Anais - CBTO/2013

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EIXO - 4 TERAPIA OCUPACIONAL NO SUAS - AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA ASSISTÊNCIA SOCIAL

- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUAS – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA ASSISTÊNCIA SOCIAL 


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GRUPOS TERAPÊUTICOS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL- CRAS

MÁRCIA DALCIN; ALINE DOS SANTOS ENNES; ALINE TEIXEIRA DE LIMA; LAURA SEGABINAZZI PACHECO

CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO - UNIFRA, SANTA MARIA, RS, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; participação comunitária; vulnerabilidade social.

Resumo: Introdução: O presente trabalho relata as atividades desenvolvidas pelas acadêmicas do oitavo semestre do Curso de Terapia Ocupacional (TO) do Centro Universitário Franciscano - UNIFRA, durante o estágio curricular supervisionado em um Centro de Referência de Assistência Social no município de Santa Maria – RS. A Terapia Ocupacional viabiliza a sua atuação diretamente em todas as dimensões da atenção à saúde. O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é destinado ao atendimento socioassistencial de famílias, sendo o primeiro acesso á proteção social, prestando serviços para indivíduos em situação de vulnerabilidade. O terapeuta ocupacional pode atuar no CRAS desenvolvendo grupos e propondo tarefas terapêuticas a fim de promover a restauração ou desenvolvimento de funções que estejam prejudicadas. Objetivos: As intervenções realizadas tiveram o intuito de viabilizar a socialização de mulheres em situação de vulnerabilidade social; trabalhar as potencialidades e capacidades existentes; favorecer a interação; melhorar a autoestima; desenvolver a prática do acolhimento e escuta; possibilitar a expressão simbólica e subjetiva; favorecer a qualidade de vida; possibilitar a reinserção social e o resgate da cidadania, e estimular as habilidades cognitivas e a criatividade. Metodologia: Os atendimentos foram desenvolvidos em um CRAS do município de Santa Maria – RS, durante o período de agosto a novembro de 2012. Foram realizados grupos abertos, homogêneos (mulheres), com frequência semanal e duração de aproximadamente uma hora e meia cada encontro. Resultados/Discussões: Verificou-se que as intervenções terapêuticas ocupacionais proporcionaram ao grupo um ambiente mais humanizado através do acolhimento e escuta. No que se refere ao desenvolvimento dos grupos, evidenciou-se significativas mudanças quanto à socialização das participantes, melhora nas habilidades motoras, na expressão dos sentimentos, atenção e concentração durante a execução das atividades, além de possibilitar o resgate da autonomia e independência frente às situações conflitantes do cotidiano. Também foi proporcionado momentos de interação grupal, troca de experiências entre as participantes, bem como a auto ajuda para a superação das dificuldades e obstáculos. Considerações: A partir das atividades que foram desenvolvidas, percebe-se que o terapeuta ocupacional tem muito a contribuir junto aos CRAS, sendo um profissional de extrema importância nas equipes multiprofissionais por possibilitar através de atividades um espaço terapêutico e acolhedor, auxiliando na resolução dos problemas e na produção da subjetividade dos indivíduos em situação de vulnerabilidade social.



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PERCEPÇÕES DE PROFISSIONAIS DE INSTITUIÇÕES DE ACOLHIMENTO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES SOBRE O SUAS

ALINE SANTOS DE OLIVEIRA; DANIELA TAVARES GONTIJO; RAFAEL GONÇALVES DE SANTANA SILVA; JULIANA FIGUEIREDO SOBEL; ALBA DE PAULA SILVESTRE DE CARVALHO

UFPE, RECIFE, PE, BRASIL.

Palavras-chave: sistema único de assistência social; acolhimento institucional; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: A Política Nacional de Assistência Social e o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) encontram-se em processo de implantação no Brasil. Nas situações de risco e vulnerabilidade social, o SUAS prevê dois níveis de proteção social: Básica e Especial (média e alta complexidade). Na alta complexidade as instituições de acolhimento tem o objetivo de garantir proteção integral de crianças e adolescentes (entre outros públicos), até que seja viabilizado o retorno à família de origem ou o encaminhamento para família substituta. Objetivou-se descrever e analisar o processo de implantação do SUAS na perspectiva de educadores e técnicos de instituições de acolhimento de crianças e adolescentes em Recife (PE). A pesquisa foi realizada em 5 instituições de uma autarquia vinculada a Secretaria de Assistência Social. Participaram 58 profissionais (50 educadores sociais e 8 técnicos). Os dados foram coletados com entrevistas semiestruturadas individuais e submetidos à análise de Anais conteúdo. Resultados: Constatou-se a percepção de que há uma discrepância entre o que é preconizado pela legislação e o que é efetivado nos serviços. São apontadas dificuldades de se desenvolver ações direcionadas para a realidade do público principalmente no que se refere à construção da autonomia deste; de se construir articulações com outros serviços (educação, conselho tutelar, justiça, saúde) e questões relacionadas a própria equipe de trabalho como o número de profissionais e a formação destes para o desenvolvimento de intervenções direcionadas pela política pública. As dificuldades encontradas foram relativizadas considerando a recente implantação do SUAS (em relação aos educadores, estes se caracterizam como a primeira turma de profissionais concursados no município). Discussão: Os dados apontaram o caráter dinâmico da realidade vivenciada nas instituições que se encontram em processo de transformação para o atendimento das diretrizes do SUAS, além de dificuldades já constatadas em outros âmbitos das políticas públicas, principalmente no que se refere ao desafio da construção da intersetorialidade. Observou-se a importância de uma maior apropriação pelos profissionais em relação ao SUAS. Considerações Finais: O estudo possibilitou a constatação da potencialidade de intervenções da terapia ocupacional direcionadas para a educação permanente dos profissionais que atuam em instituições de acolhimento, que aliadas a outros tipos de ações, e se construídas a partir de perspectivas participativas, podem contribuir para o empoderamento dos profissionais em seu cotidiano de trabalho e para a efetivação dos aspectos garantidos pelas políticas públicas na rotina dos serviços.



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CONSTRUINDO OLHARES PARA A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA

CARLA REGINA SILVA; MARINA SANCHES SILVESTRINI; ANA CAROLINA DA SILVA ALMEIDA PRADO; JAIME DANIEL LEITE JUNIOR; JÉSSICA CRISTINA VON POELLNITZ

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; arte e cultura; população em situação de rua

Resumo: O presente trabalho apresenta o Projeto de Extensão universitária “Talentos CREAS POP” que propôs fomentar, aprimorar e divulgar oficinas, experiências, obras e/ou produtos artístico-culturais com os usuários do Centro de Referência da Assistência Social da População de Rua – CREAS POP, da cidade de São Carlos (SP). A população de rua consiste em uma variedade de questões e características, na qual o único fato homogênio se diz da moradia precária na rua, ou em instituições com a finalidade de abrigo e assistência. Portanto, requer o atendimento especializado, segundo a política da Assistência Social. Considerando que as demandas sociais requerem políticas, programas e ações intersetoriais e multidisciplinares, buscou-se através da arte e cultura, promover espaços de criação e emancipação desta população em situação de vulnerabilidade social. Partimos do pressuposto que as ações interdisciplinares no campo das artes e da cultura, em sua composição com a terapia ocupacional, têm produzido uma série de possibilidades que agregam a interconexão entre saúde, educação e assistência social, com perspectivas inovadoras de práticas e de construção de conhecimento. O projeto objetivou fomentar as ações e a reflexão acerca do uso de recursos artístico-culturais na terapia ocupacional; criar ações e espaços de pertencimento e vinculação, que fomentem o trabalho de criação, realização, experimentação, suporte, contemplação e divulgação dos produtos e possibilitar a formação de estudantes de terapia ocupacional neste campo. Para tanto, foram realizadas oficinas semanais no referido serviço socioassistencial, durante o ano de 2012, oferecendo uma ampla gama de atividades, com propostas de produções, reflexões e interações com as pessoas interessadas no espaço, cerca de 25. Estudos teóricos, orientações e reuniões de planejamento e experimentação de técnicas e de atividades a serem aplicadas constituíam-se como parte dos procedimentos, composta pela coordenadora e os estudantes de graduação de distintos anos de formação. Os resultados foram: as diversas produções artísticas e as coletas ativas e sensíveis sobre temáticas presentes nesta população que compuseram um arquivo de uma realidade singular. As trocas com a população, com o serviço e as discussões teóricas resultaram em efetivas transformações na forma de pensar-agiracreditar dos estudantes envolvidos, capaz de contribuir para uma formação integrada entre teoria e prática. Conclui-se que as oficinas oferecidas fomentaram a criação, a reflexão e o potencial de tal população, por meio do reconhecimento de habilidades, possibilitaram o desvelar-se de expressões artísticas e culturais produzidas na rua.



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O OLHAR DO DISCENTE ACERCA DA EXPERIÊNCIA DE UM PROJETO DE EXTENSÃO NO CAMPO SOCIAL

CLAUDIA REINOSO ARAÚJO DE CARVALHO; MARÍLIA LIMA PEREIRA; LUIZ WILLIAN TEIXEIRA FUSCO; THAÍSSA MACHADO PIMENTEL

UFRJ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; suas; formação profissional

Resumo: Introdução: Os projetos de extensão universitária tem a possibilidade de gerar a integração entre teoria e prática e potencializar o processo de aprendizagem. A atuação na área social extrapola os eixos saúde e doença e ajuda a construir práticas e habilidades inovadoras. Nesta perspectiva, apresenta-se o Projeto de Extensão intitulado “A Terapia Ocupacional no atendimento a idosos em situação de vulnerabilidade social” que é realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro e desenvolvido na Central de Recepção de Idosos Carlos Portela. Objetivo: Analisar a importância da prática extensionista na formação do terapeuta ocupacional, como experiência geradora de novos conhecimentos teóricos e práticos. Metodologia: a análise se baseia na experiência com as ações do projeto que são: a realização de grupos junto aos idosos, utilizando-se como recursos terapêuticos atividades diversas; supervisão semanal com os bolsistas para debate e reflexão das atividades desenvolvidas; orientação e estudo com base em textos referentes aos temas de Gerontologia, Ciências Sociais e Terapia Ocupacional. Resultados: Os encontros de supervisão são percebidos como um momento de troca de percepções, dúvidas e inquietudes e que configuram uma experiência de ganho duplo: Se por um lado os discentes adquirem novo saberes e habilidades com a imersão direta nos espaços sociais, por outro garantem uma melhor formação que poderá ser convertida em uma prática futura mais eficaz. A estas discussões os discentes adicionam conhecimentos obtidos através dos estudos semanais, além de desenvolvem as habilidades e percepções próprias do convívio com os sujeitos. A intersetorialidade é vista como ponto positivo, já que torna a prática em outros espaços um caminho para a atualização e construção de novos conhecimentos referentes à rede de suporte social. A postura frente a outros profissionais, o desenvolvimento de uma prática coerente com a área social e a forma como são elaboradas as intervenções, considerando as singularidades daquele espaço, são ganhos importantes que enriquecem a formação dos discentes. Considerações Finais: O projeto é uma oportunidade de estreitar os laços entre a universidade e a sociedade, já que permite a comunidade acadêmica aplicar os conhecimentos até então construídos em benefício da sociedade.



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VIVÊNCIAS DE UM PROJETO COM IDOSOS NO CAMPO SOCIAL
CLAUDIA REINOSO ARAÚJO DE CARVALHO; MARÍLIA LIMA PEREIRA; LUIZ WILLIAN TEIXEIRA FUSCO; THAÍSSA MACHADO PIMENTEL

UFRJ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; idosos; vulnerabilidade social

Resumo: Introdução: O projeto de extensão “A Terapia Ocupacional no atendimento a idosos em situação de vulnerabilidade social” foi iniciado no primeiro semestre de 2012, estando atualmente no seu segundo ano de concretização. É realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social do Rio de Janeiro, na Central de Recepção para Idosos Carlos Portela, que funciona no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Stella Maris. Objetivos: Objetivar o resgate da história de vida dos idosos, na intenção de que eles possam aprimorar o desempenho de suas funções psicológicas e sociais, como: melhoria da autoestima, integração e reconhecimento social, alívio de sentimentos negativos e o estabelecimento de uma perspectiva de futuro. Metodologia: Grupos terapêuticos com os idosos utilizando atividades expressivas. Para isto, são propostas diferentes atividades como: confecção de objetos de uso pessoal, pintura, plantio, confecção de quadro e mural de fotos, pintura em gesso, confecção de cachecol, dentre outras – com o objetivo de gerar reflexões sobre o processo de envelhecimento. Os idosos são estimulados a se expressarem acerca das questões que fazem parte do cotidiano de suas vidas: a lembrança de sua juventude, a perda de seus laços familiares, a vida nas ruas, a atual estadia na Central e seus novos laços sociais. Resultados: Neste segundo ano de execução, considera-se que os resultados encontrados são positivos, Até o momento, dos 39 idosos presentes nos dias de realização das atividades, 16 tiveram participação ativa e constante nos grupos, representando assim uma adesão de aproximadamente 41% dos idosos. Percebe-se um predomínio dos idosos do sexo masculino nas atividades, cabe destacar que eles são a atual maioria no abrigo. Os principais temas recorrentes no grupo dizem respeito ao abandono, ao desejo de voltar às ruas ou de ser abrigado em local definitivo. Outros temas frequentes são referentes às atividades laborais desenvolvidas no passado, onde observa-se com muita frequência relatos acerca da fragilidade dos vínculos formais de trabalho e inconstância nos empregos. A religiosidade é também um tema muito prevalente. Considerações Finais: As atividades realizadas no projeto têm contribuído para o resgate e a construção de novas relações interpessoais, facilitando o relacionamento e a comunicação entre os participantes. Além disso, os idosos são encorajados a romper barreiras relacionadas à autoestima, motivação e auto expressão, e também estimulados a desenvolver a potencialidade de suas funções cognitivas.



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GRUPO CUIDADO DE SI

ANDREA CHRISTELLO MILESKI; JENNIFER ALLES SINHORELLI

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL.

Palavras-chave: grupo; assistência social; cuidado

Resumo: O Grupo Cuidado de Si foi criado a cerca de um ano , com a lotação de uma terapeuta ocupacional no Abrigo Municipal Bom Jesus, equipamento da Proteção de Alta Complexidade da Assistência Social da Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC) de Porto Alegre/RS. O Abrigo propõe-se a ser moradia transitória para indivíduos adultos em situação de rua, e contribuir para a organização de cada um dos que o acessam. O grupo é realizado semanalmente, as segundas feiras , para tratar das Atividades de Vida Diária dos usuários. Desde o início foi pensado para acontecer de forma interdisciplinar, de acordo com as competências e desejo dos trabalhadores de se inserirem neste grupo. Essa oficina é coordenada pela terapeuta ocupacional do Abrigo e em co-coordenação com uma Monitora. O objetivo do grupo é trabalhar o auto cuidado de cada um dos usuários e consequentemente elevar a autoestima através da realização de cuidados básicos, como corte de cabelo, pintura de unhas, corte de barba, ida a salões de beleza que trabalham de forma voluntária ou em escola de cabeleireiros. A metodologia usada é a de oficina terapêutica, ou seja, usamos a atividade como mediadora da nossa relação com o usuário. Após o lanche, os usuários são convidados a participarem da atividade, que acontece na sala de atividades. Percebemos que o ambiente formado nesta oficina propicia uma troca importante, onde eles trazem notícias do final de semana no Abrigo e organizam suas atividades da semana. Como resultado, verifica-se que os usuários sentem-se mais motivados e mais organizados para o seu dia a dia, e percebemos os desdobramentos deste cuidado em outro tipo de relações consigo e com o outro. Eles passam a se dar conta do quanto não vinham se percebendo, “mudando o visual”, sentindo-se cuidados e olhados através do investimento (afetivo) na relação com o outro. Posteriormente demandam consultas no Posto de Saúde para cuidarem de sua a saúde, até pensarem em cursos profissionalizantes e até procurar trabalho. Conclui-se que é fundamental que se continue esse grupo devido à importância dessa atividade na vida dos usuários, e na medida que queremos aumentar a sua qualidade de vida e de relações aqui no Abrigo.



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UMA MENTALEIRA NA ASSISTÊNCIA

ANDREA CHRISTELLO MILESKI

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL.

Palavras-chave: saúde mental; assistência social; dependência química

Resumo: Gostaria de poder falar sobre a mudança do meu devir terapeuta ocupacional trabalhando (e militando) há 17 anos na área da Saúde Mental em uma cidade de médio porte no Vale do Rio dos Sinos - Novo Hamburgo e a experiência do último ano como profissional da Assistência Social lotada no Abrigo Municipal Bom Jesus, equipamento da Proteção da Alta Complexidade da Assistência Social em Porto Alegre/RS. Esta mudança veio ao encontro de um novo desafio profissional, de necessidade e de angústia do meu fazer neste equipamento para Pessoas em Situação de Rua . O cotidiano do Abrigo é marcado por uma realidade dura, com sujeitos a cada dia mais adoecidos mental e fisicamente, trazendo um conjunto de histórias de vida difíceis onde o uso e abuso de drogas é uma constante. Para mim que trabalhava com portadores de sofrimento psíquico grave, o usuário de substâncias psicoativas era incumbência dos CAPS AD, mas não, no Abrigo ele é nosso! Mudar muitos pré-conceitos meus fizeram e ainda fazem parte desta jornada. O diário de bordo proposto a partir do Curso da Rede Multicêntrica que uma colega e eu fizemos nos auxiliou nesta reflexão. Pois bem, a partir disto consegui, com o auxílio da equipe do Abrigo, pensar estratégias grupais para as pessoas dentro de uma perspectiva de redução de danos e/ou de abstinência, conforme a vontade de cada usuário por nós atendido. De novo as histórias aparecem e não fica difícil perceber onde entra a droga na vida destas pessoas. A saúde tem seus protocolos, suas tecnologias, e pensar isto na Assistência é um desafio. O primeiro deles, a saber, é trabalhar em rede, dentro de uma proposta intersetorial, vendo o indivíduo como um todo. O trabalho, na íntegra, foi escrito para uma publicação (ainda inédita) da Rede Multicêntrica, falando sobre as pessoas com problemas com drogas, e a minha ideia é de poder dividir e pensar com os colegas o nosso papel na Rede de Assistência Social.




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[707]

APOIO MATRICIAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA INTERSETORIAL ENTRE SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL

ANDREA CHRISTELLO MILESKI; GISELDA SILVEIRA ENDRES; LEILA APARECIDA THOMASSIM; ROSA MARIA SPOLAVORI MARTINS

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL.

Palavras-chave: apoio matricial; saúde mental; assistência social

Resumo: O Apoio Matricial realizado junto ao Abrigo Municipal Bom Jesus (AMBJ) , equipamento da Proteção de Alta Complexidade da Assistência Social da Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC) , é realizado desde o início de 2012 pela Equipe de Saúde Mental da Unidade de Saúde do Morro Santana, serviço ligado a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre-RS. Inicialmente os profissionais do Abrigo iam até a sede do equipamento na Unidade Básica de Saúde (UBS) Morro Santana, e atualmente nossos encontros têm acontecido nas dependências da UBS Bom Jesus, pela regionalização do serviço, contando tanto com a equipe das UBSs, do Abrigo e de outros serviços do território. O objetivo do matriciamento é trazer para discussão casos novos dos usuários abrigados no AMBJ para acolhimento e/ou avaliação pela equipe de saúde mental e também fazer a discussão de casos dos que lá estão vinculados. O Abrigo propõe-se a ser moradia transitória para indivíduos adultos em situação de rua, e contribuir para a organização de cada um durante o processo de abrigagem. Nossa maior demanda hoje está relacionada a questões de saúde nos usuários que necessitam e procuram abrigagem, e uma grande parcela apresenta sofrimento psíquico grave e são egressos de internações hospitalares psiquiátricas recorrentes. A metodologia usada no apoio matricial é a de reuniões que ocorrem mensalmente para apresentação e discussão de casos dos moradores do Abrigo numa perspectiva intersetorial. Neste momento, a nossa equipe já sai com agendamentos marcados e procura acompanhar os usuários em suas primeiras consultas, contribuindo com a história, informações e manejo dos casos. Como resultado, verifica-se que a comunicação entre os diferentes serviços contribui para a melhora da saúde deste usuário, que passa a fazer um atendimento integrado entre saúde e assistência social. Conclui-se que é fundamental que se continue e estreite esta relação de cuidados para este grupo que é vulnerável e necessita de cuidados diários intensivos.



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[742]

TERAPIA OCUPACIONAL SOCIAL E GERAÇÃO COMPLEMENTAR DE RENDA: PERSPECTIVA DE AÇÃO FACE À VULNERABILIDADE SOCIAL

MONICA TAKEI HASIMOTO; CARLA REGINA SILVA SOARES; MARTA CARVALHO DE ALMEIDA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional social; geração de renda; grupos

Resumo: Introdução: A Terapia Ocupacional (TO) no âmbito da Assistência Social encontra, atualmente, vários desafios. Estes envolvem intervenções e formação profissional no sentido da concretização e aprimoramento da Política Nacional de Assistência Social. Para enfrentá-los, convém refletir criticamente sobre as práticas profissionais em curso, criando possibilidades de melhor atender às necessidades sociais dos usuários dos serviços. Um desses desafios refere-se às práticas que envolvem a geração de renda. Nesse âmbito, as intervenções da Terapia Ocupacional devem favorecer a reflexão e a ampliação da participação social em um contexto marcado por exclusão, individualidade e perdas de direitos sociais, ou seja, investir em práticas conjuntas que potencializem cada um dentro de um coletivo, fortalecendo ações democráticas e participativas. Com base nesse pressuposto desenvolve-se experiência de geração complementar de renda com mulheres beneficiárias de Programas de Transferência de Renda do Centro de Referência de Assistência Social Butantã–SP (Grupo "Arteiras"), sob coordenação de terapeutas ocupacionais e estudantes do curso de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo. Objetivos: Expor e analisar criticamente a intervenção que se desenvolve junto ao Grupo Arteiras, discutindo sua dinâmica e funcionamento sob a perspectiva da Terapia Ocupacional Social e de fundamentos teórico-metodológicos acerca da geração de renda junto à populações em situação de vulnerabilidade social. Metodologia: Vivências e fatos compilados durante 12 meses de participação na experiência foram analisados à luz de referências bibliográficas sobre a intervenção da TO em processos econômicos sociais. Discussão: O funcionamento do grupo e o papel do terapeuta definem recursos participativos para os sujeitos e criam condições para que sigam em direção à posição de produtores de bens e valores sociais. O grupo produz artesanato, ao mesmo tempo em que toma decisões coletivas, enfrenta a dinâmica do mercado e a exposição do seu trabalho e, consequentemente, opera sua validação mediante o confronto com o público. Desse modo, a Terapia Ocupacional entende o coletivo de produção como um lugar que aciona potencialidades e recursos individuais e sociais e assume o espaço não com caráter terapêutico, mas como um ambiente que promove a troca de experiências, a escuta e a acolhida qualificada em um lugar de reflexão. Considerações Finais: A dinâmica do "Grupo Arteiras" toma a vida social como matéria de cuidado, contribuindo para o fortalecimento de lugares coletivos e democráticos e dando abertura para o empoderamento dos participantes diante da produção de valores sociais, na medida em que se gera trabalho e renda.



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[754]

TRABALHO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA OCUPACIONAL PARA A ANÁLISE E INTERVENÇÕES SOBRE O PROBLEMA

JOELINA BARBOSA DOS SANTOS; CARLA REGINA SILVA SOARES; MARTA CARVALHO DE ALMEIDA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SAO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional social; trabalho de crianças e adolescentes; família

Resumo: Introdução: Apesar do conjunto de políticas e ações que visam extinguir o trabalho de crianças e adolescentes, o mesmo é vivenciado por milhares de famílias. Esta prática trás repercussões danosas às crianças e adolescentes, a seus familiares e à sociedade como um todo. O trabalho precoce é um fenômeno complexo, e tal complexidade exige que os responsáveis pela elaboração e implementação de políticas e ações públicas se aproximem do cotidiano destas famílias a fim de identificar os contextos onde estas práticas são reproduzidas e ofertar respostas mais eficazes a esta questão. Objetivo: Apresentar achados de estudo que buscou identificar as circunstâncias em que ocorreu o trabalho de crianças e adolescentes membros de famílias acompanhadas por um serviço da rede de assistência social localizado na zona oeste do município de São Paulo. Metodologia: O estudo analisou documentos cedidos pelo laboratório de Terapia Ocupacional Social da Universidade de São Paulo (Laboratório METUIA-SP), referentes à sua prática de acompanhamento, nos anos 2011 (segundo semestre) e 2012 em um Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), de familiares de crianças e adolescentes que vivenciaram o trabalho precoce. Resultados: Foram identificados no contexto destas famílias o predomínio da ausência e/ou precariedade de acesso aos bens sociais (saúde, educação, habitação, trabalho, renda, lazer e cultura), além de características “internas” que provavelmente aumentam os fatores que afetam a vivência de vulnerabilidade, entre elas: famílias chefiadas por mulheres e/ou monoparientais, a restrita rede de apoio pessoal e os conflitos familiares. Pode-se identificar que o trabalho da criança e adolescente ocupa alguns lugares simbólicos nas famílias assistidas. Os mais evidenciados foram o de proteção contra os perigos que os familiares acreditam existir nas ruas (drogas e violência) e o de alternativa à falta de locais que ofereçam oportunidades de ocupação para os filhos durante o dia (escola, Centro da Criança e Adolescente, etc). Considerações Finais: Paralelamente às ações de transferência de renda, é necessária a existência de ações que mudem a lógica de exclusão de milhares de famílias aos direitos e bens sociais. Os resultados encontrados apontam a relevância de que as instituições que assistem a estas famílias possibilitem a elas espaços coletivos de escuta e discussão acerca do seu cotidiano e das respostas que têm dado às demandas que surgem no processo. Acredita-se que esta ação pode permitir a busca coletiva por respostas ao conjunto de problemas enfrentados pelas famílias, de forma mais consciente e, com isso, no caminho do alcance de maiores graus de cidadania.



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[809]

TERAPIA OCUPACIONAL E MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS EM MEIO ABERTO: RECONHECENDO AS PEDRAS NO MEIO DO CAMINHO

KEYLA POLLYANNA SUSAN OLIVEIRA SILVA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SAO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: medida sócio-educativa em meio aberto; adolescente em conflito com a lei; terapia ocupacional social

Resumo: Introdução: Partindo do acompanhamento de um adolescente em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto, por meio da Prestação de Serviços à Comunidade (PSC), junto à Unidade Acolhedora do Projeto Metuia, desenvolvido pela Universidade de São Paulo, observa-se a diversidade de obstáculos que se erguem a dificultar à efetivação da proposta educativa e ressocializadora estabelecidas pelo Sistema Nacional de Atendimento ao Adolescente em Conflito com a Lei (SINASE). Objetivos: Tenciona-se, a partir de um estudo de caso, apontar e analisar reflexivamente as principais dificuldades que se afiguram no processo de acompanhamento de adolescentes em conflito com a lei que estão em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto, mediante a Prestação de Serviços à Comunidade (PSC). Metodologia: Cuida-se de uma pesquisa qualitativa por meio do estudo de caso de um adolescente de 13 anos, sexo masculino, cumprindo medida socioeducativa de três horas semanais durante três meses. As etapas das ações realizadas para a coleta de dados foram: etapa exploratória, planejamento, coleta de dados e evidências e análise dos resultados. Resultados: Partindo-se da análise do caso, temos como principais dificuldades no processo de acompanhamento, a falta de dimensão, por parte do adolescente, do que vem a ser, de fato, a medida socioeducativa e seus reais objetivos; a concepção de justiça que o adolescente tem em relação às medidas impostas pelo Estado; a omissão da família do adolescente acompanhado, mostrando-se com grande óbce para que o mesmo venha a aderir ao programa proposto na Unidade Acolhedora; a carência de políticas públicas voltadas para a juventude; temos, também, o dilema enfrentado pelo terapeuta ocupacional ante a dificuldade da construção de um vinculo haja vista o adolescente geralmente associa-lo a figura punitiva, como se um agente de fiscalização fosse; por fim, a ambivalência vivida pelo profissional, em razão da postura que irá adotar, se atuará como um agente de reprodução, agindo como fiscal da lei, ocupando um papel de controle social e normatização, ou um agente de emancipação e fortalecimento das redes de sociabilidade e inserção social. Considerações Finais: O presente trabalho contribui para a construção e desenvolvimento do conhecimento e das práticas em Terapia Ocupacional Social, devendo o profissional atentar-se às demandas advindas de um campo complexo e um tanto negligenciado pelo Estado, que por sua vez, deixa de proporcionar, tanto aos adolescentes e suas famílias, quanto aos técnicos, os devidos recursos necessários para que se alcancem os objetivos propostos pelo ordenamento jurídico pátrio.



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[840]

SOBRE A APREENSÃO/AÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO SUAS NUM CURSO VOLTADO PARA O SUS

PATRÍCIA LEME DE OLIVEIRA BORBA; SAMIRA LIMA DA COSTA; FERNANDA FELICIO LIMA; PATRÍCIA TOSTA SOARES

UNIFESP, PRAIA GRANDE, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; suas; formação

Resumo: Este trabalho apresenta os desafios vividos pelas alunas do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Paulo do Campus Baixada Santista dedicada a compreensão e ação da Terapia Ocupacional Social. O curso em questão integra uma proposta radicada na interdisciplinaridade e no trabalho em saúde sustentado pelo ideário do Sistema Único de Saúde. O contato dos alunos do curso de Terapia Ocupacional com o módulo teórico-prático de Terapia Ocupacional Social se dá, somente, no final do 3º ano, e somente parte desse grupo irá para o estágio profissionalizante da área. É no módulo que se apresenta a existência de um outro sistema, o Sistema Único da Assistência Social (SUAS). Objetiva-se, portanto, discutir como se deu esse processo de apropriação por parte das alunas de uma proposta interventiva onde o núcleo da ação profissional é a garantia/violação dos direitos dos usuários dos serviços criados pelo SUAS. Em nossa análise conjunta temos percebido que esse processo é complexo por requerer saberes e conhecimentos em torno de leituras com base nas ciências humanas em um campus que privilegia perspectivas alicerçadas nas ciências da saúde e biológicas. Além disso, o contato com grupos de pessoas vulneráveis, e com graves e históricas situações de violação de direitos, traz a tona senso-comuns controversos, colocando em pauta discussões como os programas de transferência de renda, a situação de rua, redução da maioridade penal, uso abusivo de drogas, entre outros. Todos os temas exigem, mais do que um posicionamento técnico, um redimensionamento do lugar político que acarreta diretamente o modo pelo qual se propõe a ação profissional. Em um cenário de alargamento da inserção do terapeuta ocupacional no SUAS, é necessário refletir como os cursos de um modo geral, e o nosso curso, em específico, tem feito essa formação específica no sentido de responder as necessidades da política, mas sobremaneira, das pessoas que foram violadas, mas continuam na batalha pela vida.




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[844]

CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM ABRIGAMENTO PROVISÓRIO – A PERSPECTIVA DA TERAPIA OCUPACIONAL

SAMIRA LIMA DA COSTA; IRINA NATSUMI HIRAOKA MORIYAMA

UNIFESP-BS, SANTOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: crianças e adolescentes abrigados; vulnerabilidade; terapia ocupacional social

Resumo: Introdução: O presente trabalho aborda a proteção social à infância e adolescência vulneráveis a partir da perspectiva da Terapia Ocupacional, um tema com número restrito de publicações na profissão. Para tanto, foi realizada uma caracterização desta população e levantamento de suas demandas, considerando os conceitos de vulnerabilidade apresentados por Robert Castel (1994). A concepção de infância é construída por fundamentos sócio-culturais, modificando-se historicamente. No Brasil, com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), considera-se a criança como prioridade e com direito a proteção integral. Dessa forma para a efetivação das ações com este público, faz-se necessário a desconstrução do olhar estigmatizador construído ao longo da história. No caso deste estudo, mais especificamente às crianças e adolescentes que encontram-se ou encontraram-se em abrigamento provisório. Objetivos e metodologia: A pesquisa buscou, através da observação participante e de atividades dialogadas que ocorreram em um equipamento de abrigamento provisório da cidade de Santos, caracterizar esta população e suas demandas. Para isso, foram realizados encontros semanais, durante cinco meses – totalizando a participação de dezoito crianças e adolescentes em diferentes momentos – além da consulta aos registros documentais dos boletins de atendimento da instituição. Resultados/Discussão: Os resultados encontrados foram analisados e discutidos a partir de três eixos temáticos: história de vida, experiência de abrigamento e perspectivas futuras, das quais emergiram as categorias: família, violência, cotidiano em situação de abrigamento e em situação anterior ao abrigamento, motivo para abrigamento e relacionamento no equipamento. Considerações Finais: Foi possível identificar fatores presentes no processo de ruptura das redes de suporte social e, portanto, focos de atenção na prevenção e tratamento/ acompanhamento desta população, como questões familiares e a necessidade da mobilização e articulação intersetorial para a implantação de serviços que atendam suas demandas de modo integral, inserindo a discussão sobre a organização da vida cotidiana e de futuro, assim como atividades que produzam significado para o presente. Assim, a Terapia Ocupacional, bem como outras áreas de conhecimento, pode contribuir atuando nos diversos setores e serviços, para o processo de transformação social desta população.



- TERAPIA OCUPACIONAL NO SUAS – – AVANÇOS E DESAFIOS PROFISSIONAIS NA ASSISTÊNCIA SOCIAL 


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TERAPIA OCUPACIONAL E COMUNIDADES RIBEIRINHAS: UM RIO DE POSSIBILIDADES

KEYLA POLLYANNA SUSAN OLIVEIRA SILVA1 ; JOSIANNE ALMEIDA ALMEIDA2

1.UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ, BELÉM, PA, BRASIL.

Palavras-chave: comunidades ribeirinhas da amazônia; sistema único de assistência social; terapia ocupacional social

Resumo: Introdução: As comunidades ribeirinhas da Amazônia correspondem ao grupo de indivíduos que se encontram em vulnerabilidade social, desta forma, existe uma preocupação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) em assistir a essas populações através do uso de metodologias de ação que sejam eficientes e coerentes com a realidade cultural das mesmas. Nesse sentido, a formação do terapeuta ocupacional - que enfatiza a alteridade, a diversidade, a cultura e a pluralidade como chaves de leitura da realidade social – configura-se como bastante apropriada aos desafios da atuação na Assistência Social com esta população. Objetivos: A presente pesquisa tem como objetivo propor possibilidades de intervenção da terapia ocupacional no SUAS junto às comunidades ribeirinhas da Amazônia. Metodologia: O trabalho desenvolvido seguiu os preceitos de um estudo exploratório, por meio de uma pesquisa bibliográfica. Resultados: Ao propor possibilidades de intervenções junto às comunidades ribeirinhas é indispensável que se aproveite das riquezas que a cultura amazônica dispõe e a partir daí realizar atividades lúdicas e expressivas grupais, criando um espaço de experimentação das potencialidades individuais e coletivas, onde o individuo e o coletivo possa desenvolver a sua criatividade, espontaneidade, vivenciar situações novas e inesperadas, permitindo-lhe lidar com emoções, sensações, descobrindo espaços de expressividade. Nesse sentido buscou-se, neste trabalho, lançar propostas de ação da Terapia Ocupacional Social segundo as quais a compreensão de processos subjetivos a partir das interações sociais, mediante a análise, a vivência e a co-construção de atividades artísticas, expressivas, lúdicas, corporais e sócioculturais, que fazem parte do cotidiano ribeirinho e que para eles são significativas, figura com centralidade no diálogo entre a Terapia Ocupacional Social e o SUAS. Considerações Finais: Pensar nas possibilidades de intervenção da Terapia Ocupacional no âmbito do Sistema Único de Assistência Social junto às comunidades ribeirinhas da Amazônia consiste em um importante esforço que pode contribuir tanto para a efetivação das propostas da Política Nacional de Assistência Social para essas populações como para o aprimoramento das ações da Terapia Ocupacional social, rumo às práxis que rechacem a perpetuação de injustiças sociais crônicas que marcam a realidade brasileira.


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