Anais - CBTO/2013

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EIXO - 7 TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E AÇÕES DE TRABALHO E EMPREGO

- TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E AÇÕES DE TRABALHO E EMPREGO 


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AVALIAÇÃO CLÍNICA DE TERAPIA OCUPACIONAL EM TRABALHADORES INDUSTRIAIS: UMA METODOLOGIA QUE RELACIONA CAPACIDADE FUNCIONAL E QUALIDADE DE VIDA

VALQUIRIA CRISTIANE MARIA

VALLOUREC & SUMITOMO TUBOS DO BRASIL LTDA, JECEABA, MG, BRASIL.

Palavras-chave: avaliação; saúde do trabalhador; qualidade de vida

Resumo: Introdução: As lesões musculoesqueléticas em trabalhadores é uma questão recorrente em muitos países, com custos significativos e impactos também na qualidade de vida. A complexidade do tema aponta para ações que abordem a avaliação concomitante destes aspectos e cujos resultados devem ser usados para proteger e promover a saúde individual e coletiva no trabalho. Objetivos: Verificar a confiabilidade da avaliação clínica da Terapia Ocupacional (TO), na estimativa de prevalência de sintomatologia musculoesquelética e sua relação com qualidade de vida dos empregados, como parte do ferramental clínico da vigilância em saúde na empresa. Metodologia: Estudo transversal analítico realizado em uma usina siderúrgica em Jeceaba - MG, no período de 03/01/11 a 29/12/11. Foram avaliados 515 empregados de cargos operacionais. Destes, foram elegíveis 366 empregados, os demais apresentaram tempo inferior a 3 meses na função. Na avaliação clínica, utilizou-se roteiro adaptado do Exame dos Membros Superiores e Coluna, Ativo e Contra Resistência. Para avaliação da qualidade de vida, aplicou-se o Perfil de Saúde de Nottingham (PSN). O banco de dados foi analisado no programa Epi Info v. 3.5.3. O escore de qualidade de vida foi dicotomizado (ausência e presença de qualquer impacto), a associação entre qualidade de vida e alterações clínicas foi feita pelo teste de qui quadrado de Pearson, Odds Ratio (IC 95%), com nível de significância de 5%. Resultados/Discussão: A idade foi de 19-55 anos (28,8±7,3), sendo 348 homens (95,9%). As funções envolvidas totalizaram 174 operadores de produção, 58 operadores de ponte rolante e 49 mecânicos de manutenção. As demais funções não apresentaram frequência expressiva nesta amostra. A maioria dos empregados avaliados não apresentou alterações na avaliação clínica. Quanto aos resultados alterados do exame de TO e da avaliação de qualidade de vida, observou-se que os empregados com pior avaliação da qualidade de vida têm 2,34 vezes mais chances de apresentar exame de Terapia Ocupacional com alteração quando comparados com empregados com melhor avaliação da qualidade de vida. Empregados com pontuação maior que zero no campo de Habilidade Física do PSN teve 2,88 vezes mais chances de apresentar queixa durante o exame de Terapia Ocupacional quando comparados com empregados que apresentaram pontuação igual a zero. Considerações Finais: O estudo apontou que a metodologia utilizada pelo setor de Terapia Ocupacional se mostrou confiável na avaliação dos aspectos físicos e impactos no cotidiano dos empregados. E ainda, apresentou-se como um bom indicador na elaboração de ações voltadas à promoção da saúde na empresa. Novos estudos poderão ser realizados para ampliação do conhecimento na área.



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CONTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS DE TECNOLOGIA ASSISTIVA JUNTO A PACIENTES COM LESÃO TRAUMÁTICA DO MEMBRO SUPERIOR

MÁRCIA DALCIN; ALINE TEIXEIRA DE LIMA; LAURA SEGABINAZZI PACHECO; LUCIELEM CHEQUIM DA SILVA

CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO - UNIFRA, SANTA MARIA, RS, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; tecnologia assistiva; intervenção.

Resumo: Introdução: O presente trabalho relata a experiência vivida pelas acadêmicas do nono semestre do Curso de Terapia Ocupacional, durante o estágio curricular supervisionado no Laboratório de Práticas em Saúde do Centro Universitário Franciscano – UNIFRA no município de Santa Maria – RS, através do projeto Re-habilitar que apresenta vínculo entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a instituição. O caso refere-se a uma paciente que sofreu um acidente de trabalho, ocasionando a amputação das falanges distais e média do 2º, 3º e 4º dedos do membro superior esquerdo. As intervenções da Terapia Ocupacional no campo da adaptação e reabilitação são direcionadas para a recuperação física, avaliação das capacidades, adaptação do ambiente ou posto de trabalho onde o indivíduo está inserido. Em pacientes que apresentam lesão de mão, o terapeuta ocupacional trabalha a reeducação sensitiva, o fortalecimento muscular, a confecção de tecnologia assistiva, e técnicas de conservação de energia. Objetivo: Proporcionar maior autonomia frente à realização das Atividades de Vida Diária (AVD), visando o desenvolvimento satisfatório dos papéis ocupacionais. Metodologia: As intervenções foram desenvolvidas no Laboratório de Práticas em Saúde da UNIFRA. Realizaram-se apenas duas intervenções, sendo que na primeira foi feita uma anamnese com objetivo da coleta de dados, bem como identificar as suas principais dificuldades para a realização das AVD. As acadêmicas tiveram o prazo de duas semanas para a confecção de uma tábua adaptada e um abotoador e posteriormente realizou-se a entrega e treino para a utilização destes dispositivos. A tábua adaptada teve como objetivo favorecer o corte de alimentos, e o abotoador com intuito de facilitar a troca de roupas, pois a paciente possui um filho pequeno e apresenta dificuldades no fechamento de zíper e botões. Resultados/Discussões: O indivíduo que sofre algum trauma de mão geralmente apresenta dificuldades na realização de suas atividades rotineiras e consequentemente no trabalho, o que pode levá-lo ao afastamento, que é a principal forma de participação do homem na sociedade. Diante das adaptações realizadas verificaram-se mudanças significativas no cotidiano da paciente, adquirindo mais autonomia e independência na realização das AVD. Considerações: A partir destas intervenções percebe-se que o Terapeuta Ocupacional tem muito a contribuir junto aos pacientes que estão em processo de reabilitação devido algum tipo de acidente. A atuação deste profissional torna-se fundamental no tratamento de pacientes com lesão de mão e membro superior, pois o trabalho está elencado entre as principais atividades do desempenho ocupacional.




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A CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS: A INTERVENÇÃO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL

PRISCILA MALLMANN BORDIGNON

FADERS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL.

Palavras-chave: pessoa com deficiência; terapeuta ocupacional; capacitação profissional

Resumo: Desde 2005 atuo como terapeuta ocupacional em ma Escola de Aprendizagem para pessoas com deficiências o que possibilitou e motivou-me a realizar esta a investigação. Esta escola de aprendizagem chamada SECAP (Serviço de Capacitação Profissional), pertence a FADERS. Objetivos: o foco desta pesquisa foi a capacitação profissional das Pessoas com deficiência, através do Programa de Aprendizagem, desenvolvido no SECAP/FADERS e a atuação do terapeuta ocupacional neste processo. Metodologia: O trabalho ora apresentado é decorrente de uma pesquisa, tipo Estudo de Caso; o campo empírico do estudo foi o SECAP que recebe pessoas com deficiências que participam dos cursos: Auxiliar de limpeza e Administrativo. Participaram do estudo de caso: aprendizes, familiares, docentes, gestores das empresas e a auditora fiscal do MTE. Os dados foram coletados através da análise documental e da entrevista. Resultados/Discussões: No Eixo escolarização dos aprendizes, os docentes do curso foram unânimes ao destacar a precariedade dos conhecimentos. No Eixo Família e inclusão da PcD os pesquisados relataram que, ao invés de se ter parceria somente com a empresa contratante, a parceria passaria também pelo âmbito da família. Quanto ao Eixo que verificou as barreiras para a inclusão, observou-se a necessidade de se aprimorarem as acessibilidades metodológicas e atitudinais nas empresas. Quanto ao Eixo que verificou a atuação do terapeuta ocupacional na Escola de aprendizagem, a equipe técnica e os docentes do SECAP, identificaram como essencial a presença do profissional terapeuta ocupacional, pois este atua desde a preparação dos aprendizes com grupos sobre saúde do trabalhador e prevenção em saúde, dentro do espaço escolar, como na empresa, através da análise de tarefa, adaptações de materiais de trabalho e supervisões assistidas. Considerações Finais: Os dispositivos legais sinalizam para a necessidade e a importância das pessoas com deficiência serem incluídas tanto nos contextos educacionais quanto laborais. Se houver maior integração entre empresa e instituições educacionais, haverá maior conhecimento da correspondência entre as exigências das tarefas profissionais e alcances das pessoas com deficiência, havendo assim melhor adequação, tanto das tarefas como das competências. Além disso, concluiu-se que a atuação do profissional terapeuta ocupacional nestes espaços de capacitação favorece a qualificação deste processo de inclusão efetivamente.



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ATUAÇÃO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL NO PROGRAMA DE SAÚDE DO TRABALHADOR - SÃO GONÇALO: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

RENATA SILVA FARIA; RAPHAEL CORREIA CAETANO

SMS DE SÃO GONÇALO, SÃO GONÇALO, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; saúde; trabalho

Resumo: Introdução: O Programa de Saúde do Trabalhador do Município de São Gonçalo está vinculado ao Departamento de Programas da Secretaria Municipal de Saúde e localizase na regional do Cerest Niterói-MetroII.1/RJ. São Gonçalo é o segundo município mais populoso do Estado do Rio de Janeiro, com cerca de 1 (um) milhão de habitantes. Suas características sócio-econômicas são diversificadas: comércio, fabril, indústria naval, construção civil, agropecuária e serviços. Destaca-se dos demais municípios da região no que diz respeito ao desenvolvimento e crescimento acelerado, com a instalação do Complexo Petroquímico Petrobrás RJ/Comperj no Município vizinho, Itaboraí. É previsto grandes impactos da nova organização e modos de produção, fato que exigirá dos gestores públicos da saúde entre outros setores, planejamento, investimento e ações programáticas direcionadas à massa trabalhadora que vive e trabalha no município bem como aos que transitarão e se instalarão temporária ou permanentemente no município. Objetivos: O estudo tem como principal proposta conhecer e intervir sobre a situação de saúde, programação de ações de vigilâncias em saúde e capacitação da rede na atenção e cuidado ao trabalhador. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência profissional, através da análise documental e do levantamento, organização, sistematização de dados/informações e análise do perfil dos atendimentos realizados no serviço de saúde referente a acidentes, e/ou sofrimento/adoecimento relacionados ao trabalho. Os documentos analisados foram os Boletins de Atendimento Médico/BAM e as Notificações Compulsórias/NC relacionadas ao trabalho no Sistema de Informação de Agravos de Notificação/Sinan no período de janeiro de 2012 a janeiro de 2013. Resultados: Foram encontrados 48 (quarenta e oito) BAM e 7 (sete) NC relacionadas ao trabalho. Considerações Finais: Os resultados apontam a subnotificação dos casos de acidente e/ou adoecimento no trabalho, além de reverberarem na dificuldade de se pensar estratégias de atenção e cuidado aos trabalhadores na rede SUS. A Terapia Ocupacional, por ser a única profissão que desde a formação básica tem como objeto de intervenção e eixo central a categoria atividade enquanto trabalho, apresenta um papel de destaque em todos os níveis de atenção e cuidado à Saúde do Trabalhador. Dessa forma, é possível compreender a estreita relação entre os campos da Terapia Ocupacional, Saúde e Trabalho, bem como problematizar as importantes contribuições e particularidades da categoria nessa área de atuação. Observa-se que esforços ainda são preciso na tentativa de que abordagens na saúde pública e coletiva sejam cada vez mais desbravadas e efetivas.




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A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE ATIVIDADES NO CONTEXTO DA REABILITAÇÃO PROFISSIONAL DO INSS

GISELE MONNERAT MONNERAT TARDIN

INSS, SÃO BERNARDO DO CAMPO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: reabilitação profissional; análise de atividades; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: A Reabilitação Profissional é um serviço oferecido aos segurados do INSS, afastados do trabalho e impossibilitados de retornar à função de origem devido à sequela definitiva que o incapacita para tal função. Quando o segurado é vinculado em alguma empresa, é solicitada a esta a indicação de uma nova função/atividade que respeite as contraindicações do segurado; quando não há indicação pela empresa, ou o segurado está desempregado, ou é trabalhador autônomo, a readaptação se faz por meio de uma qualificação profissional. É importante que para a avaliação da compatibilidade da nova função indicada pela empresa, ou do curso pretendido pelo segurado para sua qualificação, seja realizada uma análise da atividade. Comumente, esta análise de atividade é realizada sem a presença do segurado. Objetivos: Discutir sobre as técnicas de análise de atividades para o contexto da Reabilitação Profissional, a fim de facilitar a readaptação do segurado e a efetivação do programa de Reabilitação Profissional. Metodologia: Levantamento bibliográfico de técnicas de análise de atividades utilizadas por terapeutas ocupacionais nos diversos contextos de atuação. Discussão: No serviço de Reabilitação Profissional do INSS, os servidores encontram dificuldades em orientar os segurados quanto ao retorno ao trabalho devido à resistência apresentada por eles ao programa. Vários fatores são responsáveis por essa resistência: a insegurança no emprego, a permanência de dores e limitações devido à doença/acidente, o medo de não conseguir prover a família, entre outros. A participação mais ativa do segurado na análise da função/atividade proposta à sua readaptação, ou do curso pretendido, pode lhe trazer mais segurança e participação na interação com o trabalho. Além do que é a partir da observação do próprio segurado na atuação da função/atividade proposta, que se pode definir a compatibilidade da função às suas contraindicações. Considerações Finais: É parte das funções básicas da Reabilitação Profissional a Pesquisa da Fixação no mercado de trabalho, que de acordo com o Manual Técnico da Reabilitação Profissional, consiste no conjunto de ações para constatar a adaptação do reabilitado ao trabalho, a efetividade do processo reabilitatório e fornecimento de dados que realimentem o sistema gerencial visando à melhoria do serviço. Esta pesquisa, entretanto se limita apenas em informações da situação empregatícia, função desempenhada e contribuição ao INSS. Para que a Instituição tenha dados para melhoria do serviço seria necessário saber quais foram os elementos que contribuíram, e também os obstáculos, durante o programa para a efetivação, ou não, do mesmo. –




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O OLHAR DA TERAPIA OCUPACIONAL NA ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES DEPRESSIVAS EM MÚSICOS

IRANISE MORO PEREIRA JORGE; AIME JULIANA DOS SANTOS

UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; saúde do trabalhador; músicos

Resumo: Ao referir a relação entre saúde, doença e trabalho, deve-se considerar a exposição do trabalhador a riscos específicos oriundos da sua tarefa, bem como de fatores organizacionais que podem interferir no processo de adoecimento. Desta maneira o profissional de Terapia Ocupacional, no contexto da saúde do trabalhador, desenvolve ações preventivas, de promoção de saúde e tratamento para minimizar esses impactos do trabalho no desencadeamento de sintomas físicos e psíquicos durante a execução das atividades de labor. Este trabalho tem por finalidade identificar as manifestações depressivas nos músicos da Orquestra Sinfônica do Paraná. Através de uma metodologia qualitativa, exploratória e descritiva a pesquisa conseguiu alcançar seu objetivo. Utilizou-se para tal a avaliação o instrumento validado denominado de Inventário de Depressão de Beck. Este avalia e descreve manifestações referentes ao humor, pessimismo, sentimentos de fracasso, insatisfação, sentimento de culpa, sentimentos de punição, autodepriação, autoacusação, desejo de autopunição, crises de choro, irritabilidade, isolamento social, indecisão, inibição no trabalho, distúrbios do sono, fatigabilidade, isolamento social, perda de apetite, perda de peso, preocupação somática e perda de libido. Dos 13 participantes do estudo, 62% constituíam-se indivíduos do gênero masculino e 38% do gênero feminino. A amostra era composta por uma faixa etária entre 30 e 56 anos. A amostra analisada não apresenta indícios de episódios depressivos, porém 20% do total de indivíduos que fazem uso de medicamentos usam medicamentos para depressão. Vale considerar que a amostra que respondeu ao questionário corresponde a 16,04% da totalidade dos músicos que compõem a Orquestra Sinfônica do Paraná. Deste modo, considera-se que esse baixo fator de adesão ao questionário, pode também influenciar no resultado obtido, uma vez que, pesquisas realizadas sobre doenças no trabalho indicam um alto índice das que se enquadram na esfera dos sofrimentos mentais, como a depressão, que pode ter como fatores desencadeantes os aspectos organizacionais presentes no trabalho. Nesse sentido, o terapeuta ocupacional vem contribuir nessa situação considerando o indivíduo biopsicossocial, realizando uma análise da atividade e do ambiente a fim do favorecimento do desempenho ocupacional do trabalhador.




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INDICADORES DE STRESS E SOBRECARGA EM CUIDADORES FORMAIS E INFORMAIS DE PACIENTES ONCOLÓGICOS

NILSON ROGERIO DA SILVA; LETÍCIA CARRILO MARONESI; ANDREA RIZZO DOS SANTOS BOETTGER GIARDINETTO

UNESP, MARILIA, SP, BRASIL.

Palavras-chave: stress; sobrecarga de cuidadores; oncologia

Resumo: O cuidado de pessoas com câncer pode gerar em seus cuidadores stress e sobrecarga, visto que esta é uma função desgastante e exige muito da pessoa que está prestando os cuidados. A sobrecarga é um fator que pode proporcionar o stress, visto que os cuidadores acabam deixando sua vida pessoal para prestar os cuidados necessários ao paciente. O ambiente hospitalar é um local de sofrimento físico e psíquico, pois nesse ambiente seu corpo passa por procedimentos clínicos invasivos e dolorosos, havendo pouca ou nenhuma explicação em relação à necessidade do procedimento, no entanto, não apenas o paciente, mas também os familiares (cuidadores informais) e os profissionais da equipe multiprofissional responsável pelo cuidado (cuidadores formais) enfrentam situações estressantes. A hospitalização pode desencadear nos atores envolvidos, um conjunto de fatores estressores e sobrecarga, interferindo na sua qualidade de vida e na qualidade dos serviços prestados. O presente estudo teve como objetivo identificar a presença de indicadores de stress e sobrecarga junto à cuidadores formais (equipe multiprofissional) e informais (familiares), de pacientes oncológicos. Participaram da pesquisa 33 cuidadores de pacientes com câncer no total, sendo 17 informais e 16 formais. A coleta de dados foi realizada no Hemocentro de Marília, e utilizou-se dos seguintes instrumentos: 1) Roteiro para caracterização dos participantes; 2) O Inventário de Sintomas de Stress de Lipp - ISSL e 3) Protocolo Zarit Burden Interview – ZBT. Os dados foram analisados de acordo com os manuais de aplicações dos instrumentos e organizados em Figuras. Os resultados revelaram que os cuidadores informais apresentaram maior porcentagem de stress em relação aos cuidadores formais, principalmente na fase de resistência e exaustão. O estudo apontou que 43% dos cuidadores informais encontravam-se na fase de resistência, 29% na fase de exaustão, 14% na fase de quase exaustão e 14% na fase de alerta. Dos cuidadores formais, 25% encontram-se na fase de exaustão e 75% na fase de resistência. A sobrecarga também apresentou-se em maior escala em cuidadores informais do que formais, sendo 47% para 15% repectivamente. De maneira geral, os resultados obtidos no presente estudo revelam que o cuidador informal apresentou maior dificuldade em lidar com o stress e sobrecarga do que o cuidador formal. Tais dados indicam a necessidade de implantar programas de suporte tanto para cuidadores informais e formais, desenvolver estratégias de enfrentamento, manejo com as situações de sobrecarga e stress, objetivando uma melhor qualidade de vida para o cuidador, e consequentemente para o paciente que recebe os cuidados.




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TERAPIA OCUPACIONAL: INVESTIGAÇÃO DOS AGRAVOS RELACIONADOS AO TRABALHO DE PROFESSORES

ROSANGELA ROCHA SOARES 1; TANIA FERNANDES SILVA 2; CAMILA SOARES RIBEIRO 3

1. PREFEITURA DE NOVA IGUAÇU, RJ, RJ, BR; 2. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RJ, RJ, BR; 3.PETROBRAS, RJ, RJ, BR.

Palavras-chave: capacitação continuada; estresse ocupacional; saúde do trabalhador

Resumo: Introdução: A pesquisa trata dos resultados obtidos na intervenção terapêutica ocupacional no contexto saúde do trabalhador. Entende-se por saúde do trabalhador, um conjunto de atividades dentre as quais, recuperar e reabilitar a saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho (SUS, Lei 8080/1990). A demanda fora trazida pela Direção de Instituição Particular de Ensino Fundamental, cujo público alvo foram professores do ensino fundamental. Objetivos: Usar a ótica terapêutica ocupacional para levantar os sinais e sintomas do estresse, bem como seus fatores causais. Após entrevista e levantamento das necessidades do grupo, os objetivos delineados pela nossa equipe, para o efetivo treinamento foram: estimular a qualidade de vida no trabalho; situar a Terapia Ocupacional no segmento educação e recursos humanos; promover atividades terapêuticas ocupacionais em forma de treinamento, palestras, investigação de sinais e sintomas da presença de estresse ocupacional. Metodologia: Os procedimentos metodológicos tem caráter qualiquantitativo. Os dados foram coletados, em etapas distintas: 1) Por meio da observação participante, que segundo Martins (1996), permite ao observador "olhar" para o processo de apropriação de conhecimento dos vários segmentos que estão inseridos nas atividades, o que significa analisar a existência do fazer. Ou seja, na observação do grupo em ação, ele poderá averiguar o que é convergente, o que é divergente ou contraditório, nas diversas formas de agir do grupo observado quando da realização das atividades. 2) Foi utilizado o instrumento de Avaliação do Estresse Ocupacional previamente elaborado, buscando a ocorrência de sinais e sintomas de estresse, que de acordo Ballone (2005) incluem o levantamento de: manifestações físicas, psíquicas e comportamentais. Resultados/Discussão: Os percentuais de estresse encontrados para “moderado” foi de 90% e para “intenso” 10%. Pode-se verificar que a maior parte da amostra encontrava-se com estresse moderado, sendo que, há presença do nível de estresse intenso. Considerações Finais: Treinamentos e capacitação continuada destacam-se em empresas que se preocupam com o bem estar de seus colaboradores. Segundo Lipp (2007) pode-se observar quando da realização de dinâmicas ao longo do treinamento, que o estresse pode ser benéfico em doses moderadas, pois em momentos de tensão libera-se a adrenalina ou a dopamina, que proporciona ânimo, vigor, entusiasmo, energia incluindo melhor integração entre os membros de uma equipe.



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PARCERIA UNIVERSIDADE, PET E PROGRAMA DE REABILITAÇÃO NUMA  SIDERÚRGICA: AÇÕES PARA INCLUSÃO DO TRABALHADOR.

THAMIRIS RESENDE GIRUNDI DA SILVA; TAINÃ ALVES FAGUNDES; CARLA RIBEIRO LAGE; SAMARA DE ARAUJO COSTA; MARCIA BASTOS REZENDE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG, BH, MG, BR.

Palavras-chave: terapia ocupacional; reabilitação; inclusão

Resumo: Introdução: O Programa de Reabilitação Profissional tem identificado dificuldade na inclusão do trabalhador, uma vez que o acidente de trabalho implica na ruptura da identidade profissional e desqualificação social/profissional: estar doente, sem perspectiva de futuro, ser improdutivo; passando o indivíduo a ter novas relações com o mundo e seus próprios projetos. Diante dessa realidade, o Programa de Educação Tutorial-Terapia Ocupacional, da UFMG, em parceria com uma siderúrgica, situada em Belo Horizonte (MG), realizou o projeto de extensão: Programa de Inclusão da Diversidade (ProgrID), com os participantes do Programa de Reabilitação Profissional da empresa. O ProgrID visa promover a reflexão acerca dos processos de inclusão/exclusão vivenciados pelo indivíduo, considerando-o sujeito e/ou vítima do preconceito. Objetivo: Descrever as ações realizadas e os resultados das avaliações respondidas pelos participantes. Metodologia: Foram realizados dois encontros com participação dos funcionários em reabilitação profissional, estagiária de terapia ocupacional e o terapeuta ocupacional da empresa. A primeira dinâmica proporcionou a vivência de diferentes deficiências durante uma atividade de culinária. Na segunda oficina foi proposta a construção coletiva de um cartaz com a temática “O trabalho é...”. No final, cada trabalhador respondeu um questionário semiestruturado avaliando a ação. Realizou-se análise dos dados a fim de refletir a adequação das ações. Resultados/Discussão: Foram avaliados como “ótimos” os itens: linguagem utilizada, importância do tema discutido, abrangência do conteúdo, forma como o tema foi abordado e adequação da atividade para refletir sobre o tema. Em relação à pontualidade, ao atendimento à expectativa inicial, programação e duração da atividade, foram classificados como “bom”. As questões abertas obtiveram para “aspectos positivos” o tema e sua forma de abordá-lo; nos “aspectos negativos” o pouco tempo para a realização da ação. No item “outros comentários”, os participantes destacaram: “a interação dos componentes foi sensacional”. Os trabalhadores enfatizaram a importância das dinâmicas e da interação com o grupo para a reflexão sobre a volta ao trabalho. Considerações Finais: As ações permitiram que os trabalhadores vivenciassem e refletissem de forma assistida situações muito próximas àquelas que poderão experimentar no retorno ao trabalho. Espera-se, com o ProgrID, contribuir com a política de respeito à diferença e disseminar a acessibilidade atitudinal.




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UNIDADE MUNICIPAL DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR: ANÁLISE DAS NOTIFICAÇÕES NO SIST/RS

PRISCILA MEDEIROS SUITA; CARLOS MACHADO JÚNIOR; CRISTIANE SAUERESSIG SAUERESSIG; MICHELE SILVA HENTGES

UNIDADE MUNICIPAL DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR, SANTA CRUZ DO SUL, RS, BRASIL.

Palavras-chave: saúde do trabalhados; notificações; sist

Resumo: Introdução: A Unidade Municipal de Saúde do Trabalhador, UMREST, é um serviço especializado em atender usuários com doença ou acidente relacionado ao trabalho. O trabalhador encaminhado leva consigo a referência e a RINA, Relatório Individual de Notificação de Agravo. As RINAS são digitadas no SIST, Sistema de Informações em Saúde do Trabalhador, que armazena dados do Rio Grande do Sul e serve como referência para pesquisas e ações em saúde. Através do Sistema de Análise de Negócios, SAN, é possível analisá-las e cruzar os dados. Neste trabalho será realizada uma análise das RINAS de Santa Cruz do Sul considerando o banco de dados alimentado pela UMREST. Objetivos: Identificar quais unidades da rede municipal mais notificam; - Verificar o número de notificações de acidentes/doenças do trabalho em 2012; - Identificar quais os principais agravos notificados e seu desfecho. Metodologia: Feita análise quantitativa das RINAS digitadas pela UMREST e presentes no SIST. Resultados Em 2012 foram digitadas 411 RINAS. O maior número de registros veio do Plantão de Urgência, 161 notificações, seguido pelo ESF Rio Pardinho, 18, e ESF Glória/Imigrante, com 10 RINAS. O sexo masculino predomina com 287 notificações. Trabalhadores com vínculo pela CLT tiveram mais RINAS, com 256 registros, seguidos pelo funcionalismo público municipal, com 46. Tipos de agravo são classificados como: doença do trabalho, acidente de trabalho grave, exposição a material biológico, outros acidentes, câncer relacionado ao trabalho, dermatoses ocupacionais, LER/DORT e transtorno mental. “Outros Acidentes de Trabalho” teve 350 registros, 39 referentes à impacto causado por objeto lançado ou em queda, 39 como apertado e/ou esmagado entre/dentro de objetos, seguido por queda por escorregão/tropeço. O desfecho se deu com 249 altas, 95 encaminhamentos para acompanhamento ambulatorial e 18, para especializado. Trabalhadores da linha de produção tiveram mais notificações, 42, seguidos por ajudantes de obra, 29 RINAS. Discussão: Os agravos relacionados ao trabalho são difíceis de serem identificados pelos profissionais de saúde. Em acidentes há maior facilidade devido à evidência e urgência do atendimento, justificando a maior emissão de RINAS pelo plantão de urgência. Quando trata-se de doenças, há dificuldades em relacioná-las e sem investigação do nexo causal, acabam sendo tratadas como doenças comuns, gerando sub notificações. Considerações Finais: A capacitação dos trabalhadores de saúde para a identificação e notificação dos casos diminuirá a omissão dos dados e subsidiará ações efetivas na saúde dos trabalhadores não só no tratamento das doenças, mas em ações de promoção de saúde e prevenção de outros agravos.




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AVALIAÇÃO DO RETORNO AO TRABALHO DE PACIENTES AMPUTADOS ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE TERAPIA OCUPACIONAL DO HOSPITAL DO TRABALHO DE CURITIBA/PR

BRUNA ROBERTA LESSA SCHNEIDER 1; ANGELA PAULA SIMONELLI 1 ; DÉBORA REGINA DE OLIVEIRA MACHADO 2

1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, CTBA, PR, BR; 2.HOSPITAL DO TRABALHADOR, CTBA, PR, BR.

Palavras-chave: terapia ocupacional; amputação; retorno ao trabalho

Resumo: Amputação é o termo utilizado para definir a retirada total ou parcial de um membro. No membro superior, as lesões mutiladoras estão entre os ferimentos mais complexos, pois envolvem maior número de estruturas, como músculos, tendões, nervos, vascularização, pele e ossos. Segundo dados do Ministério da Previdência Social, no Brasil, em 2011 a amputação traumática ao nível do punho e da mão ocupou a 19ª posição entre os 50 CID mais incidentes, com um total de 8.473 trabalhadores acometidos. Em estudo realizado em 2012 no Hospital do Trabalhador em Curitiba-PR entre os anos de 2010 e 2012 foram atendidos 110 casos de amputação de membro superior no ambulatório de Terapia Ocupacional (TO) deste hospital, ou seja, 6,38% do total de casos atendidos. Este número revela alta incidência deste acometimento e justifica a realização deste estudo, cujo objetivo foi avaliar quantos destes pacientes atendidos, retornaram às suas funções laborais. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, desenvolvida no referido ambulatório desde março de 2013. Constituíram a amostra desse estudo 121 pacientes atendidos entre janeiro de 2010 e fevereiro de 2013 e que apresentaram amputação em membro superior, destes, 40 aceitaram participar. Foi realizada revisão de literatura, nas bases de dados Lilacs, Scielo e Pubmed, com os descritores amputação, terapia ocupacional, membro superior, desempenho ocupacional e terapia de mão, sendo utilizados artigos que compreenderam o período de 2003 a 2012. Foi aplicado questionário semi-estruturado para coletar os dados referentes à função laboral. Verificou-se que entre janeiro e dezembro de 2010 foram atendidos 46 pacientes, sendo 40 do sexo masculino e 6 feminino. Destes, 34 foram oriundos de acidente de trabalho (AT). Entre o mesmo período de 2011 foram atendidos 45 pacientes, (43 sexo masculino e 2 feminino), destes, 33 caracterizaram-se como AT, porém, em 4 prontuários não havia informações sobre a gênese do acidente. Entre janeiro e dezembro de 2012 foram atendidos 27 casos (24 do sexo masculino e 3 feminino), destes 22 configuraram-se AT. Já nos dois primeiros meses de 2013 foram atendidos dois pacientes, sendo um AT. Dentre a amostra participante, houve 98% de retorno ao trabalho, sendo que 95% exercendo a mesma função. Permaneceram afastados pelo período de 3,5 a 6 meses, destes 95% receberam benefício previdenciário. O estudo revelou a eficiência do processo terapêutico ocupacional nestes casos em específico. Desta forma, a Terapia Ocupacional junto à pacientes amputados busca melhorar o desempenho ocupacional, atuando com o objetivo de facilitar a independência do paciente em suas atividades cotidianas e de trabalho.




- TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E AÇÕES DE TRABALHO E EMPREGO 


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PRODUZINDO QUALIDADE DE VIDA ATRAVÉS DA REORGANIZAÇÃO DE AMBIENTES LABORAIS – CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA OCUPACIONAL

VITÓRIA HOERBE BELTRAME; ALINE SARTURI PONTE; ALESSANDRA DE MOURA; GABRIELE DE ANDRADES PIPPI

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL.

Palavras-chave: qualidade de vida; saúde do trabalhador; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: As produções escritas voltadas para a temática saúde do trabalhador, em terapia ocupacional, potencializa a profissão como atuante nessa prática, através de intervenções nos locais de trabalho, objetivando a qualificação das atividades laborais e da vida diária dos sujeitos em questão. Objetivos: Devido a essa demanda, as acadêmicas do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Santa Maria, vinculadas a disciplina de saúde do trabalhador, realizaram a construção de um projeto, o qual teria como objetivo proporcionar à merendeira da Escola Estadual de Ensino Fundamental Marieta D’Ambrósio um ambiente qualificado e produtivo de trabalho, interferindo de forma significativa em suas atividades laborais e ocupacionais. Metodologia: Foram realizados três encontros na Escola, onde foram observadas as ações da merendeira, além da realização de entrevistas que contemplassem os objetivos da pesquisa, como também da disciplina em questão. Em observação do campo de intervenção percebemos alguns aspectos físicos como também questões sociais e psíquicas referentes à vida cotidiana da merendeira, procurando visualizar também suas relações com os colegas de trabalho e seus familiares. Resultados: Como resultado, as acadêmicas produziram um plano terapêutico que destacou algumas modificações físicas, como a altura dos móveis dispostos na cozinha, e também alternativas possíveis de serem realizadas para que a funcionária não fosse atingida pelos raios ultravioletas que irradiam a face da merendeira no período em que realiza a limpeza dos materiais de louça, além da criação de alguns meios como protetores auriculares, a fim de promover a proteção contra ruídos causados pelos alunos e protetores afixados nas alças das panelas evitando queimaduras. Visando a relação entre os alunos e a equipe escolar com a merendeira, idealizamos a criação de uma homenagem, por parte dos estudantes para a funcionária, proporcionando reconhecimento e valorização desta em sua função na escola. Considerações Finais: Sendo assim, entendemos o quanto os aspectos físicos, psíquicos e sociais influenciam nas atividades laborais dos sujeitos bem como em sua vida social. Desta forma, observamos também a importância de haver um profissional de terapia ocupacional atuando, essencialmente na reabilitação e reeducação, na prevenção de doenças, na promoção da saúde e na promoção social dos trabalhadores frente as suas produções laborais.




- TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E AÇÕES DE TRABALHO E EMPREGO 


[129]

GRUPO DE ESPERA PARA REABILITAÇÃO PROFISSIONAL DO INSS: UMA EXPERIÊNCIA DA TERAPIA OCUPACIONAL DE SÃO CARLOS

MONIQUE LUIZA DE CARVALHO VIOLA PLATINA; LÉA BEATRIZ T. SOARES

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: reabilitação profissional; terapia ocupacional; qualificação profissional

Resumo: Introdução: O Programa de Reabilitação do INSS é uma micropolítica de saúde do trabalhador indicado a segurados afastados por acidente ou doença sem chance de retorno à ocupação anterior. Ela agrega suas ações às do Ministério da Saúde, do Trabalho e Emprego e da Educação. Realiza avaliação do potencial laborativo: perdas e restrições funcionais, nível de escolaridade, faixa etária, outras experiências profissionais, situação e vínculos empregatícios e mercado de trabalho de origem. Propõe novo perfil laborativo para retorno ao trabalho através da requalificação, reavaliação de postos na empresa e ressignificação do trabalho pelo segurado. Concluída a reabilitação profissional, o segurado recebe certificado individual relativo à nova função que foi capacitado profissionalmente, sem prejuízo ao exercício de outra que o mesmo se julgue habilitado. O grupo de espera foi proposto pela terapeuta ocupacional em São Carlos com vistas a reduzir o desânimo e ostracismo dos segurados que embora indicados aguardavam mais de um ano para início no programa. Objetivos: Apresentar o processo de implantação de um grupo para os segurados em lista de espera do Programa de Reabilitação Profissional do INSS. Metodologia: O grupo de espera de segurados da reabilitação foi formado por nove segurados convocados por carta e telefonema realizados pela terapeuta ocupacional responsável pela Reabilitação Profissional de São Carlos e estagiárias. Houve cinco encontros, quinzenalmente, de abril a junho, às quintas-feiras, com duração de uma hora. A composição do grupo foi heterogênea quanto aos acometimentos de saúde, sexo e idade. Em cada encontro havia um tema, uma dinâmica e um fechamento verbal sobre o conjunto das atividades, no último foi aplicado um questionário individual sobre a satisfação do segurado em relação aos encontros do grupo de espera. Discussão: A participação dos segurados nos encontros e, principalmente, as respostas aos questionários de satisfação, permitiu concluir que a existência do grupo foi bem aceita por todos e que sua continuidade foi solicitada, já que se fez importante para os segurados, dando-lhes oportunidade de enxergar suas aptidões, suporte para uma reabilitação mais eficaz e indicações para sua requalificação profissional. Considerações Finais: A instituição deu continuidade a oferta do grupo tendo em vista que estimulou a pró-atividade dos segurados e minorou a latência dos mesmos na aceitação de uma nova atividade profissional por meio da qualificação. Foi reforçada a relevância do grupo face às necessidades subjetivas dos segurados, também a instituição identificou esta modalidade como um serviço mais eficaz e ágil a ser ofertado aos segurados.




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[130]

ANÁLISE DO LAYOUT: UM RECURSO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL NA SAÚDE DO TRABALHADOR

IRANISE MORO PEREIRA JORGE; CARLA BEATRIZ DE SOUZA; MARINA MARCONDES BRAGA; ALINE DOS SANTOS ÁVILA; ELLEN GERALDINE SAKOWICZ

UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: saúde do trabalhador; terapia ocupacional; ergonomia

Resumo: O terapeuta ocupacional no contexto de Saúde do Trabalhador atua basicamente com três enfoques: reabilitação e reeducação, prevenção de doenças, promoção da saúde e social. O Estágio Supervisionado em Terapia Ocupacional de Observação em Saúde do Trabalhador visa analisar o local de trabalho com base na ergonomia, realizar avaliações posturais, implementar adequações nos postos de trabalho, tendo como objetivos: capacidade de observação e análise; compreensão dos aspectos teóricos e práticos relacionados à Ergonomia; a possibilidade de proporcionar estudos referentes à disposição de ambientes físicos e sua integração com o trabalhador, visando sua qualidade laboral e melhor desempenho ocupacional frente as suas atividades, e ainda o conhecimento de como esses fatores podem implicar em distúrbios ou não sobre a vida de cada envolvido. O presente estudo aconteceu na Biblioteca de Ciências Humanas da Universidade Federal do Paraná. Para efetivar a intervenção, foi realizada análise dos postos de trabalho e dos trabalhadores seguindo a metodologia de observação direta, entrevistas elaboradas pelas estagiárias e supervisora, aplicação de questionários de avaliação dos postos e da saúde dos trabalhadores e levantamento de informações sobre o ambiente de trabalho através de medições e fotografias. Através da análise dos postos de trabalho e dos trabalhadores foi possível elaborar e aplicar algumas intervenções para adequação das condições de trabalho segundo os conceitos da Terapia Ocupacional e da Ergonomia. O grupo de estágio com o auxílio da orientadora elaborou adequações dos postos de trabalho, organizando um novo layout para os setores do Preparo Técnico, Periódicos e Balcão de Recepção, buscando aproximá-los dos ideais propostos pela bibliografia consultada e segundo as possibilidades organizacionais. Buscou-se organizar os postos de trabalhos segundo o interesse dos trabalhadores que utilizam os setores, visando a promoção de saúde dos indivíduos. As intervenções que ocorreram ajudaram ao aperfeiçoamento da organização dos postos de trabalho, a melhor iluminação e disposição do mobiliário, além dos ajustes realizados individualmente em cada posto de trabalho adequando-o a cada trabalhador, ajudando então a este trabalhador a manter uma postura neutra e manter sua saúde. Além das intervenções a participação dos servidores foi de extrema importância para que todas as alterações e adequações acontecessem de forma harmoniosa e de agrado dos trabalhadores.




- TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E AÇÕES DE TRABALHO E EMPREGO 


[133]

REABILITAÇÃO PROFISSIONAL EM AMBULATÓRIO PÓS-TX RENAL EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO, SÃO LUÍS -MA

KATIÚSCIA MARQUES DE PAULO MARANHO; NATHALIA CRISTINA SILVA PEREIRA; VALESKA CRISTINE
SERRA DA COSTA 

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO, SÃO LUÍS, MA, BRASIL.

Palavras-chave: transplante renal; terapia ocupacional; reabilitação profissional

Resumo: Introdução: A Doença Renal Crônica impõe um contínuo e doloroso tratamento, que resulta em limitações no campo ocupacional. As formas de tratamento existentes aliviam os sintomas e preservam a vida dos pacientes, mas trazem consigo alterações significativas do cotidiano como à incerteza do futuro e afastamento do trabalho, o que compromete suas rendas e sobrecarrega o sistema previdenciário. Esta define Reabilitação Profissional como assistência educativa e de adaptação profissional como meio para reingresso no mercado de trabalho. O sentimento de incapacidade, associado à aquisição da doença desencadeia uma reação de privação e evitação que, por sua vez, trazem um prejuízo real para esse indivíduo, interferindo negativamente na sua qualidade de vida. Objetivos: Promover a reabilitação profissional no ambulatório pós transplante renal através de parcerias entre o Serviço de Terapia Ocupacional e empresas locais; sensibilizar e orientar quanto ao planejamento e concretização de novos projetos de vida. Metodologia: Este trabalho é um relato de experiência realizado com pacientes que estão em acompanhamento no Ambulatório Pós Transplante Renal do Hospital Universitário Presidente Dutra da UFMA em São Luís – MA, através do Projeto de Reabilitação Profissional, iniciado no primeiro semestre de 2012. Foram firmadas parcerias com empresas para concessão de bolsas em cursos de capacitação. Os pacientes foram encaminhados às instituições após prévia avaliação ocupacional. Resultados: O serviço de Terapia Ocupacional visitou 24 empresas, firmando parcerias com 9. Destas, 6 concederam bolsas totais (100%) e 3 concederam descontos de 20% a 50%, totalizando 51 vagas. Foram encaminhados 36 pacientes, dentre os quais 15 concluíram. Com a implementação da Reabilitação Profissional observou-se melhora da autoestima, reconhecimento da capacidade laborativa e potencialidades, elaboração de novos projetos de vida o que contribuiu para melhora da qualidade de vida. Discussão: A reabilitação é o resgate pleno do indivíduo, restaurando a sua posição ativa e útil à sociedade, proporcionando ao indivíduo a consciência de suas limitações a fim de contorná-las e superá-las. A atividade laboral pode dar um sentido mais produtivo à vida, bem como um ganho financeiro e reintegração à sociedade. Considerações Finais: A Terapia Ocupacional emprega, como uma das modalidades de tratamento, a Reabilitação Profissional, promovendo capacitação, reeducação ou readaptação profissional para pacientes transplantados, de forma a contribuir para o retorno ao mercado de trabalho, aumentar sua autonomia e reduzir sua dependência.




- TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E AÇÕES DE TRABALHO E EMPREGO 


[112]

PARCERIA UNIVERSIDADE, PET E PROGRAMA DE REABILITAÇÃO NUMA SIDERÚRGICA: AÇÕES PARA INCLUSÃO DO TRABALHADOR.

THAMIRIS RESENDE GIRUNDI DA SILVA; TAINÃ ALVES FAGUNDES; CARLA RIBEIRO LAGE; SAMARA DE ARAUJO COSTA; MARCIA BASTOS REZENDE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG, BH, MG, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; reabilitação; inclusão

Resumo: Introdução: O Programa de Reabilitação Profissional tem identificado dificuldade na inclusão do trabalhador, uma vez que o acidente de trabalho implica na ruptura da identidade profissional e desqualificação social/profissional: estar doente, sem perspectiva de futuro, ser improdutivo; passando o indivíduo a ter novas relações com o mundo e seus próprios projetos. Diante dessa realidade, o Programa de Educação Tutorial-Terapia Ocupacional, da UFMG, em parceria com uma siderúrgica, situada em Belo Horizonte (MG), realizou o projeto de extensão: Programa de Inclusão da Diversidade (ProgrID), com os participantes do Programa de Reabilitação Profissional da empresa. O ProgrID visa promover a reflexão acerca dos processos de inclusão/exclusão vivenciados pelo indivíduo, considerando-o sujeito e/ou vítima do preconceito. Objetivo: Descrever as ações realizadas e os resultados das avaliações respondidas pelos participantes. Metodologia: Foram realizados dois encontros com participação dos funcionários em reabilitação profissional, estagiária de terapia ocupacional e o terapeuta ocupacional da empresa. A primeira dinâmica proporcionou a vivência de diferentes deficiências durante uma atividade de culinária. Na segunda oficina foi proposta a construção coletiva de um cartaz com a temática “O trabalho é...”. No final, cada trabalhador respondeu um questionário semiestruturado avaliando a ação. Realizou-se análise dos dados a fim de refletir a adequação das ações. Resultados/Discussão: Foram avaliados como “ótimos” os itens: linguagem utilizada, importância do tema discutido, abrangência do conteúdo, forma como o tema foi abordado e adequação da atividade para refletir sobre o tema. Em relação à pontualidade, ao atendimento à expectativa inicial, programação e duração da atividade, foram classificados como “bom”. As questões abertas obtiveram para “aspectos positivos” o tema e sua forma de abordá-lo; nos “aspectos negativos” o pouco tempo para a realização da ação. No item “outros comentários”, os participantes destacaram: “a interação dos componentes foi sensacional”. Os trabalhadores enfatizaram a importância das dinâmicas e da interação com o grupo para a reflexão sobre a volta ao trabalho. Considerações Finais: As ações permitiram que os trabalhadores vivenciassem e refletissem de forma assistida situações muito próximas àquelas que poderão experimentar no retorno ao trabalho. Espera-se, com o ProgrID, contribuir com a política de respeito à diferença e disseminar a acessibilidade atitudinal.




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[123]

UNIDADE MUNICIPAL DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR: ANÁLISE DAS NOTIFICAÇÕES NO SIST/RS

PRISCILA MEDEIROS SUITA; CARLOS MACHADO JÚNIOR; CRISTIANE SAUERESSIG SAUERESSIG; MICHELE SILVA HENTGES

UNIDADE MUNICIPAL DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR, SANTA CRUZ DO SUL, RS, BRASIL.

Palavras-chave: saúde do trabalhados; notificações; sist

Resumo: Introdução: A Unidade Municipal de Saúde do Trabalhador, UMREST, é um serviço especializado em atender usuários com doença ou acidente relacionado ao trabalho. O trabalhador encaminhado leva consigo a referência e a RINA, Relatório Individual de Notificação de Agravo. As RINAS são digitadas no SIST, Sistema de Informações em Saúde do Trabalhador, que armazena dados do Rio Grande do Sul e serve como referência para pesquisas e ações em saúde. Através do Sistema de Análise de Negócios, SAN, é possível analisá-las e cruzar os dados. Neste trabalho será realizada uma análise das RINAS de Santa Cruz do Sul considerando o banco de dados alimentado pela UMREST. Objetivos: Identificar quais unidades da rede municipal mais notificam; - Verificar o número de notificações de acidentes/doenças do trabalho em 2012; - Identificar quais os principais agravos notificados e seu desfecho. Metodologia: Feita análise quantitativa das RINAS digitadas pela UMREST e presentes no SIST. Resultados Em 2012 foram digitadas 411 RINAS. O maior número de registros veio do Plantão de Urgência, 161 notificações, seguido pelo ESF Rio Pardinho, 18, e ESF Glória/Imigrante, com 10 RINAS. O sexo masculino predomina com 287 notificações. Trabalhadores com vínculo pela CLT tiveram mais RINAS, com 256 registros, seguidos pelo funcionalismo público municipal, com 46. Tipos de agravo são classificados como: doença do trabalho, acidente de trabalho grave, exposição a material biológico, outros acidentes, câncer relacionado ao trabalho, dermatoses ocupacionais, LER/DORT e transtorno mental. “Outros Acidentes de Trabalho” teve 350 registros, 39 referentes à impacto causado por objeto lançado ou em queda, 39 como apertado e/ou esmagado entre/dentro de objetos, seguido por queda por escorregão/tropeço. O desfecho se deu com 249 altas, 95 encaminhamentos para acompanhamento ambulatorial e 18, para especializado. Trabalhadores da linha de produção tiveram mais notificações, 42, seguidos por ajudantes de obra, 29 RINAS. Discussão: Os agravos relacionados ao trabalho são difíceis de serem identificados pelos profissionais de saúde. Em acidentes há maior facilidade devido à evidência e urgência do atendimento, justificando a maior emissão de RINAS pelo plantão de urgência. Quando trata-se de doenças, há dificuldades em relacioná-las e sem investigação do nexo causal, acabam sendo tratadas como doenças comuns, gerando sub notificações. Considerações Finais: A capacitação dos trabalhadores de saúde para a identificação e notificação dos casos diminuirá a omissão dos dados e subsidiará ações efetivas na saúde dos trabalhadores não só no tratamento das doenças, mas em ações de promoção de saúde e prevenção de outros agravos.



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[125]

AVALIAÇÃO DO RETORNO AO TRABALHO DE PACIENTES AMPUTADOS ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE TERAPIA OCUPACIONAL DO HOSPITAL DO TRABALHO DE CURITIBA/PR

BRUNA ROBERTA LESSA SCHNEIDER 1; ANGELA PAULA SIMONELLI 1 ; DÉBORA REGINA DE OLIVEIRA MACHADO 2

1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, CTBA, PR, BR; 2.HOSPITAL DO TRABALHADOR, CTBA, PR, BR.

Palavras-chave: terapia ocupacional; amputação; retorno ao trabalho

Resumo: Amputação é o termo utilizado para definir a retirada total ou parcial de um membro. No membro superior, as lesões mutiladoras estão entre os ferimentos mais complexos, pois envolvem maior número de estruturas, como músculos, tendões, nervos, vascularização, pele e ossos. Segundo dados do Ministério da Previdência Social, no Brasil, em 2011 a amputação traumática ao nível do punho e da mão ocupou a 19ª posição entre os 50 CID mais incidentes, com um total de 8.473 trabalhadores acometidos. Em estudo realizado em 2012 no Hospital do Trabalhador em Curitiba-PR entre os anos de 2010 e 2012 foram atendidos 110 casos de amputação de membro superior no ambulatório de Terapia Ocupacional (TO) deste hospital, ou seja, 6,38% do total de casos atendidos. Este número revela alta incidência deste acometimento e justifica a realização deste estudo, cujo objetivo foi avaliar quantos destes pacientes atendidos, retornaram às suas funções laborais. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, desenvolvida no referido ambulatório desde março de 2013. Constituíram a amostra desse estudo 121 pacientes atendidos entre janeiro de 2010 e fevereiro de 2013 e que apresentaram amputação em membro superior, destes, 40 aceitaram participar. Foi realizada revisão de literatura, nas bases de dados Lilacs, Scielo e Pubmed, com os descritores amputação, terapia ocupacional, membro superior, desempenho ocupacional e terapia de mão, sendo utilizados artigos que compreenderam o período de 2003 a 2012. Foi aplicado questionário semi-estruturado para coletar os dados referentes à função laboral. Verificou-se que entre janeiro e dezembro de 2010 foram atendidos 46 pacientes, sendo 40 do sexo masculino e 6 feminino. Destes, 34 foram oriundos de acidente de trabalho (AT). Entre o mesmo período de 2011 foram atendidos 45 pacientes, (43 sexo masculino e 2 feminino), destes, 33 caracterizaram-se como AT, porém, em 4 prontuários não havia informações sobre a gênese do acidente. Entre janeiro e dezembro de 2012 foram atendidos 27 casos (24 do sexo masculino e 3 feminino), destes 22 configuraram-se AT. Já nos dois primeiros meses de 2013 foram atendidos dois pacientes, sendo um AT. Dentre a amostra participante, houve 98% de retorno ao trabalho, sendo que 95% exercendo a mesma função. Permaneceram afastados pelo período de 3,5 a 6 meses, destes 95% receberam benefício previdenciário. O estudo revelou a eficiência do processo terapêutico ocupacional nestes casos em específico. Desta forma, a Terapia Ocupacional junto à pacientes amputados busca melhorar o desempenho ocupacional, atuando com o objetivo de facilitar a independência do paciente em suas atividades cotidianas e de trabalho.




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[127]

PRODUZINDO QUALIDADE DE VIDA ATRAVÉS DA REORGANIZAÇÃO DE AMBIENTES LABORAIS – CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA OCUPACIONAL

VITÓRIA HOERBE BELTRAME; ALINE SARTURI PONTE; ALESSANDRA DE MOURA; GABRIELE DE ANDRADES PIPPI

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL.

Palavras-chave: qualidade de vida; saúde do trabalhador; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: As produções escritas voltadas para a temática saúde do trabalhador, em terapia ocupacional, potencializa a profissão como atuante nessa prática, através de intervenções nos locais de trabalho, objetivando a qualificação das atividades laborais e da vida diária dos sujeitos em questão. Objetivos: Devido a essa demanda, as acadêmicas do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Santa Maria, vinculadas a disciplina de saúde do trabalhador, realizaram a construção de um projeto, o qual teria como objetivo proporcionar à merendeira da Escola Estadual de Ensino Fundamental Marieta D’Ambrósio um ambiente qualificado e produtivo de trabalho, interferindo de forma significativa em suas atividades laborais e ocupacionais. Metodologia: Foram realizados três encontros na Escola, onde foram observadas as ações da merendeira, além da realização de entrevistas que contemplassem os objetivos da pesquisa, como também da disciplina em questão. Em observação do campo de intervenção percebemos alguns aspectos físicos como também questões sociais e psíquicas referentes à vida cotidiana da merendeira, procurando visualizar também suas relações com os colegas de trabalho e seus familiares. Resultados: Como resultado, as acadêmicas produziram um plano terapêutico que destacou algumas modificações físicas, como a altura dos móveis dispostos na cozinha, e também alternativas possíveis de serem realizadas para que a funcionária não fosse atingida pelos raios ultravioletas que irradiam a face da merendeira no período em que realiza a limpeza dos materiais de louça, além da criação de alguns meios como protetores auriculares, a fim de promover a proteção contra ruídos causados pelos alunos e protetores afixados nas alças das panelas evitando queimaduras. Visando a relação entre os alunos e a equipe escolar com a merendeira, idealizamos a criação de uma homenagem, por parte dos estudantes para a funcionária, proporcionando reconhecimento e valorização desta em sua função na escola. Considerações Finais: Sendo assim, entendemos o quanto os aspectos físicos, psíquicos e sociais influenciam nas atividades laborais dos sujeitos bem como em sua vida social. Desta forma, observamos também a importância de haver um profissional de terapia ocupacional atuando, essencialmente na reabilitação e reeducação, na prevenção de doenças, na promoção da saúde e na promoção social dos trabalhadores frente as suas produções laborais.




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[129]

GRUPO DE ESPERA PARA REABILITAÇÃO PROFISSIONAL DO INSS: UMA EXPERIÊNCIA DA TERAPIA OCUPACIONAL DE SÃO CARLOS

MONIQUE LUIZA DE CARVALHO VIOLA PLATINA; LÉA BEATRIZ T. SOARES

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: reabilitação profissional; terapia ocupacional; qualificação profissional

Resumo: Introdução: O Programa de Reabilitação do INSS é uma micropolítica de saúde do trabalhador indicado a segurados afastados por acidente ou doença sem chance de retorno à ocupação anterior. Ela agrega suas ações às do Ministério da Saúde, do Trabalho e Emprego e da Educação. Realiza avaliação do potencial laborativo: perdas e restrições funcionais, nível de escolaridade, faixa etária, outras experiências profissionais, situação e vínculos empregatícios e mercado de trabalho de origem. Propõe novo perfil laborativo para retorno ao trabalho através da requalificação, reavaliação de postos na empresa e ressignificação do trabalho pelo segurado. Concluída a reabilitação profissional, o segurado recebe certificado individual relativo à nova função que foi capacitado profissionalmente, sem prejuízo ao exercício de outra que o mesmo se julgue habilitado. O grupo de espera foi proposto pela terapeuta ocupacional em São Carlos com vistas a reduzir o desânimo e ostracismo dos segurados que embora indicados aguardavam mais de um ano para início no programa. Objetivos: Apresentar o processo de implantação de um grupo para os segurados em lista de espera do Programa de Reabilitação Profissional do INSS. Metodologia: O grupo de espera de segurados da reabilitação foi formado por nove segurados convocados por carta e telefonema realizados pela terapeuta ocupacional responsável pela Reabilitação Profissional de São Carlos e estagiárias. Houve cinco encontros, quinzenalmente, de abril a junho, às quintas-feiras, com duração de uma hora. A composição do grupo foi heterogênea quanto aos acometimentos de saúde, sexo e idade. Em cada encontro havia um tema, uma dinâmica e um fechamento verbal sobre o conjunto das atividades, no último foi aplicado um questionário individual sobre a satisfação do segurado em relação aos encontros do grupo de espera. Discussão: A participação dos segurados nos encontros e, principalmente, as respostas aos questionários de satisfação, permitiu concluir que a existência do grupo foi bem aceita por todos e que sua continuidade foi solicitada, já que se fez importante para os segurados, dando-lhes oportunidade de enxergar suas aptidões, suporte para uma reabilitação mais eficaz e indicações para sua requalificação profissional. Considerações Finais: A instituição deu continuidade a oferta do grupo tendo em vista que estimulou a pró-atividade dos segurados e minorou a latência dos mesmos na aceitação de uma nova atividade profissional por meio da qualificação. Foi reforçada a relevância do grupo face às necessidades subjetivas dos segurados, também a instituição identificou esta modalidade como um serviço mais eficaz e ágil a ser ofertado aos segurados.



- TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E AÇÕES DE TRABALHO E EMPREGO 


[130]

ANÁLISE DO LAYOUT: UM RECURSO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL NA SAÚDE DO TRABALHADOR

IRANISE MORO PEREIRA JORGE; CARLA BEATRIZ DE SOUZA; MARINA MARCONDES BRAGA; ALINE DOS SANTOS ÁVILA; ELLEN GERALDINE SAKOWICZ

UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: saúde do trabalhador; terapia ocupacional; ergonomia

Resumo: O terapeuta ocupacional no contexto de Saúde do Trabalhador atua basicamente com três enfoques: reabilitação e reeducação, prevenção de doenças, promoção da saúde e social. O Estágio Supervisionado em Terapia Ocupacional de Observação em Saúde do Trabalhador visa analisar o local de trabalho com base na ergonomia, realizar avaliações posturais, implementar adequações nos postos de trabalho, tendo como objetivos: capacidade de observação e análise; compreensão dos aspectos teóricos e práticos relacionados à Ergonomia; a possibilidade de proporcionar estudos referentes à disposição de ambientes físicos e sua integração com o trabalhador, visando sua qualidade laboral e melhor desempenho ocupacional frente as suas atividades, e ainda o conhecimento de como esses fatores podem implicar em distúrbios ou não sobre a vida de cada envolvido. O presente estudo aconteceu na Biblioteca de Ciências Humanas da Universidade Federal do Paraná. Para efetivar a intervenção, foi realizada análise dos postos de trabalho e dos trabalhadores seguindo a metodologia de observação direta, entrevistas elaboradas pelas estagiárias e supervisora, aplicação de questionários de avaliação dos postos e da saúde dos trabalhadores e levantamento de informações sobre o ambiente de trabalho através de medições e fotografias. Através da análise dos postos de trabalho e dos trabalhadores foi possível elaborar e aplicar algumas intervenções para adequação das condições de trabalho segundo os conceitos da Terapia Ocupacional e da Ergonomia. O grupo de estágio com o auxílio da orientadora elaborou adequações dos postos de trabalho, organizando um novo layout para os setores do Preparo Técnico, Periódicos e Balcão de Recepção, buscando aproximá-los dos ideais propostos pela bibliografia consultada e segundo as possibilidades organizacionais. Buscou-se organizar os postos de trabalhos segundo o interesse dos trabalhadores que utilizam os setores, visando a promoção de saúde dos indivíduos. As intervenções que ocorreram ajudaram ao aperfeiçoamento da organização dos postos de trabalho, a melhor iluminação e disposição do mobiliário, além dos ajustes realizados individualmente em cada posto de trabalho adequando-o a cada trabalhador, ajudando então a este trabalhador a manter uma postura neutra e manter sua saúde. Além das intervenções a participação dos servidores foi de extrema importância para que todas as alterações e adequações acontecessem de forma harmoniosa e de agrado dos trabalhadores.






- TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E AÇÕES DE TRABALHO E EMPREGO 


[133]

REABILITAÇÃO PROFISSIONAL EM AMBULATÓRIO PÓS-TX RENAL EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO, SÃO LUÍS -MA

KATIÚSCIA MARQUES DE PAULO MARANHO; NATHALIA CRISTINA SILVA PEREIRA; VALESKA CRISTINE
SERRA DA COSTA 

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO, SÃO LUÍS, MA, BRASIL.

Palavras-chave: transplante renal; terapia ocupacional; reabilitação profissional

Resumo: Introdução: A Doença Renal Crônica impõe um contínuo e doloroso tratamento, que resulta em limitações no campo ocupacional. As formas de tratamento existentes aliviam os sintomas e preservam a vida dos pacientes, mas trazem consigo alterações significativas do cotidiano como à incerteza do futuro e afastamento do trabalho, o que compromete suas rendas e sobrecarrega o sistema previdenciário. Esta define Reabilitação Profissional como assistência educativa e de adaptação profissional como meio para reingresso no mercado de trabalho. O sentimento de incapacidade, associado à aquisição da doença desencadeia uma reação de privação e evitação que, por sua vez, trazem um prejuízo real para esse indivíduo, interferindo negativamente na sua qualidade de vida. Objetivos: Promover a reabilitação profissional no ambulatório pós transplante renal através de parcerias entre o Serviço de Terapia Ocupacional e empresas locais; sensibilizar e orientar quanto ao planejamento e concretização de novos projetos de vida. Metodologia: Este trabalho é um relato de experiência realizado com pacientes que estão em acompanhamento no Ambulatório Pós Transplante Renal do Hospital Universitário Presidente Dutra da UFMA em São Luís – MA, através do Projeto de Reabilitação Profissional, iniciado no primeiro semestre de 2012. Foram firmadas parcerias com empresas para concessão de bolsas em cursos de capacitação. Os pacientes foram encaminhados às instituições após prévia avaliação ocupacional. Resultados: O serviço de Terapia Ocupacional visitou 24 empresas, firmando parcerias com 9. Destas, 6 concederam bolsas totais (100%) e 3 concederam descontos de 20% a 50%, totalizando 51 vagas. Foram encaminhados 36 pacientes, dentre os quais 15 concluíram. Com a implementação da Reabilitação Profissional observou-se melhora da autoestima, reconhecimento da capacidade laborativa e potencialidades, elaboração de novos projetos de vida o que contribuiu para melhora da qualidade de vida. Discussão: A reabilitação é o resgate pleno do indivíduo, restaurando a sua posição ativa e útil à sociedade, proporcionando ao indivíduo a consciência de suas limitações a fim de contorná-las e superá-las. A atividade laboral pode dar um sentido mais produtivo à vida, bem como um ganho financeiro e reintegração à sociedade. Considerações Finais: A Terapia Ocupacional emprega, como uma das modalidades de tratamento, a Reabilitação Profissional, promovendo capacitação, reeducação ou readaptação profissional para pacientes transplantados, de forma a contribuir para o retorno ao mercado de trabalho, aumentar sua autonomia e reduzir sua dependência.



- TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E AÇÕES DE TRABALHO E EMPREGO 


[137]

BEM ESTAR NO TRABALHO – UMA REALIDADE DOS SERVIDORES DA BIBLIOTECA DE CIÊNCIAS HUMANAS DA UFPR

NATHÁLIA RODRIGUES CARDOSO; IRANISE MORO PEREIRA JORGE; MARINA MARCONDES BRAGA; CARLA BEATRIZ DE SOUZA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: saúde do trabalhador; bem estar; terapia ocupacional

Resumo: Satisfação no trabalho, comprometimento e envolvimento são aspectos que integrados compreendem o bem estar no trabalho. Nesse sentido esses três componentes representam tanto de modo positivo quanto negativo as percepções do trabalho e organização. O presente estudo teve como objetivo identificar o nível de bem estar dos servidores no trabalho. A Biblioteca de Ciências Humanas da Universidade Federal de Paraná, localizada no campi da Reitoria possui 22 servidores, sendo que 12 participaram desta pesquisa, entre eles 03 do gênero masculino e 09 do feminino. Para tanto, utilizou-se a Escala de Bem Estar no Trabalho, que é composta por duas etapas. A primeira contempla aspectos relacionados aos afetos, sendo 09 itens correspondentes a afetos positivos e 12 itens negativos, totalizando 21 itens a serem mensurados numa escala em que 01 é referente a “nem um pouco” e 05 refere-se a “extremamente”. A segunda etapa contempla a expressividade/realização no trabalho, abordando 09 itens, que são mensurados numa escala em que 01 corresponde a “discordo totalmente” e 05 corresponde a “concordo totalmente”. Diante disso, a análise dos resultados foi obtida por maioria simples a partir das respostas da Escala. Em relação a primeira etapa, os itens correspondentes aos afetos positivos apresentam escore 04 (que equivale a “bastante”) para contente; para o escore 03 (moderadamente): alegre, animado, entusiasmado, feliz, disposto, empolgado, orgulhoso e tranquilo. Observa-se que para os afetos negativos a maioria dos servidores não expressou escores 05, 04 e 03 que equivalem a maior intensidade. Em relação ao escore 02 (um pouco) os itens mensurados foram: irritado, chateado e incomodado; com escore 01 (nem um pouco): preocupado, deprimido, entediado, impaciente, ansioso, frustrado, nervoso, tenso e com raiva. A segunda etapa da Escala apresentou resultados positivos em relação a 09 itens de situações correspondentes ao trabalho como, por exemplo: realização do potencial, satisfação, expressão das capacidades e alcance de metas. Destas, 02 itens obtiveram escore 05 (concordo totalmente), 05 itens com escore 04 (concordo) e 02 itens com escore 03 (concordo em parte). A partir dos resultados obtidos foi possível constatar que os servidores pontuaram mais aspectos positivos que negativos da escala, remetendo isso a uma satisfação em trabalhar na biblioteca. Por fim, a utilização de instrumentos como a Escala de Bem Estar é relevante na prática profissional do terapeuta ocupacional, uma vez que, possibilita o direcionamento da intervenção favorecendo o alcance dos objetivos traçados, da promoção da saúde e qualidade de vida do trabalhador.




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[137]

BEM ESTAR NO TRABALHO – UMA REALIDADE DOS SERVIDORES DA BIBLIOTECA DE CIÊNCIAS HUMANAS DA UFPR

NATHÁLIA RODRIGUES CARDOSO; IRANISE MORO PEREIRA JORGE; MARINA MARCONDES BRAGA; CARLA BEATRIZ DE SOUZA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: saúde do trabalhador; bem estar; terapia ocupacional

Resumo: Satisfação no trabalho, comprometimento e envolvimento são aspectos que integrados compreendem o bem estar no trabalho. Nesse sentido esses três componentes representam tanto de modo positivo quanto negativo as percepções do trabalho e organização. O presente estudo teve como objetivo identificar o nível de bem estar dos servidores no trabalho. A Biblioteca de Ciências Humanas da Universidade Federal de Paraná, localizada no campi da Reitoria possui 22 servidores, sendo que 12 participaram desta pesquisa, entre eles 03 do gênero masculino e 09 do feminino. Para tanto, utilizou-se a Escala de Bem Estar no Trabalho, que é composta por duas etapas. A primeira contempla aspectos relacionados aos afetos, sendo 09 itens correspondentes a afetos positivos e 12 itens negativos, totalizando 21 itens a serem mensurados numa escala em que 01 é referente a “nem um pouco” e 05 refere-se a “extremamente”. A segunda etapa contempla a expressividade/realização no trabalho, abordando 09 itens, que são mensurados numa escala em que 01 corresponde a “discordo totalmente” e 05 corresponde a “concordo totalmente”. Diante disso, a análise dos resultados foi obtida por maioria simples a partir das respostas da Escala. Em relação a primeira etapa, os itens correspondentes aos afetos positivos apresentam escore 04 (que equivale a “bastante”) para contente; para o escore 03 (moderadamente): alegre, animado, entusiasmado, feliz, disposto, empolgado, orgulhoso e tranquilo. Observa-se que para os afetos negativos a maioria dos servidores não expressou escores 05, 04 e 03 que equivalem a maior intensidade. Em relação ao escore 02 (um pouco) os itens mensurados foram: irritado, chateado e incomodado; com escore 01 (nem um pouco): preocupado, deprimido, entediado, impaciente, ansioso, frustrado, nervoso, tenso e com raiva. A segunda etapa da Escala apresentou resultados positivos em relação a 09 itens de situações correspondentes ao trabalho como, por exemplo: realização do potencial, satisfação, expressão das capacidades e alcance de metas. Destas, 02 itens obtiveram escore 05 (concordo totalmente), 05 itens com escore 04 (concordo) e 02 itens com escore 03 (concordo em parte). A partir dos resultados obtidos foi possível constatar que os servidores pontuaram mais aspectos positivos que negativos da escala, remetendo isso a uma satisfação em trabalhar na biblioteca. Por fim, a utilização de instrumentos como a Escala de Bem Estar é relevante na prática profissional do terapeuta ocupacional, uma vez que, possibilita o direcionamento da intervenção favorecendo o alcance dos objetivos traçados, da promoção da saúde e qualidade de vida do trabalhador.




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[144]

A VISÃO DO EMPREGADOR E DOS FAMILIARES SOBRE O DESEMPENHO NO TRABALHO DOS SUJEITOS COM EPILEPSIA.

LAUREN MACHADO PINTO1; PATRICIA SANTOS FERNANDES2; RENATO NICKEL2; CARLOS SILVADO1 

1.HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: epilepsia; trabalho; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: A epilepsia é uma condição neurológica comum que afeta diversas atividades dos sujeitos, dentre estas, o trabalho. Objetivo: Identificar a percepção dos familiares e empregadores sobre o desempenho no trabalho do sujeito com epilepsia. Metodologia: Estudo exploratório, descritivo, do tipo transversal. Foram selecionados para o estudo 80 empregadores e 80 familiares de pacientes atendidos no Ambulatório de Epilepsia de um Hospital de Alta Complexidade na cidade de Curitiba-PR após autorização prévia destes via assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). As variáveis foram classificadas na terminologia da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Resultados: Dos familiares selecionados, 68 (85%) aceitaram participar da pesquisa. Destes, 50 (73,5%) são do sexo feminino com média de idade de 44 (± 13,8) anos. Segundo estes familiares, a maioria (85,2%) dos pacientes não necessita de cuidado constante. Em relação ao desempenho no emprego, 49 (72%) acham que a pessoa com epilepsia pode trabalhar. Classificando os principais problemas relacionados com o desempenho para o trabalho na CIF foi encontrado os Fatores Ambientais (47%) e a Condição de Saúde (30,8%) como os fatores que mais atrapalham o sujeito a conseguir um emprego. Dos empregadores, 58 (72,5%) aceitaram participar da pesquisa. Todos os empregadores sabiam da condição de saúde dos sujeitos. Destes, 29 (50%) acreditam que a epilepsia atrapalha no trabalho e 43 (74,1%) relataram desconhecer legislação específica para sujeitos com epilepsia. A maioria dos familiares (58,8%) e dos empregadores (58,6%) entende a epilepsia como uma Condição de Saúde. Considerações Finais: A compreensão sobre a epilepsia por parte dos empregadores e dos familiares é baixo. A epilepsia, de acordo com a perspectiva da família, não é necessariamente uma condição incapacitante para o trabalho, contudo foi verificado que somente 50% dos empregadores têm a mesma perspectiva.





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[145]

LIMITAÇÕES DE DESEMPENHO OCUPACIONAL NO TRABALHO: A VISÃO DE PESSOAS COM EPILEPSIA

LAUREN MACHADO PINTO1 ; PATRICIA SANTOS FERNANDES2 ; RENATO NICKEL2 ; CARLOS SILVADO1 

1.HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: epilepsia; trabalho; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: O trabalho é uma das áreas mais afetadas nas pessoas com epilepsia. Objetivo: Descrever as principais dificuldades no desempenho ocupacional no trabalho de pacientes com epilepsia atendidos em um Hospital Universitário da Cidade de Curitiba/PR. Metodologia: Estudo descritivo, transversal, desenvolvido no período de março a dezembro de 2012, em que foram selecionados 80 pacientes (39 do sexo masculino e 41 do sexo feminino), na faixa etária entre 18 e 65 anos, sem nenhuma outra condição de saúde associada e que já tenham desenvolvido alguma modalidade de trabalho. Os pacientes foram avaliados mediante entrevista e aplicação de questionário semiestruturado não validado baseado na Goal Attainment Scaling (GAS), onde relataram as cinco principais dificuldades no trabalho. Os resultados foram classificados nos componentes da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), de tal forma que um mesmo domínio pode ser apresentado mais de uma vez, conforme queixas do paciente. Resultados: A média de idade foi de 37(±10,91) anos. Em relação a escolaridade 3(3,75%) são analfabetos, 18(22,5%) possuem o ensino fundamental incompleto, 18(22,5%) o ensino fundamental completo, 6(7,5%) o ensino médio incompleto, 29(36,25%) o ensino médio completo, 5(6,25%) o ensino superior incompleto e 1(1,25%) pós-graduação. Na avaliação da ocupação atual: 42(52,5%) desenvolvem emprego assalariado, 7(8,75%) são autônomos, 1(1,25%) é voluntário, 4(5%) são estudantes, 4(5%) donas(os) de casa, 3(3,75%) aposentados, 14(17,5%) desempregados(razão saúde) e 5(6,25%) desempregados (outra razão). Em relação ao ramo de atividade laboral, com classificação conforme o Código Brasileiro de Ocupações (CBO), identificou-se que 3 (3,75%) tem profissão no ramo das ciências e artes; 2 (2,5%) são técnicos de nível médio; 5(6,25%) em serviços administrativos; 32(40%) na função da prestação de serviços, vendas e mercado; 4(5%) em agropecuárias, florestais e pesca; 11(13,75%) na produção de bens e industriais e 23(28,75%) em serviços de reparação e manutenção. Os componentes da CIF relatados como limitadores ao desempenho do trabalho foram: 1 queixa quanto a condição de saúde; 35 quanto as funções do corpo; 84 quanto a atividade e participação; e 4 sobre fatores ambientais. Um total de 15(18,75%) pacientes não relatou dificuldades no trabalho. Considerações Finais: As limitações ao desempenho ocupacional no trabalho são multifacetadas. O grande número de queixas relacionadas à atividade e participação traz à tona a necessidade de que o terapeuta ocupacional tome para si esta responsabilidade, considerando sempre as necessidades da própria pessoa e as demandas do ambiente.



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[171]

ESTUDO DO RETORNO AO TRABALHO E DO DESEMPENHO OCUPACIONAL DE PACIENTES COM LESÃO DE PLEXO BRAQUIAL

ISABELA VINHARSKI VINHARSKI SCHEIDT1 ; ANGELA PAULA SIMONELLI1 ; DÉBORA REGINA DE OLIVEIRA MACHADO2

1.UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL; 2.HOSPITAL DO TRABALHADOR, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: lesão de plexo braquial; terapia ocupacional; retorno ao trabalho

Resumo: A lesão de plexo braquial ocorre quando há trauma de alta energia em decorrência de tração aplicada ao ombro. Como consequência, há perdas temporárias e permanentes das vias sensitivas e motoras que compõe o plexo, sendo considerada a lesão mais grave do membro superior. No Brasil, há poucos dados estatísticos sobre a incidência e estima-se que a proporção de acometimento é de 1,75 casos/100000 habitantes/ano. A referida lesão pode gerar consequências negativas ao indivíduo no que diz respeito ao engajamento em atividades que eram comuns em seu cotidiano, como, o trabalho. Objetiva-se verificar o retorno ao trabalho de pacientes acometidos por lesão do plexo braquial após tratamento de Terapia Ocupacional. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, aprovada pelo Comitê de Ética do Hospital do Trabalhador e em desenvolvimento no ambulatório de Terapia Ocupacional do mesmo hospital desde 15/11/2012. A amostra foi composta por 10 pacientes diagnosticados com lesão de plexo braquial em diferentes níveis. Utilizou-se entrevista semi-estruturada para o levantamento de dados sócio demográficos, referentes ao retorno ao trabalho e autopercepção do desempenho ocupacional em atividades de autocuidado, trabalho e lazer. Verificou-se que 100% (10) da amostra sofreu trauma por acidente motociclístico, sendo 10% (1) do sexo feminino e 90% (9) do sexo masculino. Destes 100% (10) estão na faixa etária economicamente ativa (20 anos a 45 anos). Quanto ao tempo de lesão 30% (3) foram acometido há mais de um ano e meio 70% (7) há menos de um ano e meio. Em relação ao trabalho, retornaram ao mercado, 50% (5) pessoas, sendo que quatro retornaram a mesma função e um foi colocado em função diferente, 10% (1) participa do programa de reabilitação profissional do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), 20% (2) estão afastados e recebendo benefício do INSS e 20% (2) não retornaram. As atividades de autocuidado de manipulação de talheres e amarração de cadarços foram elencadas como as maiores dificuldades de desempenho, e as de lazer foram consideradas irrelevantes. Verificou-se que o processo de reabilitação nesses casos pode ser longo, visto que dos sujeitos que retornaram ao trabalho 3 acidentaram-se há mais de um ano e meio. Ressalta-se que o nível da lesão interfere substancialmente no processo de reabilitação e retorno ao trabalho. Além disso, 2 sujeitos retornaram sem concluir a reabilitação, pois são autônomos e não possuem vínculo empregatício para receber o beneficio previdenciário. Desta forma, a atuação do terapeuta ocupacional é relevante para a recuperação das habilidades prejudicadas, contribuindo para a melhora do desempenho nas atividades de trabalho.



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[208]

O TRABALHO DE COZINHEIRAS E OS DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES: RELAÇÕES COM ASPECTOS DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

HELLEN SUZEL CARMONA; MARIA DO CARMO BARACHO DE ALENCAR

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP) - CAMPUS BAIXADA SANTISTA, RIO CLARO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: transtornos traumáticos repetitivos; organização e administração; manipulação de alimentos

Resumo: Introdução: O setor de alimentação é um dos setores que sofreram muitas mudanças nos últimos anos em relação ao trabalho, e entre os acometimentos relacionados à saúde junto aos cozinheiros estão os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT). Objetivo: Investigar sobre os distúrbios osteomusculares em cozinheiros de Escolas Públicas na Baixada Santista, e as relações com aspectos da organização do trabalho em uma das Escolas. Metodologia: Foram selecionadas aleatoriamente três (n=3) escolas públicas do ensino infantil da Baixada Santista, com número de alunos igual ou superior a duzentos, e que ofereciam alimentação aos alunos. Na primeira etapa foram levantados os dados gerais das escolas, e aplicado um questionário junto aos cozinheiros, contendo: dados demográficos, questões sobre o trabalho, e queixas de sintomas osteomusculares com base no Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares- QNSO. Na segunda etapa, foi selecionado aleatoriamente uma dessas escolas, para o levantamento e seleção de tarefas, e observações sistemáticas das atividades de trabalho. Posteriormente foi elaborado um roteiro para entrevistas, com questões sobre: dificuldades encontradas, como se sente no trabalho, entre outras. As entrevistas tiveram uma duração aproximada de 60 minutos e foram transcritas na íntegra para análise de conteúdo por categorias (BARDIN, 2010). Os dados foram depois validados junto aos trabalhadores. Resultados: Da primeira etapa participaram 17 cozinheiras, das três escolas, todas do gênero feminino, idade de 24 a 64 anos, a maioria, 64,7% com escolaridade de ensino médio completo. As regiões corporais mais acometidas pelos distúrbios osteomusculares nos últimos sete dias foram: pernas e pés (35,3%), lombar (17,6%), ombros (17,6%), entre outras. Da segunda etapa, a Escola selecionada contava com 200 alunos, e havia 10 turmas para quatro refeições diárias por turma. Havia quatro cozinheiras, idade entre 24 e 63 anos, e com distúrbios osteomusculares nos últimos sete dias em região lombar. Foram observadas as tarefas de: preparo do almoço, servir o almoço e lavar louça. Tanto através das observações quanto das entrevistas realizadas foram encontrados alguns aspectos da organização do trabalho que geravam desgaste: exigências de ritmo acelerado e repetitividade, sobrecargas nas ausências de trabalhador, junto aos horários das refeições por turmas, falta de treinamento prévio, conflitos no trabalho, entre outras. Considerações Finais: Aspectos da organização do trabalho devem ser considerados na prevenção de distúrbios osteomusculares e a Terapia Ocupacional pode contribuir para a prevenção.



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[219]

AVALIAÇÃO DA INCAPACIDADE PARA O TRABALHO: UM ESTUDO DE CASO SOBRE LER/DORT

DANIELA DA SILVA RODRIGUES 1 ; DANIEL MARINHO CEZAR DA CRUZ 2

1. UNB, BRASÍLIA, DF, BRASIL; 2. UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: saúde do trabalhador; instrumento dash; ler/dort

Resumo: Introdução: as mudanças no mundo do trabalho, a adoção de novos paradigmas organizacionais e de práticas de controle e avaliação de desempenho revelam uma precarização do trabalho. As condições aos quais os trabalhadores são submetidos, muitas vezes precárias e inadequadas, caracterizam um ambiente patogênico e perigoso causador das incapacidades e afastamento do trabalho. Objetivo: avaliar o impacto da LER/DORT na funcionalidade de uma trabalhadora. Metodologia: a partir de um Estudo de Caso com uma trabalhadora de 31 anos, de uma empresa do ramo alimentício do interior do estado de São Paulo, cuja função era a de auxiliar de produção há cinco anos, realizando uma jornada de oito horas de trabalho. A queixa era de dor na região lombar e dor em ombro direito, com diminuição da amplitude articular para o movimento de elevação e abdução do ombro. Como pressupostos para a avaliação foram utilizados os conceitos da CIF, por se apresentar como um modelo não reducionista compreendendo a incapacidade e a doença como consequência de fatores ambientais; que podem influenciar nas atividades e participação, neste caso, das condições de trabalho. As análises realizadas junto à trabalhadora buscaram a identificação da (in) capacidade para o trabalho e perpassaram por avaliações individuais através de entrevistas abertas e de instrumentos padronizados para compreender o processo de incapacitação. Neste estudo foi utilizado o instrumento DASH, que avalia função e sintomas no membro superior sob a perspectiva do paciente. Resultados: os achados revelaram que a trabalhadora apresentou muitas limitações relacionadas às AVD, AIVD, além de atividades de trabalho ou produtivas. A trabalhadora vivenciou tais atividades com muitas dificuldades e dor na execução das mesmas, por exemplo, nas tarefas domésticas (varrer, lavar o chão) ou preparar uma refeição. Os resultados do DASH apontaram 80% de dificuldades para desempenhar atividades físicas, 64% com relação Anais aos sintomas de dores e fraquezas, devido ao seu acometimento e 85% no que diz respeito à participação social, sono e autoimagem. Conclusão: a aplicação de instrumentos padronizados pode nortear o processo de reabilitação profissional, para um atendimento individualizado ou para o tratamento em grupo terapêutico, onde o terapeuta pode, ao tomar consciência dos casos, dos limites físicos e psíquicos e das diferentes formas de participação social desses indivíduos, possibilitar que estes experimentem novas formas de se constituir como ser participativo, como sujeitos de seu processo saúde-doença-trabalho, no entendimento da sua atual capacidade laborativa, vislumbrando um retorno seguro e saudável ao trabalho.



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[238]

TERAPIA OCUPACIONAL E GERAÇÃO DE TRABALHO E RENDA: AS EXPERIÊNCIAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

GIOVANA GARCIA MORATO; ISABELA OLIVEIRA LUSSI

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: geração de trabalho e renda; saúde mental; terapia ocupacional

Resumo: As oficinas de geração de trabalho e renda representam um dos dispositivos criados ao longo do processo de transformação da assistência em saúde mental e têm se mostrado importantes instrumentos no processo de inserção social das pessoas com transtorno mental. Um documento do Ministério da Saúde aponta que em maio de 2006 havia 230 iniciativas de geração de trabalho e renda no campo da saúde mental cadastradas no CIST (Cadastro de Iniciativas de Inclusão Social pelo Trabalho) no Brasil. Em documento recente deste órgão um levantamento relativo ao período de 2005 a 2012 apontou que o número destas iniciativas subiu para 660 evidenciando um crescente uso desse dispositivo como recurso no processo de inclusão social dos usuários da saúde mental. Um dos contextos de atuação do terapeuta ocupacional no campo da saúde mental são as oficinas de geração de trabalho e renda. Pela história da constituição da Terapia Ocupacional como profissão sustenta-se que o terapeuta ocupacional tem grande potencial para coordenar experiências de geração de trabalho e renda no âmbito da saúde mental. O presente estudo teve como objetivos identificar quantas das experiências de geração de trabalho e renda no estado de São Paulo cadastradas no CIST contam com a participação de terapeutas ocupacionais; caracterizar estas experiências e identificar se estas experiências estão vinculadas ao movimento da economia solidária". Trata-se de um estudo transversal descritivo de abordagem qualitativa. Foram sujeitos deste estudo terapeutas ocupacionais que trabalham em experiências de geração de trabalho e renda no estado de São Paulo cadastradas no CIST. Para a coleta de dados, foi utilizado questionário semiestruturado. Os dados coletados foram analisados de maneira descritiva. Os resultados apontam que das 97 experiências contatadas, 56 estão em funcionamento e apenas 43 têm objetivo de geração de trabalho e renda ou fomento ao trabalho. Destas, 17 contam com terapeutas ocupacionais na equipe. Das 10 experiências participantes no estudo, metade se trata de serviços de geração de trabalho e renda; a maioria tem mais de 5 anos de funcionamento, atende somente usuários da saúde mental e desenvolve atividades de produção, e apenas uma não está vinculada ao movimento da economia solidária. Percebe-se que os terapeutas ocupacionais que trabalham junto às experiências de geração de trabalho e renda no campo da saúde mental desenvolvem sua prática ancorados nas atuais políticas públicas de saúde mental e economia solidária. Conclui-se que a aproximação entre saúde mental e economia solidária potencializou as iniciativas de geração de trabalho e renda como recursos de reabilitação psicossocial.




- TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E AÇÕES DE TRABALHO E EMPREGO 


[239]

STRESS E ATITUDES DIANTE DA MORTE EM PROFISSIONAIS NA ÁREA DE CUIDADOS PALIATIVOS

RAYANA DIAS SANTOS; NILSON ROGERIO DA SILVA

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP, MARÍLIA, SP, BRASIL.

Palavras-chave: stress; reações diante da morte; contexto hospitalar

Resumo: O ambiente hospitalar pode se constituir em um meio que favoreça o adoecimento dos profissionais da saúde em função da presença de inúmeros fatores que podem ser considerados como estressores, e, sobretudo, no caso de pacientes em cuidados paliativos, cujo contato constante com a morte pode desencadear reações e atitudes negativas. O presente projeto tem como objetivo avaliar a presença de indicadores de estresse e atitudes diante da morte junto a profissionais que atendem pacientes em cuidados paliativos. Participaram da pesquisa 14 profissionais (enfermeiro, auxiliares de enfermagem, médico, fisioterapeuta, nutricionista, assistente social, pedagogo, fonoaudiólogo e psicólogo, terapeuta ocupacional e estagiários). A pesquisa foi realizada no Hemocentro de um hospital localizado em uma cidade do interior do Estado de São Paulo. Para a coleta de dados foram utilizados três instrumentos: 1) Roteiro para caracterização dos participantes; 2) O Inventário de Sintomas de Stress de Lipp – ISSL e 3) Perfil de Atitudes Perante a Morte – Revisto (DAP-R). Os resultados parciais do presente estudo revelam que apesar dos profissionais lidarem com certa freqüência com a morte de pacientes, todos relataram não ter recebido treinamento sobre o tema, apontando a falta de suporte para lidar com a morte como uma das principais dificuldades encontradas no trabalho, seguida pelas condições de trabalho de forma geral. Quanto ao stress, metade (50%) dos profissionais que participaram do presente estudo apresentou indicadores de stress em pelo menos uma de suas fases. Observou-se que 28,6% dos participantes encontram-se na fase de Resistência, 14,4% encontram-se na fase de alerta combinada com a fase de resistência e 7% encontram-se na combinação entre as fases de alerta, resistência e exaustão, fase mais crítica do stress, podendo ocorrer exaustão psicológica e física. Ao ser estudado o enfrentamento da morte, verificou-se que 49,4% dos profissionais demonstraram ter medo da morte e que uma parcela maior, 53%, evita este tema. Apesar de terem demonstrado essa dificuldade em lidar com a morte, 49,4% dos participantes relataram encarar a morte como algo natural no ciclo da vida, não a temendo e nem a desejando. Significativa parcela dos profissionais (58,6%) possui a aceitação religiosa, na qual pressupõe-se a crença em uma continuidade mais feliz após a morte, o que deveria diminuir o medo referente a este tema. Pode-se observar ainda, que 40% dos participantes demonstraram considerar a vida repleta de dificuldades e encarar a morte como uma saída, um alívio ao sofrimento, visão que pode estar associada à crença na continuidade após a morte.




- TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E AÇÕES DE TRABALHO E EMPREGO 


[255]

CONSEQUÊNCIAS DA DISTONIA FOCAL NA ATIVIDADE OCUPACIONAL DE MÚSICOS INSTRUMENTISTAS

MAÍSA RESENDE LEITÃO; LAURA HELENA MACULAN DE OLIVEIRA MELO; RONISE COSTA LIMA

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS, BH, MG, BRASIL.

Palavras-chave: distonia focal; músico; saúde ocupacional

Resumo: A distonia é caracterizada por espasmos musculares involuntários que produzem movimentos e posturas anormais. Considerando que a distonia focal (DF) leva a movimentos involuntários durante uma atividade específica, e que o músico precisa de muita destreza e precisão de movimentos para desempenhar a sua atividade, é possível que os instrumentistas com DF apresentem dificuldades em realizar suas atividades ocupacionais, podendo interferir inclusive na sua qualidade de vida. Objetivo: Analisar e descrever quais são as consequências da distonia focal na atividade ocupacional de músicos instrumentistas. Metodologia: Estudo descritivo, transversal, com abordagem qualitativa. Participaram 6 músicos instrumentistas com distonia focal assistidos no Serviço Especial em Saúde do Trabalhador (SEST/HC/UFMG) e no Núcleo de Atenção Integral à Saúde do Músico (EXERSER). Utilizou-se da análise do conteúdo, por meio da análise temática. Resultados Dentre os 6, todos são do sexo masculino, 3 tinham DF na boca, e os demais em um dos dedos da mão. Foram 3 instrumentistas de sopro e 3 de cordas. Começaram seus estudos entre 9 e 17 anos. A DF surgiu quando estavam no auge de suas carreiras tendo uma rotina de trabalho e estudo totalizando em média 12 h/dia. Os principais sinais e sintomas foram: cansaço, movimentos involuntários, tremor, descontrole muscular, dor e alterações no humor. Realizaram várias formas de tratamentos, que melhoram a sintomatologia. Dos 6 músicos 3 estão em tratamento e os demais estão de alta. Considerações Finais: Eles associam a DF com a sobrecarga de trabalho que gerou expressivo desgaste físico e mental, associado a algum fato importante na família ou profissional e a busca pela perfeição da atividade. A DF trouxe várias consequências na atividade ocupacional destes músicos sendo a queda no rendimento e na performance um ponto em comum. "Saber que eu tinha distonia foi um tiro no pé. As pessoas que me diagnosticaram não conhecem o mercado musical. “O neurologista falou que minha carreira de músico havia acabado.” Os músicos escondem a doença com medo de perderem mercado. "A distonia foi uma bomba, se eu não paro, eu poderia ter um problema maior”. “Pensei em largar tudo, eu não tocava direito. Perdi a alegria de tocar, tudo ficou difícil. Parece que todos percebem. Parecia que não estudava e eu estudava muito. É um terror, eu ficava nervoso. Buscava tocar perfeitamente, eu olhava para a mão o tempo todo. Quando eu dormia eu via minha mão, uma obsessão."



- TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, NOS PROGRAMAS E NAS AÇÕES ARTÍSTICAS E CULTURAIS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS 


[293]

TERAPIA OCUPACIONAL E ARTE: O TEATRO COMO DISPOSITIVO DE ENFRENTAMENTO A SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL DE JOVENS E ADOLESCENTES

LUEINE MILCZEVSKY; CHRISTIANE SIEGMANN

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PATANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; teatro do oprimido; adolescente

Resumo: Introdução: O adolescente brasileiro sofreu um processo histórico de desvalorização e privação, colocando grande parcela dessa população em situação de vulnerabilidade social. Torna-se necessário desenvolver ações que favoreçam a apropriação de direitos, a participação política, social e cultural dessa população de maneira criativa e eficiente. Considerando que a Política Nacional de Assistência Social (2004) e o Plano Nacional de Cultura (2010) prevêem o envolvimento de adolescentes com as atividades, buscou-se estudar a utilização do teatro como um dispositivo de enfrentamento à vulnerabilidade social. Objetivos: Investigar e reconhecer o teatro como uma manifestação artística com potencial de fomentar a participação sociocultural de adolescentes; identificar as práticas de terapia ocupacional que utilizam o teatro. Metodologia: Revisão de literatura através de pesquisa bibliográfica, no período de 2001 até 2012, nas bases de dados nacionais com descritores: adolescentes, Terapia Ocupacional, arte, teatro, teatro do oprimido, vulnerabilidade e ação intersetorial, e as combinações entre eles possíveis, e em anais de congressos brasileiros de Terapia Ocupacional de 2005-2009. Discussão: Após pesquisa inicial, foram encontrados 13 trabalhos de terapeutas ocupacionais, sendo 7 selecionados para leitura analítica pois desenvolviam ações com adolescentes. A análise dos trabalhos selecionados evidenciou ações vinculadas a universidades e desenvolvidas no Campo Social, sendo que 5 utilizam o Teatro do Oprimido como principal vertente teatral, pelo potencial de fomentar o diálogo e reflexão sobre a realidade, construir formas de enfrentamento à violência, favorecer a descoberta e fortalecimento de habilidades, favorecer a participação sociocultural e promover o protagonismo juvenil. Considerações Finais: A partir dos relatos de experiência, visualiza-se a vivência teatral como uma forma de ampliar os horizontes dos jovens, favorecendo a descoberta e o desenvolvimento de seu potencial criativo e transformador das realidades opressoras. As experiências teatrais resgatam a capacidade do jovem de acreditar em si mesmo e fornecem a ele uma nova ferramenta de enfrentamento as situações de violência e vulnerabilidade social. O enredo social cujo elenco é formado por jovens e adolescentes pode então se tornar um belo espetáculo social, onde oprimidos encontram o caminho para a liberdade, onde a negação de direitos aos poucos sucumbe à cidadania plena, onde as políticas públicas protegem os jovens, garantem e efetivam o acesso à arte e à cultura. Jovens e adolescentes empoderados, sendo atores e autores de cenas de liberdade e cidadania, protagonistas de sua própria história.



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[298]

A SUCATA NA (RE)SIGNIFICAÇÃO DO ESPAÇO HOSPITALAR: TRILHAS DE ATENÇÃO AO ACOMPANHANTE

CIBELE BRAGA FERREIRA NASCIMENTO 1 ; CÁRITA LORENA RAMOS GURJÃO 2 ; CLÁUDIA MÁRCIA LIMA DA COSTA 2

1.UFPA, BELÉM, PA, BRASIL; 2. UEPA, BELÉM, PA, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; sucata; acompanhante

Resumo: A relação pessoa-ambiente-ocupação é reconhecida por alguns teóricos como a chave de análise do fazer terapêutico ocupacional (T.O.), portanto compreender os significados atribuídos ao ambiente reflete a forma como o engajamento ocupacional acontece. No ambiente hospitalar, os acompanhantes também se encontram hospitalizados, pois estão sujeitos a alterações de rotinas ocupacionais e privação/reconstrução de relações interpessoais, apesar de não receberem tratamento invasivo, por isso vivências pregressas e/ou atuais de hospitalização têm significados multiformes pelo acompanhante, em sua maioria de modo negativo. Assim, esta pesquisa tem o objetivo de evidenciar o potencial terapêutico do recurso sucata na (re)significação do ambiente hospitalar, como uma proposta de intervenção junto aos acompanhantes. A pesquisa é do tipo qualitativa, estudo de caso múltiplo, composto por cinco sujeitos e pesquisa-ação. Evidencia-se um dos encontros com os acompanhantes, intitulado “Sucata e (re)criação”, composto pela produção artística/artesanal de uma maquete de hospital com sucata hospitalar (de acordo com normas de biosegurança e mediante autorização da chefia do setor), e posterior apresentação do material produzido, identificando a possibilidade de se (re)significar o ambiente hospitalar a partir de atividades artísticas. Utilizou-se a análise do conteúdo narrado e produzido. Encontrou-se as seguintes categorias: a vivência artística da sucata como forma de reconstruir o espaço hospitalar; materialização do desejo/necessidades dos acompanhantes sentirem-se como usuários do serviço; sucata como instrumento transformador da realidade e formas de externar os significados compartilhados socialmente. Observou-se que o tipo de recurso utilizado contribuiu para a filiação à atividade, (re)criando experiências, conceitos e significados. A reconstrução do hospital, por meio da sucata, como catálise poético-existencial, é compreendida a partir da reconstrução de significados negativistas, circunscritos não só na obra de arte produzida, mas incutidos na forma como os sujeitos se engajavam/empoderavam no/do ambiente hospitalar. Deste modo, utilizar recursos que favoreçam a criatividade e expressividade, como a sucata, contribui para um período de hospitalização mais significativo e possibilita o desbravar de uma trilha de atenção ao acompanhante que favoreça a (re)construção de significados acerca do ambiente e consequentemente melhores formas de engajar-se em ocupações significativas e necessárias durante a internação, percebendo no tripé T.O. pessoa-ambiente-ocupação uma intervenção fundamentada e frutífera.




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[309]

A INFLUÊNCIA DO ESTRESSE NA PERFORMANCE OCUPACIONAL DO TRABALHADOR: UM OLHAR TERAPÊUTICO OCUPACIONAL

VÍTOR DE VILHENA SANTOS; THAISSA THAYARA MACHADO PINTO; LUCAS FRANÇA ALFONSO; RODRIGO CORREA NOGUEIRA; NONATO MÁRCIO CUSTÓDIO MAIA SÁ

UEPA, BELÉM, PA, BRASIL.

Palavras-chave: estresse; performance ocupacional; trabalho

Resumo: Introdução: O estresse é uma reação psicofisiológica complexa que apresenta em sua gênese a necessidade do organismo fazer frente a algo que ameace sua homeostase, podendo ainda ocorrer diante a determinados estressores inerentemente negativos, como a dor, fome, frio etc. O estresse pode ocorrer em qualquer ambiente social ao qual o sujeito faz parte, incluindo o ambiente de trabalho, podendo ter origem a partir de uma ampla e diversificada gama de circunstâncias. Esta situação agrava-se principalmente quando o trabalhador não sente significativo apoio advindo de seus superiores e colegas. Segundo o Modelo Canadense de Performance Ocupacional, existem três elementos principais que devem funcionar de forma harmoniosa para que uma determinada atividade possa ser realizada de maneira otimizada: a pessoa, o ambiente e a ocupação. De acordo com Hagedorn (2003) caso um desses três elementos estiver deficitário, a performance ocupacional do sujeito estará igualmente deficitária. Partindo desta premissa, acredita-se que para que o trabalhador atinja 100% de produtividade em seu trabalho esses três elementos terão de estar funcionando de maneira equilibrada. Objetivo: Este trabalho objetiva discutir o impacto que o estresse causa na performance ocupacional do trabalhador e consolidar bases teóricas para a atuação da Terapia Ocupacional neste contexto. Metodologia: A seguinte pesquisa baseou-se numa revisão de literatura, verificada nas principais referências bibliográficas a cerca do tema, compreendidas entre os anos de 2000 e 2013, e encontrada em portais de pesquisa científica como SCIELO, CAPES e OMS. Discussão: Durante as pesquisas realizadas, observou-se que embora este tema seja de extrema relevância para os profissionais da saúde, especialmente para os terapeutas ocupacionais, por se tratar de disfunções ocupacionais, não há até o presente momento trabalhos na comunidade acadêmica que discuta de forma incisiva sobre este tema, principalmente no que se refere a literaturas especificas da Terapia Ocupacional. Logo, acredita-se que este trabalho apresenta importância significativa, como instrumento de reflexão e motivação para a produção de novos conhecimentos relacionados ao tema. Considerações Finais: O estresse é entendido como um fator que interfere no bem estar do trabalhador, bem como na produtividade da empresa, pois o trabalhador estressado não atinge a mesma eficácia que um trabalhador com o nível de estresse melhor conduzido. Portanto, a intervenção terapêutica ocupacional é válida para ambos, empresa e trabalhador em prol da otimização da qualidade de trabalho e, consequentemente, diminuição dos níveis de estresse, melhorando a performance laboral.




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[318]

ESTUDO SOBRE DOENÇAS OCUPACIONAIS EM MEMBROS SUPERIORES REGISTRADOS NO CEREST RIO CLARO-SP

ADRIANE GUZMAN PASCULLI; JOSÉ CARLOS DUARTE

CENTRO DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR, RIO CLARO, SP, BR.

Palavras-chave: doenças relacionadas ao trabalho; afecções musculoesqueléticas; Cerest

Resumo: Introdução: Com as constantes transformações na sociedade capitalista e o crescimento no setor de serviços, as afecções musculoesqueléticas relacionadas ao trabalho tem representado o principal grupo de agravos à saúde e um grave problema de saúde pública. Os Distúrbios Osteomusculares relacionados ao Trabalho são decorrentes da organização do trabalho que os trabalhadores são submetidos com sobrecarga musculoesquelética e esforço físico. Os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador são instituições de saúde que fazem parte do Sistema Único de Saúde que buscam atender a questões relativas à saúde dos trabalhadores, promovendo ações que visam melhorar as condições de trabalho na perspectiva da prevenção, promoção à saúde, reabilitação e vigilância. Objetivo: Identificar os agravos ocupacionais em membros superiores registrados no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador do município de Rio Claro-SP. Metodologia: Foi realizado levantamento dos dados das notificações dos agravos ocupacionais registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN NET) nos anos de 2010 a 2012. No SINAN NET foram selecionados dados que caracterizavam os agravos ocupacionais como gênero, faixa etária, ramo de atividade e tipo de lesão. Resultados/Discussão: De acordo com o levantamento, as notificações de doenças relacionadas ao trabalho em membros superiores foram relevantes, com maior prevalência das notificações em mulheres e faixa etárias dos 30 aos 49 anos. O número de notificações nas indústrias de transformação foi maior em relação aos demais ramos de atividades, seguida pela administração pública e serviços, o que está relacionado ao grande número de empresas na região de Rio Claro. As doenças osteomusculares mais frequentes, identificadas no estudo, foram Sinovites e Tenossinovites não especificadas, Bursite de ombro, Epicondilite lateral e Síndrome do Túnel do Carpo, cuja sintomatologia deve ser prevenida ou amenizada por meio de ações multiprofissionais. Considerações Finais: Entende-se com este estudo que as doenças osteomusculates afetam os trabalhadores dos diferentes ramos de atividades laborativas em decorrência da organização do trabalho, as quais os funcionários são submetidos. Em todos os aspectos analisados os dados corroboram com a literatura, não sendo diferente dos dados apresentados e identificados por diversos autores, enfatizando que a organização do trabalho e as exigências das tarefas são os principais fatores causadores desses agravos. É importante ressaltar a necessidade de ações que colaborem para a melhoria das condições de trabalho e influenciem de forma positiva na qualidade de vida dos trabalhadores.



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[319]

A EXPERIÊNCIA DA TERAPIA OCUPACIONAL NA IMPLANTAÇÃO DE UMA PARCERIA NO SESMT DE UM HOSPITAL

DANIELE RODRIGUEZ ZOLDAN 1; TATIANA ANDRADE JARDIM 1; RENATA CORADINE MEIRELES 1; MARIA TERESA BRUNI DALDON 2

1.UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP, BR; 2.CENTRO DE REFERÊNCIA- FO, SP/SP, BR.

Palavras-chave: saúde do trabalhador; terapia ocupacional; situação real de trabalho

Resumo: Introdução: A evolução das relações entre saúde e trabalho tem sua origem e desenvolvimento determinado por cenários políticos e sociais, passando pela criação da Medicina do Trabalho, Saúde Ocupacional e, atualmente, da Saúde do Trabalhador (ST). As diferentes denominações decorrem das mudanças de paradigma de um tratamento hegemônico e reducionista, médico centrado e com ações baseadas no controle de riscos do ambiente, para a necessidade de atuação multidisciplinar que passe a considerar o processo de trabalho e a interlocução com os trabalhadores. Na atualidade, a responsabilidade por ações com essa nova perspectiva tem sido um desafio para instâncias envolvidas na ST (Ministério da Previdência Social, Ministério da Saúde e instituição empregadora), sendo a responsabilidade das instituições empregadoras na prevenção e promoção da saúde dos trabalhadores o foco desse estudo. Objetivo: Refletir acerca da contribuição da Terapia Ocupacional (TO) junto a um Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) de um Hospital da cidade de São Paulo. Metodologia: Trata-se de um Estudo de Caso, sendo esse a atuação da TO junto ao SESMT do referido hospital. Os procedimentos utilizados foram: coleta de dados a partir de documentos da parceria estabelecida com o serviço, da atuação desenvolvida no período de um ano e entrevista semi-estruturada com elementos chave dessa parceria. Resultados/ Discussão: A parceria entre os profissionais do SESMT e a equipe de TO foi definida a partir da delimitação e compreensão de um escopo de atuação da Terapia Ocupacional: contribuições para a compreensão das atividades reais de trabalho; publico alvo e abrangência. Foram desenvolvidos instrumentos norteadores para anamnese do trabalhador e avaliação do posto de trabalho, que contribuíram para decisão da necessidade de mudanças e/ou viabilidade de permanência do trabalhador com restrição na situação de trabalho. A participação dos trabalhadores no processo e validação das mudanças contribuiu para a realização de transformações que traduzem suas reais necessidades. O reconhecimento do trabalho realizado resultou em ampliação dos objetivos iniciais da parceria, no aumento da demanda dos profissionais do SESMT e demanda direta de setores do Hospital. Também resultou na ampliação de ações focadas no indivíduo e sua situação de trabalho para ações de caráter coletivo e preventivo nas situações reais de trabalho. Considerações Finais: A atuação da TO deu relevância à contribuição desse profissional na investigação e intervenção nos processos reais de trabalho, transpondo o distanciamento existente entre a equipe do SESMT e a realidade do trabalhador in locus.



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[320]

INTERVENÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO ACOMPANHAMENTO DA RESTRIÇÃO LABORAL: UM ESTUDO DE CASO

RENATA CORADINE MEIRELES; DANIELE RODRIGUEZ ZOLDAN; SABRINA DE MELLO RODRIGUES; TATIANA ANDRADE JARDIM

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: saúde do trabalhador; restrição laboral; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: Este trabalho é parte dos resultados obtidos através da parceria entre a equipe de Terapia Ocupacional (TO) da Residência Multiprofissional em Promoção da Saúde e Cuidado na Atenção Hospitalar - Área de Concentração Saúde e Trabalho (Universidade de São Paulo) e o Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) de um hospital referência na América Latina. Esta parceria visa o acompanhamento dos trabalhadores que possuem restrições laborais e/ou que estão em processo de retorno ao trabalho, buscando favorecer sua permanência no mesmo com qualidade e preservação da saúde. Objetivo: Apresentar e refletir sobre a atuação da terapia ocupacional, num contexto de parceria de intervenção junto ao SESMT do hospital, visando promover a permanência no trabalho de um trabalhador com restrição laboral. Metodologia: apresentação de um caso de acompanhamento da restrição laboral, indicando as etapas de intervenção previstas na atuação da Terapia Ocupacional. Trata-se de um estudo de caso, no qual o material consiste em um trabalhador do sexo feminino, do setor de farmácia, função de auxiliar de saúde, em restrição laboral há 4 anos. Resultado/Discussão: A intervenção foi composta de: contato com o setor; apresentação da proposta de acompanhamento; anamnese; avaliação da situação de trabalho; discussão do caso com a equipe SESMT; discussão do caso com a chefia imediata do trabalhador; validação das propostas de adequação da atividade conforme a restrição laboral; e acompanhamento/reavaliação. Destaca-se a importância da realização de análises específicas sobre o trabalho, dada à natureza das diferentes ocupações e restrições dos trabalhadores do Hospital. No caso aqui apresentado, fez-se relevante o envolvimento e adesão da trabalhadora durante todo o processo de intervenção da Terapia Ocupacional, contribuindo na compreensão do real de seu trabalho e no desenvolvimento de propostas efetivas de adequação de aspectos das condições e organização do mesmo. Outro aspecto relevante foi a colaboração da chefia imediata no acompanhamento e discussão de melhorias necessárias. Houve lentificação na implantação de mudanças devido ao sistema de gestão do hospital e de dificuldades de comunicação no setor. Considerações Finais: Destaca-se a importância da atuação da Terapia Ocupacional nesse acompanhamento, possibilitando a melhora da comunicação e a compreensão da restrição laboral no contexto da realidade de trabalho do trabalhador, enriquecendo, assim, a atuação do SESMT na resolutividade dos casos de restrição laboral.



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[329]

TERAPIA OCUPACIONAL, COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL: A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS MIDIÁTICOS COM JOVENS

CARLA REGINA SILVA; ISADORA CARDINALLI

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BR.

Palavras-chave: blog/recursos midiáticos; ampliação da participação social; terapia ocupacional

Resumo: Este trabalho, fruto de um Trabalho de Conclusão de Curso, integrou conceitos e práticas culturais, comunicativas e da Terapia Ocupacional Social. Foram utilizados recursos midiáticos como ferramentas potencializadoras das formas de comunicação e participação social de jovens em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Teve como objetivo a ampliação do repertório de atividades e ações da população envolvida, a criação de redes de sociabilidade e a promoção do acesso consciente a bens sociais e culturais interativos, através de ações conjuntas com o Projeto de Extensão Universitária Talentos Juvenis do Gonzaga [1]. Propôs-se a utilização de recursos como blog, fotografia, audiovisual e fanzine em Oficinas de Atividades desenvolvidas com jovens em um Centro da Juventude de uma região periférica da cidade de São Carlos - SP. A experiência com tais recursos promoveu a reflexão sobre novos conceitos, equipamentos e técnicas, antes pouco disponíveis e acessíveis, assim como, a ampliação do repertório cultural da população envolvida. As atividades e os registros no blog foram realizados de forma participativa pelos jovens, divulgando ações e espaços comunitários e modificando papéis, identidades e atuações sociais nas diferentes redes de relações. Os recursos favoreceram o desenvolvimento da expressão e comunicação, influenciando positivamente a elaboração de projetos de vida. As publicações no blog resultaram na autovalorização, criando pertencimento aos espaços e às redes de relações, como sujeitos com direito à cultura, sujeitos sociais e singulares. A divulgação de ações comunitárias e a expansão das fronteiras socioculturais estabeleceram novas formas de participação social, reconhecimento dos espaços de pertencimento e projeção de mundos. A partir de tal experiência, pode-se discutir sobre a potencialização de recursos, possibilidades e interconexões, dimensões que nem sempre alcançamos no real. Conquistou-se uma potencialização das ações dos jovens, na tentativa de transformar a ótica social vigente e estigmatizada em torno do jovem pobre. Além de ampliar o escopo de recursos para a terapia ocupacional, abrindo espaços, reais e virtuais, de experiências coletivas e de sociabilidade, de ação, reflexão e transformação da realidade em que se vive. [1] Projeto elaborado pelo Núcleo UFSCar do Programa Metuia – Terapia Ocupacional no Campo Social, com financiamento pela Pró-Reitoria de Extensão – Proex UFSCar através do Edital de Atividades Artístico Culturais.



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[342]

PONTO DE ENCONTRO E CULTURA ITINERANTE: ESTRATÉGIAS PARA CONSTRUÇÃO E FORTALECIMENTO DE REDES SOCIAIS E DE IDENTIDADES

YASMIN FELICIA MUSSI DE MOURA; DEBORA GALVANI

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; cultura; sarau

Resumo: Introdução: Esse resumo se refere a um projeto de extensão universitária, promovido pela Pró-reitoria de Cultura e Extensão da Universidade de São Paulo e desenvolvido pelo Projeto Metuia, laboratório do Departamento de Terapia Ocupacional que trabalha a terapia ocupacional no campo social. Nesse contexto, criou-se o Ponto de Encontro e Cultura Itinerante (PEC Itinerante), desdobramento do Ponto de Encontro e Cultura (PEC, 2007), que contou com a participação de estudantes do curso de terapia ocupacional, supervisionados pelos técnicos e docentes do Projeto Metuia. Objetivos: Com o objetivo de apoiar e fortalecer no campo da arte e da cultura o grupo RaizArte, coletivo independente de arte, composto por artistas da periferia de São Paulo, realizaram-se cinco saraus (dezembro de 2012 a julho de 2013) na sala do Projeto Trecho 2.8, espaço educacional de criação e pesquisa em fotografia que realiza trabalhos de fotografia para adultos em situação de alta vulnerabilidade social. Metodologia: Através do ensino, pesquisa e intervenção do Projeto Metuia com a população de rua e/ou em alta vulnerabilidade social e econômica, desenvolveu-se uma metodologia que trabalha o terapeuta ocupacional como mediador de situação e de conflitos individuais e coletivos; entre indivíduos; entre a organização social, política e econômica da sociedade e as possibilidades de ação dos sujeitos, considerando estes como cidadãos e detentores de direitos. Discussão: Estes espaços de encontro, articulação e apresentação de diversas linguagens artísticas possibilitou a troca e a expressão dos proponentes e participantes. Todas as etapas do processo de elaboração dos saraus, sua proposição, o pensar em um tema, contato com os apoiadores e colaboradores; preparação, do material a ser exposto e oferecido e performances a serem exibidas; programação; divulgação, confecção de cartaz eletrônico e utilização dos meios virtuais; e realização, com o aguçamento da sensibilidade e firmeza para a condução do sarau, auxiliaram a organização e apropriação destes conteúdos pelo grupo RaizArte, expandindo as redes sociais deste grupo e fortalecendo seu papel como seres de criação no meio artístico-cultural e coordenadores de sarau. Considerações Finais: O PEC Itinerante pôde refletir a complexidade da ação cultural, resignificando o papel das atividades que se apresentam como potentes instrumentos de emancipação e produção de independência; ampliação de possibilidade de atuação e intervenção na sociedade; mediação entre sujeito e sociedade; fortalecimento de identidades e reconstituição de histórias, compreendendo a terapia ocupacional como uma prática capaz de contribuir para a mudança social.




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[344]

ACORDAR-SE: ESPAÇO DE EXPRESSÃO E EXPERIMENTAÇÃO ARTÍSTICA

LAURA ROBBE WESSEL BENDER; ANA CLARA DE OLIVEIRA SILVA; EDUARDO TESSARI COUTINHO; ELIANE DIAS DE CASTRO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SAO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; artes do corpo e artes cênicas; população em vulnerabilidade social

Resumo: Introdução: O projeto é vinculado ao Programa Aprender com Cultura e Extensão da Universidade de São Paulo e pauta-se na interface arte, corpo e saúde e na produção de sentido aos fazeres artísticos e experimentações do corpo e das trocas expressivas para as pessoas em situação de vulnerabilidade social. Propõe uma composição entre Terapia Ocupacional (TO), artes cênicas e artes do corpo para desenvolver ação interdisciplinar na formação de estudantes, com ênfase na autogestão. Acontece no espaço cultural Tendal da Lapa, na cidade de São Paulo, ao longo de um ano (segundo semestre de 2012 a primeiro semestre de 2013). Objetivos: Busca construir cidadania cultural e criar oportunidade de contato e aproximação com as artes, proporcionando acesso à produção artístico-cultural para a população envolvida. Metodologia: A coordenação é realizada por duas bolsistas da graduação em Terapia Ocupacional que vivenciam uma formação inicial no campo das artes cênicas e artes do corpo, com acompanhamento e orientação dos coordenadores do projeto. Há uma divulgação da proposta, programação conjunta e dialogada e desenvolvimento de encontros semanais com a população que vivenciam as propostas, sugerindo atividades. Discussão: A nutrição do processo de criação ocorreu através de conversas, atividades de exploração do corpo e dos sentidos, massagens e experimentação dos movimentos com o recurso dos tecidos. Referências conceituais sobre a experiência estética e as abordagens da arte e corpo na Terapia Ocupacional foram estudadas e orientaram a intervenção. A partir do fortalecimento das relações interpessoais do grupo foi proposto o trabalho com “somagramas” (elaboração de imagens somáticosensoriais que auxiliam no desenvolvimento da consciência corporal). Os resultados decorrem da política de atenção e acolhimento exercido pela equipe dentro de um ambiente de produção de cultura. Ressalta-se a importância da criação de vínculos na relação terapeutas-participantes e o fortalecimento da formação profissional e pessoal a partir das vivências propostas. A realização de conversas entre participantes, responsáveis e equipe sobre a importância do projeto foi essencial para a produção de autonomia dos participantes. Decidiu-se coletivamente expor os “somagramas” ao público no Tendal da Lapa como forma de compartilhamento da experiência. Considerações Finais: Com as práticas realizadas compreende-se que a peculiaridade do grupo se dá pela troca e valorização de saberes e pela construção de uma afetividade que envolve a todos. O Acordar-se configurou-secomo um rico espaço de encontro de subjetividades, de expressão e experimentação corporal.




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[351]

O ENVOLVIMENTO DA ECONOMIA SOLIDÁRIA E DO ASSOCIATIVISMO NA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL.

JÂNIO CARLOS DA SILVA; KALINNE SHEILA DE SOUZA OLIVEIRA; JULIANA DE FÁTIMA DA SILVA; HELINE MYRANI DA SILVA OLIVEIRA; NAYARA DA SILVA BATISTA

UNCISAL, MACEIÓ, AL, BRASIL.

Palavras-chave: reabilitação psicossocial; economia solidária; associativismo

Resumo: Introdução: As associações de usuários que se constituíram ao longo do processo da reforma psiquiátrica têm manifestado, em diversos momentos e ambientes, seu desejo de que projetos de trabalho, desenvolvidos em articulação com a rede de serviços, se tornem mais fortes, mais duradouros, e capazes de incluir um número maior de participantes a partir do usuário envolvido no processo de reabilitação psicossocial, como também seus familiares e a comunidade. São muitas as experiências brasileiras de “geração de renda”, “cooperativas”, “associações” e outras, que se articula com a rede de atenção psicossocial em inúmeros municípios brasileiros. Assim, uma associação baseada nos princípios da Economia Solidária permite uma aproximação de seus objetivos com os que são sugeridos na proposta da reforma psiquiátrica, gerando grande expectativa de uma cooperação produtiva das duas políticas. Objetivo: apresentar a proposta de uma associação a partir de uma oficina culinária de geração de renda, como um instrumento de inclusão, participação e emancipação social, para os usuários do serviço de saúde mental, seus familiares e comunidade. Metodologia: Foi realizada pesquisa bibliográfica a cerca das propostas da Economia Solidária, para a implantação de uma associação baseada na experiência empírica dos usuários do serviço de saúde mental, a partir de uma oficina de culinária, de cunho terapêutico e de geração de renda. Resultados: A importância da implantação de uma associação como dispositivo terapêutico se dá não apenas como forma de luta e participação, mas como fator capaz de promover o empoderamento dos sujeitos envolvidos, no sentido de que estes tenham maior participação e controle sobre as decisões relacionadas às suas vidas, a retirada do estigma de incapacidade do usuário do serviço de Saúde Mental e a participação familiar e comunitária no processo de Reabilitação Psicossocial. Considerações Finais: Uma associação criada a partir de uma oficina com propósito terapêutico no serviço de saúde mental serviu como grande fator de promoção à reabilitação psicossocial e a cidadania das pessoas envolvidas, através da oportunidade do trabalho produtivo, gerando renda e resgatando a sua autoestima e o seu papel na sociedade e na família.




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[364]

RETORNO AO TRABALHO DE PESSOAS AFASTADAS POR TRANSTORNOS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO

ANA CAROLINA TONIOLO; ISABELA OLIVEIRA LUSSI

UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: trabalho; saúde mental; readaptação ao trabalho

Resumo: No Brasil, os Transtornos Mentais e do Comportamento ocupam o terceiro lugar em número de auxílios-doença concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e, assim, ilustram a importância do desenvolvimento de pesquisas sobre o tema. Os objetivos do presente estudo foram: caracterizar o Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) da Prefeitura Municipal de uma cidade de médio porte do interior do Estado de São Paulo quanto ao número de afastamentos concedidos por Transtornos Mentais e do Comportamento (Grupo F da CID-10), no período de Janeiro de 2008 a Dezembro de 2012; traçar o perfil das pessoas afastadas por problemas de saúde mental que ficaram longe das atividades de trabalho por mais de 15 dias com o mesmo CID-F e que, portanto, incluem-se no quadro nacional de trabalhadores que receberam benefício auxílio-doença (por incapacidade) concedido pela Previdência Social e voltaram às atividades de trabalho após afastamento; investigar o processo de Readaptação Profissional vivenciado por elas. Trata-se de um estudo transversal descritivo de abordagem qualitativa. Por meio do contato com a Secretaria de Administração e Gestão de Pessoal da Prefeitura Municipal em estudo, fez-se o levantamento dos números de afastamentos concedidos no período escolhido e obteve-se o número de 17.594 afastamentos concedidos por CIDs de diferentes naturezas, incluindo todos os Grupos da CID-10. Desses 17.594 afastamentos, 1.239 foram por Transtornos Mentais e do Comportamento. Após estudo desses números, levantou-se um número de 23 sujeitos que ficaram afastados do trabalho por mais de 15 dias com o mesmo CID-F e que, então, foram convidados a participar da pesquisa. Após contato telefônico, dos 23 sujeitos, sete aceitaram participar da pesquisa. A coleta de dados se deu por meio do preenchimento de um Protocolo de informações pessoais, profissionais e referentes ao processo de afastamento e retorno ao trabalho e da aplicação de uma entrevista semiestruturada. No total, participaram do estudo cinco mulheres e dois homens. Quanto à escolaridade, três possuem Ensino Médio Completo, três Ensino Superior Incompleto e um possui Ensino Superior Completo e Pós-Graduação. Destes, apenas um dos sujeitos relatou ter passado por processo de Readaptação Profissional. No entanto, nota-se que vários outros passaram a exercer atividades diferentes ou com restrições, o que caracteriza, teoricamente, a Readaptação Profissional. Espera-se que esta pesquisa contribua para o fortalecimento da rede local de atenção à saúde do trabalhador e traga esclarecimentos sobre a reinserção de trabalhadores no mercado de trabalho e a garantia de seus direitos.



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[367]

GRUPO DE APOIO PARA ADULTOS COM LIMITAÇÕES NAS ATIVIDADES: AÇÕES PARA A INCLUSÃO NO TRABALHO

MARTA AOKI 1; FÁTIMA CORREA OLIVER 1; VANESSA ANDRADE CALDEIRA 2; ANA LUISA PALHARES SERGIO 1; ANA PAULA MACHADO 1

1.USP, SÃO PAULO, SÃO PAULO, BRASIL; 2. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE SÃO PAULO, SP, SP, BR.

Palavras-chave: inclusão no trabalho; terapia ocupacional; direitos

Resumo: O exercício do direito ao trabalho para pessoas com limitação na realização de atividades é desafio para a sociedade sendo necessário criar propostas mais próximas a seu contexto sociocultural. Desde 2012, se realiza projeto de extensão de serviços à comunidade em Terapia Ocupacional para apoiar pessoas com deficiências (PCD) e familiares de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em iniciativas de inclusão no trabalho. O projeto propõe a reflexão/ação entre os participantes sobre a inserção no mundo do trabalho. Para tanto, estudantes bolsistas e profissionais realizaram amplo levantamento de cursos profissionalizantes, empresas locais interessadas na contratação de PCD, serviços de apoio à inclusão de PCD no trabalho e cooperativas sociais no município; estudo do cadastro de pessoas com limitações nas atividades da UBS identificando 139 pessoas (idades entre 18 e 60 anos). Destas, 26 pessoas (13 com deficiência intelectual, 3 com deficiência física e dificuldades perceptivas, 3 com sofrimento psíquico, 2 deficientes auditivos, 1 deficiente físico e 4 com dificuldades não especificadas) participaram de seis reuniões sobre o tema. A maioria dos participantes está desempregada, grande parte nunca trabalhou; apresenta baixo grau de autonomia na realização de atividades cotidianas, está restrita ao ambiente familiar, deseja trabalhar e ser reconhecida socialmente. As famílias compreendem a importância do trabalho para as PCD, muitas vivenciam situação de pobreza e um sentimento de insegurança/incerteza em relação às possibilidades de trabalhar esteve presente nos seus discursos. Foram contatadas 40 empresas da região, 4 responderam interessadas na contratação de PCD pela lei de cotas. A mediação junto às empresas foi realizada por serviço estadual de apoio à inclusão de PCD no mercado de trabalho. As empresas participaram de X encontros, apresentaram o perfil de atribuições de postos de trabalho e desejavam uma resposta imediata para colocação de PCD em seu quadro de funcionários, preocupadas em atender à lei de cotas, mostraram-se despreparadas para receber PCD nos ambientes de trabalho e procuravam “candidatos ideais” às suas condições de empregabilidade. Os encontros com as PCD, pessoas em situação de sofrimento psíquico e familiares mostram a necessidade de apoio intenso e articulado (da família, de serviços de formação para o trabalho, das empresas, ou de outros projetos de geração de renda) para que a inclusão no mundo do trabalho respeite as singularidades dos sujeitos e também de composição de projetos alternativos (emprego apoiado, cooperativa e economia solidária e de qualificação profissional) que favoreçam o direito ao trabalho para essa população.



- TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E AÇÕES DE TRABALHO E EMPREGO 

[369]

PROMOÇÃO À SAÚDE: TERAPIA OCUPACIONAL EM OFICINA DO CORPO

ANA LUIZA DE MORAES VIEIRA

MINISTÉRIO DA SAÚDE, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL.

Palavras-chave: promoção; relaxamento; qualidade

Resumo: Terapia Ocupacional: Oficina do Corpo A Oficina do Corpo é uma atividade de promoção em saúde do Serviço de Gestão de Pessoas/ Subsistema Integrado de Atenção a Saúde do Servidor/ Vigilância e Promoção de Saúde do Núcleo Estadual /RS. O objetivo principal é demonstrar a importância de um momento de relaxamento durante a jornada de trabalho para a prevenção de fadiga, de acúmulo de tensão e de dores musculares. Para tanto, o trabalho consiste na prática de relaxamento muscular com técnicas de respiração e alongamento, especialmente desenvolvidas para essa oficina. A prática da Terapia Ocupacional preventiva tem um caráter de minimizar as tensões osteomusculares uma vez que os servidores conservam na maioria do seu tempo uma única postura (sentado) mantendo as estruturas musculares em uma mesma posição. Utiliza-se de música como suporte para auxiliar na criação de um ambiente de tranquilidade. A realização de atividade está programada para duas vezes na semana com estimativa de comtemplar três grupos de servidores por dia. O inicio da atividade foi em 14/03/2013 e até 18/06/2013 tivemos a participação de 88 servidores. Até o momento, totalizamos 20 sessões em dois ciclos de nove sessões cada. O primeiro se caracterizou por oferecer um Relaxamento relacionado à Conscientização do Corpo através do Movimento e o segundo como um Relaxamento Muscular Progressivo. Ao final do primeiro ciclo fizemos um levantamento informal para avaliar o nível de satisfação dos servidores. Pedimos a vinte servidores que dessem conceitos e sugestões sobre o desenvolvimento da atividade propriamente dita e o impacto da mesma na rotina do trabalho. Observamos que os questionados em sua maioria se sentem satisfeitos com a atividade e que todos sentem que a mesma colabora de forma positiva na sua rotina laboral. As principais sugestões são: uma sala para a realização das atividades ocupacionais em grupo, um ambiente adaptado para o repouso e espaço com equipamentos específicos. Sendo assim, se conclui que a ação preventiva aos distúrbios cinético-ocupacionais utilizando uma atividade de relaxamento ministrada a grupos de servidores durante a jornada de trabalho colabora no processo de manutenção da qualidade de vida.



- TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, NOS PROGRAMAS E NAS AÇÕES ARTÍSTICAS E CULTURAIS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS 


[376]

A ATIVIDADE DO CONGO COMO EXPRESSÃO CULTURAL E SUA RELEVÂNCIA NA VIDA DOS PARTICIPANTES, ATRAVÉS DO PRÓPRIO OLHAR, DA FAMÍLIA E DOS PROFISSIONAIS

BRÁULIA VALANDRO; MARIA DANIELA CORREA DE MACEDO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO, VITÓRIA, ES, BRASIL.

Palavras-chave: cultura; pessoas com deficiência; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: A cultura, estudada e entendida de diferentes maneiras por diversos autores como Geertz, Kroeber e Kluckhohn, Santos não é estagnada, passa por transformações através do tempo, levando as novas gerações traços de suas vivências, de suas lutas, se adaptando as novas sociedades e suas concepções. A dimensão cultural e a cultura como ações da Terapia Ocupacional pode enfocar nesses espaços as relações, as alteridades, os modos de vida, o cotidiano e a própria cultura como crucial para resoluções e equacionamentos das necessidades dos sujeitos, das comunidades, populações e grupos. Entendendo os diversos contextos culturais presentes no país e consequentemente, no estado do Espírito Santo, e observando a expressividade do Congo nesta localidade, buscou-se estudar o grupo de Congo da APAE Cariacica/ES. Objetivo: Entender a relevância e significado dos aspectos produzidos no projeto de Congo na vida de pessoas com deficiência através de sua visão, da família e dos profissionais, dando enfoque aos aspectos culturais. Metodologia: Critérios de inclusão para pesquisa: Ser participante da Banda de Congo da instituição APAE-Cariacica, independente da deficiência, idade ou sexo; e o participante e seu familiar ter habilidade verbal e independência para responderem as questões. A coleta será realizada por meio de entrevistas semi-estruturadas, com roteiro de questões para os participantes, os profissionais e os familiares. Resultados/Discussão: A pesquisa está em andamento, assim como a coleta de dados. Pretende-se apresentar o significado dos aspectos produzidos pelo projeto de Congo, além de relatar importantes contribuições e aprendizados durante a observação do grupo. Observou-se, até então, que o espaço da banda constitui-se como local de protagonismo e participação social, sendo que nos ensaios e apresentações em festas e eventos cada participante desempenha um papel de relevância cultural para a comunidade, o município e o Estado. Outras questões relevantes que surgirem no decorrer da pesquisa poderão ser levantadas e descritas pelos pesquisadores, além das possíveis abordagens da Terapia Ocupacional em contexto cultural e suas contribuições nesse processo.




- TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E AÇÕES DE TRABALHO E EMPREGO 


[446]

SAÚDE OCUPACIONAL: CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA OCUPACIONAL NAS PRÁTICAS DE SAÚDE DO TRABALHADOR.

MARIA IRACEMA LINS DOS SANTOS; GLEICIANE OLIVEIRA FAUSTINO; MARCICLÉA MACÊDO DE LIMA BATISTA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS, MACEIÓ, AL, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; saúde do trabalhador; promoção da saúde

Resumo: Introdução: A Terapia Ocupacional busca em sua prática dentro da saúde do trabalhador prevenir e reabilitar possíveis adoecimentos e acidentes relacionados ao trabalho, realizando inclusive reabilitação profissional. Para isso, utiliza-se de recursos terapêuticos próprios para recuperar e/ou potencializar as capacidades do trabalhador. Objetivo: Relatar as atividades desenvolvidas nas práticas da disciplina de Terapia Ocupacional aplicada à Saúde do Trabalhador, mostrando como o terapeuta ocupacional pode atuar nas ações ligadas à organização e problemáticas do ambiente de trabalho. Metodologia: As aulas práticas foram realizadas no complexo da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL), junto aos funcionários da biblioteca, da Assessoria de Comunicação (ASCOM) e do Centro de Patologia e Medicina Laboratorial (CPML), a princípio foi estabelecido um contato terapêutico com os funcionários dos serviços; identificaram-se as problemáticas a serem tratadas e definiu o processo de orientação terapêutica por meio de atividades sócio-educativas. As atividades estavam relacionadas a temas ligados a doenças ocupacionais, ginástica laboral, equipamento de proteção individual (EPI), psicopatologia do trabalho e assédio moral. Utilizaram-se alguns recursos como dinâmicas de grupos, conversas, discursões, debates, conscientização corporal e reflexões. Inicialmente em cada setor foram feitos esclarecimentos sobre os temas a serem abordados no dia, ao final, sob a orientação das professoras responsáveis, eram realizados junto com os funcionários, dinâmicas para melhor fixação do tema abordado e alguns exercícios laborais. Discussão/Resultados: Através deste trabalho verificamos que as aulas práticas realizadas na biblioteca, na ASCOM e no CPML foram de grande importância, já que estes setores não contam com o serviço de saúde ocupacional. Foi possível perceber que os funcionários assimilaram de forma bastante satisfatória os temas abordados, como também participaram ativamente das dinâmicas propostas pela equipe, estimulando a reflexão do trabalhador sobre a organização do seu trabalho, para que este não lhe traga desgaste físico e emocional. Considerações Finais: Desta forma percebemos que a intervenção terapêutica ocupacional dentro da saúde do trabalhador é uma área que vem em constante ascensão, contribuindo, conscientizando e obtendo resultados satisfatórios, com o trabalho preventivo, curativo e reabilitador, dentro de uma abordagem grupal objetivando possibilitar a redução da fadiga, do cansaço, desgaste do trabalhador, acidente de trabalho e o absenteísmo aumentando o conforto, a motivação, a produtividade e a satisfação com o seu trabalho.




 TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E AÇÕES DE TRABALHO E EMPREGO 


[448]

BLITZ DA SAÚDE: TERAPIA OCUPACIONAL NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR

JULIANA COUTO ASSUNÇÃO; LAYS CLÉRIA BATISTA CAMPOS; RAYANE AUREA DE MATTOS VILELA; CAMILA RUFINO PEREIRA; DRIELLE PUJONI AMARAL DE PAULA; CIOMARA MARIA NUNES

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.

Palavras-chave: Saúde do trabalhador; terapia ocupacional; teatro

Resumo: Introdução: A rotina em um Hospital de Urgência e Emergência de grande porte demanda trabalho com altos índices de carga de trabalho físico, psíquico, cognitivo e social. As instabilidades da realidade de trabalho aumentam os riscos que interferem na qualidade de vida manifestada por absenteísmo, afastamentos ou mesmo acidentes ocupacionais. Esse contexto justificou a criação de uma das ações de extensão da Terapia Ocupacional (TO). Diante do desafio de solicitar aos profissionais que deixassem seus respectivos postos de trabalho para participar de atividades de promoção da saúde e prevenção do adoecimento, foram elaboradas intervenções volantes percorrendo todos os setores do hospital por meio de teatro cômico, paródias e abordagens diretas nos corredores. Essa ação se chamou “Blitz da Saúde da Terapia Ocupacional”. Objetivo: Ações de Educação em Saúde para promoção da saúde e prevenção do adoecimento no trabalho em um hospital de Urgência e Emergência em parceria com a Comissão de Biossegurança. Metodologia: Temas definidos conjuntamente entre Terapia Ocupacional e o Comitê de Biossegurança do Hospital. Eleitos os temas por prioridades relacionadas aos índices de risco ou de afastamento e faltas no trabalho. Alguns dos temas foram: Higienização das Mãos, Alongamentos, Uso do EPI, Fluxo de acidentes com perfuro-cortantes. Foram aplicados questionários para levantar os comportamentos que poderiam aumentar os riscos à saúde no trabalho antes do início das performances e depois de finalizados os temas inicialmente eleitos para as ações. Resultados: O levantamento de antes e depois dos questionários apresentou melhora de 15,66% com relação à adesão a higienização das mãos. Cabe ressaltar que os trabalhadores do hospital dos diferentes setores reconhecem a presença dos acadêmicos da Terapia Ocupacional e podem ter seu comportamento modificado pela lembrança dos temas abordados. No entanto, esse resultado também é favorável por induzir a modificação do comportamento com menos riscos à saúde, objetivo primário das ações da Terapia Ocupacional. Discussão/Considerações Finais: São necessárias formas mais dinâmicas de abordagem de Educação em Saúde. Houve aceitação dos profissionais durante as abordagens, sendo que o Pronto Socorro (PS) e o Centro de Terapia Intensiva (CTI) foram os locais mais desafiadores devido à tensão inerente desses setores. Já os setores administrativos como Faturamento e Tecnologia da Informação foram mais participativos. A abordagem direta, apesar de tratar de temas normativos, também propiciou entrosamento e descontração com as estagiárias.




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[502]

REABILITAÇÃO PROFISSIONAL E A INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA: PROMOÇÃO DO RETORNO AO TRABALHO

DANIELA DA SILVA RODRIGUES

UNB, CEILÂNDIA, DF, BRASIL.

Palavras-chave: saúde do trabalhador; ler/dort; retorno ao trabalho

Resumo: Introdução: O processo de retorno ao trabalho e de não-retorno revela inúmeras incertezas e dificuldades por ser complexo, uma vez que abarca expectativas individuais, organizacionais e sociais. A incapacitação dos trabalhadores interage com aspectos físicos, afetivos e sociais, demandando uma atenção terapêutica para resignificar o quadro de adoecimento. Nesse sentido, a reabilitação profissional com o enfoque em intervenções terapêuticas busca lidar com as incapacidades advindas de diferentes níveis de adoecimento. Objetivo: Resgatar a capacidade física e/ou emocional para o trabalho e o empoderamento dos trabalhadores na busca por condições laborais mais saudáveis. Metodologia: Realização de um grupo terapêutico, com cinco trabalhadores de uma empresa do setor metalúrgico de uma cidade do interior de São Paulo, centrado na sintomatologia incapacitante decorrente da LER/DORT e de lesões da coluna lombar. Neste espaço eram feitas atividades para verificar a capacidade laborativa que o trabalhador apresentava ao realizar determinados movimentos, os quais poderiam ser exigidos na execução da função no momento de seu retorno ao trabalho; as possíveis limitações nas atividades cotidianas e as possibilidades de adaptações; reflexões sobre o processo do trabalho e os prováveis postos e setores de interesse para o retorno; mas também atividades direcionadas ao reconhecimento de habilidades existentes e novas potencialidades; o resgate do indivíduo enquanto sujeito de suas ações em seu processo de tratamento e reabilitação, bem como a autonomia, a autoestima e discussão sobre as estratégias de proteção da integridade física e emocional para o retorno ao mercado de trabalho de maneira sustentável. Resultado: O índice de retorno desse grupo de trabalhadores foi de 20%, que ocorreu de maneira gradativa e saudável, após uma avaliação criteriosa da compatibilidade do posto de trabalho, com base na ergonomia situada. A função oferecida foi analisada in loco pelo analista e pelo trabalhador, cujo papel fundamental é a validação do posto ofertado. Considerações Finais: a maior preocupação nesse processo é a de não permitir que os trabalhadores retornem ao trabalho em funções apartadas das expectativas emocionais e vazias de conteúdo, bem como zelar por um ambiente e atividade compatíveis com as suas restrições. É de extrema importância que os trabalhadores recebam o maior número de informações e apoio terapêutico para que possa reconhecer seus limites em relação a si e ao meio, conscientizar-se de suas potencialidades e de suas possibilidades de retornar ao trabalho ou para um novo projeto de vida.




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[504]

VIVÊNCIA NUM GRUPO DE MARISQUEIRAS REALIZADO POR ESTAGIÁRIAS DE TERAPIA OCUPACIONAL, MACEIÓ-AL

LYSLAYNNE AMORIM TENÓRIO BARROS; KAMILA GONZAGA NUNES; KÉZIA FRIAS PEREIRA DE MEDEIROS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS, MACEIÓ, AL, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; qualidade de vida; trabalho

Resumo: Introdução: Grupo, definido por Ballarin (2003) é um conjunto de pessoas em relação umas com as outras. Sendo terapêutico, as finalidades junto à clientela podem ser educativas ou de informação, reflexão e suporte, onde o espaço terapêutico possibilita ao indivíduo sua tomada de consciência como ser social (BOURGUINGNON, et al. 2012). Marisqueira é uma profissão geralmente exercida por mulheres, cujo trabalho requer intenso esforço físico e expõe a vários riscos ocupacionais, e muito comum em uma comunidade da cidade de Maceió, onde o Estágio Supervisionado em Saúde Coletiva de Terapia Ocupacional está inserido. Nessa perspectiva, é cabível a categoria realizar ações de promoção e educação em saúde e convívio social. Objetivos: Orientar técnicas de ergonomia e de prevenção de acidentes de trabalho, bem como suscitar a capacidade de empoderamento dessa classe profissional. Metodologia: Utilizou-se rodas de conversas nas discussões voltadas para Saúde do Trabalhador e da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher e técnicas de alongamento, durante dez encontros, de peridiocidade semanal, nos meses de abril e maio de 2013. Resultados/Discussão: As marisqueiras demonstraram no decorrer dos grupos realizados, autovalorização, autoconhecimento e autocuidado, favorecendo reconhecimento do indivíduo no exercício de sua potencialidade, possibilitando a satisfação pessoal. Segundo Alves apud Paim (2003, p.568), o modelo de atenção ou modelo assistencial “... é uma dada forma de combinar técnicas e tecnologias para resolver problemas e atender necessidades de saúde individuais e coletivas”. Tendo em vista que a política de prevenção de saúde é relativamente nova, não estando ainda intrínseca na sociedade a consciência do que ela vem a oferecer, a não adesão foi a primordial dificuldade encontrada na realização desse grupo. Considerações Finais: Propõe-se uma continuidade desta ação, pois possibilita às marisqueiras vivenciarem troca de conhecimentos e adquirir uma percepção de sua importância no contexto a qual está inserida – comunidade, família e gênero.




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[517]

A INSERÇÃO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL EM UM PROJETO DE READAPTAÇÃO PROFISSIONAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

SABRINA DE MELLO RODRIGUES; JULIANA DE OLIVEIRA BARROS; RENATA CORADINE MEIRELES; DANIELE RODRIGUEZ ZOLDAN; SELMA LANCMAN

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; readaptação profissional; multidisciplinariedade

Resumo: Introdução: A readaptação e reabilitação profissional constituem-se como importantes desafios para as políticas públicas em saúde do trabalhador. Atualmente, as ações neste âmbito permanecem exclusivamente sob responsabilidade do Ministério da Previdência Social e, desta forma, poucas são as iniciativas, por parte dos empregadores, destinadas à reinserção no trabalho de pessoas que sofreram acidentes do trabalho ou adoeceram (no trabalho ou fora dele) e adquiriram alguma restrição de saúde e/ ou laboral. Estudos apontam que a transformação das situações de trabalho e a participação direta do trabalhador com restrição nesse processo podem favorecer, não somente a permanência deste no trabalho, mas também a prevenção de novos acidentes e adoecimentos relacionados ao trabalho. Neste cenário, o terapeuta ocupacional, por ter formação específica na análise das atividades humanas, destaca-se na composição de equipes multiprofissionais que se proponham a desenvolver ações nesse contexto. Objetivo: Refletir acerca da participação de um grupo de terapeutas ocupacionais, vinculado a um Programa de Residência Multiprofissional da Faculdade de Medicina da USP, em um projeto piloto de readaptação profissional destinado aos servidores técnico-administrativos da Universidade, desenvolvido em parceria com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT). Metodologia: Trata-se de um relato de experiência com relação a contribuição do terapeuta ocupacional junto a equipe multidisciplinar do SESMT no processo de concepção, criação de estratégias e fluxos de trabalho no referido projeto. Resultados/Discussão: A equipe de terapeutas ocupacionais, ao subsidiar o desenvolvimento de sua prática no princípio da integralidade e considerar a importância dos contextos na determinação das necessidades dos sujeitos, favoreceu junto aos demais membros da equipe multiprofissional, a incorporação de referenciais considerados fundamentais para a resolutividade de programas de readaptação e retorno ao trabalho, entre eles: o protagonismo do trabalhador restrito em todas as etapas do processo e a necessidade de intervenção nas respectivas situações de trabalho e não unicamente na patologia ou sequela apresentada pelo trabalhador restrito. Considerações Finais: A possibilidade de construção coletiva de um projeto de readaptação profissional a partir do intercâmbio de conhecimento entre profissionais de saúde e segurança no trabalho, tem sido de fundamental importância não apenas para formação de terapeutas ocupacionais residentes, mas também para que seja dada visibilidade a contribuição deste profissional no escopo das ações desenvolvidas pelos SESMT.




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[523]

“VIVER SEM DOR”: GRUPO FOCAL DE TERAPIA OCUPACIONAL PARA TRABALHADORES EM HOSPITAL DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

JULIANA COUTO ASSUNÇÃO; JÚNIA PINTO CORDEIRO; CAROLINA XAVIER ARRUDA; ALINE GONÇALVES GOMES; CIOMARA MARIA NUNES

UFMG, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; saúde do trabalhador; trabalho grupal

Resumo: Introdução: O trabalho pode ter diferentes papéis na vida: de identidade social e promoção da saúde ou de sofrimento e adoecimento. As estatísticas do Ministério da Previdência Social apontam que em 2011 foram registrados 423.167 acidentes típicos, 100.230 de trajeto e 15.083 doenças relacionadas ao trabalho, evidenciando a importância das intervenções no campo da saúde do trabalhador. As intervenções de saúde do trabalhador buscam garantir condições e processos de trabalho seguros e que minimizem os agravos à saúde decorrentes do trabalho. Juntamente com outros profissionais, o terapeuta ocupacional faz parte da equipe de intervenções. Objetivo: Discorrer sobre o planejamento, execução dos atendimentos e desfecho das intervenções grupais com trabalhadores de um setor hospitalar. Metodologia: Relato de experiência dos grupos focais semanais realizados pela Terapia Ocupacional em um hospital de Urgência e Emergência. O processo de avaliação foi composto por: exame físico de amplitude de movimento, força, pontos dolorosos e sensibilidade, Inventário Multidimensional da Dor (IMD), Questionário de Dor de McGill, Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT) e o Perfil de Saúde de Nottingham (PSN). Cada sessão é programada em sequência de atividades: apresentação do tema, alongamentos, dessenssibilização e vivência de atividade voltada para o tema e entrega de objeto mnemônico e ficha de controle diário da dor. Essas intervenções fizeram parte do Projeto de Extensão “Promoção da Saúde, Prevenção do Adoecimento e Restauração da Capacidade para o Trabalho: Desenvolvimento Organizacional por Análise e Intervenção Ergonômica e de Educação em Saúde”. Resultados/Discussão: Os atendimentos semanais tem duração de 1 hora, com a participação ideal de 8 a 12 trabalhadores. Os grupos do setor Almoxarifado apresentaram faixa etária entre 24 e 50 anos, sendo necessária a compreensão da organização do trabalho do setor hospitalar como trabalho aditivo e não cooperativo, ou seja, cada um realiza sua “parte” no processo e o trabalho de um influencia e/ou depende do outro. As vivências objetivaram estratégias para minimizar as dores, reduzir o estresse ocupacional e promover a saúde. Considerações Finais: Existem muitas dificuldades para implementar ações de promoção da saúde em ambientes de trabalho, em especial com trabalhadores de um hospital. Deixar o trabalho, mesmo que por 1 hora semanal parece “interferir” no andamento do ritmo de atividades dificultado por gerências e coordenações. Ao mesmo tempo, aqueles que participaram se firmaram em seus direitos de cuidar da saúde e, além da promoção da saúde, refletiram sobre as condições de trabalho e suas relações profissionais.




- TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E AÇÕES DE TRABALHO E EMPREGO 


[543]

INSERÇÃO SOCIAL PARA O TRABALHO: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM PACIENTES DO CAPSAD DO DISTRITO FEDERAL

DANIELA DA SILVA RODRIGUES; LUANNA ALVES CARVALHO; PALOMA DA SILVA TEIXEIRA; KAROLYNNE CORDEIRO DA SILVA; DOUGLAS GABRIEL MAGALHÃES SOUSA

UNB, CEILANDIA, DF, BRASIL.

Palavras-chave: inclusão social; álcool; drogas

Resumo: Introdução: A inserção para mercado laboral voltada para pacientes do CAPS ad integra a discussão sobre o papel que o trabalho desempenha na vida das pessoas, como a promoção da identidade social, da autoestima e do fortalecimento emocional dos usuários de álcool e outras drogas. Objetivo: Promover a inclusão ou reinserção para o mercado de trabalho dos pacientes do CAPS ad do Guará-DF. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório, com abordagem qualitativa, tendo como procedimento a realização de um grupo terapêutico com a finalidade de um espaço coletivo para discussões sobre o processo de inclusão. Participaram do grupo sete pacientes que estavam em tratamento no CAPS ad, o qual foi organizado em oito encontros semanais, com duração de 1h30 a 2h, a depender da temática desenvolvida em cada sessão. As dinâmicas foram direcionadas para a discussão do autocuidado e a autoestima; comunicação interpessoal e relacionamentos dentro do trabalho; entrevista de emprego; autonomia e independência; o controle do comportamento; e a cultura da inclusão social para o trabalho e as barreiras vinculadas è empregabilidade. Resultados: os debates fortaleceram os pacientes do grupo como sujeitos do seu próprio processo e possibilitaram o resgate da confiança e o enfretamento das barreiras sociais na inclusão para o trabalho. Mas também, apontaram a necessidade em se discutir às maneiras de se fazer essa inserção, as prováveis vagas e as formas de acompanhamento dos usuários dentro da empresa. Considerações Finais: O processo de inserção de usuários de álcool e outras drogas não é uma tarefa fácil, pois se trata de uma população que sofre com o estigma e com a exclusão social. Faz-se necessário criar possibilidades e projetos de vida para além de um emprego com contrato formal de trabalho, como propostas relacionadas à geração de renda, à economia solidária ou aos trabalhos voluntários, com o foco na busca pelo resgate do sujeito social e produtivo. Assim, esta problemática precisa ser entendida como uma questão de saúde pública, com vista a avançar por caminhos concretos para uma política transformadora.




- TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E AÇÕES DE TRABALHO E EMPREGO 


[560]

O SINAN NET E A NOTIFICAÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO GRAVES EM RIO CLARO

PAULA MÁRCIA GOMES NAVAS

CENTRO DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR DE RIO CLARO, SAO CARLOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: acidentes de trabalho; cerest; sinan

Resumo: Introdução: A vigilância em saúde do trabalhador foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) na Constituição Federal de 1988. Agravos em saúde e a acidentes de trabalho são investigados e os dados coletados são armazenados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN NET). Este é um sistema constituído por um banco de dados gerenciado pelo Ministério da Saúde - MS, alimentado a partir de informações coletadas pelas Unidades de Saúde e transferidas para o nível Municipal, Estadual e Federal. Estes dados são utilizados por serviços como unidades de saúde, vigilâncias municipais e também pelos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador, a fim de realizar a vigilância em Saúde do Trabalhador e entender a realidade epidemiológica de determinada área geográfica. Objetivo: Realizar um mapeamento dos acidentes de trabalho graves ocorridos nos municípios que estão sob-responsabilidade da vigilância do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) de Rio Claro. Metodologia: Foram coletadas as notificações de acidentes de trabalho graves na base de dados SINAN NET, referentes à área de abrangência do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador do município de Rio Claro-SP, no período entre 2010 e 2012. Os dados utilizados para caracterizar os acidentes de trabalho graves foram: evolução clínica do acidente, tipo de acidente, gênero e faixa etária do trabalhador e ramo de atividade do empregador. Resultados/ Discussão: O ano de 2011 foi um período de recuperação, iniciado em 2010 e demonstrou crescimento nos setores da construção civil e de bens de capital. Com este cenário econômico observa-se a relação direta deles com os registros dos acidentes de trabalho grave fatais na região de abrangência de Rio Claro. Considerações Finais: A maioria dos acidentes de trabalho graves evoluiu clinicamente para a cura e foram do tipo típico. Dentre os acidentes graves fatais a prevalência foi maior no sexo masculino, na faixa etária dos 30 a 39 anos, sendo os registros na área de transportes e construção civil os mais frequentes. O ano de maior prevalência de acidentes fatais foi 2011.



- TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E AÇÕES DE TRABALHO E EMPREGO 


[594]

MERCADO DE TRABALHO OU OFICINA DE TRABALHO?

MARCELA DOS REIS BIGATÃO; RENATA TOSTA; MARINA FERNANDES SANTOS

SERVIÇO DE SAÚDE MENTAL DR. CANDIDO FERREIRA, CAMPINAS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: trabalho; inclusão; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: Na proposta da Reforma Psiquiátrica, onde a doença cede espaço para a saúde, o asilamento cede espaço para a inclusão, trabalho alienado para o trabalho escolhido/desejado/ significativo busca-se a reinserção no mercado de trabalho, sendo esse trabalho no capitalismo ou na economia solidária. Objetivo: Descrever sobre um grupo terapêutico de inclusão no mercado de trabalho formal para pessoas com transtorno mentais. Metodologia: O grupo é aberto, acontece semanalmente, coordenado por terapeutas ocupacionais, onde participam pessoas com transtorno metais graves e que buscam ser inseridas no mercado de trabalho. A maioria é jovem entre 20 a 30 anos de idade do sexo masculino, sem benefício/aposentadoria. Resultados: Nos encontros desses grupos os participantes trouxeram alguns temas como: não saber o que gostam de fazer, onde e como procurar emprego, como participar de uma entrevista, como tomar os remédios no trabalho, como se valorizar, como adquirir os documentos como carteira de trabalho, CPF, RG, etc. Podemos discutir essas temáticas em grupo, com atividades, simulações de entrevista, confecção do currículo, etc. O grupo tem rotatividade de pessoas pelo fato delas irem suprindo as necessidades no grupo, se encorajando a buscar o emprego de seu interesse e se inserindo no mercado de trabalho. Também exploramos o território para conhecermos locais de trabalho na comunidade. Discussão: Esses jovens trazem o desejo de experimentar, de terem a independência financeira, assim o grupo pode promover a descoberta de habilidades, aumento da autoestima e auto cuidado. O trabalho, diferente da simples atividade, deve preencher uma finalidade e um valor. A razão pela qual executamos algo está vinculada a quem somos e como estamos no mundo. Reflete nossa auto-imagem, e nos agrega ou retira a possibilidade de realização pessoal, de acordo com a utilização das potencialidades e competências individuais. Alguns jovens irão se incluir no mercado de trabalho e outros irão se incluir na economia solidária (oficinas de trabalho) e isso depende das habilidades e oportunidades individualizadas. O tipo de trabalho deve ser escolhido pelo sujeito e não direcionado pelos terapeutas. Considerações Finais: A exclusão do mercado de trabalho traz prejuízos pessoais e sociais por quem foi acometido por um transtorno mental causando a marginalização social e a fragmentação da autoestima. Nesse sentido promover a inclusão no trabalho resgata a participação social, e o direito do sujeito escolher qual a forma de trabalho adequada para sua habilidade.



- TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, NOS PROGRAMAS E NAS AÇÕES ARTÍSTICAS E CULTURAIS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS 


[607]

RELATO DE EXPERIÊNCIA: PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE CENTROS DE CONVIVÊNCIA COMUNITÁRIOS

PRICILA ARROJO DA SILVA; CATIUSCIA ROSA MOREIRA; DANUSA MENEGAT; LUISIANA FILLIPIN ONÓFRIO; MICHELE TRINDADE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL.

Palavras-chave: Centro de convivência; saúde do idoso; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: o presente trabalho foi elaborado na disciplina de saúde do idoso do curso de Terapia Ocupacional. Com a proposta da construção de um projeto para implantação de um centro de convivência comunitário, enfatizando a necessidade da população idosa. Compreendendo que os idosos são um dos sujeitos que mais sofrem com a exclusão social, percebemos a importância de oferecer a esses sujeitos espaços de convivência, cultura e lazer. Objetivos: objetiva-se com esse trabalho relatar a experiência desenvolvida na disciplina. Metodologia: o projeto foi desenvolvido em horários extras, fora da disciplina. Primeiramente foi estudada a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, as políticas públicas de atenção básica e o Plano Nacional de Cultura. Após, foi realizado projeto virtual com os ambientes propostos no centro de convivência. A proposta foi apresentada em sala de aula e discutida com fundamentação teórica a importância dos centros de convivência na comunidade. Resultados/ Discussões: este espaço acolhedor e social dos centros de convivência possui a possibilidade de promover saúde e também evitar ou contornar a exclusão social. Além de possibilitar a participação da pessoa idosa nos espaços da comunidade, o centro de convivência amplia a participação dos diversos sujeitos, incluindo também as pessoas com deficiência, já que o centro de convivência foi proposto com toda a equiparação de acessibilidade respeitando a diversidade humana. Considerações Finais: As instalações de Centro de Convivência nas comunidades poderão proporcionar a ampliação das redes sociais dos sujeitos e uma significativa melhora na qualidade de vida. A experiência prática e reflexiva durante a disciplina proporcionou as alunas empoderamento em relação aos direitos da população idosa, ampliação do conceito de saúde e qualidade de vida. Dessa foram, qualificando a formação acadêmica a pensar nos sujeitos como pessoas de direitos para no futuro serem profissionais críticos em relação às demandas dos sujeitos atendidos pela Terapia Ocupacional.




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[619]

ASPECTOS RELACIONADOS AO AFASTAMENTO DE BANCÁRIOS POR LER/DORT: UM ESTUDO QUALITATIVO

CAMILLA ZAVARIZZI 1 ; MARIA DO CARMO BARACHO DE ALENCAR 2

1.NAPNE, TABOÃO DA SERRA, SP, BRASIL; 2.UNIFESP, SANTOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: licença médica; transtornos traumáticos cumulativos; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: Por volta dos anos 60 e 70 ocorreu a reestruturação produtiva, sendo o setor financeiro brasileiro um dos pioneiros em adotar a automação e informatizar-se. O trabalho, teoricamente seria mais fácil e mais produtivo, no entanto, as mudanças em geral que ocorreram não contribuíram para uma melhora relativa à saúde do trabalhador, pois aspectos como as exigências de alta produção e cumprimento de metas, longas jornadas de trabalho, entre outros, vem contribuindo para o adoecimento por LER/DORT junto à esses trabalhadores, entre outras formas de adoecimento. Objetivo: Investigar sobre aspectos do afastamento do trabalho por LER/DORT, de trabalhadores do setor bancário, atendidos no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador-CEREST, Santos-SP, e relações com condições e aspectos da organização do trabalho. O estudo é exploratório, descritivo e qualitativo. Métodos: Foram analisados dados de 206 prontuários de sujeitos atendidos no CEREST-Santos de janeiro a dezembro de 2010, e com diagnósticos clínicos definidos e estabelecidos para transtornos dos tecidos moles, pela Classificação Internacional de Doenças-CID-10. Posteriormente foram selecionados os sujeitos do setor bancário, e que estiveram ou estavam em situação de afastamento do trabalho. Foi elaborado um roteiro para as entrevistas semiestruturadas. As entrevistas tiveram uma duração média de 60 minutos, e foram gravadas e transcritas na íntegra para análise de conteúdo por categorias (BARDIN, 2010). Resultados: 17,9% (n=37) sujeitos tinham transtornos dos tecidos moles, sendo que 21,6% (n=8) eram do setor bancário. Cinco sujeitos participaram do estudo com idade entre 40 e 62 anos, sendo quatro do gênero feminino e um do gênero masculino. Em relação à escolaridade três possuíam ensino superior concluído e dois com ensino superior incompleto. Quanto à profissão: 2 gerentes, 1 subgerente e 2 caixas bancários. Nos depoimentos, foram encontrados aspectos como: ritmo intenso e repetitividade, humilhações em reuniões, exigências para o cumprimento de metas, sintomas osteomusculares no trabalho, medo do desemprego, entre outros. Considerações Finais: Alguns aspectos das condições e organização do trabalho bancário geravam desgaste físico, mental e sofrimento, indicando relações com os processos de adoecimento e afastamentos do trabalho. Considerando então, que o trabalho pode ser gerador de doenças e sofrimento, e que pode causar rupturas e limitações no cotidiano de vida, a Terapia Ocupacional tem importante papel no processo terapêutico junto aos trabalhadores e às diversas situações.




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[653]

REABILITAÇÃO DE MÃO: RELATO DE INTERVENÇÃO DE TERAPIA OCUPACIONAL EM UM CASO DE TRAUMA EM POLEGAR DIREITO

DANIELE DORNELLES BENDER; MICHELE BERGMAN MATTOSO; BRUNA LUISA DE QUADRO BIGLIARDI; NICOLE RUAS GUARANY UFPEL, PELOTAS, RS, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; reabilitação de mão; acidentes de trabalho

Resumo: No Brasil os acidentes de trabalho possuem expressiva morbidade e constituem-se como um problema importante para a saúde pública do país. Os agravos relacionados ao trabalho representam aproximadamente 25% das lesões por causas externas atendidas em serviços de emergência e mais de 70% dos benefícios acidentários da Previdência Social. A Terapia Ocupacional busca reabilitar indivíduos que sofrem acidentes de trabalho objetivando o retorno às atividades produtivas e cotidianas de forma independente. O objetivo deste estudo é demonstrar a intervenção da Terapia Ocupacional em paciente com perda da função do polegar direito após lesão cortante com perda de substância da polpa digital. Utilizou-se anamnese, avaliação de Terapia Ocupacional e fotos/filmagem dos atendimentos realizados. Oito atendimentos semanais foram realizados. Paciente feminino, 42 anos, destra, auxiliar de cozinha em restaurante. Diagnóstico de perda de funcionalidade em polegar direito após lesão com material cortante devido a acidente de trabalho no mês de setembro de 2012. Apresenta diminuição de força de pinça digital e polpa-polpa. Não realiza preensão digital, polpa-polpa e tripude. Não realiza adução ativa do polegar, somente passiva. Apresenta hipersensibilidade, principalmente na extremidade da falange distal da polpa do polegar. Apresenta cicatriz com aderência na região da articulação metacarpofalangiana do primeiro dedo o que dificulta a movimentação ativa do polegar. Nas Atividades de Vida Diária apresenta dificuldade na alimentação, não consegue descascar e cortar alimentos. Na higiene realiza grande parte das tarefas com o membro superior esquerdo e o direito como apoio. Paciente está afastada do trabalho desde o acidente. Durante os atendimentos, foram realizadas atividades de mobilização passiva do dedo afetado, atividades de dessensibilização com materiais diversos como algodão, pincéis e flocos de isopor, materiais para a movimentação ativa do polegar como power web e bolinhas de borracha, adaptação de materiais com engrossador de talheres, escova de dente, faca de cozinha e descascador de alimentos confeccionado com EVA e ventosa para cicatriz. Após a intervenção terapêutica notou-se grandes avanços na realização das atividades cotidianas, como alimentação e higiene, segundo relato da paciente as adaptações facilitaram a realização destas atividades. Paciente referiu diminuição de hipersensibilidade e verificou-se melhora na amplitude de movimento do polegar. Os resultados deste estudo demonstram a importância da intervenção terapêutica ocupacional para auxiliar no processo de reabilitação das lesões de mão e promover o retorno destes pacientes ao trabalho.




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[655]

SABONETERIA: UMA OFICINA DE GERAÇÃO DE RENDA? RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UM CAPS DE CAMPINAS/SP

KARINA MENEGUETTI; MARCELA DOS REIS BIGATÃO; MARINA FERNANDES SANTOS

CAPS III DAVID CAPISTRANO DA COSTA FILHO, CAMPINAS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: Geração de renda; caps ; economia solidária

Resumo: Introdução: O processo da reforma psiquiátrica requer a implementação de políticas públicas que garantam a inserção laboral de pessoas com transtorno mental, no entanto esse é um dos grandes desafios para a intervenção em saúde mental e que apesar de todos os progressos, mudanças de paradigmas e práticas voltadas para a reabilitação psicossocial, a inclusão no mercado de trabalho é ainda uma importante barreira a ser transposta. Pensando no valor do trabalho enquanto prática que integraliza e legitima o indivíduo, duas terapeutas ocupacionais pensaram na criação de uma oficina de geração de renda, que aumentaria os espaços de atuação social e autonomia para os nossos usuários; tendo em vista que na economia solidária o objetivo é desenvolver uma forma de economia mais justa que tem como característica a igualdade e a solidariedade. Objetivo: Trazer reflexões sobre a viabilidade de uma oficina de geração de renda no contexto de um CAPS III e sobre a importância da economia solidária para inserção laboral de pessoas com transtorno mental. Metodologia: A oficina é realizada semanalmente, com duração de 1 hora e 30 minutos, coordenado por duas terapeutas ocupacionais. Atualmente conta com 6 usuários e eventualmente temos a participação de pessoas em hospitalidade integral (internação). Nessa oficina confeccionamos sabonetes artesanais e todo o processo tem participação dos usuários, desde a escolha dos ingredientes que serão utilizados, o formato do sabonete e a embalagem do produto. Discussão: A oficina acontece há dois anos e por se tratar de uma oficina de trabalho, assuntos relativos a essa tema são tratados. Todo o processo de confecção do sabonete tem participação ativa do usuário, além de discutirmos as melhores formas de comercialização do produto e as possibilidades para investimento do lucro obtido com a venda. Além disso, participamos mensalmente de uma supervisão de geração de renda que se propõe a pensar sobre os conceitos da economia solidária e nos processos de trabalho. Após esse período de realização da oficina algumas inquietações foram surgindo, o CAPS III é o local ideal para as oficinas de geração de renda?, e quando a oficina de geração de renda não gera renda?, porque usuários com mais autonomia deixam de participar da oficina? Esses questionamentos nos fazemos regularmente e nos impulsiona a repensar nossa prática. Considerações Finais: O projeto de geração de renda tem sem apresentado como importante recurso de inserção laboral e conquista de cidadania e autonomia para as pessoas com transtorno mental, porém essas experiências ainda são frágeis e com poucas condições de, efetivamente, gerar renda aos usuários.




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[657]

CARACTERIZAÇÃO DE SERVIDORES COM DEFICIÊNCIA DE UMA IFES ATRAVÉS DO OLHAR DA TERAPIA OCUPACIONAL

CRISTINA YOSHIE TOYODA1; MARIANA SEABRA DA SILVA2; MIRYAM BONADIU PELOSI3

1.UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP CAMPUS DE MARÍLIA, MARÍLIA, SP, BR; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, NITERÓI, SP, BR; 3.UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RJ, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; tecnologia assistiva; saúde do trabalhador

Resumo: A Terapia Ocupacional visa habilitar pessoas a se engajarem nos papéis, tarefas e atividades que têm um significado para as mesmas no seu cotidiano e que definem suas vidas, incluindo o trabalho. A ideia de Paradigma de Suporte enfatiza a necessidade de não apenas preparar a pessoa com deficiência, mas também o ambiente. Assim, os recursos de Tecnologia Assistiva (TA) tornam-se não só uma opção, como muitas vezes, um imprescindível instrumento de trabalho para a pessoa com deficiência. O objetivo geral do estudo foi caracterizar servidores com deficiência de uma IFES do estado do Rio de Janeiro através do olhar da Terapia Ocupacional, ou seja, verificando sua funcionalidade, autonomia e satisfação. Os sujeitos do estudo foram nove servidores e os instrumento a Medida de Independência Funcional (MIF); Checklist para análise das condições do posto de Trabalho ao Computador e entrevista semi-estrtuturada. Os resultados mostraram que 1,32% dos servidores técnico-administrativos que ingressaram na IFES entre 2000 e 2012 entraram pelas vagas destinadas às pessoas com deficiência e que, dos casos estudados 6 participantes obtiveram scores de independência modificada e 3 de independência total na MIF. Quanto ao posto de trabalho verificado pelo Checklist: um posto foi classificado com condições ergonômicas boas e os demais como razoáveis. Os dados da entrevista mostraram que dos nove entrevistados, sete fazem uso de TA no seu cotidiano, somente um utilizava um recurso específico para o trabalho e todos se mostraram satisfeitos com seu desempenho e achavam que não necessitavam de outros recursos. Os servidores entrevistados tinham deficiências leves e alto nível de escolarização, destoando do que aparece frequentemente na literatura, porém, nenhum deles, teria ingressado na universidade sem a “Lei de Cotas”. No entanto, devido ao pequeno número da amostra, não é possível afirmar que pessoas com deficiências leves, caso tentassem o ingresso pela ampla concorrência, seriam reprovadas por terem sido prejudicadas por suas deficiências no momento do concurso, ou se só iriam engrossar o imenso grupo de pessoas qualificadas que são reprovadas em concursos públicos. Questiona-se, então, que esta lei pode estar beneficiando apenas uma parcela muito específica das pessoas com deficiência. Assim, é urgente uma política mais ampla, que continue protegendo as pessoas com deficiências leves, mas com olhar focado, especialmente, para as pessoas com deficiências moderadas e graves para que estas possam ingressar no mercado de trabalho e, assim, exercer sua cidadania.




 
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[716]

REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL PELO TRABALHO SOB A PERSPECTIVA DA TERAPIA OCUPACIONAL

GÉSSICA DANIELLE MENDONÇA NEVES1; CAMILA YALLI MALAQUIAS SILVA1; JANAINA DOS SANTOS SILVA2; JULIANA DOS SANTOS AURELIANO VIANA1; ANA KARLA CAVALCANTE FERREIRA3

1.UNIVERSIDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO ESTADO DE ALAGOAS, MACEIÓ, AL, BRASIL; 2.CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE MACEIÓ, MACEIO, AL, BRASIL; 3.UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, MACEIO, AL, BRASIL.

Palavras-chave: saúde mental; reabilitação; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: O indivíduo é julgado apto para o exercício do trabalho a partir de suas capacidades mentais, sendo ignorados aqueles que possuem alterações que comprometem o resultado final do produto ou serviço prestado. Desta forma, o doente mental se encontra em desvantagem econômica e social, pois a sociedade não enxerga espaços para sua atuação profissional, já que o estigma sofrido por eles encontra terreno no discurso de há perigo eminente em seu convívio social. É importante constatar que a exclusão do trabalho traz danos pessoais e sociais na vida de quem foi acometido por transtorno mental. Portanto faz-se necessário inserir diante do contexto de reabilitação psicossocial, uma forma de produção que se diferencie do que é exigido pelo sistema capitalista, já que este enfatiza a normalidade e produtividade. Assim, o trabalho solidário vem como propiciador de uma nova concepção de economia, visando o enfrentamento dos processos de exclusão social e degradação das condições de trabalho, bem como sua precarização, pois o louco passa a ser trabalhador solidário e com isso, consegue assumir papel de cidadão no mundo social, passando a gerir suas ações e sendo autor de sua própria história. Objetivo: Explanar sobre o estigma sofrido pelo doente mental, a necessidade de inserção deste no campo de trabalho e as vantagens do trabalho solidário para este público constatando importância da atuação terapêutica ocupacional junto a eles. Metodologia: Foi realizada uma revisão literária, através de livros da Biblioteca da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas e através de artigos científicos do banco de dados SciELO publicados entre os anos de 1997 e 2010. Resultados/Discussões: Os estudos encontrados apontam que o trabalho é uma grande fonte de reinserção social do doente mental. Além disso, foi encontrado que a Terapia Ocupacional muito tem a acrescentar no processo de reinserção social pelo caráter histórico e prático da profissão que remete à utilização do trabalho/ocupação como meio de reabilitação psicossocial. Considerações Finais: A promoção das relações de solidariedade e trabalho coletivos são questões que podem ser engajadas dentro da política de Economia Solidária. Deste modo, a vinculação da Economia Solidária com saúde mental possibilita a transformação do sofrimento mental em criatividade, o que favorece o reestabelecimento da saúde. A Terapia Ocupacional é, então, facilitadora deste processo de reinserção social, pois através de seus saberes, propicia o reestabelecimento das funções sociais, de trabalho e lazer, passando então a reassumir o lugar social que antes ocupara, seja no trabalho, família ou nos grupos sociais.



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[721]

GERAÇÃO POA: 15 ANOS DE HISTÓRIA

CARMEN VERA PASSOS FERREIRA; ANA PAULA MACHADO VIDAL; LEILA BOTELHO SENNA; KATIA SALETE BARFKNECHT

PMPA, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL.

Palavras-chave: trabalho; inclusão; saúde

Resumo: O Geração POA, serviço da rede atenção psicossocial do município de Porto Alegre, tem como foco a reabilitação psicossocial, promovendo ações em saúde, trabalho, educação e inclusão social. Tem como objetivos estimular o desenvolvimento de atividades, trocas sociais e reflexão sobre as perspectivas do mundo do trabalho, incentivar o desenvolvimento de grupos de geração de renda na comunidade, efetivando e ampliando os benefícios do trabalho na saúde mental, bem como investir na oportunidade de acesso do sujeito ao trabalho formal e da economia solidária. Ações que são realizadas por meio de acolhimento, oficinas de trabalho, oficinas de expressão e arte, grupos, cursos, incubação de grupos de gestão solidária e atividades externas, parcerias intersetoriais, entre outros, que ampliem os espaços de circulação na cidade e incidam na inclusão social dos seus participantes. No ano em que se comemora 15 anos de trajetória do Geração POA, entendemos que sua metodologia de Oficinas, além de ser facilitadora da expressão do sujeito, promove a interação com o social, discute e reflete as relações do processo de trabalho, não o reproduzindo como ato alienante e promotor de adoecimento. O trabalho tem sentido para além das relações técnicas de produção, incidindo nas relações culturais e sociais, identitárias de indivíduos e de sua rede de relações. Nesse contexto a concepção do trabalho coletivo e solidário, desenvolvida no GerAção POA tem avançado na construção do lugar do trabalho enquanto possibilitador de inclusão social, compondo a rede de reabilitação psicossocial do município. O investimento na qualificação do acolhimento e atendimento em saúde mental no âmbito do Sistema Único de Saúde investimento constante do serviço. Muito se avançou nas últimas décadas com o advento da reforma psiquiátrica quanto à inclusão no mercado do trabalho das pessoas com transtornos mentais, mas muitos são os desafios que ainda temos que enfrentar. O estabelecimento de um marco legal, o fomento para os empreendimentos, a potencialização ‘da intersetorialidade, o trabalho articulado em rede e o estigma da doença mental são alguns destes desafios para a consolidação de uma política pública nesta área.




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[722]

AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE E A TERAPIA OCUPACIONAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM ESTÁGIO

GEÓRGIA CAMILA DE FARIA; TALITA MIRELE VITAL; BEATRIZ GIRÃO ENES DE CARVALHO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO, UBERABA, MG, BRASIL.

Palavras-chave: agentes comunitários de saúde; terapia ocupacional; saúde do trabalhador.

Resumo: Introdução: O Ministério da Saúde criou o Programa de Saúde da Família (PSF), com o objetivo de reestruturar a prática assistencial no Brasil e promover a saúde das famílias, priorizando o trabalho multidisciplinar. Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) formam uma força de trabalho expressiva e seu papel é de grande importância, pois, liga a população aos serviços de saúde, sendo membros da comunidade atendida, conhecem e enfrentam as mesmas dificuldades de acesso e resolutividade que ocorrem no SUS. Por outro lado, tornam-se integrantes nem sempre reconhecidos legitimamente, de uma equipe de saúde em que os processos de trabalho muitas vezes reproduzem a divisão social, dificultando seu desempenho laboral, levando a uma diminuição da qualidade de vida. A partir disso percebeu-se a importância da realização de um trabalho com os ACS abrindo espaço para a escuta ativa e fortalecimento dos laços entre a equipe. Objetivo: O objetivo do grupo é desenvolver a consciência sobre a importância do trabalho em equipe, aumentar a auto-estima e senso de autoeficácia, potencializar a capacidade de resiliência e resolução de problemas no trabalho. Método: Foram realizadas 8 intervenções que possibilitavam aos ACS expressarem seus principais problemas e angústias frente ao cotidiano em relação ao trabalho e a vida pessoal. Como estratégias utilizamos dinâmicas que favoreciam a descontração, a interação social, a discussão e a reflexão de assuntos dos cotidianos que interferiam em sua qualidade de vida. Resultados/Discussão: Nas intervenções percebemos que os ACS se sentiam desamparados, desmotivados e descrentes sobre a efetividade de seu trabalho, diziam não serem ouvidos pelos outros profissionais e sentiam que as suas solicitações a cerca dos problemas da comunidade não eram atendidas. Aos poucos o grupo percebeu uma falta de diálogo aberto entre eles e os outros profissionais e que isso interferia de modo direto em suas vidas particulares. As intervenções proporcionaram o fortalecimento do grupo, trabalhando a elaboração de sentimentos gerados pelas ações de ambas as partes. Considerações Finais: Ao fim do estágio observamos o quanto às intervenções de Terapia Ocupacional com os ACS foram importantes para o fortalecimento do grupo, criando um espaço de escuta, suporte e reflexão proporcionando um maior incentivo para o trabalho, aumentando a autoestima, a descontração no ambiente, o empoderamento, o resgate de projetos de vida e a conscientização sobre a importância de se cuidarem para que possam cuidar do próximo.




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[733]

PROJETO CAPACITAR: INVESTINDO NA INCLUSÃO SOCIAL PELO TRABALHO FORMAL

CARMEN VERA PASSOS FERREIRA1 ; FRANCILENE NUNES RAINONE1 ; ADRIANE DA SILVA1 ; JUSSARA NUNES ORTIZ1 ; SANDRA SOARES2

1.PMPA, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; 2.APRS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL.

Palavras-chave: trabalho; inclusão; saúde

Resumo: No contexto atual, parece indispensável refletir sobre a inclusão social de pessoas com transtorno mental grave. Enquanto soluções legislativas fornecem importante apoio à inclusão social, as pesquisas mostram que sua plena implementação continua a ser problemática e um desafio aos profissionais. A prática no campo da atenção psicossocial neste contexto vem demonstrando que além de refletir é possível implementar e sustentar um trabalho de inclusão com objetivos de contribuir nas Políticas Públicas, bem como nas discussões no campo legislativo ampliando o debate com dados da prática. Através de um processo de capacitação, acompanhamento e estágio, foi construído um conjunto de estratégias com vistas a viabilizar a inclusão social das pessoas com transtorno mental grave pela via do trabalho formal. No final do ano de 2008, formou-se um grupo de trabalho, integrando profissionais da área da saúde e instituições de diferentes setores da comunidade, em parceria interinstitucional, para discussão e elaboração de uma proposta que contribuísse para a inclusão destas pessoas. Foi constituído o Projeto Piloto Capacitar, que através do acompanhamento dos profissionais, familiares e instituições comunitárias, que tem como meta central provocar um processo de discussão na sociedade, buscando afirmar o direito das pessoas com transtornos mentais ao mercado formal de trabalho. A metodologia do trabalho foi construída passo a passo no decorrer do processo, sendo composta de atividades que deram sustentação ao trabalho no cotidiano como, constituição de parcerias intersetoriais, encontros mensais com alunos, familiares e entidades parceiras, apoio e oficinas de sensibilização com professores e orientadores das entidades formadoras, articulação com profissionais da rede de atenção, sistematização das atividades desenvolvidas e aplicação de instrumentos de avaliação e acompanhamento. Obteve-se também como resultados do curso de qualificação o bom aproveitamento nas disciplinas, tanto teóricas como práticas, a participação efetiva dos familiares, a boa receptividade dos colegas de trabalho na parte prática e, principalmente, mudança significativa na postura dos alunos durante o transcorrer do curso o que nos levou a investir na formação de novas turmas. Com este projeto trabalhamos com a potencialidade do trabalho interinstitucional e inclusivo na rede de reabilitação psicossocial.




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[733]

PROJETO CAPACITAR: INVESTINDO NA INCLUSÃO SOCIAL PELO TRABALHO FORMAL

CARMEN VERA PASSOS FERREIRA 1; FRANCILENE NUNES RAINONE 1; ADRIANE DA SILVA 1; JUSSARA NUNES ORTIZ 1; SANDRA SOARES 2

1.PMPA, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; 2.APRS, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL.

Palavras-chave: trabalho; inclusão; saúde

Resumo: No contexto atual, parece indispensável refletir sobre a inclusão social de pessoas com transtorno mental grave. Enquanto soluções legislativas fornecem importante apoio à inclusão social, as pesquisas mostram que sua plena implementação continua a ser problemática e um desafio aos profissionais. A prática no campo da atenção psicossocial neste contexto vem demonstrando que além de refletir é possível implementar e sustentar um trabalho de inclusão com objetivos de contribuir nas Políticas Públicas, bem como nas discussões no campo legislativo ampliando o debate com dados da prática. Através de um processo de capacitação, acompanhamento e estágio, foi construído um conjunto de estratégias com vistas a viabilizar a inclusão social das pessoas com transtorno mental grave pela via do trabalho formal. No final do ano de 2008, formou-se um grupo de trabalho, integrando profissionais da área da saúde e instituições de diferentes setores da comunidade, em parceria interinstitucional, para discussão e elaboração de uma proposta que contribuísse para a inclusão destas pessoas. Foi constituído o Projeto Piloto Capacitar, que através do acompanhamento dos profissionais, familiares e instituições comunitárias, que tem como meta central provocar um processo de discussão na sociedade, buscando afirmar o direito das pessoas com transtornos mentais ao mercado formal de trabalho. A metodologia do trabalho foi construída passo a passo no decorrer do processo, sendo composta de atividades que deram sustentação ao trabalho no cotidiano como, constituição de parcerias intersetoriais, encontros mensais com alunos, familiares e entidades parceiras, apoio e oficinas de sensibilização com professores e orientadores das entidades formadoras, articulação com profissionais da rede de atenção, sistematização das atividades desenvolvidas e aplicação de instrumentos de avaliação e acompanhamento. Obteve-se também como resultados do curso de qualificação o bom aproveitamento nas disciplinas, tanto teóricas como práticas, a participação efetiva dos familiares, a boa receptividade dos colegas de trabalho na parte prática e, principalmente, mudança significativa na postura dos alunos durante o transcorrer do curso o que nos levou a investir na formação de novas turmas. Com este projeto trabalhamos com a potencialidade do trabalho interinstitucional e inclusivo na rede de reabilitação psicossocial.



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[746]

FORTALECIMENTO PARA O TRABALHO: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

KARINE KRAMECK 1; ALINE COSTA DE SOUSA KAWAMURA 1; LENEDI DE PAULA PEREIRA 1; MILTON CARLOS MARIOTTI1; CRISLAINE ANDOLFATO 2 


1.UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL; 2.CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL II, PINHAIS, PR, BRASIL.

Palavras-chave: retorno ao trabalho; saúde mental; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: A inclusão no trabalho da população com transtorno mental é, atualmente, um dos principais desafios a serem enfrentados para a integração social efetiva desses sujeitos. Ressalta-se que aqueles que não possuem essa atividade em seu repertório perdem um recurso valioso de apoio social e desenvolvimento pessoal, o que afeta diretamente a qualidade de vida dessa população. Objetivo: Sensibilizar e fortalecer usuários com transtorno mental em tratamento em serviço de saúde para a retomada de atividades laborais. Metodologia: Em estágio de prática autônoma, discentes do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Paraná desenvolveram um projeto de intervenção junto a usuários de um Centro de Atenção Psicossocial, da região metropolitana de Curitiba-PR, a fim de facilitar o processo de reinserção e engajamento no trabalho por essa população. Participaram do projeto onze usuários com idade produtiva e interesse em retomar atividades de trabalho. Através da abordagem de grupo, buscou-se fomentar discussões críticas-reflexivas entre os participantes referentes a conteúdos individuais e ambientais que se configuram como barreiras e/ou facilitadores para o retorno e engajamento no trabalho. Resultados/Discussão: Destaca-se que os usuários trouxeram à discussão pautas relacionadas à falta de iniciativa para a realização de atividades de trabalho, devido a experiências prévias negativas, ausência de expectativas futuras e sentimentos desfavoráveis relacionados à própria capacidade e eficiência. As questões relacionadas a barreiras ambientais foram debatidas, principalmente em relação aos desafios enfrentados para a inclusão laboral da população com transtorno mental, exemplificados pelas novas exigências do mercado de trabalho: a organização capitalista e com foco lucrativo da nossa Sociedade, e o estigma negativo atribuído à população de Saúde Mental. Nesse sentido, foi possível aos usuários expressar opiniões e debater assuntos pertinentes para a reflexão crítica sobre o processo de inserção e permanência no ambiente de trabalho. Considerações Finais: O terapeuta ocupacional utiliza as atividades humanas como meio de investir no poder de atuação do sujeito na Sociedade. O trabalho é reconhecido, deste modo, como um dos principais elementos que mantém a qualidade de vida e a saúde do indivíduo, além de proporcionar independência financeira, desenvolvimento pessoal e o alcance de bens e serviços. Todavia, a Sociedade possui papel fundamental na perpetuação das barreiras que reforçam a exclusão que a população com transtorno mental vem sendo submetida, o que dificulta a aceitação e o reconhecimento das capacidades desses indivíduos.






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[759]

PROJETO INSERIR: ACOMPANHAMENTO DE PORTADORES DE ESQUIZOFRENIA NO MERCADO DE TRABALHO

LARISSA MARTINI CAMPAGNA; FERNANDA VIEIRA DOS SANTOS LIMA; CECILIA ATTUX; BEATRIZ PETRECHE; ANA OLIVIA FONSECA SILVA; PATRICIA BARBOSA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: esquizofrenia; trabalho; emprego

Resumo: Introdução: A esquizofrenia pode trazer comprometimentos que afetam diversos aspectos da vida em sociedade, sendo assim, é fundamental oferecer um tratamento adequado, incluindo estratégias abrangentes que envolvam diversos setores como: atividades diárias, relações interpessoais, e em especial, o trabalho. É bastante conhecida a dificuldade dessas pessoas em manterem-se no mercado formal de trabalho. Considerando esta dificuldade, o Programa de Esquizofrenia–PROESQ/ UNIFESP criou o Programa Inserir. Seu foco principal é incluir portadores de transtornos mentais graves no mercado formal de trabalho. O programa é dividido em três fases. A primeira corresponde a grupo de orientação, com a duração de oito semanas para discutir questões relacionadas ao trabalho. Já a segunda fase trata-se de acompanhamento quinzenais, durante seis meses, com intuito de aprofundar as discussões levantadas na primeira fase. A terceira fase corresponde ao acompanhamento dos participantes que já estão trabalhando ou que estão procurando trabalho. Objetivo: Discutir sobre aspectos destacados no acompanhamento dos participantes da fase 3 do Programa Inserir. Metodologia: A fase 3 do deste programa consiste em acompanhamento mensal por telefone e preenchimento de ficha de seguimento para mapear possíveis dificuldades. Serão relatados os achados do período entre abril e julho de 2013. Resultados/Discussão: As maiores dificuldades encontradas foram associadas a relacionamentos interpessoais, especialmente nas relações chefe-colaborador. Além disso, um aspecto abordado foi da dificuldade estabelecer limites sobre horas-extras e compensações. Poucos foram as queixas sobre lidar com os sintomas e exigência no trabalho. Dessa forma, os resultados acima nos levam a refletir que as dificuldades encontradas estão relacionadas às questões inerentes ao ambiente de trabalho. Os achados podem estar relacionados a uma maior segurança e busca de estratégias mais saudáveis para lidar com os sintomas da doença, fatores amplamente trabalhados nas etapas anteriores do programa Inserir. Considerações Finais: O aconselhamento para o trabalho realizado pelo programa Inserir mostrou-se uma estratégia potente para portadores de transtornos mentais graves buscarem uma colocação no mercado de trabalho.



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[746]

FORTALECIMENTO PARA O TRABALHO: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

KARINE KRAMECK1 ; ALINE COSTA DE SOUSA KAWAMURA1 ; LENEDI DE PAULA PEREIRA1 ; MILTON CARLOS MARIOTTI1 ; CRISLAINE ANDOLFATO2 

1.UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL; 2.CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL II, PINHAIS, PR, BRASIL.

Palavras-chave: retorno ao trabalho; saúde mental; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: A inclusão no trabalho da população com transtorno mental é, atualmente, um dos principais desafios a serem enfrentados para a integração social efetiva desses sujeitos. Ressalta-se que aqueles que não possuem essa atividade em seu repertório perdem um recurso valioso de apoio social e desenvolvimento pessoal, o que afeta diretamente a qualidade de vida dessa população. Objetivo: Sensibilizar e fortalecer usuários com transtorno mental em tratamento em serviço de saúde para a retomada de atividades laborais. Metodologia: Em estágio de prática autônoma, discentes do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Paraná desenvolveram um projeto de intervenção junto a usuários de um Centro de Atenção Psicossocial, da região metropolitana de Curitiba-PR, a fim de facilitar o processo de reinserção e engajamento no trabalho por essa população. Participaram do projeto onze usuários com idade produtiva e interesse em retomar atividades de trabalho. Através da abordagem de grupo, buscou-se fomentar discussões críticas-reflexivas entre os participantes referentes a conteúdos individuais e ambientais que se configuram como barreiras e/ou facilitadores para o retorno e engajamento no trabalho. Resultados/Discussão: Destaca-se que os usuários trouxeram à discussão pautas relacionadas à falta de iniciativa para a realização de atividades de trabalho, devido a experiências prévias negativas, ausência de expectativas futuras e sentimentos desfavoráveis relacionados à própria capacidade e eficiência. As questões relacionadas a barreiras ambientais foram debatidas, principalmente em relação aos desafios enfrentados para a inclusão laboral da população com transtorno mental, exemplificados pelas novas exigências do mercado de trabalho: a organização capitalista e com foco lucrativo da nossa Sociedade, e o estigma negativo atribuído à população de Saúde Mental. Nesse sentido, foi possível aos usuários expressar opiniões e debater assuntos pertinentes para a reflexão crítica sobre o processo de inserção e permanência no ambiente de trabalho. Considerações Finais: O terapeuta ocupacional utiliza as atividades humanas como meio de investir no poder de atuação do sujeito na Sociedade. O trabalho é reconhecido, deste modo, como um dos principais elementos que mantém a qualidade de vida e a saúde do indivíduo, além de proporcionar independência financeira, desenvolvimento pessoal e o alcance de bens e serviços. Todavia, a Sociedade possui papel fundamental na perpetuação das barreiras que reforçam a exclusão que a população com transtorno mental vem sendo submetida, o que dificulta a aceitação e o reconhecimento das capacidades desses indivíduos.




- TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E AÇÕES DE TRABALHO E EMPREGO 


[759]

PROJETO INSERIR: ACOMPANHAMENTO DE PORTADORES DE ESQUIZOFRENIA NO MERCADO DE TRABALHO

LARISSA MARTINI CAMPAGNA; FERNANDA VIEIRA DOS SANTOS LIMA; CECILIA ATTUX; BEATRIZ PETRECHE; ANA OLIVIA FONSECA SILVA; PATRICIA BARBOSA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: esquizofrenia; trabalho; emprego

Resumo: Introdução: A esquizofrenia pode trazer comprometimentos que afetam diversos aspectos da vida em sociedade, sendo assim, é fundamental oferecer um tratamento adequado, incluindo estratégias abrangentes que envolvam diversos setores como: atividades diárias, relações interpessoais, e em especial, o trabalho. É bastante conhecida a dificuldade dessas pessoas em manterem-se no mercado formal de trabalho. Considerando esta dificuldade, o Programa de Esquizofrenia–PROESQ/ UNIFESP criou o Programa Inserir. Seu foco principal é incluir portadores de transtornos mentais graves no mercado formal de trabalho. O programa é dividido em três fases. A primeira corresponde a grupo de orientação, com a duração de oito semanas para discutir questões relacionadas ao trabalho. Já a segunda fase trata-se de acompanhamento quinzenais, durante seis meses, com intuito de aprofundar as discussões levantadas na primeira fase. A terceira fase corresponde ao acompanhamento dos participantes que já estão trabalhando ou que estão procurando trabalho. Objetivo: Discutir sobre aspectos destacados no acompanhamento dos participantes da fase 3 do Programa Inserir. Metodologia: A fase 3 do deste programa consiste em acompanhamento mensal por telefone e preenchimento de ficha de seguimento para mapear possíveis dificuldades. Serão relatados os achados do período entre abril e julho de 2013. Resultados/Discussão: As maiores dificuldades encontradas foram associadas a relacionamentos interpessoais, especialmente nas relações chefe-colaborador. Além disso, um aspecto abordado foi da dificuldade estabelecer limites sobre horas-extras e compensações. Poucos foram as queixas sobre lidar com os sintomas e exigência no trabalho. Dessa forma, os resultados acima nos levam a refletir que as dificuldades encontradas estão relacionadas às questões inerentes ao ambiente de trabalho. Os achados podem estar relacionados a uma maior segurança e busca de estratégias mais saudáveis para lidar com os sintomas da doença, fatores amplamente trabalhados nas etapas anteriores do programa Inserir. Considerações Finais: O aconselhamento para o trabalho realizado pelo programa Inserir mostrou-se uma estratégia potente para portadores de transtornos mentais graves buscarem uma colocação no mercado de trabalho.




- TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E AÇÕES DE TRABALHO E EMPREGO 


[806]

TERAPIA OCUPACIONAL EM SAÚDE DO TRABALHADOR: RELATO DE INTERVENÇÃO NA FÁBRICA ESPERANÇA

ALICE MAYARA PAIVA DE SOUZA; ANDRÉ MAIA PANTOJA; ALINNE AUGUSTA DE FREITAS VEIGA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ, BELEM, PA, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; saúde do trabalhador; reinserção social

Resumo: A Fábrica Esperança é um modelo sócio produtivo pioneiro no Brasil, quetem como missão promover a Reinserção Social através da educação, capacitação profissional, geração de emprego e renda aos egressos do Sistema Penitenciário do Estado do Pará. Sabendo-se que muitos trabalhadores estão sujeitos a desgastes físicos e psicoemocionais devido a sua rotina laboral, a terapia ocupacional em saúde do trabalhador utiliza de atividades com enfoque educativo, preventivo, curativo ou reabilitador buscando gerar qualidade de vida a essa clientela. Tendo em vista isso, foram realizadas diversas atividades que objetivaram a promoção da saúde do trabalhador, melhoria do desempenho ocupacional e prevenção de disfunções osteomioarticulares e doenças ocupacionais relacionadas ou não ao estresse. Os atendimentos consistiram na aplicação de técnicas de relaxamento, massagem, alongamentos, dinâmicas de grupo, palestras e atividades lúdicas que ocorreram em 3 sessões por semana, com aproximadamente 50 minutos cada sessão, durante um período de 3 meses. No decorrer das intervenções notou-se que os colaboradores realizavam com disposição e satisfação as atividades planejadas, apresentando respostas positivas ao trabalho desempenhado pelas estagiárias de Terapia Ocupacional. Percebeu-se também que esses ao se envolverem em situações de lazer no âmbito laborativo passaram a vencer com mais otimismo situações geradoras de estresse, apresentando uma maior carga de potencial energético e autoconhecimento. Sendo assim, concluiu-se, que os atendimentos terapêuticos ocupacionais ocorridos na Fábrica Esperança melhoraram os níveis de qualidade de vida dos colaboradores, diminuindo situações estressoras no ambiente laborativo, levando os mesmos a uma maior percepção de riscos e processos de mudanças na relação indivíduo-trabalho, autoconsciência e autocuidado, trazendo conforto, motivação, produtividade e maior satisfação com seu trabalho.




- TERAPIA OCUPACIONAL NAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E AÇÕES DE TRABALHO E EMPREGO 


[825]

O ANALISTA DO SEGURO SOCIAL COM FORMAÇÃO EM TERAPIA OCUPACIONAL ALÉM DA REABILITAÇÃO PROFISSIONAL

MARCOS VINICIUS CUNHA CAVALCANTE

INSS, BELÉM, PA, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; inss; atendimento ao servidor

Resumo: Introdução: O Analista do Seguro Social com Formação em Terapia Ocupacional, junto ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, tem a função de realizar atividades técnicas e administrativas internas e externas, necessárias ao desempenho de competências Constitucionais e legais a cargo do INSS, fazendo uso dos Sistemas Corporativos e dos demais recursos disponíveis para consecução dessas atividades. No entanto, atualmente, a Gerência Executiva Belém já reconhece como dentre suas atribuições um profissional com atuação na área da saúde voltada para o público externo e interno no Programa de Reabilitação Profissional e orientando os servidores da Agência da Previdência Social na prevenção de agravos da saúde no ambiente de trabalho. Deste modo, a atuação profissional se estende a campos como ergonomia e postura, atividades grupais e atendimentos individualizados com os servidores do INSS. Objetivo: Pretende-se esplanar e discutir a respeito de uma nova modalidade prática de atuação do Analista com formação em Terapia Ocupacional junto as Agências da Previdência Social, demonstrando todo o processo de construção, as atividades já realizadas e novas propostas de atuação profissional. Metodologia: A prática profissional está atualmente sendo desenvolvida, em paralelo ao programa de Reabilitação Profissional, na Agência da Previdência Social do Município de Ananindeua, no Estado do Pará, por um Analista do Seguro Social com Formação em Terapia Ocupacional, através de atividades em grupos mensais e atendimentos individualizados semanais, no período de agosto de 2010 a Agosto de 2013, sendo a clientela atendida neste serviço exclusivamente servidores desta Agência da Previdência. Resultados: A dinâmica e prática utilizadas demonstram melhor entrosamento da equipe e satisfação durante o expediente de trabalho, além de melhora nos atendimentos à clientela abrangente e o favorecimento de qualidade de vida no trabalho, em que os servidores tem a oportunidade de externalizar suas demandas, prevenir o acometimento de doenças relacionadas ao trabalho e buscar estratégias para conciliar seu contexto de trabalho com os demais contextos sociais em que convive, como o familiar e o acadêmico. Considerações Finais: A prática profissional desenvolvida favoreceu o aprimoramento e atendimento especializado ao servidor de ponta do INSS, com melhora nos fatores emocionais e qualidade durante o desenvolvimento do trabalho, durante os atendimentos. Também demonstra as diversas possibilidades de aproveitamento do profissional terapeuta ocupacional junto a Instituição, na promoção da Saúde e da Qualidade de Vida, servindo de base para seguimento em outras Agências da Previdência Social.




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[838]

TROCA DE LATERALIDADE PARA UM MELHOR DESEMPENHO OCUPACIONAL. UMA ABORDAGEM TERAPÊUTICO OCUPACIONAL NA REINSERÇÃO PROFISSIONAL

ELEN FARIA PITA 

INSTITUTO OSCAR CLARC, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: lateralidade; desempenho; transferência

Resumo: Introdução: O uso preferencial por um dos lados do corpo, se caracteriza por lateralidade e habilidade motora, não só da mão mas também do olho e pé. A prática com a mão não preferencial leva a uma ativação cerebral bi-hemisférica, facilitando Assim a transferência para o membro preferencial, afirmam (TAYLOR E HELLMAN,1980).Este trabalho aborda a importância da troca de lateralidade em razão da lesão definitiva com comprometimento funcional importante no membro superior dominante. O trabalho iniciado teve por base o número crescente de encaminhamentos do Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS para a de troca de lateralidade em segurados com idade produtiva e chance de recolocação ou readaptação profissional pela possibilidade de melhora no seu desempenho ocupacional do lado contralateral a lesão. A solicitação tem direcionamento ao setor de Terapia Ocupacional. A conduta terapêutica no atendimento a esses casos são baseadas nas atividades com estímulos sensoriais, focam em exercícios com ênfase em ganhos e graduação de força muscular do membro superior e das mãos, na tonicidade, na organização dos movimentos óculo-manual, estímulos áudio, táteis e proprioceptivos na crescente complexidade das tarefas executadas e automatização das habilidades motoras necessárias a um bom desempenho funcional. O uso do talher, o manuseio da tesoura e da escrita são um indicador da troca de lateralidade pela especificidade e refinamento sensóriomotor. Foram atendidos oito pacientes dos quais um se ausentou por razões pessoais, um apresentou grande desempenho funcional, mas não concluiu por iniciar um curso e ficar sem tempo para ir ao tratamento; cinco ainda estão em atendimento e apresentam resposta positiva e de bom prognóstico. Tendo uma paciente completado seu tratamento com alta, retorno ao trabalho, função adaptada e fazendo uso da mão esquerda para funções de desempenho especifico inclusive uso da escrita.Trocar a lateralidade de uma pessoa tem sido possível, com os métodos estabelecidos no programa, não havendo para tanto um prazo estabelecido. O trabalho vem se constituindo na base das neurociências e da psicomotricidade com carência de registros científicos.






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