Anais - CBTO/2013

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EIXO - 8 TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL

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A EFICÁCIA DE UM PROGRAMA DE PRÁTICA SUPERVISIONADA JUNTO A PROFISSIONAIS DE BERÇÁRIO

BÁRBARA DOMETT SOLANA1 ; AMANDA OLIVEIRA BEZERRA1 ; ALBERTO VITTA2 ; FABIANA FRIGIERI VITTA1

1.UNESP, MARÍLIA, SP, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE SAGRADO CORAÇÃO, BAURU, SP, BRASIL.

Palavras-chave: formação profissional; desenvolvimento infantil; berçário

Resumo: O presente trabalho teve por objetivo “verificar as mudanças de conhecimentos teóricos e práticos relativos aos conceitos e atividades de rotina (alimentação, vestuário, higiene e trocas de posturas realizadas com as crianças) a partir de procedimentos de oficina de educação e práticas supervisionadas em quatro momentos de avaliação (pré- teste, pós-teste intermediário, pós-teste final e seis meses após o término do programa)”. A pesquisa compreendeu a realização de quatro etapas. A primeira (etapa A) – avaliação inicial – é relativa à observação da prática nos berçários, aplicação de um questionário semi-estruturado e entrevista com as profissionais das escolas estudadas, a respeito de sua prática. A segunda consistiu na aplicação de procedimentos de educação: oficina de educação e supervisão da prática. A terceira etapa - reavaliações intermediária e final – seguiu o mesmo procedimento da avaliação inicial (etapa A), sendo que a intermediária foi realizada após uma semana do término da oficina de educação e a final foi realizada após uma semana do término da prática supervisionada. A última consistiu na reavaliação após seis meses do término das intervenções educativas, seguindo o mesmo procedimento da avaliação inicial (etapa A). Os resultados das observações, dos questionários e das entrevistas foram analisados quanto ao seu conteúdo para comparação dos dados nas diferentes etapas. Verificou-se que a oficina de educação proporcionou mudança nos níveis de informação das profissionais e algumas práticas, reforçadas pela supervisão prática. Os temas que mostraram mais consistência enquanto alterações observadas mesmo após seis meses foram relativos à alimentação e mudanças posturais. No entanto, os participantes atribuíram a problemas organizacionais, de infraestrutura física, material e aos recursos humanos a dificuldade de implementação de comportamentos mais coerentes com objetivos educacionais e com a estimulação do desenvolvimento global da criança inserida no berçário. Há necessidade de um trabalho conjunto de todas as instâncias responsáveis pelo atendimento da criança de 0 a 2 anos para maior efetividade das práticas pedagógicas junto a essa faixa etária. Por fim, esse trabalho contribui para o direcionamento de práticas educativas e consequente melhora na qualidade do atendimento à criança nessa faixa etária.



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TERAPIA OCUPACIONAL: UMA REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE A INCLUSÃO ESCOLAR DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN

TANIA FERNANDES SILVA1; CLARISSA BARROS ANTONUCCI2; ROSANGELA ROCHA SOARES3

1.UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; 2.ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS DE VISCONDE DO RIO BRANCO, VISCONDE DO RIO BRANCO, MG, BRASIL; 3.PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA IGUAÇU, NOVA IGUAÇU, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: síndrome de down; inclusão escolar; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: De acordo com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, a Síndrome de Down (SD) é um atraso no desenvolvimento das funções da mente e do corpo. A inclusão do aluno com Síndrome de Down na escola regular é importante, pois o aluno irá desenvolver as suas habilidades globais, tais como habilidades motoras e cognitivas, assim se tornando mais independentes para as práticas das atividades de vida diária, do trabalho e do lazer, maior interação social e aumento da expectativa de sua qualidade de vida, como afirma Sabiá, et al (2010). Voivodic (2008) aponta que o tema inclusão tem causado muitas discussões entre educadores e especialistas, sobre suas vantagens e suas desvantagens. De um lado, posições defendem a inclusão de todos os alunos, independente da deficiência, em classes regulares. De outro lado, olham a inclusão como fantasiosa e inviável nessa realidade educacional. Objetivo: Analisar a efetividade da inclusão de pessoas com Síndrome de Down nas escolas regulares do ensino estadual do Rio de Janeiro. Metodologia: O estudo expõe a pesquisa realizada na Escola Estadual Maurício de Abreu do município de Sapucaia – RJ. Com caráter explicativo e descritivo, de natureza quanti-qualitativa e levantamento bibliográfico, com uso de roteiro com entrevista semiestruturada como instrumento de pesquisa, elaborado pela pesquisadora com base em Figueiredo (2007). A pesquisa foi realizada no período de abril a setembro de 2011. O público alvo foram oito educadores da escola. Resultados e discussão: A escola possui 7% de alunos com SD; 50% dos educadores possuem cursos de capacitação para trabalhar com alunos com necessidades especiais (NEE). Em relação à diferença entre os conceitos de inclusão e integração escolar, 38% não souberam fazer tal diferenciação. Em relação ao apoio profissional, todos os entrevistados relataram que possuem atendimento com uma pessoa do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Considerações Finais: Os educadores não compreendem a diferença entre inclusão e integração. As escolas e os educadores necessitam de maiores informações sobre as reais necessidades desses alunos com Síndrome de Down, assim a intervenção de uma equipe de saúde em conjunto com educadores é essencial para o acompanhamento da inclusão escolar. A Terapia Ocupacional trabalha nesse âmbito principalmente com a orientação dos profissionais da área de educação no que concerne às necessidades desses alunos, além de auxiliar na melhor forma de se trabalhar e aplicar atividades para facilitar a aprendizagem.



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CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA OCUPACIONAL, NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE, NUMA ESCOLA PÚBLICA DE MACEIÓ

GLEICIANE OLIVEIRA FAUSTINO; MARIA IRACEMA LINS DOS SANTOS; WALDEZ CAVALCANTE BEZERRA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS, MACEIÓ, AL, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; educação em saúde; escola

Resumo: Introdução: No contexto da saúde pública, a Terapia Ocupacional tem desenvolvido ações diversas, de caráter individual e/ou coletivo, em diferentes cenários de práticas, dentre estes, o ambiente escolar. Visando agregar os conhecimentos teóricos à prática na disciplina de Terapia Ocupacional aplicada à Saúde Pública, este trabalho consiste num relato de experiência sobre as ações desenvolvidas por acadêmicos do 3º ano do curso de Terapia Ocupacional da UNCISAL com alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental de uma escola pública localizada no bairro do Pontal da Barra em Maceió-AL. Objetivo: Relatar as atividades desenvolvidas nas práticas da disciplina de Terapia Ocupacional aplicada à Saúde Pública, mostrando a atuação da Terapia Ocupacional em ações de saúde no contexto escolar. Metodologia: Inicialmente foram realizadas visitas na comunidade para conhecer o território, e a partir destas, nos foi colocada, pela diretora e assistente social da escola, uma demanda de intervenção com os alunos sobre a temática higiene. As atividades foram desenvolvidas na perspectiva da educação em saúde, visando à promoção de hábitos saudáveis. Durante as intervenções, partiu-se sempre da realidade e dos conhecimentos prévios dos alunos sobre conceitos básicos de higiene e saúde, para em seguida serem aplicadas as estratégias de ensino-aprendizagem, previamente elaboradas, com o objetivo de estimular a construção do conhecimento e a fixação das informações passadas. Utilizou-se principalmente das atividades lúdicas como recurso, tais como peças teatrais, músicas, danças, jogos e dinâmicas, almejando um melhor envolvimento das crianças. Resultados/Discussão: Esta experiência evidenciou a atividade lúdica como potente recurso para a prática do terapeuta ocupacional no contexto das ações de educação em saúde na escola, uma vez que ao final destas os alunos demonstraram uma boa assimilação dos conteúdos abordados, provocando uma modificação na maneira de pensar e agir destas crianças. Considerações Finais: Foi possível perceber que o trabalho de educação em saúde é de grande importância, em virtude da troca de conhecimentos e da valorização do saber do outro. Observamos que orientações simples são capazes de gerar mudanças significativas nos hábitos das pessoas, de modo que educar para a saúde é contribuir para a formação de bons hábitos como condição essencial para uma vida saudável. Por fim, cabe ressaltar que a Terapia Ocupacional vem a se destacar como um importante canal capaz de promover novas ações de saúde e assim incorporar hábitos mais saudáveis no contexto escolar, mas que podem resultar em uma melhor qualidade de vida das crianças para além dos muros da escola.



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O LÚDICO COMO ESPAÇO DE CRIAÇÃO, EXPRESSÃO E INCLUSÃO: EXPERIÊNCIA DA TERAPIA OCUPACIONAL NA ESCOLA.

ANA CAROLINA DE MEDEIROS LAKI; ALINE TRENTINI REBERTE; NICOLE GUIMARÃES CORDONE; SILVIA MAYUMI OKUMA; CAMILA CRISTINA BORTOLOZZO XIMENES DE SOUZA; EUCENIR FREDINI ROCHA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: inclusão escolar; atividades lúdicas; terapia ocupacional no contexto escolar

Resumo: Introdução: O presente trabalho originou-se durante a experiência na disciplina de Prática Supervisionada em Terapia Ocupacional oferecida pelo Laboratório de Reabilitação e Tecnologia Assistiva (REATA) do curso de graduação de Terapia Ocupacional da USP. O laboratório em parceria com uma escola de ensino fundamental municipal, localizada na Zona Oeste da cidade de São Paulo, construiu um projeto nas classes de 1º a 5º ano que visou a inclusão escolar de alunos com deficiência. Como estratégia para inclusão, optou-se pela construção de uma oficina de brinquedos ou jogos que envolvessem a participação de todos os alunos e educadores. A oficina ofereceu aos educadores uma estratégia complementar de ensino-aprendizagem. Além disso, exploraram-se aquisições neuropsicomotoras de cada etapa do desenvolvimento infantil, respeitando os limites individuais. Objetivos: Discutir como as atividades da prática supervisionada podem contribuir para atuação da Terapia Ocupacional na inclusão escolar. Entender de que maneira a atividade lúdica pode ser utilizada no contexto escolar e quais suas potencialidades no processo de inclusão. Metodologia: O trabalho refere-se a um relato da experiência na disciplina de prática supervisionada em Terapia Ocupacional da USP na perspectiva de elaboração de um projeto de inclusão na escola. Resultados: A oficina de brinquedos consistiu na construção de dois brinquedos por classe, um deles coletivo e um individual. Ambos objetivaram o brincar em conjunto e a participação ativa de alunos e professores. A construção dos brinquedos e a elaboração das regras do brincar foram pensadas coletivamente. Considerações Finais: Através das vivências constatou-se que a inclusão não se destina somente aos alunos com deficiência, mas deve envolver alunos com comportamento violento, dificuldade de aprendizagem e de relacionamento, e de contextos culturais distintos. Em todas as classes com alunos com deficiência os demais alunos mostraram-se espontaneamente participativos nos processos de inclusão, demonstrando a potencialidade do projeto da oficina de brinquedos e jogos na continuidade desse processo. Os educadores demonstraram desamparo para lidar com questões complexas presentes no cotidiano escolar, e frustração com o sistema educacional, apontando necessidade de apoio. As vivências na escola também explicitaram o intenso contato dos alunos com contextos de violência e sua consequente reprodução no ambiente escolar. Nessas perspectivas, as intervenções terapêuticas ocupacionais apresentam-se como ferramenta de mediação e resolução dessas problemáticas.



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PROJETO TERAPIA OCUPACIONAL NA ESCOLA: ESTUDO DE CASO

FLAVIA LUZIA DE OLIVEIRA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS, MACEIÓ, AL, BR.

Palavras-chave: terapia ocupacional; educação inclusiva; deficiência

Resumo: Introdução: As dificuldades pedagógicas enfrentadas pelas unidades de ensino públicas e privadas ao lidar com alunos especiais ainda são grandes, apesar da intensificação das discussões sobre tema, das leis que trazem regulamentações ao processo de inclusão. No Brasil existem leis, contudo há carência de intervenções que sejam capazes de trazer para o cotidiano escolar um novo olhar para o aluno com necessidades educacionais especiais, suas possibilidades e singularidades, intervenções que derrubem as desigualdades e o preconceito. Apresentamos uma experiência de educação inclusiva em uma unidade de ensino privado com o suporte da terapia ocupacional. Objetivo: Conhecer e avaliar a intervenção do terapeuta ocupacional na educação inclusiva. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso, e para sua realização foram consideradas a observação direta da execução do projeto e aplicação de questionários para avaliar junto ao corpo docente. Resultados/Discussão: Foi instrumento de estudo uma unidade de ensino privado, na cidade de Maceió, no período de janeiro à dezembro de 2012, na qual foi aplicado o Projeto Terapia Ocupacional na Escola; o projeto foi dividido em três etapas: na primeira etapa ocorreu a apresentação do projeto ao corpo docente e diretoria de ensino, e realizadas orientações sobre o encaminhamento de alunos com necessidades educacionais especiais aos serviços de terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicopedagogia e psicologia; na segunda etapa foram realizados seminários teórico-prático sobre as temáticas que envolvem o processo de educação inclusiva e realizada avaliação do corpo docente sobre o aprendizado adquirido e aplicado; na terceira etapa foi prestada assessoria a escola quanto a acessibilidade e capacitação dos profissionais. Considerações Finais:  A iniciativa voltada à educação inclusiva favoreceu o melhor atendimento pedagógico aos alunos com necessidades educacionais especiais e a inserção de novos alunos na mesma condição, uma vez que, a escola e seu corpo docentes encontram-se preparados e amparados para atender este público.





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INVESTIGANDO AS NECESSIDADES EDUCACIONAIS DOS DISCENTES COM DEFICIÊNCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

LEILANE BENTO DE ARAÚJO MENESES; ANDREZA APARECIDA POLIA; MARIA DA CONCEIÇÃO NARKHIRA PEREIRA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, JOÃO PESSOA, PB, BRASIL.

Palavras-chave: educação inclusiva; terapia ocupacional; ensino superior

Resumo: Introdução: As políticas públicas de educação especial no Brasil avançaram a partir de vários documentos, sendo um deles a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que garante a educação especial preferencialmente no ensino regular. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva afirma que é preciso ações para promover o acesso, a permanência e a participação dos estudantes nos três níveis de ensino. A Universidade Federal da Paraíba (UFPB), campo de estudo desse trabalho, desde 2010 possui 5% das vagas da Modalidade de Ingresso por Reserva de Vagas para pessoas com deficiência. Para a permanência e participação é importante o uso de recursos de tecnologia assistiva que auxiliem no seu desempenho educacional, precisando-se então, de um estudo para investigar se há recursos para os estudantes com necessidades educacionais especiais. Tecnologia assistiva é uma área que envolve produtos, recursos e metodologias promovendo a função de pessoas com deficiência, visando autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. Objetivo: identificar os recursos educacionais necessários e utilizados para a inclusão e participação dos estudantes com deficiência. Metodologia: estudo descritivo de caráter quantitativo, coletando dados através do questionário objetivo de Avaliação Institucional Inclusão Universitária/Educação Inclusiva. A entrevista aconteceu entre dezembro de 2012 e maio de 2013, com dezenove alunos com deficiência, sendo dois deficientes auditivos, sete deficientes físicos e dez deficientes visuais, buscando informações dos recursos pedagógicos utilizados e necessários. Resultados: de 78 recursos expostos no questionário, 53 foram selecionados como necessários. Os estudantes com deficiência auditiva afirmaram necessitar de 5 dos 7 recursos, sendo o Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue (Libras) importante para os dois. De 39 recursos para deficiente físico, 13 foram citados, tendo destaque Adaptações em Mesas e Cadeiras, a qual quatro estudantes afirmaram precisar. Os estudantes com deficiência visual asseguraram a importância dos 33 recursos, destacando-se: Calculadora Falante, Computador Braile Portátil, Conversor de Texto, Medidor de Pressão Arterial, Termômetro Falante e Impressora Multifuncional. Considerações Finais: Notamos que apesar de ser assegurada a diferente forma de ingresso de pessoas com deficiência na UFPB, a permanência e a participação dos alunos pode não está acontecendo, visto que a maioria dos recursos colocados no questionário foram citados como necessários, porém não utilizados. Ainda há muito a ser feito para garantir a inclusão devendo ser imprescindível a obtenção dos recursos citados.



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POLÍTICAS EDUCACIONAIS, PERCURSOS JUVENIS E TRAJETÓRIAS ESCOLARES

CARLA REGINA SILVA; ROSELI ESQUERDO LOPES

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: juventude pobre; políticas públicas; percursos de vida

Resumo: No Brasil, a juventude tem se tornado uma categoria social importante trazendo demandas próprias, das quais a educação e o trabalho são temas centrais. Recentemente, assiste-se à criação de um aparato institucional específico para a juventude que não garantiu sequer a efetivação de direitos sociais já estabelecidos. Desse modo, a maior parte da juventude brasileira, ou seja, a juventude pobre, se defronta com situações de importantes vulnerabilidades, representadas pela elevada defasagem educacional quantitativa e qualitativa e pela precária possibilidade de inserção no mundo do trabalho. Nesse âmbito, a pesquisa “Percursos juvenis e trajetórias escolares: vidas que se tecem nas periferias das cidades” se debruçou sobre essa problemática, com o objetivo de correlacionar e apreender as interações macrossociais naquilo que se pode definir como experiências microssociais - nos percursos de vida e nas trajetórias escolares de quatro jovens pobres, moradores da periferia de uma cidade de médio porte no interior do estado de São Paulo. A pesquisa empírica utilizou uma composição de estratégias como procedimentos metodológicos: acompanhamentos individuais e coletivos no território, articulação de recursos sociais, dinamização da rede de suporte, as oficinas de atividades, dinâmicas e projetos e, especialmente, a apreensão do território de vida desses jovens. Tais estratégias, formuladas a partir da terapia ocupacional social e do aporte freiriano na educação, foram apoiadas pela objetivação participante proposta por Pierre Bourdieu. A abordagem sócio-histórica contribuiu para a análise das relações estabelecidas entre as políticas públicas voltadas para a juventude, sobretudo as educacionais e o seu reflexo nos percursos de vida, com um enfoque nas trajetórias escolares. Dentre seus resultados, destaca-se que as políticas adotadas em sintonia com o sistema capitalista de produção e com a doutrina neoliberal contemporânea têm apresentado propostas pouco eficientes, como a ampliação de acesso ao ensino médio, a expansão de vagas no ensino superior e suas alternativas de inserção de grupos vulneráveis, que se mostraram insuficientes e inadequadas, devido à incapacidade de alcançar toda juventude pobre. De outro lado, a família e a sociedade revelam-se, igualmente, pouco suportivos a um futuro social que os projete positivamente. Estes jovens, ainda que imersos nas limitações e precariedades, projetam possibilidades que, no concreto vivido, demonstram fracassos que se abatem sobre trajetórias, evidenciando, todavia, a necessidade de uma rede mais ampliada de proteção capaz de fornecer aportes efetivos e na qual a educação tem papel fundamental.




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JOVENS, OS SENTIDOS DA ESCOLA E A TERAPIA OCUPACIONAL SOCIAL

BEATRIZ PRADO PEREIRA; ROSELI ESQUERDO LOPES

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: Jovens; educação; terapia ocupacional social

Resumo: A presente pesquisa debruçou-se sobre a temática da escola em interface com a juventude, na cidade de São Carlos, interior de São Paulo. Seu objetivo geral foi analisar e compreender o sentido que a escola tem para os jovens que estão inseridos no último ano do Ensino Médio regular, priorizando-se a visão dos mesmos sobre o processo de escolarização. Além de fatores como a falta de interesse, a violência, a indisciplina e a falta de incentivos relacionados aos estudos, observa-se que muitos jovens, especialmente aqueles advindos de extratos populares no Brasil, evadem das instituições de ensino, durante suas trajetórias escolares. Todavia, existem aqueles que permanecem na escola, satisfeitos ou não, com dificuldades ou não, sendo este trabalho resultado de uma pesquisa que buscou compreender as peculiaridades e os sentidos dessa permanência. Para tanto, primeiramente, lançou-se mão da aplicação de um questionário, com perguntas fechadas, com 861 jovens inscritos no último ano do Ensino Médio regular, de 13 escolas públicas e 6 escolas particulares, para a obtenção de dados referentes a trechos do percurso escolar dos alunos, ao sentido da escola e de como a educação formal se constitui para os mesmos, na tentativa de se abranger jovens com trajetórias de vidas, situações econômicas e sociais diversas. Posteriormente, foi realizado um encontro para uma conversa coletiva, com 10 alunos escolhidos dentre aqueles que responderam ao questionário, com vistas a produzir uma reflexão sobre a temática. Torna-se necessário ao terapeuta ocupacional apreender problemáticas que decorrem da interface entre a juventude e a escola, na medida em que se propõe a trabalhar com os diferentes cotidianos, em suas múltiplas dimensões, incorporando a subjetividade, a cultura, a história e o poder social como elementos necessários à compreensão dos fenômenos. Os dados foram analisados a partir da descrição, composição e comparação das informações coletadas com os jovens, à luz de referenciais teóricos que parametrizam o debate em torno da temática, assim como dos pressupostos da terapia ocupacional social. Espera- se, dessa maneira, oferecer referências para estratégias de enfrentamento à questão dos sentidos possíveis à escola hoje, tomando-se os jovens como centro dessas possibilidades.



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O LUGAR DO BRINCAR NAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL

MARIANA PEREIRA SIMONATO1 ; CARLA CILENE BAPTISTA DA SILVA2

1.INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, SANTOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: brincar; desenvolvimento; educação infantil

Resumo: Introdução: O brincar é a atividade principal que a criança exerce durante a infância. Atividade esta que possibilita com que a criança entre em contato com a cultura, esteja em situações sociais, aja sobre a realidade, transformando e sendo transformada por ela. A criança ao frequentar a escola estabelece relações com os sujeitos que ali estão, suas ações e interações são fundamentais para o seu desenvolvimento, e irão contribuir para sua formação como sujeito. Com a entrada cada vez mais cedo da criança na escola é essencial investigar o lugar do brincar nesta instituição. Objetivos: Identificar as concepções do brincar de educadores da educação infantil; caracterizar o lugar que o brincar ocupa nessas escolas; contribuir para a reflexão sobre o brincar como atividade com potencial para promover práticas de educação e apropriação da cultura e por fim, refletir sobre as possibilidades de atuação da Terapia Ocupacional na educação infantil, sob perspectiva da educação para todos. Metodologia: Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com professores e orientadores educacionais e observações do horário de parque de 4 escolas, com registros em diários de campo. Resultados e Discussão: Os resultados desse estudo mostraram que a maioria dos educadores concebe o brincar na perspectiva frobeliana. Também foi possível identificar que os educadores valorizam o jogo pedagógico, como uma ferramenta para alcançar objetivos didáticos, e o brincar espontâneo da criança fica restrito ao horário do parque. Porém, com os dados obtidos pelas observações do parque, pode-se dizer que há grande interferência dos educadores nas brincadeiras e que quase não há momentos de interação criançaeducador. Por fim, ao refletir sobre a prática do terapeuta ocupacional na educação sob a perspectiva da educação para todos destaca-se seu papel como um consultor que visa auxiliar na reflexão sobre o lugar do brincar na educação, assim como na construção de projetos pedagógicos individualizados quando necessário. Considerações Finais: Acredita-se que a escola tem papel fundamental na vida da criança. É onde ela é apresentada as regras sociais, a novos conhecimentos, relações e experiências. Portanto, é fundamental que o brincar, em seu sentido pleno, esteja presente neste importante espaço que é a escola. 




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INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

RAISSA ESTRELA BRAGA; ANDREZA APARECIDA POLIA; CAMILLA NATASHA FLORIANO FERREIRA; THAMIRIS ARAGÃO DE ARAÚJO
UFPB, JOÃO PESSOA, PB, BRASIL.

Palavras-chave: acessibilidade; inclusão; ensino superior

Resumo: Introdução: A Associação Brasileira de Normas Técnicas considera acessibilidade como à possibilidade de condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos. De acordo com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, na abordagem biopsicossocial de deficiência a incapacidade do indivíduo resulta de seu estado de saúde e fatores contextuais (fatores pessoais e ambientais), ou seja, a incapacidade de um indivíduo é o resultado da interação entre disfunção, limitação das atividades, restrição na participação social e limitação dos fatores ambientais. Objetivo: Analisar a acessibilidade aos recursos tecnológicos, acompanhamento e trajetória de estudantes com deficiência da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Metodologia: Para obtenção dos dados foi utilizado um questionário de Avaliação Institucional Inclusão Universitária/ Educação Inclusiva que é composto por perguntas abertas e fechadas relacionadas ao desempenho educacional na universidade, suas dificuldades para acompanhamento e aprendizado. O questionário foi aplicado aos estudantes com deficiência que estavam regularmente matriculados na UFPB, através de entrevistas por um período de seis meses. Resultados: Foram contatados 30 alunos com deficiência, deste total, 19 responderam ao questionário, sendo 10 com deficiência visual, 7 com deficiência física e 2 com deficiência auditiva. Constatou-se que a maioria dos alunos com deficiência física, auditiva e visual necessitam e recebem acompanhamento para facilitar a compreensão nas disciplinas. Discussão: A literatura destaca a estreita relação entre direitos, educação e acessibilidade, o estudo identificou que alguns estudantes recebem acompanhamento para facilitar o aprendizado nas disciplinas. Porém, alguns apresentaram dificuldades na aprendizagem devido à falta de recursos e déficit no acompanhamento acarretando prejuízos na construção da identidade profissional durante sua graduação. Considerações Finais: Pode-se perceber que na UFPB existem estratégias que servem para minimizar as barreiras arquitetônicas e atitudinais que dificultam a inclusão e o processo de aprendizagem dos estudantes com deficiência, porém, como a inclusão é um processo o qual está vinculado a recursos tecnológicos e acessibilidades diversas (comunicação, atitudinal, pedagógica, metodológica), sempre irá existir demandas que devem acarretar buscas de novas estratégias e recursos/equipamentos a fim de garantir que as necessidades educacionais individuais dos estudantes com deficiência sejam atendidas.




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REPERCUSSÃO NAS ÁREAS DE DESEMPENHO OCUPACIONAL DE PRÉ-VESTIBULANDOS: POSSIBILIDADES DA TERAPIA OCUPACIONAL NA ESCOLA REGULAR.

ISABEL CHRISTINA MENEZES LEÃO; CARLA ADRIANA VIEIRA DO NASCIMENTO; SARA DE PAULA PINHO SANT’ANA; CIBELE BRAGA FERREIRA NASCIMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA, BELÉM, PA, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; desempenho ocupacional; ensino pré-vestibular

Resumo: A Terapia Ocupacional (T.O) objetiva o estudo das atividades significativas no cotidiano do sujeito. Nessa perspectiva, é analisado o desempenho ocupacional (D.O) do indivíduo, que envolve os contextos e componentes de desempenho e as áreas de ocupação, tais como: autocuidado, trabalho (incluindo o papel de estudante) e lazer, envolvendo atividades de descanso e sono. Adolf Meyer, precursor da Terapia Ocupacional, defendeu o uso qualitativo do tempo, de modo a favorecer equilíbrio entre as áreas de ocupação, por meio de uma programação da rotina pelo fazer saudável. Porém, aspectos da dinâmica e exigências específicas dos ciclos de vida podem comprometer o equilíbrio ocupacional, como acontece com os pré-vestibulandos. Mapear as repercussões do ensino pré-vestibular nas áreas de D.O de 2 alunas de 16 anos do pré-vestibular de uma escola particular da cidade de Belém/PA, identificadas como A1 e A2. Trata-se de uma pesquisa de campo de cunho qualitativo do tipo estudo de caso. A coleta de dados foi direcionada a partir de uma entrevista semi-estruturada, com as seguintes questões: 1. Como tem sido o seu dia-a-dia, de domingo à domingo, no contexto de pré-vestibular? 2. Seu lazer tem sido afetado? Como? 3. Você continua com um bom auto-cuidado nessa situação de pré-vestibular? 4. Como tem sido seu descanso/sono nesse período? Adotou-se a análise de conteúdo para elaboração das unidades de significação. A unidade Alteração da rotina ocupacional demonstra que as áreas de ocupação têm sido afetadas diretamente pela rotina pré-vestibular marcada pelo desgaste físico, mental e emocional, conforme diz A2: “eu já não me cuidava normalmente, [...] agora nem condicionador passo mais, [...] tem dias que durmo até de uniforme [...]” Comprometimento no engajamento ocupacional de estudante, uma vez que o próprio rendimento nos estudos foi comprometido, conforme destaca A1: “Pela cobrança, o acumulo de cansaço e excesso de aula, o meu desempenho não é como eu esperava”. Os achados da pesquisa demonstram alteração da rotina ocupacional marcada essencialmente pelo trabalho, com repercussões significativas nas demais áreas de D.O. Nesse contexto, percebe-se a relevância da intervenção da Terapia Ocupacional no ensino regular com alunos pré-vestibulandos na reestruturação do cotidiano, buscando o equilíbrio ocupacional e uma rotina saudável, pois se compreende que o engajamento satisfatório é reflexo de um equilíbrio de rotinas, favorecedoras de saúde e bem-estar em qualquer contexto e área de desempenho, como no campo educacional. Assim, este estudo aponta caminhos para atuação da Terapia Ocupacional na escola regular, construindo referenciais fundamentados no objeto profissional.



- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL

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A PRÁTICA DOS REGISTROS DE TERAPEUTAS OCUPACIONAIS ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA

TATIANA BARBIERI BOMBARDA1 ; MARINA SILVEIRA PALHARES2

1.UNVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: registros; terapia ocupacional; educação inclusiva

Resumo: A participação do terapeuta ocupacional na educação inclusiva tem-se constituído como um campo em avanço no país, sendo sua intervenção não mais apenas pautada no aluno, mas ampliada para a escola, professores, colegas e família. Tão importante quanto a compreensão das práticas desenvolvidas são os registros das intervenções, sendo Anais este procedimento parte fundamental do trabalho. Considerando que não há um método padrão para documentar os serviços de Terapia Ocupacional, há de se atentar ao fato de que independente do método a ação do registro provém da necessidade de se ter informações decorrentes da assistência como via de orientação e fiscalização sobre o serviço prestado e acerca da responsabilidade técnica adotada; bem como é um instrumento valioso utilizado como meio de prova idônea para instruir processos à defesa legal; sendo também um recurso fornecedor de dados para pesquisa. Vislumbrando-se a importância da documentação, este estudo buscou investigar os registros referentes à atuação do terapeuta ocupacional no processo de educação inclusiva sob a ótica dos terapeutas ocupacionais desta área atuantes no estado de São Paulo. Metodologicamente este trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da UFSCar e a coleta de dados efetivada através da utilização de um questionário disponível online por tempo pré- determinado, sendo realizada análise quantitativa de 54 questionários. Dentre os resultados observou-se que 53,4% dos registros são realizados somente em papel e o modelo mais utilizado é o da narrativa livre. 35,7% dos profissionais referiram não registrar todas as intervenções, sendo apontado por 60,7% dos participantes a não previsão de tempo para a realização dos registros dentro da rotina de trabalho. Mais que a metade dos participantes apontou existência do serviço terapêutico ocupacional anterior à sua atuação, havendo registros prévios em 78,1% dos casos, porém sendo indicado parte deles (48%) como não efetivos para entendimento e seguimento. Todavia, 50% dos respondentes consideraram ter conhecimento técnico suficiente para efetivação dos registros, sendo apontado índice de satisfação com a documentação por 59% dos participantes. Em contrapartida, 81,9% dos sujeitos afirmaram desconhecer a resolução 415 do COFFITO, a qual dispõe sobre os registros, demonstrando que legislações conjecturadas para auxiliar os profissionais em seu desempenho apresentam-se fragilizadas por falhas vinculadas a divulgação. Este estudo de caráter exploratório permitiu visualizações da práxis, sinalizando novas vertentes a serem investigadas que possibilitarão melhorias na qualidade dos registros e consequentemente o aprimoramento da profissão.



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[452]

ORIENTAÇÃO FAMILIAR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

RUBIA CRISTINA VALENTIM HENNING; NEUZA MARIA FRANTZ BONILLA

CENSUPEG, JOINVILLE, SC, BRASIL.

Palavras-chave: educação inclusiva; terapia ocupacional; orientação familiar

Resumo: Introdução: A inclusão da pessoa com deficiência no ensino regular é um dos desafios principais do atual sistema educacional brasileiro. A atenção aos alunos com necessidades educacionais especiais (NEE) e a inserção daqueles com deficiência no ensino regular, requer organização diferenciada, tanto do ponto de vista pedagógico quanto administrativo. Nesta direção estudos apontam o terapeuta ocupacional como um profissional que estará presente em muitas das equipes de apoio à inclusão escolar. Objetivos: Tem como objetivo de explicitar a importância do apoio às famílias dentro do sistema educacional e da participação da mesma no processo de inclusão do aluno NEE no ensino regular. Metodologia: Foi realizada revisão bibliográfica com captação 24 de publicações com temas relacionados a orientação familiar, inclusão escolar e terapia ocupacional no sistema educacional, em livros e nas bases de dados online scielo e lilacs. Discussão/Resultados: A Terapia Ocupacional em todas as áreas de atuação giram em torno da viabilização de independência e autonomia para o indivíduo. No contexto escolar, o processo de construção da independência e autonomia da criança na vida escolar é imprescindível a intervenção com a família desta, pois somente com o apoio da família será possível a efetiva inclusão escolar da educando NEE. A orientação familiar dentro da escola inclusiva tem a função de aproximar os diversos mundos sociais da criança da escola e tornar mais efetiva as ações educacionais. Dentro da orientação parental na escola, estão listadas a seguir oito possibilidades de atuação da Terapia Ocupacional: 1) Orientações com relação às especificidades da deficiência; 2) Cuidados em casa; 3) Incentivo a independência e autonomia nas atividades da vida diária e da vida prática tanto na escola quanto em casa; 4) Com relação ao desenvolvimento infantil; 5) Orientação sobre o desenvolvimento da sexualidade; 6) Orientação quanto à organização familiar de modo a minimizar o desgaste devido aos cuidados prolongados com relação à criança mais comprometida; 7) Orientação com relação organização de uma rotina mais adequada; 8) Orientação quanto ao comportamento parental mais apropriado para lidar com as adversidades. Considerações Finais: A Terapia Ocupacional tem papel primordial na escola inclusiva, pois intervém como facilitador na relação educando/família/escola, o que propicia o desenvolvimento do aprendizado da criança tendo a capacidade de realizar suas atividades plenamente e inserida nos seus contextos de desempenho. Espera-se que este artigo estimule mais pesquisas na área do suporte familiar e que esta prática torne-se cada vez mais comum nas escolas regulares.



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 [468]

A TERAPIA OCUPACIONAL COMO FACILITADORA NA ABORGADEM DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DAS ESTAGIÁRIAS

FRANCINY DA SILVA OLIVEIRA; JULIANA DE FÁTIMA DA SILVA; KÉZIA FRIAS PEREIRA DE MEDEIROS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS, MACEIÓ, AL, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; educação em saúde; escola

Resumo: Introdução: Segundo o Programa Saúde e na Escola (PSE) a escola como um espaço de relações é ideal para o desenvolvimento do pensamento crítico e político, na medida em que contribuem na construção de valores pessoais, crenças, conceitos e maneiras de conhecer o mundo e interfere diretamente na produção social da saúde. Tornando-se assim um espaço privilegiado para práticas de promoção de saúde e de prevenção de agravos à saúde e de doenças (BRASIL, 2011). Portanto, a cultura escolar configura e é instituinte de práticas socioculturais (inclusive comportamentos) mais amplos que ultrapassam as fronteiras da escola em si mesma (BRASIL, 2009). Deve-se salientar a importância do trabalho de educação em saúde junto com todos que compõem a escola, desenvolvendo em cada um a capacidade de alcançar os objetivos propostos e assim obterem uma melhor qualidade de vida. Profissionais da saúde e educação podem trabalhar de maneira conjunta favorecendo deste modo a sociedade como um todo. Tendo em vista que a Terapia Ocupacional tem anéis em várias áreas de conhecimento, enquanto profissão da saúde, pode se inserir na prerrogativa de facilitar Educação em Saúde no âmbito escolar. Objetivos: Construir e compartilhar saberes sustentados no cotidiano através do desenvolvimento de atividades onde houvesse promoção e prevenção em saúde aos estudantes de creche-escola de Maceió - AL. Metodologia: Utilizou-se de atividades e recursos lúdicos, como jogos, fantoches, dinâmicas, circuitos e teatro, de forma a atingir crianças na faixa etária entre dois e dez anos, e problematizar temas como educação ambiental, higiene pessoal, alimentação saudável, trânsito, bullying e dengue. Estratégia de atividades de reforço como a pintura de desenhos e músicas relacionadas aos temas também foi utilizada visando fixar os assuntos abordados. Resultados/Discussão: Durante as intervenções observou-se um grande interesse dos alunos e funcionários da escola com relação às temáticas propostas, bem como uma aprendizagem dos alunos, pois traziam nos encontros uma vivência referente à temática anterior. A problematização inicial, valorizando o conhecimento póstero do grupo, também favorece o reconhecimento do saber popular, já repassado para o público infantil e tão relevante no universo da saúde coletiva. Considerações Finais: Faz-se importante o trabalho de educação em saúde na escola, visto que o Programa Saúde e na Escola busca trazer para a realidade de alunos e profissionais temas atuais, dentro deste campo a Terapia Ocupacional faz a sua parte como facilitadora nessas intervenções, sempre enfatizando o desenvolvimento e o processamento da criança.



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[476]

TECNOLOGIA ASSISTIVA NO CONTEXTO ESCOLAR: PERCEPÇÕES DE UMA CRIANÇA COM BAIXA VISÃO E DE SUA RESPONSÁVEL

MARCELA FAVILLA; GIULIANA JORGE CREPALDI; GABRIELA CORDEIRO CORREA; MARIA ELISABETE RODRIGUES FREIRE GASPARETTO; RITA DE CÁSSIA IETTO MONTILHA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, CAMPINAS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: baixa visão; equipamentos de autoajuda; educação especial

Resumo: Introdução: Para o desenvolvimento integral das pessoas com deficiência visual é fundamental que estas sejam vistas e respeitadas nas suas particularidades e nas suas diferentes formas de perceber, sentir e agir no mundo. Objetivo: O estudo teve como objetivo descrever a percepção de uma criança com baixa visão e de sua responsável legal em relação ao uso de tecnologia assistiva no ambiente escolar, no que se refere aos aspectos visuais, interacionais e desempenho acadêmico. Metodologia: Caracterizase como uma pesquisa qualitativa, descritiva, do tipo estudo de caso. Participou do estudo uma criança de nove anos de idade, estudante do 5º ano do ensino fundamental, acompanhada por pedagogos e terapeutas ocupacionais em um programa de reabilitação visual de um serviço universitário. Foram selecionados, adaptados e orientados o uso de recursos não-ópticos e também orientado o uso dos recursos ópticos (lupa de apoio e telescópio) prescritos a ela. Também foi sujeito do estudo, a avó materna da criança, sua responsável legal. Para coleta de dados foi realizada consulta ao prontuário institucional para identificação dos dados clínicos e também foi aplicado um roteiro de entrevista semi-estruturado com as participantes. Após a coleta de dados, foi realizada a análise de conteúdo dos dados coletados nas entrevistas. Resultados/Discussão: Foi possível identificar que o uso dos recursos tiveram impactos positivos em relação ao desempenho visual, repercutindo na satisfação e na melhoria do seu desempenho escolar, fato esse também foi observado pela sua responsável legal. Nesse sentido, considera-se que as avaliações, o acompanhento e as orientações realizadas por uma equipe interdisciplinar é premissa fundamental para conhecer a criança e seu potencial visual, e assim oferecer os recursos e as orientações adequadas. Entretanto, observou-se que os recursos utilizados pela criança ainda causam curiosidade e estranhamento aos demais alunos. Tais atitudes podem gerar consequências nas relações entre os colegas e muitas vezes repercutir de forma negativa nas interações escolares e sociais da criança com baixa visão. Dessa forma, ressalta-se a importância de esclarecimentos e de orientações sobre o uso dos recursos aos professores e também aos alunos. Considerações Finais: O uso de recursos propiciou o acesso às atividades escolares e aos materiais que eram utilizados em sala de aula, garantindo a igualdade de oportunidades para a criança. Consideramos que os serviços de saúde podem contribuir de modo conjunto com os serviços educacionais, colaborando com um nível satisfatório de inclusão social e de qualidade de vida das crianças com deficiência visual.



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[524]

TERAPIA OCUPACIONAL E EDUCAÇÃO: CONSTRUINDO POSSÍVEIS RELAÇÕES

MARIANE BOSQUIERO PAPINI1 ; MARIA ROSA RODRIGUES MARTINS DE CAMARGO2

1.UNESP- RIO CLARO, LIMEIRA, SP, BRASIL; 2.UNESP - RIO CLARO, RIO CLARO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional, educação; histórias de vida, cotidiano; práticas da escrita

Resumo: O trabalho desenvolvido e aqui apresentado é resultado de uma pesquisa de mestrado, pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", finalizada em 2011. O estudo visa compreender possíveis relações entre terapia ocupacional e educação, a partir de uma experiência profissional vivida pela autora, tendo como sujeitos participantes crianças e adolescentes, provenientes de encaminhamentos escolares, que frequentam o setor de terapia ocupacional no Centro de Atendimento Psicopedagógico “Professor Jerson Benedito Pio” (CAP), localizado no município de Cordeirópolis/SP, este vinculado a Secretaria Municipal de Educação. O principal objetivo da pesquisa foi levantar elementos que possam trazer contribuições para a reflexão de possíveis relações entre a terapia ocupacional e a educação, a partir de um posicionamento que foca os sujeitos envolvidos (crianças e adolescentes que são encaminhados da escola pública para acompanhamento no setor de terapia ocupacional). A pesquisa é de abordagem qualitativa, contempla uma metodologia de investigação que enfatiza a descrição, a indução, a teoria fundamentada e o estudo das percepções pessoais, e tem como base e suportes teóricos, estudos que visam às práticas culturais e sociais. O estudo detectou a necessidade de se atentar para elementos observados nas histórias de vida, em acontecimentos cotidianos, nas práticas da escrita que envolve os sujeitos, considerando o olhar intencional terapeuta-pesquisadora que é de fundamental importância em meio a significados para as ações educacionais. A contribuição do terapeuta ocupacional, neste contexto, foi levar a escola a pensar na significação ou (re)significação das ações educacionais, inseridas cotidianamente diante das intervenções realizadas, já que na Terapia Ocupacional a atividade humana é a maneira como o homem interage no mundo, dessa forma reconhece a necessidade de pensar numa relação e contribuição mútua entre Terapia Ocupacional e Educação, como um processo mediado pela dialética, entre o individuo e seu meio, em direção a formação da cidadania.



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[553]

ESTUDO DO MOBILIÁRIO ESCOLAR NAS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA – PARAÍBA

ELIZA RIBEIRO DE OLIVEIRA; RIVIA LOPES NASCIMENTO; CLÁUDIA REGINA CABRAL GALVÃO; PRISCILLA MARIA DE ANDRADE CAVALCANTE; RAFAELLA MOREIRA DE FARIAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, JOÃO PESSOA, PB, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; tecnologia assistiva; inclusão

Resumo: Introdução: O processo de inclusão da pessoa com deficiência física na escola, principalmente os que fazem uso de cadeira de rodas como dispositivo de auxílio à locomoção, perpassa por diversos desafios a serem enfrentados no cotidiano destes alunos e de suas respectivas escolas. Aspectos relacionados à acessibilidade física ambientais, das instalações do prédio escolar e de seu entorno; a garantia do transporte urbano adaptado; a preparação dos professores e funcionários da rede de ensino para assistir as necessidades específicas que esses alunos com deficiência demandam, adicionados ao suporte pedagógico adaptado e a implantação das salas de recursos multifuncionais, são fatores a serem observados e programados para criar elementos e facilitar todo o processo de inclusão, promovendo um maior rendimento escolar deste alunado. Outro aspecto em questão se refere ao mobiliário escolar utilizado. Decidir pelo uso da mesa acoplada a cadeira, optar pelo mobiliário próprio da escola ou utilizar um mobiliário adaptado e desenvolvido especialmente para cada aluno é um grande desafio. Objetivos: Este estudo tem como objetivo principal identificar a necessidade dos estudantes da rede municipal de João Pessoa com deficiência física que utilizam cadeira de rodas, para facilitar o planejamento de um protótipo de um mobiliário escolar. Metodologia: A partir do Censo Escolar da Prefeitura Municipal de João Pessoa, realizado em 2012, foram identificados 33 estudantes convidados a participar da pesquisa. Foi aplicado um questionário, respondido por meio de entrevista aplicada pelo pesquisador/entrevistador sobre qual o tipo de mobiliário escolar utilizado por eles, e o que é referido de necessidade postural atendida, ou o que necessite de ajuste. Resultados/Discussão: Os resultados parciais deste estudo apontam que nenhuma escola apresenta mobiliário escolar adaptado para os alunos investigados. A maioria deles permanecem em sua própria cadeira e fazem uso da carteira escolar acoplada. Poucos estudantes utilizam uma mesa encaixada à sua própria cadeira, e há registro de alunos que não possuem mesa de apoio para realização das atividades pedagógicas. Considerações Finais: Observa-se o desconhecimento das professoras e cuidadoras acerca das possibilidades de equipamentos e ajustes dos mobiliários escolares, e a falta de investimentos na aquisição de novos equipamentos específicos para este alunado. O desafio é junto com a engenharia de produção, a partir da análise dos registros fotográficos e das demandas identificadas, buscar uma solução que atenda a demanda da maioria da população estudada.



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[554]

TERAPIA OCUPACIONAL E EDUCAÇÃO INFANTIL: AÇÃO INTEGRADA PARA INTRODUÇÃO DA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA NO CONTEXTO ESCOLAR

VERA LUCIA VIEIRA DE SOUZA; FERNANDA DA SILVA FERREIRA GARCIA; PRISCILA ÁGATA EVANGELISTA MONTEIRO; BEATRIZ CAMPELO PEIXOTO; PATRICIA PAULA GOMES DA COSTA; JÉSSICA VERÔNICA COUTO DE ARAÚJO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; comunicação alternativa, contexto escolar, educação infantil; síndrome de down

Resumo: Introdução: A Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA) é uma área da Tecnologia Assistiva, de conhecimento multidisciplinar, que busca soluções para pessoas que não desenvolveram ou encontram-se impedidas de se expressar pela fala ou pela escrita. No projeto de "Terapia Ocupacional no Contexto Escolar: ação integrada na educação infantil" professoras e acadêmicos da Graduação em Terapia Ocupacional da UFRJ realizam atividades lúdicas semanais na escola planejadas para o desenvolvimento de habilidades grafomotoras, formação de conceitos e interação entre os alunos. Desde meados de 2012 e em 2013 foi acompanhada uma turma com uma menina de 5 anos com Síndrome de Down incluída. A professora da turma da Educação infantil e a mediadora acompanhavam e participavam da atividade proposta. Objetivo: Apresentar o processo de introdução da Comunicação Alternativa com uma criança, Rita, com Síndrome de Down, paralisia cerebral e deficiência auditiva, durante as atividades lúdicas na escola. Metodologia: As atividades lúdicas têm a duração média de uma hora. A atividade, os materiais e os símbolos eram apresentados para a turma, com as crianças em roda, e colocados ao alcance de Rita, com a mediação de um acadêmico de Terapia Ocupacional. A turma era dividida ou não em pequenos grupos. Quando isto ocorria, ao término da atividade, o grupo é reconstituído e ocorre a conversa sobre o que foi feito. Para acompanhar a evolução de Rita foi realizada a Avaliação do Comportamento Lúdico-ACL. Resultado: Na ACL inicial identificamos a necessidade de estimular a atenção, o interesse e a curiosidade de Rita em relação aos colegas e aos objetos e favorecer a expressão de necessidades e sentimentos que ocorria por meio de choro, sons e gestos corporais. Para a introdução da Comunicação Alternativa foram usados objetos concretos, fotografias e símbolos ARASAAC, em cartões plastificados ou organizados em álbum com apresentação de um a dois símbolos de cada vez. A função inicial foi de informar a tarefa a ser realizada (lavar a mão), associar os objetos às fotografias ou símbolos e apoiar a realização das atividades, como procurar animais escondidos e preparar massinha. As adaptações realizadas envolveram o uso de materiais resistentes a sua manipulação e objetos de fácil preensão. Considerações Finais: As intervenções realizadas vêm contribuindo para aumentar o interesse e a participação de Rita nas atividades propostas com repercussão no trabalho da professora e apontam para os benefícios da parceria entre a Terapia Ocupacional e a Educação Infantil para a inclusão de crianças com deficiência.



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[566]

INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

DÉBORA RIBEIRO DA SILVA CAMPOS FOLHA1 ; GENYLTON ODILON RÊGO DA ROCHA2

1.UNAMA E UEPA, BELÉM, PA, BRASIL; 2.UFPA, BELÉM, PA, BRASIL.

Palavras-chave: educação inclusiva; educação pública; ensino superior

Resumo: Introdução: O presente trabalho corresponde à um recorte de dissertação de mestrado sobre a educação inclusiva na Universidade Federal do Pará, onde vem sendo implementadas ações afirmativas para a inclusão educacional da pessoa com deficiência. Objetivo: Este estudo teve como objetivo caracterizar a realidade da UFPA no que concerne à presença de alunos com deficiência regularmente matriculados nos Cursos de Graduação. Metodologia: Neste recorte, trazemos os dados fruto de pesquisa bibliográfica e documental e da pesquisa exploratória junto à Pró Reitoria de Graduação (PROEG) e da Coordenadoria de Indicadores Acadêmicos (CIA) desta Universidade, a respeito do ingresso de alunos com deficiência na Instituição, de 1993 à 2011. Resultados/Discussão: Observamos que, dentre as ações afirmativas propostas pela UFPA, as de apoio à estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica já estão consolidadas. Como política de ação afirmativa voltada para pessoas com deficiência, a Resolução nº 3.883/2009 cria uma vaga, por acréscimo, nos cursos de graduação, destinada exclusivamente à pessoas com deficiência. De acordo com os dados fornecidos pela PROEG e pela CIA, 123 alunos com deficiência ingressaram na UFPA no período estudado. Dentre estes, 67 apresentavam deficiência física, o que corresponde a 54,47% do total. Compreendemos que o ingresso de alunos com deficiência física representa a maioria pelo fato de a deficiência física permitir um maior acesso ao currículo por meio das metodologias tradicionalmente e convencionalmente utilizadas. A respeito do ingresso de alunos com deficiência sensorial, observamos o ingresso de 50 alunos, correspondendo a 40,65% diante das demais deficiências. Vale ressaltar que não nos foi possível identificar o quantitativo de alunos com deficiência auditiva e o quantitativo de alunos com deficiência visual, pois a PROEG agrupa essas duas deficiências na classificação “deficiência sensorial”. Compreendemos que esse desconhecimento prejudicou, de certo modo, a nossa análise, pois nos forneceu dados cegos, já que é possível que, dentre esses 50 alunos, apenas 1 ou nenhum seja surdo, ou vice-versa. Desse modo, acreditamos que a junção desses dois tipos de deficiência mascara a realidade acerca da presença dos mesmos na Instituição. Considerações Finais: A pesquisa nos permitiu identificar o ingresso raro e espaçado de alunos com deficiência até o ano 2000, quando há um crescimento no quantitativo e uma perenidade no ingresso ano a ano, com exceção do ano de 2005. Tal fato nos mostra que a educação inclusiva no ensino superior é demanda real e que merece nossa atenção para que seja efetivamente realizada.



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[571]

A USABILIDADE DA TECNOLOGOA ASSISTIVA NA ESCOLA: CONTRIBUIÇÕES DO TERAPEUTA OCUPACIONAL

AILA NARENE DAHWACHE CRIADO ROCHA; DÉBORA DELIBERATO

UNESP/MARÍLIA, MARÍLIA, SP, BRASIL.

Palavras-chave: educação especial; tecnologia assistiva; paralisia cerebral

Resumo: A literatura identificou que a tecnologia assistiva pode favorecer a aprendizagem e a participação da criança com paralisia cerebral no contexto escolar. O trabalho colaborativo tem sido visto com sucesso nas pesquisas com tecnologia assistiva, pois as parcerias entre pesquisador, profissionais da escola e alunos promove um espaço onde compartilham conhecimentos teóricos e práticos durante o processo. Essa concepção de parceria garante que as necessidades de todos sejam consideradas desde o início, respeitando suas origens e perspectivas. Os objetivos desta pesquisa foram avaliar o uso dos recursos de tecnologia assistiva durante as atividades de ensino e identificar as estratégias utilizadas a fim de mediar o uso desses recursos junto à criança com paralisia cerebral por meio do ensino colaborativo entre os profissionais da saúde e da educação no contexto da Educação Infantil. As atividades foram realizadas por meio de um programa de intervenção seguindo a proposta do ensino colaborativo para operacionalizar as etapas seis e sete de implementação de tecnologia assistiva propostas por Manzini e Santos (2002). Os participantes da pesquisa foram dois alunos com paralisia cerebral e seus respectivos professores e os procedimentos pertinentes à coleta de dados foram realizados nas escolas onde os participantes estavam matriculados. O registro foi realizado por meio de filmagem, diário de campo, protocolo de rotina escolar e protocolo de descrição das atividades. Após a transcrição do vídeo e organização do material as informações foram compiladas em um único documento escrito de acordo com a proposta de triangulação de dados. A partir desse documento, foi realizada análise de conteúdo, estabelecendo categorias e subcategorias, que foram submetidas e delineadas como representativas pela indicação de juízes da área. Além da análise de conteúdo foi feita a avaliação do uso dos recursos por meio da quantificação dos itens de mediação, participação e o desempenho do aluno durante as atividades. Os resultados indicaram que o programa de intervenção por meio do ensino colaborativo favoreceu o uso da tecnologia assistiva no contexto escolar; a parceria estabelecida entre os profissionais da área da saúde e educação foi fundamental para o uso do recurso tecnológico; as estratégias realizadas por meio das ações colaborativas beneficiaram as habilidades do aluno para a usabilidade do recurso. Os resultados também permitiram estabelecer parâmetros norteadores para a avaliação da usabilidade da Tecnologia Assistiva junto à criança com paralisia cerebral na Educação Infantil.




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[604]

TERAPIA OCUPACIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE PÚBLICA

MELISSA RIBEIRO TEIXEIRA; MARIANA RAMIREZ PRATA; BEATRIZ CAMPELO PEIXOTO; LARISSA TEREZA FERNANDES DIAS; LUCIANA RIVILLINI FERREIRA; PRISCILA ÁGATA EVANGELISTA MONTEIRO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; contexto escolar, ensino fundamental; promoção de saúde

Resumo: Introdução: O projeto "Terapia Ocupacional no contexto escolar: ação integrada na Educação Infantil", desenvolvido pelo curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde 2010, estabeleceu uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação, visando promover o desenvolvimento de conceitos e habilidades, auxiliando o processo de ensino-aprendizagem e a autonomia das crianças da Educação Infantil. O desenvolvimento deste projeto com turmas de Educação Infantil produziu efeitos na parceria construída com a escola, ampliando nosso campo de atuação e da proposta. A partir da demanda dos professores, o projeto foi ampliado para atuar com crianças do Ensino Fundamental, uma vez que foram identificadas dificuldades no aprendizado destas crianças, devido a atrasos nas etapas anteriores da alfabetização, muitas vezes relacionadas às questões de comportamento e das relações entre as crianças, com grande número de crianças ainda não alfabetizadas. Por este motivo, foi proposto um trabalho em uma Escola Municipal de Educação Infantil e Fundamental, onde, através de atividades lúdicas grupais com turmas de crianças entre 7 e 9 anos, fosse estimulado o desenvolvimento de habilidades e a promoção da relação e convivência das crianças. Objetivo: O objetivo desta apresentação é relatar uma parceria entre os campos da Terapia Ocupacional e da Educação, utilizando a atividade lúdica como recurso para a intervenção com crianças do 1º e 3º ano do Ensino Fundamental, que por apresentarem problemas na aquisição de conceitos básicos, assim como, problemas de comportamento, comprometiam a qualidade de aprendizado e convivência. Método: Foram desenvolvidas atividades lúdicas uma vez por semana, com crianças do 1º e 3º ano do Ensino Fundamental, através da organização da sala em pequenos grupos, com atribuição de funções para cada criança, com foco na interação entre os mesmos e no desenvolvimento de habilidades. Resultados: A organização das crianças em pequenos grupos favoreceu o desenvolvimento das atividades propostas e estimulou o trabalho coletivo, promovendo a convivência entre as crianças. As crianças demonstraram maior reconhecimento e valorização das próprias produções. Conclusão: O uso de atividade lúdica, de forma planejada e estruturada, supervisionada por docentes e discentes de Terapia Ocupacional, possibilitou reconhecer algumas dificuldades apresentadas pelas crianças no processo do aprendizado e auxiliou no processo de convivência do grupo.



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[614]

ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL PÚBLICA E PRIVADA E A ACESSIBILIDADE PARA CRIANÇAS COM TRANSTORNOS AUDITIVOS

CATIUSCIA ROSA MOREIRA; LUISIANA FILLIPIN ONÓFRIO; PRICILA ARROJO DA SILVA; PRISCILLA DE DE OLIVEIRA REIS ALENCASTRO; ALINE SARTURI PONTE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; inclusão escolar; transtornos auditivos

Resumo: Introdução: A disciplina de Terapia Ocupacional nas Disfunções Sensoriais, do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Santa Maria, nos insere no campo dos transtornos e disfunções sensoriais. Através da disciplina fomos a campo identificar a acessibilidade nas escolas para crianças com transtornos auditivos. Foram selecionadas uma escola de educação infantil de rede pública e outra particular, ambas localizadas na cidade de Santa Maria, do Rio Grande do Sul. Objetivos: Identificar as barreiras encontradas por crianças com deficiências auditivas diante da inclusão escolar. Metodologia: Relato de experiência proporcionado pela disciplina de Terapia Ocupacional nas Disfunções Sensoriais, através de observações de campo em uma escola de educação infantil da rede pública e outra privada. Resultados/Discussão: Foi possível perceber que em ambas as escolas ainda apresentam-se barreiras no que se refere às necessidades geradas pela deficiência auditivas. A escola de rede privada passa aos pais a responsabilidade sobre os recursos humanos, ou seja, a disponibilização de profissionais capacitados para trabalhar com deficiências, transtornos ou outras necessidades que as crianças venham a exigir. Já a escola de rede pública, entende a necessidade de inclusão como sendo da instituição e já possui vínculo com profissionais que trabalham com essas questões. É importante ressaltar que esta escola se encontra vinculada a uma instituição acadêmica, o que facilita a inserção de profissionais diversos por meio de projetos. Ainda assim, possui além de pedagogos, educador especial. Considerações Finais: Por meio dessa experiência foi possível perceber que essas escolas não estão preparadas para receber quaisquer crianças com transtornos auditivos. Quanto à escola de rede privada, falta à compreensão do seu papel como instituição de arcar com as responsabilidades sobre a inclusão. Já a escola de rede pública, assume outra postura quanto a sua compreensão, estando ciente de suas responsabilidades, mesmo não estando enquadradas nas questões de acessibilidade. Observou-se que o campo da inclusão escolar e da construção de tecnologias educativas e inclusivas ainda é pouco explorado pelos profissionais de Terapia Ocupacional.



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[682]

VIOLÊNCIA ESCOLAR E A PROMOÇÃO DA VIDA E DA PAZ MEDIADAS PELO TERAPEUTA OCUPACIONAL.

TAINNAN VILANTE E SILVA; ANA CLÉA VERAS CAMURÇA VIEIRA; MARILENE CALDERARO MUNGUBA; KARLA MAYARA FLORENTINO FERNANDES; ERIKA DAIANA DO AMARAL ROCHA

UNIFOR, FORTALEZA, CE, BRASIL.

Palavras-chave: violência; educação; promoção da saúde

Resumo: O estudo se propôs analisar a percepção de alunos sobre manifestações de violência na escola para a ampliação de estratégias de promoção da vida e cultura da paz no contexto escolar. É parte integrante do projeto “Escola Promotora de Saúde - um espaço de atuação do terapeuta ocupacional”, enquanto o artigo detalha um recorte temático do subprojeto em andamento intitulado “História de vida na mediação de estratégias de ensino e aprendizagem direcionadas a criança e adolescentes em situação de vulnerabilidade social”. Utilizou-se pesquisa participante com abordagem qualitativa, na Escola de Ensino Fundamental Rede Pública, no bairro Jangurussu, município de Fortaleza, no Estado do Ceará, realizada no mês de maio do ano de 2013. Participaram 04 pré-adolescentes, 02 do sexo masculino e 02 do sexo feminino, na faixa etária de 9 a 13 anos. As informações foram obtidas mediante a aplicação da entrevista semiestruturada, e categorizadas a partir da análise temática conforme Minayo. Foram encontradas as seguintes categorias: a escola e as possibilidades de lazer, agressão física e verbal como definição de violência, ambientes vulneráveis e a insuficiente segurança pública. Os achados apresentam o ambiente escolar como um espaço possibilitador do lazer, e remete a violência na concepção do aluno à relação direta com a agressão, representada pelo desrespeito e ofensas verbais vivenciadas no ambiente escolar e comunitário. A punição como forma mais comum de combater a violência, tanto na escola, família ou comunidade. O estudo permitiu ampliar o olhar sobre as atitudes e percepções dos adolescentes, reconhecer importância de ações educativas nesse contexto que devem ser estimuladas pelos gestores, e a ação profissional do terapeuta ocupacional e seu envolvimento em despertar possibilidades para a promoção da vida e cultivo da paz no campo individual e coletivo, principalmente em populações expostas às iniquidades sociais decorrentes dos riscos e ambientes vulneráveis.



- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL

[726]

AUTORRETRATO COMO PROPOSTA DO TERAPEUTA OCUPACIONAL PARA COMPREENSÃO DO CORPO COMO LUGAR DO SER

ERIKA DAIANA DO AMARAL ROCHA; ANA GABRIELA VIANA GARCIA; NAHANI TAVARES VASCONCELOS; MARILENE CALDERARO MUNGUBA; CHRYSTIANE MARIA VERAS PORTO

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA, FORTALEZA, CE, BRASIL.

Palavras-chave: adolescente; sexualidade; terapia ocupacional

Resumo: A concepção de pré-adolescentes sobre a sua corporeidade tem sido determinante para o desenvolvimento de sua sexualidade. Nesta perspectiva propõe-se a atividade de autorretrato como facilitadora da compreensão do corpo como lugar do ser, na relação consigo mesmo, com o outro e com os objetos do mundo. Tal estratégia compõe o escopo dos objetivos do subprojeto de pesquisa Corporeidade e estruturação da sexualidade do pré-adolescente no contexto educacional na perspectiva da Terapia Ocupacional, integrante do projeto Escola Promotora de Saúde: um espaço de atuação do terapeuta ocupacional. O estudo objetivou descrever a atividade de autorretrato realizada junto aos alunos pré-adolescentes de uma escola pública, na mediação da compreensão do corpo como lugar do ser. Trata-se de pesquisa de campo, exploratório descritiva, do tipo participante e de abordagem qualitativa. Realizou-se atividade no dia 2 de maio de 2013 com 43 pré-adolescentes na faixa etária de 10 a 12 anos, matriculados nas turmas de 4° e 5° ano do ensino fundamental, de uma escola pública localizada no Bairro Jangurussu, em Fortaleza, Ceará, Brasil. As etapas da atividade e os depoimentos relativos à sua realização pelos alunos foram registrados em diário de campo e por meio de fotografias. As informações foram organizadas e submetidas à análise temática. Diante da solicitação de desenhar-se, a maior parte dos alunos dizia que não conseguia se desenhar, então começavam desenhando figuras como praia, jardins, coração e até armas e caveiras. No decorrer da atividade eles iam se incluindo nos desenhos. Ao final, os pré-adolescentes não quiseram mostrar seus desenhos para o grupo, porém mostraram individualmente para as facilitadoras. Uma aluna relatou que se achava feia por isso não conseguiu fazer o seu desenho. Em roda de conversa afirmaram que gostaram da atividade, mas a consideraram difícil de ser realizada. Verificou-se a dificuldade dos pré-adolescentes se retratarem por meio de desenho, bem como de verbalizarem para o grupo sobre o próprio desenho e experiência com a atividade. Os participantes vivem em condições de vulnerabilidade social e, muitas vezes, adquirem responsabilidades ainda cedo, suprimindo etapas importantes no seu desenvolvimento. A dificuldade de perceberem a sua corporeidade e compreenderem a relação entre a corporeidade e a sexualidade em sua pré-adolescência aponta para a necessidade de continuidade das ações do terapeuta ocupacional no contexto educacional junto a estes alunos pré-adolescentes, mas também com os professores e membros familiares que os acompanham na estruturação da sua sexualidade.



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TERAPIA OCUPACIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR: POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO COM CRIANÇAS AUTISTAS

GISELA TEBALDI GUEDES DE MORAES; FERNANDA VIEIRA DOS SANTOS LIMA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; autismo; inclusão escolar

Resumo: Introdução: O Autismo é classificado como um transtorno global do desenvolvimento sendo caracterizado pelo desenvolvimento comprometido das funções de interação social, comunicação e comportamento. Estas características podem levar a um repertório muito restrito de atividades e interesses, assim como ao isolamento da criança e prejuízos nas atividades que fazem parte do cotidiano infantil: atividades de vida diária, escola e o brincar. Entretanto, acredita-se que em conjunto com a família e com a intervenção multidisciplinar, a inclusão escolar pode proporcionar a essas crianças a oportunidade de convivência com outras da mesma faixa etária, constituindo-se num espaço de aprendizagem e de desenvolvimento da competência ocupacional. Assim o terapeuta ocupacional é um dos profissionais com maior facilidade em transitar nesses espaços. Objetivo: O objetivo deste trabalho é apresentar as possibilidades de intervenção do terapeuta ocupacional no contexto escolar das crianças com autismo, a partir de relato de experiência. Resultados/Discussão: Poucos estudos a respeito do tema são identificados, necessitando primeiramente de revisar a bibliografia dos conceitos de autismo, inclusão escolar e Terapia Ocupacional no contexto escolar. As práticas da Terapia Ocupacional, descritas durante o processo de acompanhamento e intervenção nesse ambiente também apontaram sintomas das reais dificuldades na inclusão escolar tais como preconceito, medo e desconhecimento. A partir da ação da Terapia Ocupacional foi possível observar a transformação de algumas das dificuldades encontradas. Considerações Finais: É notória a importância do terapeuta ocupacional no contexto da inclusão escolar. No entanto, faz necessário de descrições clinicas a respeito do processo de incluir da criança autista dentro deste espaço. É necessária intervenção ampliada de forma a favorecer o acolhimento tanto das crianças como dos educadores.



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JOGABILIDADE - JOGO ELETRÔNICO PARA A MEDIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

KARLA MAYARA FLORENTINO FERNANDES; RACHEL DIAS DE SOUSA; MARILENE CALDERARO MUNGUBA

UNIFOR, FORTALEZA, CE, BRASIL.

Palavras-chave: Criança; aprendizagem; terapia ocupacional

Resumo: O desenvolvimento de jogo eletrônico também tem sido identificado como tarefa interdisciplinar a ser realizada pelo terapeuta ocupacional. O principal aspecto a ser testado é a jogabilidade do jogo. Para que haja jogabilidade é necessário que o jogador compreenda a organização das imagens, a estrutura sonora e os desafios a serem vencidos, sendo essencial este teste para que o desenvolvimento ocorra com adequação ao seu público alvo. O estudo se propôs a observar a jogabilidade de uma fase do jogo eletrônico para a mediação da aprendizagem da Língua Portuguesa em crianças da Educação Infantil em escola pública. Realizou-se pesquisa documental, descritiva e longitudinal em escola da Rede Pública, no bairro Jangurussu, em Fortaleza, no período de abril a maio de 2013. Constituíram como participantes, seis crianças de ambos os gêneros, cursando o Infantil V, no turno da tarde, parte de uma população em situação de vulnerabilidade social. Foi adotada como critério de exclusão a cegueira. Deu-se continuidade ao trabalho do grupo interdisciplinar, o Grupo de Mídia Interativa da Unifor – G1000 e acadêmicos do curso de Terapia Ocupacional. Este trabalho culminou no desenvolvimento da Fase 2 (vogal E), que foi submetida ao pré-teste na escola, visando identificar se a jogabilidade é adequada à faixa etária das crianças cursando o Infantil V. Aplicou-se observação direta e entrevista semiestruturada. Adotou-se a Análise Temática na avaliação dos resultados. Definiram-se os núcleos temáticos: atenção, motivação intrínseca e níveis de ajuda utilizados durante a aplicação da fase do jogo em teste. Após o período de aplicação do jogo, as crianças participaram de uma entrevista semi estruturada para investigação sobre a jogabilidade e do nível de conhecimento agregado sobre a vogal E, mediado pela fase 2 do jogo, estabelecendo a comparação entre a condição inicial e a final. Percebeu-se que o jogo apresenta boa jogabilidade e mostrou-se adequado às demandas do público alvo, pois a linguagem verbal encontra-se simples, clara, objetiva e explicativa, oferecendo dicas visuais e auditivas. O cenário do circo agradou a todos os participantes, tornou-se ainda mais atrativo por ser colorido e possuir efeitos especiais. Acredita-se que os estímulos sensoriais (sonoro e visual) durante a narrativa, favoreceram a atenção e memória, pois eles puderam associar a palavra escrita, a imagem visual e a dica auditiva. utilizando-se do potencial atrativo, lúdico e desafiador que o jogo proporciona, se caracterizando como ferramenta de mediação da aprendizagem da Língua Portuguesa por estas crianças.




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[790]

DESENVOLVIMENTO DE JOGO ELETRÔNICO: INSTRUMENTALIZAÇÃO DE ADOLESCENTES FORA DE FAIXA IDADE/SÉRIE MEDIADA PELO TERAPEUTA OCUPACIONAL

TAINNAN VILANTE E SILVA; TASSIA MARIA DE OLIVEIRA LEITE; MARILENE CALDERARO MUNGUBA

UNIFOR, FORTALEZA, CE, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; jogos e brinquedos; aprendizagem

Resumo: É uma tendência pedagógica integrar o lúdico com o processo de aprender, tornando a aprendizagem “rápida, atraente e gratificante”, sendo determinante incluir esta linguagem no meio escolar para mediar a familiaridade com a linguagem dos meios eletrônicos, mudanças na forma de raciocinar, aprender e resolver problemas. O estudo objetivou desenvolver um jogo eletrônico para a mediação da motivação intrínseca para as aprendizagens formal e informal, e capacidade para a tomada de decisões de adolescentes fora de faixa idade/série alunos de uma escola pública. Trata-se de um estudo aplicado, constituinte do projeto de pesquisa Escola promotora de saúde – um espaço de atuação do terapeuta ocupacional, que ocorre em uma escola pública, no bairro Jangurussu, em Fortaleza, Ceará, Brasil. O desenvolvimento do jogo tem sido realizado em ações interdisciplinares com o Grupo de Mídia Interativa da Unifor – G1000. Durante o período de julho de 2012 a julho de 2013, foi definido que o jogo utilizará a ideia de RPG (Role-Playing Game) que trata-se de um jogo de representação de papéis, em que os participantes definem os cenários, personagens e, consequentemente, as trajetórias a vivenciar. Neste tipo de jogo, o aspecto lúdico é o mais importante, por isso, todos jogam com os outros, em um espírito de colaboração e cumplicidade. Portanto, o objetivo do jogo não é vencer e nem competir, mas se divertir construindo algo coletivo. Identificou-se a necessidade de promover a mediação de capacidade de fazer escolhas avaliando as ações e suas consequências, a percepção da necessidade de melhorar o nível de motivação intrínseca voltada para as atividades de aprendizagem formal e informal, familiarização com a linguagem dos meios eletrônicos e a responsabilidade para se tornarem atores de seu processo de aprendizagem. Atualmente a pesquisa está na fase II: desenvolvimento de jogo que será constituído de cenários educacionais formais e informais. Foram realizadas ações na escola para identificar os principais cenários que esses adolescentes realizam atividades de aprendizagem para inseri-los no jogo. Foram identificados: sala de aula, espaço de recreação, laboratório de informática, quadra de esportes; e na comunidade foram referidos uma praça em estado de conservação precário e as ruas da comunidade. O jogo está em Anais desenvolvimento e será realizado o pré-teste das primeiras fases em fevereiro de 2014. O processo tem sido gratificante e vislumbra-se, em especial, uma melhoria na e capacidade para a tomada de decisões e na motivação intrínseca do adolescente fora de faixa idade/série da escola pública do Jangurussu.



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[799]

ESTAGIÁRIAS E ALUNOS DO ENSINO REGULAR: CONSTRUINDO SABERES DA TERAPIA OCUPACIONAL

MARAISE CRISTINA FERREIRA DE CASTRO; LARISSA DE ANDRADE ALVES; ANA FLAVIA RODRIGUES VIEIRA; KÁTIA ARIANA BORGES

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO, UBERABA, MG, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; promoção de saúde; educação

Resumo: Introdução: A sociedade delega a escola papel primordial à educação, evidenciando a importância desta em promover interações com a diversidade e heterogeneidade entre os pares e até mesmo, com diferentes profissões e intervenções interdisciplinares. O ambiente educacional propõe inovação pedagógica e regulamenta novas práticas educativas relacionadas à facilitação dos processos de ensino-aprendizagem. Seguindo estes pressupostos a Terapia Ocupacional se insere no contexto do ensino regular para favorecer o aprendizado através da estimulação de habilidades novas e/ou já existentes. Dessa forma ela utiliza das interações proporcionadas pela diversidade e heterogeneidade de cada sujeito que compõe o corpo escolar para enriquecer as vivências dos alunos e os processos pedagógicos.  Assim acredita-se que a troca de conhecimentos, entre o profissional e o usuário sobre o exercício do terapeuta ocupacional e as diversas formas de atuação no contexto escolar, é fundamental para o aprimoramento e eficácia do trabalho. Objetivo: Trata-se de um relato de experiência de estágio vivenciado em uma escola particular inclusiva do ensino regular no município de Uberaba/MG, no qual foi solicitado aos alunos pesquisar e levar à discussão com o grupo a seguinte pergunta: O que é “Terapia ocupacional?”, a fim de conscientizar o grupo sobre a profissão e as possibilidades de atuação durante as intervenções subsequentes. Metodologia: Foi realizada pelas estagiárias do sétimo período do curso de Terapia Ocupacional, durante a primeira e segunda intervenção terapêutica, uma discussão com os alunos do terceiro ano de uma escola regular sobre o que era Terapia Ocupacional. Resultados: A experiência com o grupo resultou numa troca de conhecimento entre todos os envolvidos, visto que a partir de falas dos próprios alunos, evidenciou-se a importância da inclusão do terapeuta ocupacional no contexto educacional. O grupo contribuiu de forma significativa na formação profissional das estagiárias envolvidas visto que puderam vivenciar na prática o reconhecimento da sua profissão. Assim, a experiência teve papel importante no desenvolvimento de uma postura profissional mais crítica, flexível, colaborativa e comprometida com a realidade do contexto e a participação dos alunos durante as intervenções. Considerações Finais: A troca de conhecimento entre os alunos e estagiárias permitiu compreender a importância da conscientização dos sujeitos de intervenção sobre a atuação dos profissionais responsáveis, a importância da divulgação das diferentes áreas de atuação para fortalecimento da profissão, além de identificar a necessidade de expandir as atuações em diversos contextos.



 - TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL

[803]

CONSTRUINDO A CIDADANIA POR INTERMÉDIO DE OFICINAS E PALESTRAS COM ESTAGIÁRIOS DE TERAPIA OCUPACIONAL

JÂNIO CARLOS DA SILVA; HELINE MYRANI DA SILVA OLIVEIRA; NAYARA DA SILVA BATISTA; JULIANA DE FÁTIMA DA SILVA; JAQUELINE SANTOS; ROSILDA DE ALMEIDA ARGOLO

UNCISAL, MACEIO, AL, BRASIL

Palavras-chave: cidadania; jovens marginalizados; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: A marginalização social de jovens de periferia tem consequências muitas vezes drásticas e negativas em qualquer sociedade, e isso nos mostra a necessidade de lançarmos diversos olhares, para podermos construir possibilidades de inclusão e participação social desses jovens. Alguns autores defendem que há uma relevada importância em nos aprofundarmos nas diversas formas de exclusão que se impõe sobre esses sujeitos. Assim, necessitamos conhecer diversas práticas que possam promover e realizar um estudo cotidiano que auxilie na organização da vida diária, prática e ocupacional, favorecendo a participação social e cultural além do acesso às trocas econômicas e ao mercado de trabalho, resgatando assim a cidadania desses jovens marginalizados pela sociedade. Objetivo: Apresentar a experiência de um projeto que surgiu da necessidade de construir uma consciência de valores da cidadania em jovens da periferia da cidade de Maceió, para torná-los jovens cidadãos capazes de construir uma vida melhor em meio as adversidades do contexto social em que se encontram, através de oficinas de reciclagem e palestras sobre geração de renda alternativa. Metodologia: Durante o período de cinco meses, foram realizadas, pelos estagiários de Terapia Ocupacional, oficinas e palestras sobre a gestão de resíduos sólidos, reciclagem e direitos e deveres de cidadania com um grupo de estudantes do 5º ano do ensino fundamental, de uma escola pública do estado de Alagoas com idades entre 14 e 15 anos. As oficinas eram realizadas em horário intercalado com as aulas, mantendo-os na escola em tempo integral uma vez por semana. Resultados: Pôde-se notar o interesse dos jovens participantes nas atividades desenvolvidas com sua participação efetiva, desenvolvimento da criatividade e expressividade através de ideias trazidas para as oficinas e momentos ricos de discussão nas palestras e no rendimento escolar dos alunos houve também uma gradativa melhora. Considerações Finais: A Terapia Ocupacional ao atuar em contextos sociais intervém na área de educação por meio de ações de educação em saúde, facilitação do processo de inclusão escolar, avaliação e a elaboração de projetos de vida e programas que visam à participação e a cidadania de crianças e jovens. Ao Desenvolver atividades voltadas para a participação social e econômica, expressivas e de geração de renda o terapeuta ocupacional Identifica os potenciais econômicos das comunidades, as relações de trocas materiais e simbólicas e de formação de valores que favorecem a construção das atividades grupais e comunitárias para que sejam mais participativas e haja interdependência no fazer, que é o ponto chave da Terapia Ocupacional.



- POLÍTICAS DE CUIDADO E ATENÇÃO - TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL

[859]

INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA OCUPACIONAL EM UMA CRECHE DA CIDADE DO RECIFE

JULIANA FONSÊCA DE QUEIROZ MARCELINO; BRUNA CHAGAS ALMEIDA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; educação; creches


Resumo: A atuação do terapeuta ocupacional na Educação se iniciou no sistema de educação especial, restringindo-se à criança com deficiência. Com a expansão da Terapia Ocupacional, o foco de intervenção passou a ter o objetivo de promover o seu desenvolvimento integral, tornando efetivo seu desempenho nas atividades, atendendo a qualquer criança inserida neste contexto, levando em consideração os demais atores no processo de aprendizagem. O objetivo do trabalho foi descrever o processo terapêutico ocupacional junto a crianças com dificuldade na aprendizagem em idade pré-escolar, atendidas em uma creche da cidade do Recife, a partir da análise de documentos registrados pelas acadêmicas que cursavam o componente curricular Terapia Ocupacional Sensoperceptiva, do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Pernambuco, de março a dezembro de 2011. A atuação do terapeuta ocupacional na creche visou o desempenho escolar do aluno, baseando a intervenção em atividades não pedagógicas que propiciassem o desenvolvimento de habilidades necessárias ao processo de aprendizagem. A análise dos documentos inclusos na pesquisa mostrou que as ações envolveram intervenção direta com as crianças, individualmente e em grupo, e orientação aos familiares e educadores, buscando maior envolvimento de todos a fim de alcançar um melhor desempenho escolar das crianças. Os resultados, acerca da intervenção terapêutica ocupacional com 5 crianças, foram apresentados a partir das seguintes variáveis: avaliação, intervenção (composta por objetivos e atividades desenvolvidas) e resultados. Estes foram discutidos à luz da literatura sobre o assunto e organizados conforme a estrutura da prática da Terapia Ocupacional: domínio e processo. Concluiu-se que os resultados alcançados com as intervenções foram positivos, sendo percebidos não somente pela equipe de Terapia Ocupacional, mas também pelos próprios educadores, reafirmando a inclusão deste profissional na área da Educação como agente promotor do desenvolvimento integral da criança.


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