Anais - CBTO/2013

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EIXO - 11 INTERDISCIPLINARIDADE, AÇÕES INTEGRADORAS E A TERAPIA OCUPACIONAL

- INTERDISCIPLINARIDADE, AÇÕES INTEGRADORAS E A TERAPIA OCUPACIONAL


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ANÁLISE DA VARIABILIDADE DE MOVIMENTO EM JOGO DE IMERSÃO VIRTUAL

PAULO VINICIUS BRAGA MENDES1; CLÁUDIA DANIELE PESTANA BARBOSA1; MARIANA MIDORI SIME2; LUIS ALBERTO MAGNA3; IRACEMA SERRAT VERGOTTI FERRIGNO 1

1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BR; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO, VITORIA, ES, BR; 3.FACULDADE DE CIÊNCIAS MEDICAS DA UNICAMP, CAMPINAS, SP, BR.

Palavras-chave: realidade virtual; quantidade de movimento; gasto energético

Resumo: Introdução: Os jogos de realidade virtual de imersão (RVI) são comumente utilizados como um recurso para a prática de atividades físicas por possibilitar uma forma de se exercitar com diversão e no conforto da casa, sendo o Nintendo Wii® um dos consoles mais utilizados. O conhecimento da quantidade de movimentos e do gasto energético de cada jogo poderia nortear os terapeutas ocupacionais no tratamento de pacientes que possuem restrição de movimentação intensa. Entretanto a literatura ainda não é conclusiva sobre o real gasto energético dos jogos de RVI. Objetivo: Avaliar a quantidade de movimentos e o gasto energético de um jogo de realidade virtual em duas posturas, sentado e em pé. Metodologia: Foram selecionados indivíduos saudáveis com faixa etária entre 18 a 30 anos. Acelerômetros tri axiais foram presos nos punhos de cada sujeito e monitoraram os movimentos realizados durante o jogo de boxe em dois momentos: 10 minutos de jogo, sentado; e 10 minutos de jogo, em pé. Foram realizadas 3 repetições de cada momento por sujeito, de forma randomizada. Os dados foram analisados descritivamente segundo Teste T de Student para amostras independentes Resultados: Participaram da pesquisa 8 sujeitos com dominância direita, com idades entre 20 e 28 anos, com o índice de massa corporal dentro dos limites da normalidade. A média de gasto energético sentado foi de 339 Kcal e em pé, de 320 Kcal. A quantidade de movimentos sentado foi de 839 movimentos e em pé, 785 movimentos. Ao analisar os dados obtidos pelo acelerômetro pode-se classificar o jogo boxe do Nintendo Wii® como uma atividade vigorosa, acarretando em elevado gasto energético, e exigindo ampla repetição de movimentos. Na Terapia Ocupacional o uso de jogos de realidade virtual é uma alternativa viável, que contribui tanto para a motivação para a execução de exercícios repetitivos e graduados, como possui grande potencial na reabilitação de pacientes com insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio, lesões do membro superior, dificuldades de locomoção, entre outras. É meio de obter aumento da capacidade cardíaca e na preparação do desempenho físico. Considerações Finais: indivíduos jovens saudáveis gastam mais energia e realizam mais movimentos durante a realização do jogo de boxe, em RVI, na postura sentada do que na postura em pé. Mais estudos necessitam ser realizado na clinica de Terapia Ocupacional com pacientes que pretendem alcançar melhor capacidade física no trabalho ou no esporte.



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ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS QUE ATRAVESSAM OS QUADROS DE LESÃO NO MEMBRO SUPERIOR

FATIMA BEATRIZ MAIA 1; PAULA DA CRUZ MORAES 2; ENÉAS RANGEL TEIXEIRA 2 

1. UFRJ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; 2.UFF, NITERÓI, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: cuidado; psicossomatica; membros superiores

Resumo: A construção deste trabalho advém de nossa vivência profissional que nos impulsionou avançar no estudo da psicossomática para entender melhor as demandas psicoafetivas dos sujeitos com lesões dos membros superiores. O objetivo deste é discutir a experiência no cuidado integral ao cliente adulto com lesões de membros superiores na perspectiva da psicossomática. Trata-se de um relato de experiência no atendimento ambulatorial nos serviços de cirurgia de mão em 2 Hospitais Universitários do Rio de Janeiro. Como referência do estudo realizou-se uma revisão bibliográfica do tipo exploratória. Os conteúdos foram organizados em dois eixos temáticos tratados: A psicossomática das lesões do membro superior; abordagem terapêutica integral humanizada. A presença de limitação de movimento do membro superior diminui a possibilidade da realização dos gestos e consequente dificuldade de expressão. Desta forma, o prejuízo da linguagem não verbal pode gerar angustia e sofrimento psíquico. A psicossomática relaciona-se ao cuidado integral. Como de fato uma lesão de um membro afeta a dinâmica psicocorporal do sujeito e pode gerar transtornos emocionais e comportamentais. Os conhecimentos da psicossomática e da biomecânica do membro superior auxiliam o profissional na visão dos aspectos subjetivos que se apresentam durante o curso das lesões e oferecem possibilidades de abordagem terapêutica mais humanizada. Assim podemos vivenciar uma nova perspectiva de reabilitação que, ao contrário do modelo mecanicista, volta o seu olhar sobre as expressões de subjetividades que permeiam todo o processo de recuperação das lesões e suas sequelas. Trabalhando nesta assistência, pudemos observar que os resultados positivos na evolução dos quadros atendidos passavam pelos conhecimentos técnicos da reabilitação também, todavia com o tempo, foi ficando nítido que a proximidade do toque e a escuta das queixas e sintomas faziam diferença na compreensão da complexidade que se apresenta diante dos quadros de dor e incapacidade. O lidar com o processo de adoecimento psicocorporal em uma visão integral favorece a compreensão do cliente de forma subjetiva, interativa e sensível. Permite com que o terapeuta desenvolva a sutileza na abordagem, a capacidade de ouvir o discurso verbal e as expressões corporais dos sujeitos de modo ético e sensível. Quando o cliente reconhece no seu corpo, as marcas produzidas pela sua história de vida e como lidar com elas, possibilita ao mesmo se apropriar da construção e reconstrução de novas formas de gerenciar sua subjetividade e seus movimentos integrados.



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ACESSIBILIDADE E ASPECTOS AMBIENTAIS: ANÁLISE DE UMA BIBLIOTECA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA – RS.

THAIS ROSA COSTA; LUISE FERREIRA DE QUEIROZ; LETÍCIA SEVERO SEEGER; DANIELA TONÚS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; estruturas de acesso; serviços de biblioteca

Resumo: Introdução: As bibliotecas são espaços públicos que proporcionam trocas de informação, participação social e aprendizado, tornando-se um ambiente fundamental na construção social, cultural e de subjetividade de cada pessoa. Porém, estes locais nem sempre se encontram em condições para receber indivíduos com limitações e assim, não proporcionam benefícios para toda a população. Com isso, observou-se a necessidade de analisar o acesso e as condições ambientais de uma determinada biblioteca pública com o intuito de detectar as potencialidades e fragilidades desse ambiente, auxiliando no processo de adaptação para que se torne acessível a toda a população. Objetivo: Analisar a acessibilidade e as possíveis barreiras arquitetônicas de uma biblioteca pública no município de Santa Maria, estado do Rio Grande do Sul. Metodologia: Este trabalho é uma pesquisa de caráter qualitativo e quantitativo. Segundo Michel (2009), a pesquisa quantitativa é de caráter objetivo, pois trata de dados obtidos através do uso de técnicas numéricas já a pesquisa qualitativa é de caráter subjetivo, pois discute, correlaciona, interpreta situações, fatos e opiniões. A coleta de dados realizou-se em dois dias através da observação e avaliação do ambiente, utilizando-se uma fita métrica para verificar as medidas e posteriormente comparar com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Os dados foram registrados na forma escrita e fotográfica. Resultados/Discussão: A partir do trabalho exposto, constatou-se que, a biblioteca não possui acessibilidade para receber diferentes públicos. Em relação aos aspectos arquitetônicos, a biblioteca não possui rampas nem elevadores, os banheiros encontram-se sem barras de apoio e sem sinalização audiovisual. Os aspectos de informação e comunicação (sinalização, terminais de pesquisa online, dispositivos eletrônicos, livros em braile e audiovisuais) não se enquadram nas normas da NBR 9050, pois os materiais e recursos não são disponibilizados. Segundo Cavalcanti e Galvão (2007), os ambientes de comum circulação devem estar adequados aos parâmetros antropométricos de acesso, circulação, sinalização, transferência e comunicação, além de outros quesitos como as rampas, corrimão, barras no banheiro entre outros. Considerações Finais: Diante deste estudo, notou-se que as barreiras arquitetônicas de um espaço de cultura e aprendizado, inviabilizam o acesso de determinadas pessoas diante de suas condições físicas. Constatou-se a necessidade de fiscalização regular nesses espaços como uma maneira de reduzir a ausência de participação social de pessoas que possuem limitações, possibilitando de fato inclusão e acesso a todos.



- TERAPIA OCUPACIONAL NO SISTEMA EDUCACIONAL – AVANÇOS E DESAFIOS DA EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA E O TERAPEUTA OCUPACIONAL


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CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA OCUPACIONAL, NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE, NUMA ESCOLA PÚBLICA DE MACEIÓ

GLEICIANE OLIVEIRA FAUSTINO; MARIA IRACEMA LINS DOS SANTOS; WALDEZ CAVALCANTE BEZERRA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS, MACEIÓ, AL, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; educação em saúde; escola

Resumo: Introdução: No contexto da saúde pública, a Terapia Ocupacional tem desenvolvido ações diversas, de caráter individual e/ou coletivo, em diferentes cenários de práticas, dentre estes, o ambiente escolar. Visando agregar os conhecimentos teóricos à prática na disciplina de Terapia Ocupacional aplicada à Saúde Pública, este trabalho consiste num relato de experiência sobre as ações desenvolvidas por acadêmicos do 3º ano do curso de Terapia Ocupacional da UNCISAL com alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental de uma escola pública localizada no bairro do Pontal da Barra em Maceió-AL. Objetivo: Relatar as atividades desenvolvidas nas práticas da disciplina de Terapia Ocupacional aplicada à Saúde Pública, mostrando a atuação da Terapia Ocupacional em ações de saúde no contexto escolar. Metodologia: Inicialmente foram realizadas visitas na comunidade para conhecer o território, e a partir destas, nos foi colocada, pela diretora e assistente social da escola, uma demanda de intervenção com os alunos sobre a temática higiene. As atividades foram desenvolvidas na perspectiva da educação em saúde, visando à promoção de hábitos saudáveis. Durante as intervenções, partiu-se sempre da realidade e dos conhecimentos prévios dos alunos sobre conceitos básicos de higiene e saúde, para em seguida serem aplicadas as estratégias de ensino-aprendizagem, previamente elaboradas, com o objetivo de estimular a construção do conhecimento e a fixação das informações passadas. Utilizou-se principalmente das atividades lúdicas como recurso, tais como peças teatrais, músicas, danças, jogos e dinâmicas, almejando um melhor envolvimento das crianças. Resultados/Discussão: Esta experiência evidenciou a atividade lúdica como potente recurso para a prática do terapeuta ocupacional no contexto das ações de educação em saúde na escola, uma vez que ao final destas os alunos demonstraram uma boa assimilação dos conteúdos abordados, provocando uma modificação na maneira de pensar e agir destas crianças. Considerações Finais: Foi possível perceber que o trabalho de educação em saúde é de grande importância, em virtude da troca de conhecimentos e da valorização do saber do outro. Observamos que orientações simples são capazes de gerar mudanças significativas nos hábitos das pessoas, de modo que educar para a saúde é contribuir para a formação de bons hábitos como condição essencial para uma vida saudável. Por fim, cabe ressaltar que a Terapia Ocupacional vem a se destacar como um importante canal capaz de promover novas ações de saúde e assim incorporar hábitos mais saudáveis no contexto escolar, mas que podem resultar em uma melhor qualidade de vida das crianças para além dos muros da escola.



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POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE NO BRASIL E O DESENHO DOS CENTROS DA JUVENTUDE NO ESTADO DE SÃO PAULO: CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA OCUPACIONAL SOCIAL

RAFAEL GARCIA BARREIRO; ANA PAULA SERRATA MALFITANO

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM TERAPIA OCUPACIONAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: juventude; políticas públicas; ações governamentais

Resumo: Introdução: No Brasil, o investimento governamental para questões da juventude vem resultando na implementação de políticas públicas. A juventude alvo das políticas é marcada pelo recorte de classe. Recentemente, a criação da Secretaria Nacional de Juventude promoveu o debate das problemáticas atuais dos jovens, resultando em projetos e ações nos contextos sociais, culturais, econômicos e políticos. Dentre elas estão os “Centros da Juventude”, que são equipamentos para a oferta de atividades socioeducativas e culturais exclusivamente voltados ao público juvenil. No Estado de São Paulo existem quatro municípios com Centros da Juventude: Barretos, Jacareí, Santos e São Carlos. Objetivo: Conhecer a Política Nacional da Juventude e, especificamente, o papel dos Centros da Juventude, na perspectiva do discurso oficial de seus gestores, no de intuito de apontar a relação destes equipamentos com a política nacional. Metodologia: Realizaram-se 14 entrevistas semiestruturadas com representantes dos diferentes órgãos da política de juventude: um representante da Secretaria Nacional da Juventude, a responsável na Secretaria Estadual do Esporte, Lazer e Juventude, gestores municipais e coordenadores dos Centros da Juventude. O referencial teórico aplicado advém da Terapia Ocupacional Social. Resultados: Evidenciamos que o discurso das secretarias Nacional e Estadual apontam o papel destes órgãos pela busca efetiva da garantia de direitos para a juventude, através da construção de documentos e de ações pontuais para algumas temáticas escolhidas como igualdade racial, questões de gênero, saúde, entre outros. Em contraponto está a perspectiva dos municípios, onde a proposta das políticas para a juventude está pautada em ações que se constituem por programas sociais e de transferência de renda, tendo como contrapartida a realização de atividade socioeducativas. Considerações Finais: A constituição da política para a juventude no Brasil em seus diferentes níveis de governabilidade tenta corresponder suas agendas específicas, existindo uma divergência e um certo distanciamento entre as ações práticas estabelecidas no discurso federal e aquelas declaradas pelos municípios. A juventude é uma população recorrente das ações em terapia ocupacional, especialmente na Terapia Ocupacional Social, o que leva à necessidade de avançar a discussão do tema. Em grande parte das experiências, a discussão se restringe aos aspectos técnicos de intervenção havendo a necessidade de se direcionar também para as relações com os níveis políticos, realizando a interlocução com os gestores e, então, com os programas sociais da agenda pública estabelecida no país.




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ESTRATÉGIA INTERDISCIPLINAR DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE JUNTO A SUJEITOS COM EPILEPSIA

LAUREN MACHADO PINTO 1; PATRICIA SANTOS FERNANDES 2; RENATO NICKEL 2; ANA CHRYSTINA CRIPPA 1; CARLOS SILVADO 1

1.HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: epilepsia; educação em saúde; equipe interdisciplinar de saúde

Resumo: Introdução: Registros históricos remetem à existência da epilepsia desde a Antiguidade. O desconhecimento da população geral sobre a epilepsia mantém os pacientes à margem da sociedade, expostos a situações de estigma e preconceito. Estratégias de Educação em Saúde são necessárias com a finalidade de orientar, conviver e dar oportunidades, aos pacientes, seus familiares, amigos, empregadores e população em geral. Objetivo: Descrever uma estratégia de orientação aos pacientes com epilepsia e seus familiares, atendidos no ambulatório de Epilepsia da disciplina de neurologia do Hospital de Clinicas da UFPR-Curitiba. Metodologia: Relato de experiência relacionado à construção de uma cartilha de Educação em Saúde para pacientes com epilepsia. Resultados: A construção da cartilha intitulada “Guia da Pessoa com Epilepsia” surgiu da constatação da pouca compreensão dos pacientes e familiares sobre as orientações deste Ambulatório. As principais queixas foram sobre a sua condição de saúde, cuidados durante uma crise, seus direitos, e desempenho nas atividades cotidianas. Em cima destas duvidas foi elaborada uma cartilha abrangendo as respostas de forma objetiva, didática e ilustrativa. A partir da compreensão do modo como os pacientes expressam foi desenvolvida a linguagem coloquial e de modo ilustrado, aspectos relacionados à doença, tratamentos, família, saúde da mulher, saúde do trabalhador e direção foram englobadas. Cada membro da equipe interdisciplinar manifestou o seu olhar sobre estas problemáticas. O setor de Marketing do HC-UFPR fez a editoração da cartilha permitindo a circulação do material dentro do padrão exigido pela Instituição. O grupo na elaboração desta cartilha foi formado por enfermeira, médicos e terapeutas ocupacionais, possibilitando a troca de conhecimentos. Assim, atingimos a linguagem apropriada transmitindo a informação ao publico alvo. Considerações Finais: A construção da cartilha, como medida de educação em saúde de pacientes com epilepsia, é rica e viável, fornecendo atenção às duvidas apresentadas pelos doentes. Além de trazer dados para o desenvolvimento de pesquisas. Novos estudos sobre o entendimento e os efeitos de cartilhas devem ser desenvolvidos.



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PROJETO ESTIMULAR BRINCANDO: ALTERNATIVAS PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM CÂNCER.

THAÍSE LOPES GRIGOLO DE VARGAS; AMARA LÚCIA HOLANDA TAVARES BATTISTEL; FABIANE VIEIRA ROMERO; ANA PAULA LOPES WEBER; ANDREISI CARBONE ANVERSA; MÍRIAN BOLSON SERAFIN

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; tecnologia assistiva; saúde

Resumo: Introdução: O Projeto Estimular Brincando é uma parceria, desde o ano de 2011, entre os cursos de Terapia Ocupacional e Desenho Industrial da UFSM, articulando ações de ensino, pesquisa e extensão a fim de promover atenção humanizada à saúde dos cuidadores e familiares e das crianças e dos adolescentes hospitalizados em tratamento oncológico no Centro de Tratamento da Criança e Adolescente com Câncer-CTCriac do Hospital Universitário de Santa Maria e no Centro de Convivência Turma do Ique. Metodologia: Com as ações desenvolvidas anteriormente foi percebida a necessidade da adequação do ambiente relativa à acessibilidade para o desempenho das AVD’s. Assim, o projeto prevê o desenvolvimento de Tecnologias Assistivas para os banheiros e quartos. Para Silva (2011, p.30): “a adaptação dos utensílios utilizados por pacientes durante a realização de suas atividades diárias poderá de forma proativa elevar os níveis de autonomia, independência e consequente inclusão”. Ainda, está prevista a criação de produtos lúdico-recreativos para trabalhar conceitos relativos ao processo de adoecimento, hospitalização, tratamento e recuperação da saúde, bem como contribuir para o fortalecimento de atitudes auto-promotoras da saúde. Os jogos criados possibilitarão ao pacientes do CTCriac e Turma do Ique lidarem melhor com a realidade que estão submetidos, facilitando a elaboração de sentimentos de medo, estranheza, desconfiança, insegurança. As atividades são realizadas por acadêmicos dos cursos de Terapia Ocupacional e Desenho Industrial, a partir do levantamento das necessidades junto aos pacientes e profissionais do serviço. Resultados/Discussão: Com a realização deste projeto espera-se contribuir para a melhoria da saúde da população atendida tanto nas ações diretamente a ela direcionada quanto aos cuidadores e familiares. Também se pode citar o impacto na formação acadêmica no que se refere aos conhecimentos adquiridos e formação técnica, bem como a experiência do trabalho em equipe interdisciplinar. As ações propostas resultarão em cinco Trabalhos de Conclusão de Curso, desenvolvidos em parceria entre os cursos de Terapia Ocupacional e Desenho Industrial. Considerações Finais: o Projeto Estimular Brincando contribui para promoção da saúde de crianças e adolescentes, pois a partir dos jogos propostos é possível trabalhar os sentimentos, as AVD’s, o contexto escolar, a convivência no ambiente hospitalar. Os produtos desenvolvidos deverão estimular trocas de experiências e vivências entre os pacientes trabalhando a autoestima, autonomia e independência dos mesmos. Procura-se com isso obter maior comprometimento ao tratamento facilitando o processo de recuperação da saúde.



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[160]

DIREITOS HUMANOS PARA A DIVERSIDADE: CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS DE SENSIBILIZAÇÃO ATRAVÉS DA ARTE, CULTURA E EDUCAÇÃO

CARLA REGINA SILVA; ISADORA CARDINALLI; MARINA SANCHES SILVESTRINI; ANA CAROLINA DA SILVA ALMEIDA PRADO; JAIME DANIEL LEITE JUNIOR; PAULA MARCONDES S- HEBBEL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; arte e cultura; direitos humanos

Resumo: O presente trabalho visa apresentar o Programa de Extensão Universitária “Direitos Humanos para a Diversidade: construindo espaços de arte, cultura e educação”. O programa utiliza-se da arte e da cultura para propor a promoção de debate, formação e execução de ações na defesa dos Direitos Humanos, de acordo com as diretrizes pautadas no Plano Nacional de Direitos Humanos. A prática intersetorial e transdisciplinar é central no trabalho e contribui para a ampliação de conhecimento das diversas áreas envolvidas e neste sentido a Terapia Ocupacional tem muito a contribuir, visto que na atualidade, produziu uma gama de práticas que promoveram novos campos de atuação e de compreensão da realidade que nos cerca. O objetivo foi de oferecer espaços integrados de educação, arte e cultura promovendo o debate, a formação e a execução de ações na defesa dos Direitos Humanos, com o foco no respeito à diversidade, no empoderamento, cidadania ativa e autonomia de grupos historicamente estigmatizados. A metodologia do trabalho consiste na realização de intervenções criativas semanais, com os usuários, familiares e trabalhadores de três equipamentos, sendo eles, o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS, o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas – CAPS – AD e o Centro de Referência Especializada da Assistência Social com a população de rua – CREAS POP. Nas oficinas o teatro, a pintura, a dança, a música, o circo, as artes visuais e outras experimentações tornam-se instrumentos para a sensibilização de temáticas acerca dos direitos humanos. Estudos teóricos, orientações e reuniões de planejamento e experimentação de técnicas e de atividades a serem aplicadas ou apresentadas constituem parte dos procedimentos, assim como, o monitoramento, a sistematização, o acompanhamento e a avaliação das ações realizadas. A equipe é composta por estudantes da Terapia Ocupacional, psicologia, pedagogia, imagem e som e biblioteconomia, uma terapeuta ocupacional e a coordenadora responsável. As avaliações demonstram que as oficinas são fomentadoras de processos de emancipação, autonomia, empoderamento e cidadania ativa dos sujeitos. Diferentes linguagens artísticas e culturais e a integração das ações inter/transdisciplinares puderam favorecer o vínculo, o pertencimento e o comprometimento dos sujeitos, ao mesmo tempo, que os sensibilizou para a educação em direitos humanos, assim como, foi percebido a qualificação dos equipamentos sociais, ao oferecer um trabalho sensível. Defende-se a promoção dos direitos humanos como elementos formadores de cidadania e vislumbra-se a formação de uma sociedade mais justa onde sejam garantidos os direitos de igualdade para a diversidade.



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[176]

SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE NA ONCOLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO

RAQUEL DA SILVA ROCHA TOMAZ; JULIA LEAL GOMES; DIANA JASMIM AMAR MOREIRA; LORHAINE COUTINHO E SILVA GOMES; TANIA FERNANDES SILVA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: síndrome de burnout; saúde; trabalho

Resumo: Introdução: No âmbito do ambiente de trabalho, os profissionais lidam com patologias diversas podendo levar ao estresse no trabalho. A definição de estresse ocupacional foi definida por Martins (2011) como um processo em que o indivíduo percebe demandas do trabalho como estressores, as quais, aos exceder seus recursos de enfretamento, provocam reações de estresse. Estudos apontam que no âmbito do trabalho dos profissionais de saúde o estresse ocupacional pode ter consequências negativas levando a Anais prejuízos na qualidade de vida e insatisfação no trabalho. A Síndrome de Burnout, estão entre as doenças que atingem os profissionais da área de oncologia, sendo uma resposta ao estresse ocupacional crônico com consequências na vida pessoal, institucional. Sentimentos como ansiedade e a responsabilidade do cuidado com pacientes, enfrentados no cotidiano laboral, incidem de forma incisiva no enfermeiro que se depara em seu contexto desde a cura até a morte. Objetivos: Investigar o nível de estresse ocupacional nos enfermeiros do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) quantificando os índices de estresse no ambiente de trabalho dos enfermeiros no setor de oncologia. Analisar as possibilidades de intervenção da terapia ocupacional para a melhora da qualidade de vida no contexto laboral. Metodologia: Pesquisa quantiqualitativa, com coleta de dados por meio de questionário. Coleta de dados em enfermeiros da oncologia do HUCFF – Rio de Janeiro, no período entre 27 de maio a 3 de junho de 2013, utilizando o instrumento de pesquisa Maslach Burnout Inventory – Human Services Survey, que avalia comprometimentos na saúde, relacionados ao estresse ocupacional. A amostra foi no total de 11 profissionais da área de enfermagem. Resultados: Na coleta de dados 54,55% apresentaram o índice de estresse moderado; 27,27% sem estresse; e 18,18% com estresse intenso. Em relação ao estresse nenhum dos voluntários da pesquisa registraram tal opção. Considerações Finais: Diante do exposto foi possível constatar que o estresse moderado está presente na atividade laboral dos profissionais da área de enfermagem no HUCFF, fazendo-se necessário a intervenção do terapeuta ocupacional para a melhora da qualidade laboral no setor da coleta.



- INTERDISCIPLINARIDADE, AÇÕES INTEGRADORAS E A TERAPIA OCUPACIONAL


[230]

ESTUDO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS E TÉRMICAS DE MATERIAIS PARA CONFECÇÃO DE ÓRTESES DE MEMBRO SUPERIOR

LARISSA GALVÃO DA SILVA1 ; IRACEMA SERRAT VERGOTTI FERRIGNO1 ; JOSÉ AUGUSTO MARCONDES AGNELLI1 ; LUCIANA BOLZAN AGNELLI MARTINEZ1 ; SUZAN ALINE CASARIN2

1.UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BR; 2.UNIMEP, SANTA BÁRBARA D’OESTE, SP, BR.

Palavras-chave: aparelhos ortopédicos; testes de materiais; pvc

Resumo: Introdução: As órteses são dispositivos que tem como função, estabilizar ou imobilizar, prevenir ou corrigir deformidades, proteger contra lesões, auxiliar na cura ou maximizar a função. Desde o século XVI órteses são confeccionadas e as técnicas de confecção se aprimoram, e juntamente com isso novos materiais são experimentados, sendo os termoplásticos de baixa temperatura os mais utilizados. Alguns termoplásticos de alta temperatura podem ser utilizados para a confecção de órteses, mas possuem técnicas de confecção diferenciadas, como o Policloreto de Vinila (PVC). Objetivos: Conhecer as propriedades do material PVC importantes para a confecção de órteses e compará-las com um termoplástico de baixa temperatura muito comercializado no Brasil. Metodologia: Foram realizados experimentos de caracterização térmica, mecânica e de toxicidade do termoplástico de alta temperatura PVC e de um termoplástico de baixa temperatura, através dos ensaios de Determinação da temperatura de amolecimento Vicat; Calorimetria Exploratória Diferencial; Determinação do teor de cinzas; Termogravimetria; Ensaio de Flexão em 3 pontos; Fluorescência de Raio-X e Microscopia Eletrônica de Varredura e Efeito sobre a água. Resultados/Discussão: O ponto de amolecimento do PVC é de 82,5º e o ponto de fusão do termoplástico de baixa temperatura é de 59,6º; O PVC apresentou 12,17% de teor de cargas inorgânicas, enquanto que o outro termoplástico possui 21,1%; o PVC apresentou módulo de tensão de 71Mpa e 2,65Gpa de elasticidade, e o outro termoplástico,13Mpa de tensão e 423Gpa de elasticidade. Considerações Finais: Conclui-se que o PVC pode ser retrabalhado em temperaturas em que ainda não há a degradação do material, ou seja, ele tem alta reciclabilidade, o que potencializa sua utilização na confecção de órteses, pois o material permite remodelagens e ajustes sem perda da rigidez e da função da órtese; O termoplástico de baixa temperatura é mais fácil de ser trabalhado na modelagem de órteses, entretanto, se encontra mais susceptível a deformações por conta de sua baixa temperatura de fusão; apresentou uma quantidade menor de cargas inorgânicas, que contribuem para dar maior rigidez ao material. O PVC é um material mais rígido que o termoplástico de baixa temperatura, o que o torna mais resistente, entretanto, deve-se considerar a aplicação do mesmo com cautela, pois sendo um material mais rígido a moldagem do mesmo implica em um aumento da pressão nas áreas que necessitem de melhor acomodação de tecidos.



– INTERDISCIPLINARIDADE, AÇÕES INTEGRADORAS E A TERAPIA OCUPACIONAL


[357]

A EXPERIÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA CONSTRUÇÃO DO CONTRATO INTERNO DE GESTÃO

LIDILENE VIRGINIA DA SILVA MENDONÇA; ALESSANDRA ANTUNES TAVARES

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.

Palavras-chave: gestão; terapia ocupacional; interdisciplinaridade

Resumo: Introdução: no contexto da atenção primária, o Contrato Interno de Gestão (CIG) foi adotado pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) com o intuito de qualificar os processos de trabalho nas Unidades de Saúde, estimulando o trabalho em equipe e a construção coletiva de soluções. A partir de indicadores específicos, pautados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), são estabelecidas metas baseadas no diagnóstico local do território, de forma a serem alcançadas através das ações pactuadas entre as Equipes de Saúde da Família (ESF) e os diferentes profissionais da atenção básica. O terapeuta ocupacional, como integrante da equipe básica de saúde, deve se apropriar desta ferramenta como estratégia para construir suas ações de trabalho, sendo cogestor do cuidado e das intervenções na comunidade. Torna-se uma oportunidade de mostrar seu trabalho e fazer-se valorizar dentro da equipe como aquele profissional que pode fazer a diferença com seu olhar singular sobre o processo de saúde. Objetivo: discutir a importância da participação de uma equipe multidisciplinar, incluído o terapeuta ocupacional, na elaboração e definição do contrato interno de gestão. Metodologia: relato de experiência ocorrido na Unidade Básica de Saúde Alto Vera Cruz em Belo Horizonte, onde todos os profissionais desta unidade se reuniram em um período de duas semanas para discussão, definição de metas e elaboração do CIG. Discussão: a participação do terapeuta ocupacional na estipulação das ações foi fundamental, pois seu perfil profissional possibilita transcender o plano individual de atuação e alcançar as ações coletivas de saúde, considerando os diferentes contextos nos quais o sujeito se insere. No campo das construções coletivas a ESF passa a compreender e valorizar as competências do terapeuta ocupacional, colocando-o em lugar de destaque na construção e alcance dos indicadores, os quais apresentam direta correlação com a atuação deste profissional. Desta forma, a terapia ocupacional estabelece uma relação de identidade com as ações de gestão da saúde propostas pelo CIG. Conclusão: a participação da Terapia Ocupacional na elaboração do CIG ampliou o olhar deste profissional sobre o serviço e possibilitou maior responsabilização na gestão da saúde do território, mostrando que cada ação feita com o usuário influencia diretamente no alcance das metas dos indicadores e que a gestão se faz em equipe.




- INTERDISCIPLINARIDADE, AÇÕES INTEGRADORAS E A TERAPIA OCUPACIONAL


[378]

CONTRIBUIÇÕES DO FUTEBOL PARA O DESEMPENHO FUNCIONAL DE INDIVÍDUOS AMPUTADOS

ROGÉRIA PIMENTEL DE ARAUJO MONTEIRO1 ; LUZIA IARA PFEIFER2 ; NELSON JOAQUIM FORTUNA DE SOUSA3

1.UEPA, BELÉM, PA, BR; 2.USP RIBEIRÃO PRETO, RIBEIRÃO PRETO, SP, BR; 3.UTAD, VILA REAL, PORTUGAL.

Palavras-chave: futebol de amputados; desempenho funcional; amputados de membro inferior

Resumo: Introdução: O esporte adaptado, introduzido no Brasil há aproximadamente 50 anos, vem trazendo benefícios para a saúde dos indivíduos com deficiência e contribuindo para promoção da inclusão social. Dentre as modalidades desportivas praticadas por pessoas com deficiência encontra-se o futebol de amputados. Este esporte assemelha-se ao “futebol society, as partidas têm duração de 50 minutos e cada equipe é composta por 7 atletas. O goleiro deve ser amputado ou lês autres do membro superior e os jogadores de linhas devem apresentar amputação de perna acima ou abaixo do joelho, com uso obrigatório de muletas tipo canadense. Apesar de ser um esporte praticado em diversos países desde 1985, são escassas as pesquisas relacionadas às suas contribuições. Objetivos: Analisar a influencia do futebol de amputados no nível de desempenho funcional de indivíduos adultos, amputados unilateral de Membro Inferior (MI). Metodologia: A pesquisa foi realizada com 138 sujeitos com amputação de MI, sendo 69 praticantes do futebol de amputados (GP) e 69 sujeitos que não praticavam nenhuma modalidade desportiva (NP). Na coleta dos dados utilizou-se o checklist para o Desempenho Funcional e Social de Amputados de Membro Inferior-DFS, baseado na CIF, constituído de 5 domínios: Aspectos Orgânicos, Atividades Cotidianas, Componentes do Desempenho, Participação Social e Fatores Ambientais. No presente estudo, entretanto, foram analisados apenas os domínios de Atividades Cotidianas e de Componentes do Desempenho. Para comparar o desempenho dos grupos foram aplicados métodos de inferência estatística como o teste do Qui-quadrado e o teste G. A comparação entre as variáveis quantitativas foi realizada pelo teste de Mann Whitney. Resultados/Discussão: Os resultados mostraram que no domínio de Atividades Cotidianas houve diferença estatisticamente significante (p<0.05) em 29 dos 35 itens analisados e no domínio de Componentes do Desempenho identificou-se diferença significante (p <0.05) em 17 dos 18 itens. Considerações Finais: Conclui-se que a prática do referido esporte contribui com a melhora do desempenho funcional de indivíduos com amputação unilateral de MI. O checklist DFS se mostrou útil na identificação dos aspectos de maior comprometimento nos sujeitos amputados, possibilitando a definição dos objetivos terapêuticos assim como a orientação de medidas sociais e políticas que facilitem o envolvimento dos sujeitos amputados de MI em atividades e participação.



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[386]

A EQUOTERAPIA COMO RECURSO DA TERAPIA OCUPACIONAL

DANIELA BOSQUEROLLI PRESTES

NACIONAL DE EQUOTERAPIA- ANDE-BRASIL, BRASÍLIA, DF, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; equoterapia; adaptações

Resumo: Introdução: A Associação Nacional de Equoterapia - ANDE-BRASIL (2010) define a equoterapia como um método “terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais”. O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO, 2008) a reconheceu como recurso terapêutico da Terapia Ocupacional, autorizando aplicar seus princípios profissionais na Equoterapia, conforme o diagnóstico cinético- ocupacional e os objetivos terapêuticos específicos de sua atuação. Também a reconheceu como parte da formação em Terapia Ocupacional, em disciplina curricular e projetos de extensão e pesquisa. Objetivo: Descrever a atuação da Terapia Ocupacional na Equoterapia. Metodologia: Trata-se um relato de experiência baseado no modelo de pesquisa fenomenológico (HOLANDA, 2006). Resultados/ Discussão: A atuação do terapeuta ocupacional (TO) é construída a partir do potencial do praticante (como é chamada a pessoa que pratica equoterapia), buscando orientar sua participação em atividades selecionadas para restaurar, fortalecer e desenvolver suas capacidades, facilitar a aprendizagem de novas habilidades e funções essenciais para sua adaptação e produtividade, atenuando ou corrigindo as deficiências. É sua função avaliar as habilidades e potencialidades do praticante considerando aspectos motores, sensoriais, perceptivos, cognitivos e sociais, verificando suas limitações funcionais primárias, secundárias e globais. As atividades dirigidas pelo terapeuta ocupacional promovem vínculos de afeto, incentivam a curiosidade, a observação e exploração do ambiente. Possibilitam a expressão dos sentimentos, pensamentos e necessidades, levando o praticante a construir bases fundamentais para seu desenvolvimento global. As atividades devem estar de acordo com as necessidades individuais considerando a idade cronológica e o nível funcional do praticante. As adaptações são necessárias nas diversas situações de atendimento dos programas de equoterapia. Desta forma, a equipe discute as necessidades do praticante, o terapeuta ocupacional cria e orienta a utilização de recursos, adaptações funcionais, atividades e brincadeiras que visam maior independência e autonomia do indivíduo. Conclusões Finais: A equipe da equoterapia é multidisciplinar e sua ação está bem próxima à transdisciplinaridade. O saber da terapia ocupacional tem uma grande contribuição para este campo. Por isso, salienta-se a necessidade de disciplinas curriculares que ofereçam subsídios e conhecimento científico quanto a este recurso terapêutico além de pesquisas que comprovem sua eficácia.



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ORIENTAÇÕES DE ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA À GESTANTE COM BAIXA VISÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

PAULA VIEIRA ALVES; SONIA MARIA CHADDI PAULA ARRUDA; HELOISA GAGHEGGI RAVANINI GARDON GAGLIARDO; MARILDA BAGGIO SERRANO BOTEGA

CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM REABILITAÇÃO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, CAMPINAS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: deficiência visual; atividades de vida diária; maternidade

Resumo: Introdução: Considerando as possíveis barreiras enfrentadas pelas pessoas com deficiência visual (DV) nas atividades de vida diária, os cuidados básicos com o bebê também podem representar dificuldades e angústias para a mãe com baixa visão ou cegueira. Diante dessa situação, a Terapia Ocupacional (TO) pode contribuir com objetivo de desenvolver os potenciais nas atividades presentes na vida do indivíduo com DV, a fim de promover sua autonomia e independência. Objetivo: Descrever as intervenções da Terapia Ocupacional e da equipe transdisciplinar com uma gestante com DV atendida em um ambulatório de habilitação e reabilitação de um serviço universitário. Metodologia: Participou da pesquisa uma gestante com 34 anos de idade, diagnosticada com retinose pigmentar, com baixa visão severa, atendida no setor de Atividades de Vida Diária do CEPRE/ FCM/ UNICAMP, local do estudo. Foram realizados quatro atendimentos mensais, no período de agosto a novembro de 2012. Todos os atendimentos contaram com a participação do marido da participante, que não possui DV. De acordo com os interesses e necessidades da gestante, as orientações foram dirigidas aos cuidados com o futuro bebê, como cuidados com umbigo, banho, troca de fralda e vestuário. Os atendimentos relacionados à amamentação tiveram a participação de uma fonoaudióloga especializada no assunto. Materiais adaptados como desenho em relevo, uma mama de plástico, boneca, roupas, banheira e fraldas foram utilizados. Para identificar a opinião da participante acerca das orientações realizadas, uma entrevista semiestruturada foi registrada em gravação de áudio. Resultados: Em todas as sessões a participante e seu marido foram questionados sobre ideias, possíveis preocupações, medos, receios em relação aos cuidados com o bebê, o que auxiliou o envolvimento e participação nos atendimentos. A vivência das atividades por meio da audição e do tato foi sempre destacada. A participante relatou sentir-se mais preparada e segura para lidar com o futuro filho após as orientações recebidas nas terapias. Demonstrou interesse em ser a principal responsável pelos cuidados básicos com o futuro filho, necessitando de ajuda apenas para tarefas que exijam monitoramento visual, o que reforça sua autonomia para assumir esse novo papel. Destaca-se o trabalho da equipe transdisciplinar nas orientações sobre aleitamento, facilitando a compreensão e, consequentemente, o melhor desempenho da participante nesta atividade. Considerações Finais: A pesquisa tende a contribuir com novas sugestões para o atendimento da Terapia Ocupacional na área da DV, a fim de garantir autonomia e bem-estar à gestante com DV.




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[399]

TERAPIA OCUPACIONAL INTERVINDO NAS INCERTEZAS FRENTE AO TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA

MARIA LÚCIA PEDROSO CESARI LOURENÇO; GIECI CRISTIANE FUZARO DE MENEZES; MARINA ALEIXO FERREIRA DE PAULA

HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS - FUNDAÇÃO PIO XII, BARRETOS, SP, BR.

Palavras-chave: intervenção; tmo; incertezas

Resumo: Introdução: O Transplante de Medula Óssea (TMO) é uma opção terapêutica para o tratamento de diversas doenças hematológicas, malignas ou não, habitualmente fatais. Este tipo de tratamento consiste em diversas fases nas quais ocorrem grandes mudanças físicas, psíquicas e cotidianas, tornando o tempo fonte de incertezas. Os sujeitos podem enfrentar de diversas formas, podendo este ser amedrontador, confuso e suscitar diversos questionamentos com relação a vida. Cabe a equipe de saúde realizar da melhor forma as orientações e acompanhar durante todo o processo os pacientes e seus cuidadores. Propusemos com este trabalho o auxilio por parte de quem acabou de vivenciar esse processo, trazendo de forma simples e tocando nos pontos mais cruciais para manutenção da esperança de cura através deste complexo tratamento. Objetivos: Apresentar e discutir as questões apresentadas por pacientes que realizaram TMO em um hospital especializado. Metodologia A pesquisa apresentada é de caráter exploratório de abordagem qualitativa, utilizando a Análise de Conteúdo com a finalidade de explorar o conjunto de opiniões e representações sociais. Em atendimentos da Terapia Ocupacional pediu-se que os pacientes com previsão de alta hospitalar escrevessem uma carta/bilhete para o próximo paciente que seria internado naquele mesmo leito para o mesmo tipo de tratamento. Estas foram analisadas e posteriormente entregues ao próximo paciente. O estudo pretende futuramente analisar o impacto dessa atividade nos participantes desse projeto. Resultados: Obtivemos até o momento dez cartas, sendo que cem por cento das cartas abordaram questões religiosas. Oitenta por cento sobre pensamentos positivos, trinta por cento sobre questões relacionadas ao tratamento, vinte por cento sobre confiança na equipe e sobre o medo frente ao tratamento. Considerações Finais: Este projeto apontou que devemos abordar, identificar e auxiliar estes pacientes nas principais questões suscitadas. As cartas apresentaram um mundo ate então não tocado pelos profissionais: a interação entre esses pacientes e a preocupação deles em ressaltar a importância da esperança e da fé em Deus e no tratamento.



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[400]

ATUAÇÃO INTERDISCIPLINAR COM UMA PRÉ-ADOLESCENTE DIANTE DO PROCESSO DE TERMINALIDADE DE SEU ENTE QUERIDO: ESTUDO DE CASO NO CONTEXTO DE CUIDADOS PALIATIVOS

MARIA LÚCIA PEDROSO CESARI LOURENÇO; ANDREA CAROLINA BENITES; ANA MARIA ANTUNES NASSER

HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS - FUNDAÇÃO PIO XII, BARRETOS, SP, BR.

Palavras-chave: cuidados paliativos; família; cuidador

Resumo: Introdução: A vivência de uma doença grave e a possibilidade de morte repercute na qualidade de vida tanto do paciente quanto dos familiares. É imprescindível o reconhecimento da importância da atuação da equipe interdisciplinar na unidade de cuidado paciente-família, principalmente em casos de internação prolongada e em que há uma criança em desenvolvimento como um dos acompanhantes. Objetivo: Demonstrar a importância do trabalho em equipe interdisciplinar focando as intervenções e resultados obtidos com a parceria entre a psicologia e a terapia ocupacional numa Unidade de Cuidados Paliativos. Método: estudo de caso de uma pré-adolescente de onze anos, que acompanhou todo o processo de internação prolongada, crises convulsivas recorrentes e evolução gradativa do quadro clínico da irmã, com diagnóstico de glioblastoma Anais multiforme, até sua morte. Resultado: A atuação da equipe se direcionou a unidade de cuidado (paciente – família), e dentre os envolvidos se destaca o suporte à irmã da paciente durante o período de hospitalização. Foram realizados atendimentos individuais semanais para F. por um período de quatro meses de moradia no contexto hospitalar e no pós-óbito. Os atendimentos eram intercalados entre a Psicologia e a Terapia Ocupacional na mesma semana, e era realizada discussão clínica e metas terapêuticas em conjunto. Durante os atendimentos F. expressava sua sensibilidade, medos e aflições frente ao cotidiano que estava inserida, e tinha a possibilidade de auto expressão e desenvolvimento da sua criatividade e autonomia atribuindo novos significados para tais vivências. Considerações Finais: Partindo da definição de cuidados paliativos, na qual a OMS apresenta que uma equipe interdisciplinar tem por objetivo propiciar melhor qualidade de vida para pacientes e familiares, neste caso podemos constatar esta grande importância. Somente com um bom vínculo a equipe pode acolher e solidificar bases estremecidas pela doença. Principalmente quando falamos de uma jovem cuidadora que vivenciou uma internação prolongada, na qual conseguiu elaborar o luto antecipatório, despedir-se da paciente e atualmente retoma aos poucos sua vida adolescente, não com sofrimentos e culpas, mas sim com aprendizados e novos significados para a vida.



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TERAPIA OCUPACIONAL VAI A PRAÇA: UMA OBSERVAÇÃO SOBRE ATIVIDADE DE EXTENSÃO SOBRE SAÚDE MENTAL

WALÉRIA CRISTINA HIPÓLITO GONÇALVES; WELLISON CARVALHO CARDOSO; TONYA PENNA DE CARVALHO PINHEIRO DE SOUZA

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA, BELÉM, PA, BRASIL.

Palavras-chave: ações educativas; educação para a saúde; saúde mental

Resumo: A educação deve ser entendida como instrumento de libertação individual e coletiva, capaz de promover a autonomia das pessoas e a transformação social. As ações educativas possuem uma visão diferenciada para o contexto do cuidado a saúde, a fim de melhorar a qualidade do viver. Assim, as ações educativas para a saúde assumem um papel crítico e transformador, sendo promotora de uma vida mais saudável e também prazerosa para o sujeito. Este processo deve requerer a ativa participação do sujeito na conquista de autonomia, para tomada de consciência a respeito dos aspectos, que interferem nas condições de vida e saúde mental, procurando formas para resolver seus problemas e modificar sua vida cotidiana. Diante disso, as ações de educação para a saúde voltada a saúde mental tem se mostrado como um importante instrumento para amenizar os comprometimentos no desempenho ocupacional de pessoas em sofrimento psíquico ou seus familiares e atenuar os prejuízos gerados a partir dos estereótipos na saúde mental. Este estudo teve como objetivo descrever o relato de experiência e observação sobre a atividade de extensão sobre Saúde Mental oferecida a usuários de praça pública em Belém. Trata-se de uma observação qualitativa descritiva desenvolvida a partir da atividade intitulada: “Terapia Ocupacional vai à praça” oferecida a usuários da Praça Batista Campos em Belém do Pará vinculado ao Curso de Terapia Ocupacional da Universidade da Amazônia. Para efeito desta atividade utilizou-se de palestras, dinâmicas para sensibilização, álbuns seriados e distribuição de informativos personalizados. Foram realizadas orientações para o cuidado com a saúde mental e a sensibilização sobre mecanismos que contribuem, especificamente ou inespecificamente, para as ocorrências de dificuldades nas relações intrapessoais e interpessoais, crise de ansiedade generalizada, sentimento depressivo, baixa autoestima, problemas de conduta e experimentação e/ou abuso precoce de álcool e drogas. Observou-se que ao apresentar os mecanismos facilitadores para as manifestações dos Transtornos Mentais possibilitou-se uma reflexão nos usuários da praça que frequentaram a ação de extensão e pode ser reforçado positivamente sobre o papel do sujeito como agente modificador da realidade de adoecimento. Portanto, considera-se que a experiência foi proveitosa, pois contribuiu positivamente na qualidade de vida do indivíduo e da coletividade, assim também como favoreceu o desenvolvimento da cidadania por meio da participação ativa do usuário na educação sobre os cuidados com a saúde mental, além de ampliar o conhecimento científico acadêmico em Terapia Ocupacional.



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[416]

PROMOVENDO A AUTONOMIA DA PACIENTE FRENTE SUA TERMINALIDADE - UM ESTUDO DE CASO

MARIA LÚCIA PEDROSO CESARI LOURENÇO; ANA MARIA ANTUNES NASSER; FABIANA ALVES CARVALHO; ADRIANA DA SILVA MARTINS FERREIRA; GABRIELA VIEIRA ZABEU

HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS - FUNDAÇÃO PIO XII, BARRETOS, SP, BR.

Palavras-chave: cuidados paliativos; terminalidade; comunicação

Resumo: Espera-se que as equipes de cuidados paliativos sejam sempre atentas aos princípios que regem este, tais como o controle impecável dos sintomas e da dor , alívio do sofrimento, a compaixão pelo doente e seus familiares, a busca pela autonomia e pela manutenção de uma vida ativa enquanto ela durar. Objetivos: abordar a atuação da equipe de cuidados paliativos frente a piora gradativa do paciente, mantendo a autonomia expressa pela paciente e assegurada pelos familiares. Método: Apresentação do estudo de caso da paciente B, 23 anos, amasiada, estudante de engenharia, em tratamento de um carcinoma descoberto setembro de 2011 que apresentou evolução rápida, com várias intercorrências. Resultado: Desde a descoberta da doença, a paciente mostrou interesse e necessidade de manter-se informada sobre todas as questões referentes a sua saúde. Inicialmente, negava atendimentos que lhe auxiliariam em questões emocionais / existenciais, porem, assim que fora admitida no serviço de cuidados paliativos começou a aceitar algumas intervenções, que primeiramente tinham a finalidade de criar vínculo, mas que fortaleceram laços e as aflições, dúvidas e projetos em curto prazo foram realizados. Os profissionais aceitos pela paciente foi a médica, a equipe de enfermagem (que rodiziavam), a fisioterapeuta, a terapeuta ocupacional e o assistente religioso. Todas as decisões eram tomadas após a discussão com a própria paciente. Desde medidas de conforto como fisioterapia motora, respiratória, drenagem linfática e melhor posicionamento devido ao edema de membros inferiores; bem como a questão do uso de oxigenoterapia no fim de vida. O assistente religioso foi o desencadeador das respostas de aflições existenciais, eram momentos íntimos da paciente que aos poucos agregou os pais nesses atendimentos. A terapeuta ocupacional pode resgatar através de uma atividade que a paciente fazia normalmente (fotografia) a importância das pessoas e das relações que estas mantinham com a pacientes, bem como o poder despedir-se e agradecer a estas. Partindo deste ideal, a equipe de cuidados paliativos manteve a boa comunicação e conseguiu articular um tratamento humanizado de qualidade, voltado as necessidades reais da paciente. Considerações Finais: Somente quando existe interação real dentro da equipe, os casos de pacientes como o apresentado pode se dizer que foi tranquilo e as questões tanto da paciente, quanto da sua família e da própria equipe de saúde foram resolvidos. O atendimento global e a relação terapêutica com os profissionais promove a confiança necessária para que todos os desejos e necessidades do paciente sejam vistos e assim, serem trabalhadas por todos da equipe.




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[431]

AÇÕES NA PERSPECITVA DO TRABALHO INTERPROFISSIONAL: CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO DE ASSESSORIA DE TERAPIA OCUPACIONAL

SUELEN MORAES LORENZO; MARCO AURÉLIO TEIXEIRA PIOVEZANNI; BIANCA SAMPAIO FIORINI; BEATRIZ CRISTINA SILVA SANTOS; RITA DE CÁSSIA TIBÉRIO ARAÚJO

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO, MARÍLIA, SP, BR.

Palavras-chave: terapia ocupacional; intervenção; assessoria

Resumo: Introdução: O trabalho interprofissional define-se no âmbito da prática e estimula a permanente comunicação horizontal dos membros da equipe. Configura-se como um trabalho na busca de soluções em relação a um objetivo comum. Objetivo: Descrever o trabalho interprofissional de assessoria prestada pela Terapia Ocupacional a outros profissionais de saúde. Método: Trata-se de um relato de experiência com caráter descritivo e enfoque para intervenção. O local é uma unidade auxiliar vinculada a uma universidade pública no interior do estado de São Paulo, composta por uma equipe interdisciplinar, cujo público-alvo abrange pessoas de todas as faixas etárias que apresentam disfunções em áreas intelectuais, físicas, sensoriais e sociais. Neste contexto, esta equipe busca implantar no cotidiano da instituição uma relação baseada na interdisciplinaridade, por meio da prestação de serviço denominada assessoria. Participaram deste estudo três sujeitos do gênero masculino com variação de idade entre três e vinte e dois anos que apresentam diagnóstico diversificado: paralisia cerebral, traumatismo crânio encefálico e atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. O serviço de assessoria estrutura-se por meio de uma ficha de encaminhamento emitida por qualquer profissional da instituição, que é direcionada ao supervisor de terapia ocupacional. Após essa conduta é agendada a intervenção e posteriormente esta é descrita em prontuário. Portanto, a coleta de dados se deu por meio de estudo das informações do prontuário, observações durante os atendimentos e discussões de caso em equipe. A análise dos dados se deu a cada supervisão. Resultados/Discussão: No período de março a maio de 2013 foram solicitadas três assessorias ao serviço de Terapia Ocupacional, sendo duas delas por fonoaudiólogos e uma por fisioterapeuta. Acompanharam-se três atendimentos de Fonoaudiologia e Fisioterapia, cuja assessoria consistiu na prescrição e confecção de dois recursos, sendo eles um brinquedo para estimulação neuropsicomotora e um apoio para braço a ser utilizado para o uso do computador e Tablet. As principais demandas por assessoria estão relacionadas ao auxílio para posicionamento do paciente durante a terapia, à orientação a respeito de como oferecer a atividade de forma mais efetiva e à confecção de recursos a serem utilizados durante os atendimentos. Considerações Finais: Com base na presente experiência nota-se a importância do trabalho interprofissional, que favorece a ampliação na atenção e promoção da saúde do paciente, tendo em vista as diretrizes do Sistema Único de Saúde, em específico a integralidade, que busca contemplar o indivíduo como um todo.



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[459]

GRUPO DE MÃES EM UM AMBULATÓRIO DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

RENATA SLOBODA BITTENCOURT; PRICILA PAVEUKIEWICZ; MORGANA BARDEMAKER LOUREIRO; DAYANE REGINA DOS SANTOS; MARIBEL PELAEZ DORO

HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BR.

Palavras-chave: equipe de cuidados de saúde; cuidador familiar; transplante de medula óssea

Resumo: O transplante de medula óssea (TMO) é um procedimento que se constitui como uma alternativa de tratamento para diversos tipos de doenças potencialmente fatais. Entretanto, não é um método plenamente resolutivo, trata-se de um procedimento agressivo, que pode tanto recuperar a vida do paciente quanto levá-lo ao óbito. A decisão pelo transplante é, no paciente adulto, de responsabilidade deste, já no caso de crianças, essa decisão cabe aos pais ou responsáveis, o que pode gerar angústia, um nível considerável de culpa ou ainda sentimentos ambivalente como desejo de optar pelo transplante e medo de um eventual fracasso. Temos então, com base na literatura e na prática, a abordagem em grupo que têm se revelado uma forma eficaz de atendimento para acompanhantes de crianças que possuem uma doença potencialmente fatal, por possibilitarem trocas de experiências que, ao serem compartilhadas, geram nos participantes um sentimento de inclusão, bem como diminuem a sensação de desamparo e solidão experimentada nestas circunstâncias. Diante disto, foi criado o Grupo de Mães dos pacientes que são atendidos no Ambulatório. Entre os objetivos do grupo estão: possibilitar que as mães se expressem e reflitam sobre as situações vivenciadas; criar um espaço para cuidar de quem cuida; através das atividades propostas, proporcionar um ambiente acolhedor e que propicie a autorreflexão e o autocuidado; facilitar a troca de experiências num ambiente mediado por profissionais. O grupo se caracteriza como um grupo aberto, onde ocorrem encontros semanais na sala de espera do Ambulatório de TMO, com uma média de cinco participantes por encontro. O grupo é coordenado em conjunto pela Terapia Ocupacional e Psicologia e nele são realizadas atividades diversas; leitura de textos, contos, poesias; dinâmicas de grupo, que visam alcançar os objetivos propostos. Até o presente momento o grupo contou com 19 atendimentos e abordou temáticas referentes aos papéis ocupacionais, recebimento do diagnóstico, projetos futuros, sentimentos frente à vivência atual e sua ressignificação, dúvidas em relação ao tratamento, lazer, condições socioeconômicas, autopercepção, atenção consigo, rotina e restrições impostas pelo tratamento, redes de suporte, religiosidade como enfrentamento. As principais dificuldades encontradas na realização do grupo foram a falta de espaço apropriado que culminava em constantes interrupções e a variação do número de participantes. Apesar das dificuldades as mães se engajam nas atividades e discussões propostas, refletindo sobre suas condições havendo troca de experiências e aumento do suporte social e emocional.




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[460]

TERAPIA OCUPACIONAL & PSICOLOGIA: GRUPO DE CUIDADORES FAMILIARES EM UNIDADE DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA

MORGANA BARDEMAKER LOUREIRO; ALINE CRISTINA ANTONECHEN; RENATA SLOBODA BITTENCOURT; DAYANE REGINA DOS SANTOS; MARIBEL PELAEZ DORO

HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: cuidadores familiares; terapia ocupacional; psicologia

Resumo:  O Transplante de Medula Óssea (TMO) é uma opção de tratamento para sujeitos em condições onco-hematológicas, reconhecido por frequentemente acentuar a debilidade física e emocional dos pacientes somado ao potencial iminente de morte. A criação de um Grupo de Cuidadores Familiares (GCF) iniciou pela observação do sofrimento, esgotamento físico e emocional, além de comprometimentos ocupacionais que os familiares apresentavam durante os atendimentos individuais. O trabalho objetiva apresentar a elaboração e implantação de um GCF em uma Unidade de TMO. Trata-se de um relato de experiência acerca da elaboração e implantação do GCF. Os objetivos deste grupo são: possibilitar espaço para que o cuidador integre sua atenção ao seu cuidado; facilitar momentos de harmonização e descontração; estimular a formação de rede de suporte; criar espaço de fala e favorecer troca de experiências. A elaboração do projeto deu-se em reuniões das residentes de Terapia Ocupacional e Psicologia em busca de fundamentações e ações logísticas (como local e data) que respondessem à demanda posta. A próxima etapa foi o contato com Preceptorias e após aprovação a formalização do projeto frente à equipe Multiprofissional do serviço. O atendimento aos cuidadores é semanal, em sequência ao horário de visitas e se dá por meio da abordagem grupal, a qual permite e encoraja a troca de experiências entre os participantes do grupo. A duração dos atendimentos é 50 minutos, visto ser um tempo adequado para que haja a interação interpessoal e manejo de aspectos necessários sem extenuar os participantes. Os familiares responsáveis pelo cuidado são convidados diretamente, com a entrega de um ‘convite’. Observa-se que ao cuidar do cuidador, que está sob extrema pressão vivenciando a possível morte de um ente querido, cuidamos também do paciente, além de facilitar que a interação entre esses dois sujeitos ocorra em um estado mais saudável emocionalmente, com menos sobrecarga por parte do cuidador. Com a participação dos familiares no grupo, espera-se que se apresentem mais relaxados, descansados, vinculados e confiantes na equipe, e menos ansiosos, deprimidos e/ou agressivos. Tem-se então que a implantação de um Grupo de Cuidadores Familiares num cenário caracterizado pelas instabilidades (como número de pacientes e condições clínicas) requer um estudo e compreensão dos fatores adversos à sua concretização. É importante que a equipe tenha em mente a variabilidade prevista na frequência dos cuidadores, mas, independente do número de sujeitos, invistam em tecnologia leve e leve-dura no processo proposto para alcançar os objetivos almejados numa abordagem de Humanização das relações em Saúde.




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[474]

IDOSO ALCOOLISTA: UM SUJEITO SEM DIREITO?!

ALINE MARY VASCONCELOS DE ALBUQUERQUE; GILVAN MELO SOUSA

CAPS, FORTALEZA, CE, BRASIL.

Palavras-chave: saúde mental; idoso; direito

Resumo: A atenção aos usuários de álcool é uma prática recente no âmbito do SUS, esse tratamento dispensado era em clínicas particulares ou instituições filantrópicas de caráter religioso. Atualmente há uma preocupação do governo em tratar os dependentes químicos, onde temos um número grande de usuários idosos alcoolistas. Contudo, inexiste um tratamento específico a terceira idade, onde fosse singular e tivesse a preocupação com essa clientela e suas peculiaridades inerentes da idade. A terapêutica oferecida, segundo as diretrizes do MS, deve levar em consideração os princípios da redução de danos e uma modalidade de cuidado que interfira no modo de vida das pessoas e de seus territórios. Entretanto, o idoso tem suas particularidades clínicas, psicológicas e sociais, deste modo, o tratamento à eles devem ser pautados nas perspectivas da saúde e estatuto do idoso, respeitando seus direitos e ressaltando o convívio social. O presente estudo vem refletir sobre a prática disponibilizada ao idoso alcoolista no âmbito do SUS e os seus aspectos legais para essa clientela. Para realizarmos esse estudo fizemos um levantamento bibliográfico de periódicos e portarias do MS, o estatuto do idoso. Foi observado foi uma prática em construção, buscando modelos, ainda assim sem priorizar os direitos legais adquiridos pelos idosos. São tratados pelo alcoolismos e não como um sujeito idoso alcoolista. Percebemos que ouve avanças, porém muito se tem para progredir e integrar uma prática condizente a realidade do sujeito, nesse caso do idoso, fazendo valer seus direitos. Daí a importância de práticas e saberes interdisciplinares, todos na busca da qualidade do atendimento ao sujeito, cidadão e ser humano. Desta forma a presença ativa da equipe interdisciplinares neste cotidiano do território se mostrou como atitude imprescindível para este trabalho que se propõe interferir nos modos de produção das subjetividades a fim de produzir ações em saúde. Percebeu-se a necessidade de criar práticas de atuação e de atenção ao público idoso. As ações dos Caps ad devem ir de encontro aos usuários de maneira a sensibilizar as pessoas que não percebem ou não tem informações suficientes sobre os danos do consumo de álcool nessa população.




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[488]

GRUPO IDENTIDADE: RELATO DE INTERVENÇÃO INTERDISCIPLINAR NO CAPS-AD

DIEGO EUGÊNIO ROQUETTE GODOY ALMEIDA1 ; RICARDO LOPES CORREIA2 ; MONALIZA MENDES3 ; ALEXANDER NAVARRO3

1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, SP, SP, BR; 2.FACULDADE DE MEDICINA DO ABC, SANTO ANDRÉ, SP, BR; 3.CAPS-AD SÃO MATEUS, SP, BR.

Palavras-chave: identidade; interdisciplinaridade ; transtornos relacionados ao uso de substâncias

Resumo: Introdução: Identidade é foco de estudo de diversas áreas do conhecimento como psicologia, estudos culturais, sociologia, etc. Para Terapia Ocupacional, a identidade é influenciada pelos papéis que são determinantes críticos da produtividade, organizam o uso do tempo, criam forças de pertencimento e contratualidade. Uma pessoa pode exercer diversos papéis ocupacionais ao longo da sua vida e assumir diversas identidades. O abuso de substâncias pode estar associado ao prejuízo desses papéis. Objetivos: Descrever os papéis ocupacionais desempenhados pelos usuários do CAPS-ad no continuum do tempo e valorizá-los segundo a importância percebida. Apresentar o perfil da população atendida. Relatar intervenção interdisciplinar no CAPS-ad. Método: A intervenção ocorreu em um grupo, semanal, com duração de 90 min, coordenado por terapeuta ocupacional e psicólogo, denominado “Grupo Identidade”. Foi aplicado o Role Checklist, versão validada para o Brasil (CORDEIRO, 2007), a fim de a valiar a autopercepção sobre o desempenho e valor conferido aos papéis ocupacionais (Estudante, trabalhador, Voluntário, Cuidador, Serviço Doméstico, Amigo, Membro de Família, Religioso, Passatempo/Amador e Participante em Organizações). A população-alvo era constituída por usuários de substâncias, que tivessem indicação no Projeto Terapêutico Singular (PTS). O Role Checklist foi auto-aplicado em 16 indivíduos. Durante as intervenções foram usados técnicas do psicodrama, sociodrama focadas nos conflitos familiares e estigmas sociais, Grupos Operativos como forma de favorecer o reconhecimento o funcionamento em grupo, recursos motivacionais para o retorno à escola e ao trabalho. Resultados A maioria homens (77%), solteiros (54%), com idade média de 43 anos; estão inativos (77%). É evidente uma redução dos papéis ocupacionais desempenhados no presente, exceto o de Serviço Doméstico. Os papéis de Estudante (8%) e Membro de família (31%) foram os mais afetados. Em 77% há o desejo de desempenhar futuramente o papel de Trabalhador. Em 92% da amostra houve máxima valoração do papel de estudante, e em segundo lugar trabalhador e membro de família (85%). Quanto à Participação em Organizações, 62% atribuíram nenhuma importância. Considerações Finais: Os usuários avaliados são trabalhadores e realizam serviço doméstico. Houve perda importante dos papéis ocupacionais desempenhados no presente e, no futuro, almejam ser trabalhadores. Há maior valorização do papel de estudante, trabalhador e membro de família. A análise descritiva dos dados ajudou a identificar demandas comuns à aquele grupo, porém a oscilação dos participantes em grupo impediu a reavaliação dos ganhos obtidos.




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[528]

EMPREENDEDORISMO APLICADO À TERAPIA OCUPACIONAL

RODRIGO LUÍS MOREIRA; MICHELLE RAFAELLE JORDÃO; AMANDA SILVA SOUZA; LARRISA KELLI SOUZA; MARCIA BASTOS REZENDE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.

Palavras-chave: empreendedorismo; pet terapia ocupacional; meeting an expert

Resumo: Introdução: O Programa de Educação Tutorial – Terapia Ocupacional (PET-TO) da Universidade Federal de Minas Gerais, primeiro e único do Brasil, foi implantado em 2007 e objetiva contribuir para a formação profissional crítico e reflexiva tanto para os PETianos quanto para os discentes do curso de Terapia Ocupacional (TO). As ações do programa são pautadas na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Dentre as ações de ensino há o Meeting an Expert, direcionado para o corpo discente e docente de Terapia Ocupacional que consiste em convidar um terapeuta ocupacional a participar de uma roda de conversa e compartilhar a sua experiência profissional. Esta ação objetiva instigar os graduandos de Terapia Ocupacional a refletir sobre o mercado de trabalho e conhecer os diferentes campos de atuação da Terapia Ocupacional. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar o Meeting an Expert com o tema "Empreendedorismo aplicado à Terapia Ocupacional" na percepção dos participantes. Metodologia: O PET-TO convidou um terapeuta ocupacional para relatar sua trajetória como empreendedor. Ao final do evento foi entregue aos participantes um questionário estruturado numa escala de Likert de 4 pontos - tipo de escala mais utilizada em pesquisa de opinião. Respondendo questionário baseado nesta escala, especifica-se o nível de concordância com uma afirmação. Ao todo foram 26 questionários respondidos. Resultados/Discussão: Avaliaram como ótimo – a relevância do tema (100%), a abrangência do conteúdo (88%), o domínio do tema pelo palestrante (92%), a metodologia utilizada (92%), o atendimento à expectativa inicial (96%), a adequação do local, a programação do evento (73%) e a adequação do dia e horário do evento (62%). Quanto à indicação deste evento para outras pessoas, 100% dos participantes disseram que indicariam. Os resultados mostram uma avaliação bastante positiva pelos participantes em relação ao conteúdo e sugerem a importância do tema empreendedorismo como um diferencial para o curso de Terapia Ocupacional. Considerações Finais: Estes dados refletem a contribuição do PET-TO atendendo às expectativas dos estudantes quanto a temas de interesse coletivo. O tema empreendedorismo aplicado a Terapia Ocupacional tem muita relevância para o meio acadêmico. Um fator que pode ter contribuído para os bons resultados é o fato de que o tema não é frequentemente abordado na formação profissional e também pela qualidade do palestrante. Sendo assim, confirma-se que a oferta de temas inovadores motiva a participação dos estudantes.




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PROJETO COLCHA DE RETALHOS - SANTA MARIA: SOLIDARIEDADE E UNIÃO NA ELABORAÇÃO COLETIVA DO LUTO

STELLA MARIS NICOLAU; MARIANA TEIXEIRA DA SILVA; LUMA PRESTRIDGE

UFSCAR, SAO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; luto; cuidado

Resumo: O incêndio na Boate Kiss ocorrido em 27 de janeiro de 2013 na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, deixou mais de 200 mortos e centenas de feridos – em sua grande maioria pessoas jovens e estudantes universitários - comovendo o Brasil, e alcançando grande repercussão na mídia internacional. Dentre as vítimas estavam estudantes de Terapia Ocupacional, o que provocou uma grande troca de informações nas redes sociais virtuais ligadas à profissão, e uma estudante de Terapia Ocupacional da UFSCar propôs nessas redes a construção coletiva de uma colcha de retalhos – inspirada na experiência ocorrida em 2001 na cidade de Campinas, SP, relatada na dissertação de mestrado da terapeuta ocupacional Maria de Lourdes Feriotti. Esta colcha seria um instrumento no qual as pessoas pudessem expressar seus sentimentos e compartilhar o sentimento de dor e perplexidade diante dessa tragédia que vitimou tantos jovens. A divulgação e os preparativos foram feitos através da rede social virtual Facebook, criando-se o evento denominado “Colcha de retalhos para Santa Maria/RS”. Este evento teve a adesão progressiva de estudantes, docentes e terapeutas ocupacionais de todo o Brasil chegando a um total de 895 pessoas de diversos lugares do país. A confecção da colcha iniciou-se em no dia 04 de fevereiro na UFSCar e encerrou-se no dia 20 do mesmo mês. Desse projeto participaram dezenas de estudantes e docentes, que bordaram e costuraram os retalhos, sendo que muitos desses chegaram via correio de diversas partes do Brasil, enviados por indivíduos e coletivos, juntamente com cartas e mensagens de solidariedade e conforto. Todo esse processo foi fotografado e divulgado nas redes sociais e a colcha foi enviada no final de fevereiro para Santa Maria e estendida, juntamente a outras colchas confeccionadas por outros coletivos que aderiram à essa ideia, no dia que uma das estudantes de Terapia Ocupacional, vítima do incêndio, retornou às aulas. Esta experiência ilustra uma possibilidade de construção coletiva de um objeto (a colcha) como possibilidade de acolhimento à dor e, portanto, uma experiência de resiliência. Este processo foi rico na medida em que possibilitou a ampliação e fortalecimento de laços entre estudantes, docentes e os profissionais da Terapia Ocupacional de todo o país.




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SAÚDE MENTAL INFANTIL E EDUCAÇÃO: UMA PROPOSTA DE INTERSETORIALIDADE

PAULA PAVAN ANTONIO1; FABIANE AQUINO LOURENÇO DE ARAUJO1; CAROLINA DONATO DA SILVA2

1.UNIFESP, SÃO PAULO, SP, BRASIL; 2.CAPSI VILA MARIA/VILA GUILHERME, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: saúde mental infanto-juvenil; intersetorialidade; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: Ancoradas na Política Nacional de Saúde Mental Infanto-juvenil, e na construção permanente da rede e da intersetorialidade, as ações do cuidado permeiam a clínica da infância e adolescência como estratégia para atender a complexidade de demandas apresentadas por essa população. Considerando a necessidade da existência de uma rede que articule serviços envolvidos, o CAPS Infanto-juvenil Vila Maria/Vila Guilherme propôs a formação de um grupo denominado Tear Educacional com o intuito de fomentar estratégias e ações a partir de encontros regulares que aproximassem educadores e equipe multiprofissional do serviço. Objetivos: Apresentar uma iniciativa de ação intersetorial promovida entre o CAPSi Vila Maria/Vila Guilherme e as escolas da região com o objetivo de trocar experiências com os profissionais da educação, além de instrumentalizá-los para compreender as principais problemáticas que acometem a saúde mental infanto-juvenil. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, baseado na observação participante do grupo Tear Educacional por duas estagiárias do 4º ano do curso de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo durante o segundo semestre de 2012. Resultados/Discussão: O grupo era coordenado por uma equipe multiprofissional do CAPSi composta por psicopedagoga, psicólogo, assistente social e terapeuta ocupacional que discutiam temas relacionados à saúde mental infantil levantados a partir do interesse dos participantes do grupo, os quais traziam questões e dúvidas com base em suas experiências nos ambientes educacionais, além de um espaço para discussão de casos mais individualizados. Estes encontros visavam aproximar o serviço e a equipe de saúde mental infantil da realidade escolar, buscando consolidar algumas práticas e ressignificar outras. Participavam do grupo predominantemente professoras da rede pública de ensino da região, além de uma diretora e uma pedagoga da Fundação Casa. Ao longo dos encontros, puderam ser trabalhados temas como a identificação precoce dos transtornos mentais na infância, esclarecimento das demandas e proposta de atendimento do CAPSi, compartilhamento de estratégias para adaptação escolar e discussão dos entraves no processo de inclusão dessa população, dentre outros. Considerações Finais: A proposta de trabalho intersetorial não é simples, mas necessária quando se trata do cuidado e atenção para com a população infantil, sobretudo no âmbito da saúde mental. Para tanto, iniciativas de aproximação entre os diversos setores revelam potencialidades de discussão e de construção conjunta, permitindo que realidades distintas possam se complementar a partir de um cuidado integral.




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O USO DA ARTE NO CUIDADO PALIATIVO

WELLISON CARVALHO CARDOSO; WALÉRIA CRISTINA HIPÓLITO GONÇALVES; TONYA PENNA DE CARVALHO PINHEIRO DE SOUZA

UNIVERSIDADE DA AMAZONIA, BELÉM, PA, BRASIL.

Palavras-chave: arte; cuidado; qualidade de vida

Resumo: A Organização Mundial da Saúde definiu o cuidado paliativo como o cuidado ativo e total das enfermidades que não têm respostas ao tratamento curativo, sendo o objetivo principal conseguir a maior qualidade de vida possível para os pacientes e seus familiares. O objetivo deste trabalho foi analisar o uso da arte no cuidado paliativo através da revisão da literatura no âmbito nacional. A pesquisa foi realizada a partir de um levantamento bibliográfico de artigos e livros inter-relacionados e publicados de 2008 a 2012, nos seguintes periódicos: Caderno de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), Caderno de Terapia Ocupacional da Universidade de São de Paulo (USP), Revista Núcleo de Fenomenologia (NUFEM) e uma literatura brasileira na área de Terapia Ocupacional publicada pela editora Roca. Foram encontradas dois artigo publicados no Caderno de Terapia Ocupacional da UFSCAR , dez artigos publicados no Caderno de Terapia Ocupacional da USP , um artigo publicado na Revista da Nufem, um capítulo de livro publicado pela editora Roca, todos inter-relacionados ao tema proposto. Diante do estudo mencionado, observou-se que a arte como recurso terapêutico neste procedimento, busca estimular o espírito de luta, o sentimento de auto-valorização, e visa atenuar os procedimentos que são realizados em decorrência dos cuidados com a patologia. A arte se relaciona aos cuidados paliativos a partir do momento que possibilita a integração do paciente e seus familiares com a equipe multiprofissional, proporcionando um melhor andamento do tratamento e ocasionando melhoras clínicas significativas. Este processo terapêutico acontece quando por meio de atividades de expressão e habilidades, abordam múltiplos fatores fundamentais como a empatia, solidariedade, respeito e inclusão. Vale destacar a importância dos aspectos técnicos e teóricos que fundamentam a prática no contexto hospitalar. Conclui-se que é perceptível como a arte, no cuidado paliativo, favorece a estabilidade emocional tanto de pacientes quanto familiares. Contribuem ativamente no processo de tratamento e favorecem a qualidade de vida, além de ser usado como recurso terapêutico para atender a diversos públicos, observando as particularidades de cada pessoa. Além disso, entende-se que a arte é um recurso humanizador dos serviços, uma vez que consegue quebrar a barreira entre doença e alegria, antes intransponível em pacientes terminais.




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AÇÃO INTEGRADA EM SAÚDE NO CONTROLE DA DOR: RELATO DE UMA INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA

BÁRBARA KATIENE MAGNO GAIÃO; MARCELA PAULA CONCEIÇÃO DE ANDRADE; ALINE SANTOS DE OLIVEIRA; MILENA DA SILVA CORREIA; LUZIANA CARVALHO DE ALBUQUERQUE MARANHÃO

UFPE, RECIFE, PE, BRASIL.

Palavras-chave: controle da dor; ação comunitária; qualidade de vida

Resumo: A dor interfere de forma significativa na capacidade do indivíduo de realizar suas atividades, limitando a independência e autonomia do mesmo. Visando potencializar, ou até mesmo restaurar a qualidade de vida da população, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas atuam na prevenção e/ou controle da dor através de ações de acordo com suas especificidades e competências profissionais, oferecendo um tratamento eficaz e satisfatório, porém não medicamentoso. Este trabalho objetiva descrever uma experiência comunitária no controle da dor, por meio da atuação de profissionais e estudantes da Terapia Ocupacional (T.O) e da Fisioterapia. Trata-se de um relato de experiência realizada através de uma ação social no IV Encontro de Interiorização de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do CREFITO-1, no dia 8 de junho de 2013 em um município do sertão pernambucano. O processo de trabalho desta ação compreendeu a captação, triagem e intervenção grupal e individual dos usuários. Foram atendidos aproximadamente 100 indivíduos, nos quais os idosos representaram a maior demanda direcionada ao serviço instalado, provisoriamente, numa escola pública situada próximo à feira municipal. Os usuários, após a triagem, eram encaminhados para diversas modalidades da ação segundo a avaliação das suas queixas e necessidades imediatas. Os indivíduos com dores agudas eram encaminhados para o tratamento individual de Fisioterapia, no qual foram realizadas técnicas de acupuntura, osteopatia, massoterapia e ventosas terapêuticas. Já os usuários com dores moderadas e leves eram encaminhados aos grupos de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional. O primeiro se caracterizou pelas orientações posturais e demonstração de exercícios de alongamento muscular aos indivíduos e o segundo proporcionou aos participantes orientações em relação aos hábitos posturais adequados para o desempenho das atividades de vida diária e produtivas, direcionadas aos contextos que os mesmos estavam inseridos. O feedback positivo dos usuários suscitou a proposição que se faz necessário que ações dessa natureza sejam desenvolvidas com maior constância, principalmente em regiões em que o acesso a essas assistências torna-se restrito e, muitas vezes, inexistente. Oportunizar ações em que a população receba o mínimo de orientações na perspectiva da educação em saúde e que possa ser instigada a reivindicar seus direitos de acesso à saúde de forma integral é um desafio e uma proposta política que deve ser constante em nossas estratégias de ação profissional. Observa-se que a sociedade necessita de efetivação das políticas públicas voltadas para a atenção integral ao usuário utilizando de intervenções terapêuticas específicas para atuar no controle da dor.




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TRANSVERSALIZAR A TERAPIA OCUPACIONAL

RAFAEL RISI RISI; AMANDA BERNARDINO SINATORA; FERNANDA PELLEGRIN; MARISA TAKATORI

SÃO CAMILO, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: saúde; terapia ocupacional; ensino

Resumo: Introdução: O modelo da saúde modifica-se ao longo dos anos na busca de uma visão integral do sujeito possibilitando seu cuidado sem fragmentações. A transversalidade é entendida como potencializadora da capacidade relacional entre os profissionais que atuam em diversas áreas. Durante a formação, os mesmos devem integrar seus conhecimentos nesta complexidade. Na transversalidade, o olhar reducionista da própria especificidade é modificado. Para que todos sejam atuantes na composição do coletivo, o saber individual transforma-se no saber de todos, sendo constituído através da mistura das diferenças. Para a Terapia Ocupacional, a consonância com a transversalidade é imprescindível, uma vez que sua intervenção parte do princípio da complexidade do indivíduo para sua construção. Objetivo: O presente trabalho visa problematizar o conceito de transversalidade na saúde para repensar a prática da Terapia Ocupacional. Metodologia: Foram utilizados os referenciais que abordam e definem o termo transversalidade, bem como sobre sua utilização na saúde e o referencial teórico da Terapia Ocupacional para fomentar a correlação. Resultados/Discussão: O conceito de transversalidade desenvolvido por Félix Guattari, aproximadamente nos anos sessenta, propõe a compreensão da realidade social e dos direitos relacionados à vida pessoal e coletiva. Partindo da proposta de saúde universal a qualquer cidadão, os serviços têm por dever as ações integrais que conectem entre si. Transversalizar não está apenas nas articulações e conexões possíveis, mas sim na transformação que as pessoas, contextos e coletivos criam ao se afetarem. É uma ressonância, como uma onda que reverbera para todos os lados e faz com que as singularidades entrem em sintonia. A transversalidade vem criar novos modos de produzir saúde a partir do diálogo entre saber e poder, para que esses dois novos ícones possam se reinventar. A Terapia Ocupacional é a saúde na ação e ressignifica a atividade na saúde, criando projetos autônomos e desenvolvidos pela capacidade decisória do fazer. Assim, atua não apenas na condição que acometeu o sujeito, mas a partir dos potenciais, fazendo a interlocução com suas redes de suporte e refinando o olhar para a singularidade, tornando-o único e ao mesmo tempo múltiplo. Considerações Finais: A partir desta perspectiva, a transversalidade abre possibilidades para o rompimento da fragmentação já problematizada, incorporando a construção do saber e aprendizado tanto conceitual quanto real na prática e no ensino. Desta forma, a Terapia Ocupacional como uma profissão atuante em várias óticas, pode incorporar ao seu conhecimento nessa perspectiva de lidar e construir novas relações.




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O CARDUME FAZ A FORÇA: SUPERVISÃO INSTITUCIONAL COMO INSTRUMENTO DE FORTALECIMENTO DO TRABALHO EM REDES NO SUS

STELLA MARIS NICOLAU1 ; PATRICIA GARCIA SOUZA2

1. UFSCAR, SÃO PAULO, SP, BR; 2.SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE, EMBU DAS ARTES, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; redes sociais; saúde mental

Resumo: O CAPS II “Nelson Jesus de Oliveira” localiza-se no município de Embu, região da Grande São Paulo, SP. Desde 2001, com a gestão plena da saúde pelo município, passa a fazer parte de uma rede de atenção à saúde mental orientada num modelo de base comunitária e territorial, com a progressiva instalação de novos equipamentos/ equipes, direcionados pelos princípios da Reforma Psiquiátrica. Em meados de 2011, a equipe do CAPS solicitou supervisão institucional através de edital específico lançado pelo Ministério da Saúde e foi contemplada com 12 meses de supervisão, a partir de junho de 2012. O objetivo da supervisão era o de ampliar e capacitar as ações das equipes de saúde na efetivação de uma rede de atenção integral e intersetorial no território, além de promover espaços de educação continuada para os trabalhadores. Compareceram à supervisão trabalhadores de diversos serviços da rede de saúde, sobretudo de equipes de saúde da família, e de outros setores, que se dispuseram a problematizar seus processos de trabalho e construir coletivamente estratégias de trabalho em rede. A supervisora era terapeuta ocupacional e se serviu de diversos recursos para além da comunicação verbal, o que ampliou as possibilidades expressivas e conferiu aos encontros uma atmosfera mais lúdica e de estímulo a outras linguagens. Este trabalho apresenta algumas estratégias usadas para estimular a reflexão do processo de trabalho nos encontros, tais como construção de narrativas sobre o trabalho, dramatização de situações de difícil manejo, construção coletiva de objetos para ilustrar os desafios do fazer-junto. Como atividade de encerramento da supervisão, os trabalhadores que dela participaram organizaram um evento de grande porte na cidade a fim de promover uma discussão mais ampliada sobre a importância do trabalho em rede em saúde mental, com atividades em praça pública destinada à população em geral – construção de móbiles e colcha de retalhos, atividades de dança, performances e canto - o que revelou a potência de construção coletiva que esse processo promoveu em seus participantes, que dele saem mais articulados e motivados para o trabalho em rede.




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[829]

A PARTICIPAÇÃO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL NO ACOLHIMENTO E NAS PRÁTICAS COTIDIANAS DO PROCESSO DE GESTÃO PARTICIPATIVA EM UMA ENFERMARIA PEDIÁTRICA DO HOSPITAL GISELDA TRIGUEIRO – NATAL/RN.

ROBERTA RIBEIRO NUNES; JOÃO BOSCO LIMA BARBOSA

HOSPITAL GISELDA TRIGUEIRO, PARNAMIRIM, RN, BRASIL.

Palavras-chave: gestão participativa; enfermaria pediátrica; terapeuta ocupacional

Resumo: Introdução: O modelo de gestão participativa, como dispositivo da Política Nacional de Humanização, leva a mudanças nas práticas verticalizadas e autoritárias de gestão tradicional, com participação democrática de todas as áreas profissionais. O terapeuta ocupacional como profissional membro da equipe desenvolve algumas práticas voltadas para o usuário e trabalhador num processo de inclusão. Objetivo: Mostrar a participação do terapeuta ocupacional dentro do processo de gestão participativa na unidade de enfermaria pediátrica, através da participação das ações desenvolvidas, visando a qualificação da assistência voltada ao usuário do SUS. Metodologia: Na enfermaria pediátrica do Hospital Giselda Trigueiro, como sendo uma unidade de referência no processo de gestão participativa, vem executando práticas voltadas à melhoria da assistência ao usuário numa participação coletiva com os diversos profissionais envolvidos na unidade. O colegiado, como sendo uma das práticas, formado pelos componentes da equipe, se reúne sistematicamente para discutir as práticas cotidianas e os processos de trabalho, as relações interpessoais, permitindo as discussões das problemáticas da enfermaria numa dinâmica democrática e participativa onde se estabelece a melhor forma de conduzir o funcionamento da unidade e as rotinas de trabalho. Outra prática cotidiana implantada na enfermaria é a roda de acolhimento junto aos pais acompanhantes, onde há inclusão do usuário nesse processo. Nesse momento os profissionais reúnem-se junto com os familiares acompanhantes para discutirem normas e rotinas de funcionamento da enfermaria. Resultado: O processo democrático leva a satisfação dos trabalhadores e usuários, pois são incluídos na gestão com consequente construção de uma melhoria da qualidade da assistência e das condições de trabalho, ao se sentirem parte integrante. Considerações Finais: A transformação das práticas e do sistema de hierarquia gera dificuldades inúmeras, principalmente para os gestores que centralizam o poder. O processo de gestão participativa é um modelo novo que estimula a participação coletiva de todos, onde a terapia ocupacional se insere buscando a corresponsabilidade nas ações de trabalho como na construção da rotina da enfermaria, porém é um processo contínuo de mudanças de paradigmas e práticas antigas que para acontecer destitui muitos de sua zona de conforto, todavia os resultados são positivos levando o trabalhador e os usuários do SUS a satisfação culminando com uma assistência de qualidade para todos.



                

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