA ASSISTIVA NO CONTEXTO ESCOLAR: PERCEPÇÕES DE UMA CRIANÇA COM
BAIXA VISÃO E DE SUA RESPONSÁVEL
MARCELA FAVILLA; GIULIANA JORGE
CREPALDI; GABRIELA CORDEIRO CORREA; MARIA ELISABETE RODRIGUES FREIRE
GASPARETTO; RITA DE CÁSSIA IETTO MONTILHA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
CAMPINAS, CAMPINAS, SP, BRASIL.
Palavras-chave: baixa visão; equipamentos de autoajuda; educação
especial
Resumo: Introdução: Para o desenvolvimento integral das pessoas com
deficiência visual é fundamental que estas sejam vistas e respeitadas nas suas
particularidades e nas suas diferentes formas de perceber, sentir e agir no
mundo. Objetivo: O estudo teve como
objetivo descrever a percepção de uma criança com baixa visão e de sua
responsável legal em relação ao uso de tecnologia assistiva no ambiente
escolar, no que se refere aos aspectos visuais, interacionais e desempenho
acadêmico. Metodologia:
Caracterizase como uma pesquisa qualitativa, descritiva, do tipo estudo de
caso. Participou do estudo uma criança de nove anos de idade, estudante do 5º
ano do ensino fundamental, acompanhada por pedagogos e terapeutas ocupacionais
em um programa de reabilitação visual de um serviço universitário. Foram
selecionados, adaptados e orientados o uso de recursos não-ópticos e também
orientado o uso dos recursos ópticos (lupa de apoio e telescópio) prescritos a
ela. Também foi sujeito do estudo, a avó materna da criança, sua responsável
legal. Para coleta de dados foi realizada consulta ao prontuário institucional
para identificação dos dados clínicos e também foi aplicado um roteiro de
entrevista semi-estruturado com as participantes. Após a coleta de dados, foi
realizada a análise de conteúdo dos dados coletados nas entrevistas. Resultados/Discussão: Foi possível
identificar que o uso dos recursos tiveram impactos positivos em relação ao
desempenho visual, repercutindo na satisfação e na melhoria do seu desempenho
escolar, fato esse também foi observado pela sua responsável legal. Nesse
sentido, considera-se que as avaliações, o acompanhento e as orientações
realizadas por uma equipe interdisciplinar é premissa fundamental para conhecer
a criança e seu potencial visual, e assim oferecer os recursos e as orientações
adequadas. Entretanto, observou-se que os recursos utilizados pela criança
ainda causam curiosidade e estranhamento aos demais alunos. Tais atitudes podem
gerar consequências nas relações entre os colegas e muitas vezes repercutir de
forma negativa nas interações escolares e sociais da criança com baixa visão. Dessa
forma, ressalta-se a importância de esclarecimentos e de orientações sobre o
uso dos recursos aos professores e também aos alunos. Considerações Finais: O uso de recursos propiciou o acesso às
atividades escolares e aos materiais que eram utilizados em sala de aula,
garantindo a igualdade de oportunidades para a criança. Consideramos que os
serviços de saúde podem contribuir de modo conjunto com os serviços
educacionais, colaborando com um nível satisfatório de inclusão social e de
qualidade de vida das crianças com deficiência visual.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[524]
TERAPIA OCUPACIONAL E EDUCAÇÃO: CONSTRUINDO POSSÍVEIS RELAÇÕES
MARIANE BOSQUIERO PAPINI1 ; MARIA
ROSA RODRIGUES MARTINS DE CAMARGO2
1.UNESP- RIO CLARO, LIMEIRA, SP,
BRASIL; 2.UNESP - RIO CLARO, RIO CLARO, SP, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional, educação; histórias de vida,
cotidiano; práticas da escrita
Resumo: O trabalho desenvolvido e aqui apresentado é resultado de
uma pesquisa de mestrado, pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de
Mesquita Filho", finalizada em 2011. O estudo visa compreender possíveis
relações entre terapia ocupacional e educação, a partir de uma experiência
profissional vivida pela autora, tendo como sujeitos participantes crianças e
adolescentes, provenientes de encaminhamentos escolares, que frequentam o setor
de terapia ocupacional no Centro de Atendimento Psicopedagógico “Professor
Jerson Benedito Pio” (CAP), localizado no município de Cordeirópolis/SP, este
vinculado a Secretaria Municipal de Educação. O principal objetivo da pesquisa
foi levantar elementos que possam trazer contribuições para a reflexão de
possíveis relações entre a terapia ocupacional e a educação, a partir de um
posicionamento que foca os sujeitos envolvidos (crianças e adolescentes que são
encaminhados da escola pública para acompanhamento no setor de terapia
ocupacional). A pesquisa é de abordagem qualitativa, contempla uma metodologia
de investigação que enfatiza a descrição, a indução, a teoria fundamentada e o
estudo das percepções pessoais, e tem como base e suportes teóricos, estudos
que visam às práticas culturais e sociais. O estudo detectou a necessidade de
se atentar para elementos observados nas histórias de vida, em acontecimentos
cotidianos, nas práticas da escrita que envolve os sujeitos, considerando o
olhar intencional terapeuta-pesquisadora que é de fundamental importância em
meio a significados para as ações educacionais. A contribuição do terapeuta
ocupacional, neste contexto, foi levar a escola a pensar na significação ou
(re)significação das ações educacionais, inseridas cotidianamente diante das
intervenções realizadas, já que na Terapia Ocupacional a atividade humana é a
maneira como o homem interage no mundo, dessa forma reconhece a necessidade de
pensar numa relação e contribuição mútua entre Terapia Ocupacional e Educação,
como um processo mediado pela dialética, entre o individuo e seu meio, em
direção a formação da cidadania.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[553]
ESTUDO DO MOBILIÁRIO ESCOLAR NAS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA DO MUNICÍPIO
DE JOÃO PESSOA – PARAÍBA
ELIZA RIBEIRO DE OLIVEIRA; RIVIA
LOPES NASCIMENTO; CLÁUDIA REGINA CABRAL GALVÃO; PRISCILLA MARIA DE ANDRADE
CAVALCANTE; RAFAELLA MOREIRA DE FARIAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA,
JOÃO PESSOA, PB, BRASIL.
Palavras-chave: terapia
ocupacional; tecnologia assistiva; inclusão
Resumo: Introdução: O processo de inclusão da pessoa com
deficiência física na escola, principalmente os que fazem uso de cadeira de
rodas como dispositivo de auxílio à locomoção, perpassa por diversos desafios a
serem enfrentados no cotidiano destes alunos e de suas respectivas escolas.
Aspectos relacionados à acessibilidade física ambientais, das instalações do
prédio escolar e de seu entorno; a garantia do transporte urbano adaptado; a
preparação dos professores e funcionários da rede de ensino para assistir as
necessidades específicas que esses alunos com deficiência demandam, adicionados
ao suporte pedagógico adaptado e a implantação das salas de recursos
multifuncionais, são fatores a serem observados e programados para criar
elementos e facilitar todo o processo de inclusão, promovendo um maior
rendimento escolar deste alunado. Outro aspecto em questão se refere ao
mobiliário escolar utilizado. Decidir pelo uso da mesa acoplada a cadeira,
optar pelo mobiliário próprio da escola ou utilizar um mobiliário adaptado e
desenvolvido especialmente para cada aluno é um grande desafio. Objetivos: Este estudo tem como
objetivo principal identificar a necessidade dos estudantes da rede municipal
de João Pessoa com deficiência física que utilizam cadeira de rodas, para
facilitar o planejamento de um protótipo de um mobiliário escolar. Metodologia: A partir do Censo Escolar
da Prefeitura Municipal de João Pessoa, realizado em 2012, foram identificados
33 estudantes convidados a participar da pesquisa. Foi aplicado um
questionário, respondido por meio de entrevista aplicada pelo
pesquisador/entrevistador sobre qual o tipo de mobiliário escolar utilizado por
eles, e o que é referido de necessidade postural atendida, ou o que necessite
de ajuste. Resultados/Discussão: Os
resultados parciais deste estudo apontam que nenhuma escola apresenta
mobiliário escolar adaptado para os alunos investigados. A maioria deles
permanecem em sua própria cadeira e fazem uso da carteira escolar acoplada.
Poucos estudantes utilizam uma mesa encaixada à sua própria cadeira, e há
registro de alunos que não possuem mesa de apoio para realização das atividades
pedagógicas. Considerações Finais:
Observa-se o desconhecimento das professoras e cuidadoras acerca das
possibilidades de equipamentos e ajustes dos mobiliários escolares, e a falta
de investimentos na aquisição de novos equipamentos específicos para este
alunado. O desafio é junto com a engenharia de produção, a partir da análise
dos registros fotográficos e das demandas identificadas, buscar uma solução que
atenda a demanda da maioria da população estudada.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[554]
TERAPIA OCUPACIONAL E EDUCAÇÃO INFANTIL: AÇÃO INTEGRADA PARA INTRODUÇÃO
DA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA NO CONTEXTO ESCOLAR
VERA LUCIA VIEIRA DE SOUZA;
FERNANDA DA SILVA FERREIRA GARCIA; PRISCILA ÁGATA EVANGELISTA MONTEIRO; BEATRIZ
CAMPELO PEIXOTO; PATRICIA PAULA GOMES DA COSTA; JÉSSICA VERÔNICA COUTO DE
ARAÚJO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE
JANEIRO, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; comunicação alternativa,
contexto escolar, educação infantil; síndrome de down
Resumo: Introdução: A Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA) é
uma área da Tecnologia Assistiva, de conhecimento multidisciplinar, que busca
soluções para pessoas que não desenvolveram ou encontram-se impedidas de se
expressar pela fala ou pela escrita. No projeto de "Terapia Ocupacional no
Contexto Escolar: ação integrada na educação infantil" professoras e
acadêmicos da Graduação em Terapia Ocupacional da UFRJ realizam atividades
lúdicas semanais na escola planejadas para o desenvolvimento de habilidades
grafomotoras, formação de conceitos e interação entre os alunos. Desde meados
de 2012 e em 2013 foi acompanhada uma turma com uma menina de 5 anos com
Síndrome de Down incluída. A professora da turma da Educação infantil e a
mediadora acompanhavam e participavam da atividade proposta. Objetivo: Apresentar o processo de
introdução da Comunicação Alternativa com uma criança, Rita, com Síndrome de
Down, paralisia cerebral e deficiência auditiva, durante as atividades lúdicas
na escola. Metodologia: As
atividades lúdicas têm a duração média de uma hora. A atividade, os materiais e
os símbolos eram apresentados para a turma, com as crianças em roda, e
colocados ao alcance de Rita, com a mediação de um acadêmico de Terapia
Ocupacional. A turma era dividida ou não em pequenos grupos. Quando isto
ocorria, ao término da atividade, o grupo é reconstituído e ocorre a conversa
sobre o que foi feito. Para acompanhar a evolução de Rita foi realizada a
Avaliação do Comportamento Lúdico-ACL. Resultado:
Na ACL inicial identificamos a necessidade de estimular a atenção, o interesse
e a curiosidade de Rita em relação aos colegas e aos objetos e favorecer a
expressão de necessidades e sentimentos que ocorria por meio de choro, sons e
gestos corporais. Para a introdução da Comunicação Alternativa foram usados
objetos concretos, fotografias e símbolos ARASAAC, em cartões plastificados ou
organizados em álbum com apresentação de um a dois símbolos de cada vez. A
função inicial foi de informar a tarefa a ser realizada (lavar a mão), associar
os objetos às fotografias ou símbolos e apoiar a realização das atividades,
como procurar animais escondidos e preparar massinha. As adaptações realizadas
envolveram o uso de materiais resistentes a sua manipulação e objetos de fácil
preensão. Considerações Finais: As
intervenções realizadas vêm contribuindo para aumentar o interesse e a
participação de Rita nas atividades propostas com repercussão no trabalho da
professora e apontam para os benefícios da parceria entre a Terapia Ocupacional
e a Educação Infantil para a inclusão de crianças com deficiência.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[566]
INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: A EDUCAÇÃO
INCLUSIVA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
DÉBORA RIBEIRO DA SILVA CAMPOS
FOLHA1 ; GENYLTON ODILON RÊGO DA ROCHA2
1.UNAMA E UEPA, BELÉM, PA,
BRASIL; 2.UFPA, BELÉM, PA, BRASIL.
Palavras-chave: educação inclusiva; educação pública; ensino
superior
Resumo: Introdução: O presente trabalho corresponde à um recorte de
dissertação de mestrado sobre a educação inclusiva na Universidade Federal do
Pará, onde vem sendo implementadas ações afirmativas para a inclusão
educacional da pessoa com deficiência. Objetivo:
Este estudo teve como objetivo caracterizar a realidade da UFPA no que concerne
à presença de alunos com deficiência regularmente matriculados nos Cursos de
Graduação. Metodologia: Neste
recorte, trazemos os dados fruto de pesquisa bibliográfica e documental e da
pesquisa exploratória junto à Pró Reitoria de Graduação (PROEG) e da
Coordenadoria de Indicadores Acadêmicos (CIA) desta Universidade, a respeito do
ingresso de alunos com deficiência na Instituição, de 1993 à 2011. Resultados/Discussão: Observamos que,
dentre as ações afirmativas propostas pela UFPA, as de apoio à estudantes em
situação de vulnerabilidade socioeconômica já estão consolidadas. Como política
de ação afirmativa voltada para pessoas com deficiência, a Resolução nº
3.883/2009 cria uma vaga, por acréscimo, nos cursos de graduação, destinada
exclusivamente à pessoas com deficiência. De acordo com os dados fornecidos
pela PROEG e pela CIA, 123 alunos com deficiência ingressaram na UFPA no
período estudado. Dentre estes, 67 apresentavam deficiência física, o que
corresponde a 54,47% do total. Compreendemos que o ingresso de alunos com
deficiência física representa a maioria pelo fato de a deficiência física
permitir um maior acesso ao currículo por meio das metodologias
tradicionalmente e convencionalmente utilizadas. A respeito do ingresso de
alunos com deficiência sensorial, observamos o ingresso de 50 alunos,
correspondendo a 40,65% diante das demais deficiências. Vale ressaltar que não
nos foi possível identificar o quantitativo de alunos com deficiência auditiva
e o quantitativo de alunos com deficiência visual, pois a PROEG agrupa essas
duas deficiências na classificação “deficiência sensorial”. Compreendemos que esse
desconhecimento prejudicou, de certo modo, a nossa análise, pois nos forneceu
dados cegos, já que é possível que, dentre esses 50 alunos, apenas 1 ou nenhum
seja surdo, ou vice-versa. Desse modo, acreditamos que a junção desses dois
tipos de deficiência mascara a realidade acerca da presença dos mesmos na
Instituição. Considerações Finais: A
pesquisa nos permitiu identificar o ingresso raro e espaçado de alunos com
deficiência até o ano 2000, quando há um crescimento no quantitativo e uma
perenidade no ingresso ano a ano, com exceção do ano de 2005. Tal fato nos
mostra que a educação inclusiva no ensino superior é demanda real e que merece
nossa atenção para que seja efetivamente realizada.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[571]
A USABILIDADE DA TECNOLOGOA ASSISTIVA NA ESCOLA: CONTRIBUIÇÕES DO
TERAPEUTA OCUPACIONAL
AILA NARENE DAHWACHE CRIADO
ROCHA; DÉBORA DELIBERATO
UNESP/MARÍLIA, MARÍLIA, SP,
BRASIL.
Palavras-chave: educação especial; tecnologia assistiva; paralisia
cerebral
Resumo: A literatura identificou que a tecnologia assistiva pode
favorecer a aprendizagem e a participação da criança com paralisia cerebral no
contexto escolar. O trabalho colaborativo tem sido visto com sucesso nas
pesquisas com tecnologia assistiva, pois as parcerias entre pesquisador,
profissionais da escola e alunos promove um espaço onde compartilham
conhecimentos teóricos e práticos durante o processo. Essa concepção de parceria
garante que as necessidades de todos sejam consideradas desde o início,
respeitando suas origens e perspectivas. Os objetivos desta pesquisa foram
avaliar o uso dos recursos de tecnologia assistiva durante as atividades de
ensino e identificar as estratégias utilizadas a fim de mediar o uso desses
recursos junto à criança com paralisia cerebral por meio do ensino colaborativo
entre os profissionais da saúde e da educação no contexto da Educação Infantil.
As atividades foram realizadas por meio de um programa de intervenção seguindo
a proposta do ensino colaborativo para operacionalizar as etapas seis e sete de
implementação de tecnologia assistiva propostas por Manzini e Santos (2002). Os
participantes da pesquisa foram dois alunos com paralisia cerebral e seus
respectivos professores e os procedimentos pertinentes à coleta de dados foram
realizados nas escolas onde os participantes estavam matriculados. O registro
foi realizado por meio de filmagem, diário de campo, protocolo de rotina
escolar e protocolo de descrição das atividades. Após a transcrição do vídeo e
organização do material as informações foram compiladas em um único documento
escrito de acordo com a proposta de triangulação de dados. A partir desse
documento, foi realizada análise de conteúdo, estabelecendo categorias e
subcategorias, que foram submetidas e delineadas como representativas pela
indicação de juízes da área. Além da análise de conteúdo foi feita a avaliação
do uso dos recursos por meio da quantificação dos itens de mediação, participação
e o desempenho do aluno durante as atividades. Os resultados indicaram que o
programa de intervenção por meio do ensino colaborativo favoreceu o uso da
tecnologia assistiva no contexto escolar; a parceria estabelecida entre os
profissionais da área da saúde e educação foi fundamental para o uso do recurso
tecnológico; as estratégias realizadas por meio das ações colaborativas
beneficiaram as habilidades do aluno para a usabilidade do recurso. Os
resultados também permitiram estabelecer parâmetros norteadores para a
avaliação da usabilidade da Tecnologia Assistiva junto à criança com paralisia
cerebral na Educação Infantil.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[604]
TERAPIA OCUPACIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM
CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE PÚBLICA
MELISSA RIBEIRO TEIXEIRA; MARIANA
RAMIREZ PRATA; BEATRIZ CAMPELO PEIXOTO; LARISSA TEREZA FERNANDES DIAS; LUCIANA
RIVILLINI FERREIRA; PRISCILA ÁGATA EVANGELISTA MONTEIRO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE
JANEIRO, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; contexto escolar, ensino
fundamental; promoção de saúde
Resumo: Introdução: O projeto "Terapia Ocupacional no contexto
escolar: ação integrada na Educação Infantil", desenvolvido pelo curso de
Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde
2010, estabeleceu uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação, visando
promover o desenvolvimento de conceitos e habilidades, auxiliando o processo de
ensino-aprendizagem e a autonomia das crianças da Educação Infantil. O
desenvolvimento deste projeto com turmas de Educação Infantil produziu efeitos
na parceria construída com a escola, ampliando nosso campo de atuação e da
proposta. A partir da demanda dos professores, o projeto foi ampliado para
atuar com crianças do Ensino Fundamental, uma vez que foram identificadas
dificuldades no aprendizado destas crianças, devido a atrasos nas etapas anteriores
da alfabetização, muitas vezes relacionadas às questões de comportamento e das
relações entre as crianças, com grande número de crianças ainda não
alfabetizadas. Por este motivo, foi proposto um trabalho em uma Escola
Municipal de Educação Infantil e Fundamental, onde, através de atividades
lúdicas grupais com turmas de crianças entre 7 e 9 anos, fosse estimulado o
desenvolvimento de habilidades e a promoção da relação e convivência das
crianças. Objetivo: O objetivo desta
apresentação é relatar uma parceria entre os campos da Terapia Ocupacional e da
Educação, utilizando a atividade lúdica como recurso para a intervenção com
crianças do 1º e 3º ano do Ensino Fundamental, que por apresentarem problemas
na aquisição de conceitos básicos, assim como, problemas de comportamento,
comprometiam a qualidade de aprendizado e convivência. Método: Foram desenvolvidas atividades lúdicas uma vez por semana,
com crianças do 1º e 3º ano do Ensino Fundamental, através da organização da
sala em pequenos grupos, com atribuição de funções para cada criança, com foco
na interação entre os mesmos e no desenvolvimento de habilidades. Resultados: A organização das crianças
em pequenos grupos favoreceu o desenvolvimento das atividades propostas e
estimulou o trabalho coletivo, promovendo a convivência entre as crianças. As
crianças demonstraram maior reconhecimento e valorização das próprias
produções. Conclusão: O uso de atividade lúdica, de forma planejada e
estruturada, supervisionada por docentes e discentes de Terapia Ocupacional,
possibilitou reconhecer algumas dificuldades apresentadas pelas crianças no
processo do aprendizado e auxiliou no processo de convivência do grupo.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[614]
ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL PÚBLICA E PRIVADA E A ACESSIBILIDADE PARA
CRIANÇAS COM TRANSTORNOS AUDITIVOS
CATIUSCIA ROSA MOREIRA; LUISIANA
FILLIPIN ONÓFRIO; PRICILA ARROJO DA SILVA; PRISCILLA DE DE OLIVEIRA REIS
ALENCASTRO; ALINE SARTURI PONTE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA
MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; inclusão escolar; transtornos
auditivos
Resumo: Introdução: A disciplina de Terapia Ocupacional nas
Disfunções Sensoriais, do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal
de Santa Maria, nos insere no campo dos transtornos e disfunções sensoriais.
Através da disciplina fomos a campo identificar a acessibilidade nas escolas
para crianças com transtornos auditivos. Foram selecionadas uma escola de
educação infantil de rede pública e outra particular, ambas localizadas na
cidade de Santa Maria, do Rio Grande do Sul. Objetivos: Identificar as barreiras encontradas por crianças com
deficiências auditivas diante da inclusão escolar. Metodologia: Relato de experiência proporcionado pela disciplina de
Terapia Ocupacional nas Disfunções Sensoriais, através de observações de campo
em uma escola de educação infantil da rede pública e outra privada. Resultados/Discussão: Foi possível
perceber que em ambas as escolas ainda apresentam-se barreiras no que se refere
às necessidades geradas pela deficiência auditivas. A escola de rede privada
passa aos pais a responsabilidade sobre os recursos humanos, ou seja, a
disponibilização de profissionais capacitados para trabalhar com deficiências,
transtornos ou outras necessidades que as crianças venham a exigir. Já a escola
de rede pública, entende a necessidade de inclusão como sendo da instituição e
já possui vínculo com profissionais que trabalham com essas questões. É
importante ressaltar que esta escola se encontra vinculada a uma instituição
acadêmica, o que facilita a inserção de profissionais diversos por meio de
projetos. Ainda assim, possui além de pedagogos, educador especial. Considerações Finais: Por meio dessa
experiência foi possível perceber que essas escolas não estão preparadas para
receber quaisquer crianças com transtornos auditivos. Quanto à escola de rede
privada, falta à compreensão do seu papel como instituição de arcar com as responsabilidades
sobre a inclusão. Já a escola de rede pública, assume outra postura quanto a
sua compreensão, estando ciente de suas responsabilidades, mesmo não estando
enquadradas nas questões de acessibilidade. Observou-se que o campo da inclusão
escolar e da construção de tecnologias educativas e inclusivas ainda é pouco
explorado pelos profissionais de Terapia Ocupacional.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[682]
VIOLÊNCIA ESCOLAR E A PROMOÇÃO DA VIDA E DA PAZ MEDIADAS PELO TERAPEUTA
OCUPACIONAL.
TAINNAN VILANTE E SILVA; ANA CLÉA
VERAS CAMURÇA VIEIRA; MARILENE CALDERARO MUNGUBA; KARLA MAYARA FLORENTINO
FERNANDES; ERIKA DAIANA DO AMARAL ROCHA
UNIFOR, FORTALEZA, CE, BRASIL.
Palavras-chave: violência; educação; promoção da saúde
Resumo: O estudo se propôs analisar a percepção de alunos sobre
manifestações de violência na escola para a ampliação de estratégias de
promoção da vida e cultura da paz no contexto escolar. É parte integrante do
projeto “Escola Promotora de Saúde - um espaço de atuação do terapeuta
ocupacional”, enquanto o artigo detalha um recorte temático do subprojeto em
andamento intitulado “História de vida na mediação de estratégias de ensino e
aprendizagem direcionadas a criança e adolescentes em situação de
vulnerabilidade social”. Utilizou-se pesquisa participante com abordagem
qualitativa, na Escola de Ensino Fundamental Rede Pública, no bairro
Jangurussu, município de Fortaleza, no Estado do Ceará, realizada no mês de
maio do ano de 2013. Participaram 04 pré-adolescentes, 02 do sexo masculino e
02 do sexo feminino, na faixa etária de 9 a 13 anos. As informações foram
obtidas mediante a aplicação da entrevista semiestruturada, e categorizadas a
partir da análise temática conforme Minayo. Foram encontradas as seguintes
categorias: a escola e as possibilidades de lazer, agressão física e verbal
como definição de violência, ambientes vulneráveis e a insuficiente segurança
pública. Os achados apresentam o ambiente escolar como um espaço possibilitador
do lazer, e remete a violência na concepção do aluno à relação direta com a
agressão, representada pelo desrespeito e ofensas verbais vivenciadas no
ambiente escolar e comunitário. A punição como forma mais comum de combater a
violência, tanto na escola, família ou comunidade. O estudo permitiu ampliar o
olhar sobre as atitudes e percepções dos adolescentes, reconhecer importância
de ações educativas nesse contexto que devem ser estimuladas pelos gestores, e
a ação profissional do terapeuta ocupacional e seu envolvimento em despertar
possibilidades para a promoção da vida e cultivo da paz no campo individual e
coletivo, principalmente em populações expostas às iniquidades sociais
decorrentes dos riscos e ambientes vulneráveis.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[726]
AUTORRETRATO COMO PROPOSTA DO TERAPEUTA OCUPACIONAL PARA COMPREENSÃO DO
CORPO COMO LUGAR DO SER
ERIKA DAIANA DO AMARAL ROCHA; ANA
GABRIELA VIANA GARCIA; NAHANI TAVARES VASCONCELOS; MARILENE CALDERARO MUNGUBA;
CHRYSTIANE MARIA VERAS PORTO
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA,
FORTALEZA, CE, BRASIL.
Palavras-chave: adolescente; sexualidade; terapia ocupacional
Resumo: A concepção de pré-adolescentes sobre a sua corporeidade
tem sido determinante para o desenvolvimento de sua sexualidade. Nesta
perspectiva propõe-se a atividade de autorretrato como facilitadora da
compreensão do corpo como lugar do ser, na relação consigo mesmo, com o outro e
com os objetos do mundo. Tal estratégia compõe o escopo dos objetivos do
subprojeto de pesquisa Corporeidade e estruturação da sexualidade do
pré-adolescente no contexto educacional na perspectiva da Terapia Ocupacional, integrante
do projeto Escola Promotora de Saúde: um espaço de atuação do terapeuta
ocupacional. O estudo objetivou descrever a atividade de autorretrato realizada
junto aos alunos pré-adolescentes de uma escola pública, na mediação da
compreensão do corpo como lugar do ser. Trata-se de pesquisa de campo,
exploratório descritiva, do tipo participante e de abordagem qualitativa.
Realizou-se atividade no dia 2 de maio de 2013 com 43 pré-adolescentes na faixa
etária de 10 a 12 anos, matriculados nas turmas de 4° e 5° ano do ensino
fundamental, de uma escola pública localizada no Bairro Jangurussu, em
Fortaleza, Ceará, Brasil. As etapas da atividade e os depoimentos relativos à
sua realização pelos alunos foram registrados em diário de campo e por meio de
fotografias. As informações foram organizadas e submetidas à análise temática.
Diante da solicitação de desenhar-se, a maior parte dos alunos dizia que não
conseguia se desenhar, então começavam desenhando figuras como praia, jardins,
coração e até armas e caveiras. No decorrer da atividade eles iam se incluindo
nos desenhos. Ao final, os pré-adolescentes não quiseram mostrar seus desenhos
para o grupo, porém mostraram individualmente para as facilitadoras. Uma aluna
relatou que se achava feia por isso não conseguiu fazer o seu desenho. Em roda
de conversa afirmaram que gostaram da atividade, mas a consideraram difícil de
ser realizada. Verificou-se a dificuldade dos pré-adolescentes se retratarem
por meio de desenho, bem como de verbalizarem para o grupo sobre o próprio
desenho e experiência com a atividade. Os participantes vivem em condições de
vulnerabilidade social e, muitas vezes, adquirem responsabilidades ainda cedo,
suprimindo etapas importantes no seu desenvolvimento. A dificuldade de
perceberem a sua corporeidade e compreenderem a relação entre a corporeidade e
a sexualidade em sua pré-adolescência aponta para a necessidade de continuidade
das ações do terapeuta ocupacional no contexto educacional junto a estes alunos
pré-adolescentes, mas também com os professores e membros familiares que os
acompanham na estruturação da sua sexualidade.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[766]
TERAPIA OCUPACIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR: POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO
COM CRIANÇAS AUTISTAS
GISELA TEBALDI GUEDES DE MORAES;
FERNANDA VIEIRA DOS SANTOS LIMA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO
PAULO, SÃO PAULO, SP, BRASIL.
Palavras-chave: terapia
ocupacional; autismo; inclusão escolar
Resumo: Introdução: O Autismo é classificado como um transtorno
global do desenvolvimento sendo caracterizado pelo desenvolvimento comprometido
das funções de interação social, comunicação e comportamento. Estas
características podem levar a um repertório muito restrito de atividades e
interesses, assim como ao isolamento da criança e prejuízos nas atividades que
fazem parte do cotidiano infantil: atividades de vida diária, escola e o
brincar. Entretanto, acredita-se que em conjunto com a família e com a
intervenção multidisciplinar, a inclusão escolar pode proporcionar a essas
crianças a oportunidade de convivência com outras da mesma faixa etária,
constituindo-se num espaço de aprendizagem e de desenvolvimento da competência
ocupacional. Assim o terapeuta ocupacional é um dos profissionais com maior
facilidade em transitar nesses espaços. Objetivo:
O objetivo deste trabalho é apresentar as possibilidades de intervenção do
terapeuta ocupacional no contexto escolar das crianças com autismo, a partir de
relato de experiência. Resultados/Discussão:
Poucos estudos a respeito do tema são identificados, necessitando primeiramente
de revisar a bibliografia dos conceitos de autismo, inclusão escolar e Terapia
Ocupacional no contexto escolar. As práticas da Terapia Ocupacional, descritas
durante o processo de acompanhamento e intervenção nesse ambiente também
apontaram sintomas das reais dificuldades na inclusão escolar tais como
preconceito, medo e desconhecimento. A partir da ação da Terapia Ocupacional
foi possível observar a transformação de algumas das dificuldades encontradas. Considerações Finais: É notória a
importância do terapeuta ocupacional no contexto da inclusão escolar. No
entanto, faz necessário de descrições clinicas a respeito do processo de
incluir da criança autista dentro deste espaço. É necessária intervenção
ampliada de forma a favorecer o acolhimento tanto das crianças como dos
educadores.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[772]
JOGABILIDADE - JOGO ELETRÔNICO PARA A MEDIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DA
LÍNGUA PORTUGUESA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
KARLA MAYARA FLORENTINO
FERNANDES; RACHEL DIAS DE SOUSA; MARILENE CALDERARO MUNGUBA
UNIFOR, FORTALEZA, CE, BRASIL.
Palavras-chave: Criança; aprendizagem; terapia ocupacional
Resumo: O desenvolvimento de jogo
eletrônico também tem sido identificado como tarefa interdisciplinar a ser
realizada pelo terapeuta ocupacional. O principal aspecto a ser testado é a
jogabilidade do jogo. Para que haja jogabilidade é necessário que o jogador
compreenda a organização das imagens, a estrutura sonora e os desafios a serem
vencidos, sendo essencial este teste para que o desenvolvimento ocorra com
adequação ao seu público alvo. O estudo se propôs a observar a jogabilidade de
uma fase do jogo eletrônico para a mediação da aprendizagem da Língua
Portuguesa em crianças da Educação Infantil em escola pública. Realizou-se
pesquisa documental, descritiva e longitudinal em escola da Rede Pública, no
bairro Jangurussu, em Fortaleza, no período de abril a maio de 2013.
Constituíram como participantes, seis crianças de ambos os gêneros, cursando o
Infantil V, no turno da tarde, parte de uma população em situação de
vulnerabilidade social. Foi adotada como critério de exclusão a cegueira.
Deu-se continuidade ao trabalho do grupo interdisciplinar, o Grupo de Mídia
Interativa da Unifor – G1000 e acadêmicos do curso de Terapia Ocupacional. Este
trabalho culminou no desenvolvimento da Fase 2 (vogal E), que foi submetida ao
pré-teste na escola, visando identificar se a jogabilidade é adequada à faixa
etária das crianças cursando o Infantil V. Aplicou-se observação direta e
entrevista semiestruturada. Adotou-se a Análise Temática na avaliação dos
resultados. Definiram-se os núcleos temáticos: atenção, motivação intrínseca e
níveis de ajuda utilizados durante a aplicação da fase do jogo em teste. Após o
período de aplicação do jogo, as crianças participaram de uma entrevista semi
estruturada para investigação sobre a jogabilidade e do nível de conhecimento
agregado sobre a vogal E, mediado pela fase 2 do jogo, estabelecendo a
comparação entre a condição inicial e a final. Percebeu-se que o jogo apresenta
boa jogabilidade e mostrou-se adequado às demandas do público alvo, pois a
linguagem verbal encontra-se simples, clara, objetiva e explicativa, oferecendo
dicas visuais e auditivas. O cenário do circo agradou a todos os participantes,
tornou-se ainda mais atrativo por ser colorido e possuir efeitos especiais.
Acredita-se que os estímulos sensoriais (sonoro e visual) durante a narrativa,
favoreceram a atenção e memória, pois eles puderam associar a palavra escrita, a
imagem visual e a dica auditiva. utilizando-se do potencial atrativo, lúdico e
desafiador que o jogo proporciona, se caracterizando como ferramenta de
mediação da aprendizagem da Língua Portuguesa por estas crianças.
- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL
[790]
DESENVOLVIMENTO DE JOGO ELETRÔNICO: INSTRUMENTALIZAÇÃO DE ADOLESCENTES
FORA DE FAIXA IDADE/SÉRIE MEDIADA PELO TERAPEUTA OCUPACIONAL
TAINNAN VILANTE E SILVA; TASSIA
MARIA DE OLIVEIRA LEITE; MARILENE CALDERARO MUNGUBA
UNIFOR, FORTALEZA, CE, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; jogos e brinquedos;
aprendizagem
Resumo: É uma tendência pedagógica integrar o lúdico com o processo
de aprender, tornando a aprendizagem “rápida, atraente e gratificante”, sendo
determinante incluir esta linguagem no meio escolar para mediar a familiaridade
com a linguagem dos meios eletrônicos, mudanças na forma de raciocinar,
aprender e resolver problemas. O estudo objetivou desenvolver um jogo
eletrônico para a mediação da motivação intrínseca para as aprendizagens formal
e informal, e capacidade para a tomada de decisões de adolescentes fora de
faixa idade/série alunos de uma escola pública. Trata-se de um estudo aplicado,
constituinte do projeto de pesquisa Escola promotora de saúde – um espaço de
atuação do terapeuta ocupacional, que ocorre em uma escola pública, no bairro
Jangurussu, em Fortaleza, Ceará, Brasil. O desenvolvimento do jogo tem sido
realizado em ações interdisciplinares com o Grupo de Mídia Interativa da Unifor
– G1000. Durante o período de julho de 2012 a julho de 2013, foi definido que o
jogo utilizará a ideia de RPG (Role-Playing Game) que trata-se de um jogo de
representação de papéis, em que os participantes definem os cenários,
personagens e, consequentemente, as trajetórias a vivenciar. Neste tipo de
jogo, o aspecto lúdico é o mais importante, por isso, todos jogam com os
outros, em um espírito de colaboração e cumplicidade. Portanto, o objetivo do
jogo não é vencer e nem competir, mas se divertir construindo algo coletivo.
Identificou-se a necessidade de promover a mediação de capacidade de fazer
escolhas avaliando as ações e suas consequências, a percepção da necessidade de
melhorar o nível de motivação intrínseca voltada para as atividades de
aprendizagem formal e informal, familiarização com a linguagem dos meios
eletrônicos e a responsabilidade para se tornarem atores de seu processo de
aprendizagem. Atualmente a pesquisa está na fase II: desenvolvimento de jogo
que será constituído de cenários educacionais formais e informais. Foram
realizadas ações na escola para identificar os principais cenários que esses
adolescentes realizam atividades de aprendizagem para inseri-los no jogo. Foram
identificados: sala de aula, espaço de recreação, laboratório de informática,
quadra de esportes; e na comunidade foram referidos uma praça em estado de
conservação precário e as ruas da comunidade. O jogo está em Anais
desenvolvimento e será realizado o pré-teste das primeiras fases em fevereiro
de 2014. O processo tem sido gratificante e vislumbra-se, em especial, uma
melhoria na e capacidade para a tomada de decisões e na motivação intrínseca do
adolescente fora de faixa idade/série da escola pública do Jangurussu.
[799]
ESTAGIÁRIAS E ALUNOS DO ENSINO REGULAR: CONSTRUINDO SABERES DA TERAPIA
OCUPACIONAL
MARAISE CRISTINA FERREIRA DE
CASTRO; LARISSA DE ANDRADE ALVES; ANA FLAVIA RODRIGUES VIEIRA; KÁTIA ARIANA
BORGES
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO
MINEIRO, UBERABA, MG, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; promoção de saúde; educação
Resumo: Introdução: A sociedade delega a escola papel primordial à
educação, evidenciando a importância desta em promover interações com a
diversidade e heterogeneidade entre os pares e até mesmo, com diferentes
profissões e intervenções interdisciplinares. O ambiente educacional propõe
inovação pedagógica e regulamenta novas práticas educativas relacionadas à
facilitação dos processos de ensino-aprendizagem. Seguindo estes pressupostos a
Terapia Ocupacional se insere no contexto do ensino regular para favorecer o
aprendizado através da estimulação de habilidades novas e/ou já existentes.
Dessa forma ela utiliza das interações proporcionadas pela diversidade e
heterogeneidade de cada sujeito que compõe o corpo escolar para enriquecer as
vivências dos alunos e os processos pedagógicos. Assim acredita-se que a troca de
conhecimentos, entre o profissional e o usuário sobre o exercício do terapeuta
ocupacional e as diversas formas de atuação no contexto escolar, é fundamental
para o aprimoramento e eficácia do trabalho. Objetivo: Trata-se de um relato de experiência de estágio
vivenciado em uma escola particular inclusiva do ensino regular no município de
Uberaba/MG, no qual foi solicitado aos alunos pesquisar e levar à discussão com
o grupo a seguinte pergunta: O que é “Terapia ocupacional?”, a fim de
conscientizar o grupo sobre a profissão e as possibilidades de atuação durante
as intervenções subsequentes. Metodologia:
Foi realizada pelas estagiárias do sétimo período do curso de Terapia
Ocupacional, durante a primeira e segunda intervenção terapêutica, uma
discussão com os alunos do terceiro ano de uma escola regular sobre o que era
Terapia Ocupacional. Resultados: A
experiência com o grupo resultou numa troca de conhecimento entre todos os
envolvidos, visto que a partir de falas dos próprios alunos, evidenciou-se a
importância da inclusão do terapeuta ocupacional no contexto educacional. O
grupo contribuiu de forma significativa na formação profissional das
estagiárias envolvidas visto que puderam vivenciar na prática o reconhecimento
da sua profissão. Assim, a experiência teve papel importante no desenvolvimento
de uma postura profissional mais crítica, flexível, colaborativa e comprometida
com a realidade do contexto e a participação dos alunos durante as
intervenções. Considerações Finais:
A troca de conhecimento entre os alunos e estagiárias permitiu compreender a
importância da conscientização dos sujeitos de intervenção sobre a atuação dos
profissionais responsáveis, a importância da divulgação das diferentes áreas de
atuação para fortalecimento da profissão, além de identificar a necessidade de
expandir as atuações em diversos contextos.
[803]
CONSTRUINDO A CIDADANIA POR INTERMÉDIO DE OFICINAS E PALESTRAS COM
ESTAGIÁRIOS DE TERAPIA OCUPACIONAL
JÂNIO CARLOS DA SILVA; HELINE
MYRANI DA SILVA OLIVEIRA; NAYARA DA SILVA BATISTA; JULIANA DE FÁTIMA DA SILVA;
JAQUELINE SANTOS; ROSILDA DE ALMEIDA ARGOLO
UNCISAL, MACEIO, AL, BRASIL
Palavras-chave: cidadania; jovens marginalizados; terapia
ocupacional
Resumo: Introdução: A marginalização social de jovens de periferia
tem consequências muitas vezes drásticas e negativas em qualquer sociedade, e
isso nos mostra a necessidade de lançarmos diversos olhares, para podermos
construir possibilidades de inclusão e participação social desses jovens.
Alguns autores defendem que há uma relevada importância em nos aprofundarmos
nas diversas formas de exclusão que se impõe sobre esses sujeitos. Assim,
necessitamos conhecer diversas práticas que possam promover e realizar um
estudo cotidiano que auxilie na organização da vida diária, prática e
ocupacional, favorecendo a participação social e cultural além do acesso às
trocas econômicas e ao mercado de trabalho, resgatando assim a cidadania desses
jovens marginalizados pela sociedade. Objetivo:
Apresentar a experiência de um projeto que surgiu da necessidade de construir
uma consciência de valores da cidadania em jovens da periferia da cidade de
Maceió, para torná-los jovens cidadãos capazes de construir uma vida melhor em
meio as adversidades do contexto social em que se encontram, através de
oficinas de reciclagem e palestras sobre geração de renda alternativa. Metodologia: Durante o período de cinco
meses, foram realizadas, pelos estagiários de Terapia Ocupacional, oficinas e
palestras sobre a gestão de resíduos sólidos, reciclagem e direitos e deveres
de cidadania com um grupo de estudantes do 5º ano do ensino fundamental, de uma
escola pública do estado de Alagoas com idades entre 14 e 15 anos. As oficinas
eram realizadas em horário intercalado com as aulas, mantendo-os na escola em
tempo integral uma vez por semana. Resultados:
Pôde-se notar o interesse dos jovens participantes nas atividades desenvolvidas
com sua participação efetiva, desenvolvimento da criatividade e expressividade
através de ideias trazidas para as oficinas e momentos ricos de discussão nas
palestras e no rendimento escolar dos alunos houve também uma gradativa
melhora. Considerações Finais: A
Terapia Ocupacional ao atuar em contextos sociais intervém na área de educação
por meio de ações de educação em saúde, facilitação do processo de inclusão
escolar, avaliação e a elaboração de projetos de vida e programas que visam à
participação e a cidadania de crianças e jovens. Ao Desenvolver atividades
voltadas para a participação social e econômica, expressivas e de geração de
renda o terapeuta ocupacional Identifica os potenciais econômicos das
comunidades, as relações de trocas materiais e simbólicas e de formação de
valores que favorecem a construção das atividades grupais e comunitárias para
que sejam mais participativas e haja interdependência no fazer, que é o ponto
chave da Terapia Ocupacional.
- POLÍTICAS DE CUIDADO E ATENÇÃO - TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA
EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA
OCUPACIONAL
[859]
INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA OCUPACIONAL EM UMA CRECHE DA CIDADE DO RECIFE
JULIANA FONSÊCA DE QUEIROZ
MARCELINO; BRUNA CHAGAS ALMEIDA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL.
Palavras-chave: terapia ocupacional; educação; creches
Resumo: A atuação do terapeuta ocupacional na Educação se iniciou
no sistema de educação especial, restringindo-se à criança com deficiência. Com
a expansão da Terapia Ocupacional, o foco de intervenção passou a ter o
objetivo de promover o seu desenvolvimento integral, tornando efetivo seu
desempenho nas atividades, atendendo a qualquer criança inserida neste contexto,
levando em consideração os demais atores no processo de aprendizagem. O
objetivo do trabalho foi descrever o processo terapêutico ocupacional junto a
crianças com dificuldade na aprendizagem em idade pré-escolar, atendidas em uma
creche da cidade do Recife, a partir da análise de documentos registrados pelas
acadêmicas que cursavam o componente curricular Terapia Ocupacional
Sensoperceptiva, do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de
Pernambuco, de março a dezembro de 2011. A atuação do terapeuta ocupacional na
creche visou o desempenho escolar do aluno, baseando a intervenção em
atividades não pedagógicas que propiciassem o desenvolvimento de habilidades
necessárias ao processo de aprendizagem. A análise dos documentos inclusos na
pesquisa mostrou que as ações envolveram intervenção direta com as crianças,
individualmente e em grupo, e orientação aos familiares e educadores, buscando
maior envolvimento de todos a fim de alcançar um melhor desempenho escolar das
crianças. Os resultados, acerca da intervenção terapêutica ocupacional com 5
crianças, foram apresentados a partir das seguintes variáveis: avaliação,
intervenção (composta por objetivos e atividades desenvolvidas) e resultados.
Estes foram discutidos à luz da literatura sobre o assunto e organizados
conforme a estrutura da prática da Terapia Ocupacional: domínio e processo.
Concluiu-se que os resultados alcançados com as intervenções foram positivos,
sendo percebidos não somente pela equipe de Terapia Ocupacional, mas também
pelos próprios educadores, reafirmando a inclusão deste profissional na área da
Educação como agente promotor do desenvolvimento integral da criança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário