Anais - CBTO/2013

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EIXO - 10 FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL

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APONTAMENTOS SOBRE A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM TERAPIA OCUPACIONAL EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL (2001-2011)

DÉBORA RIBEIRO DA SILVA CAMPOS FOLHA; MONIQUE EVENEM CARNEIRO DO CARMO; NATÁLYA EMILY MORAES CASTRO

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA, BELÉM, PA, BRASIL.

Palavras-chave: produção científica; educação inclusiva; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: O presente estudo corresponde a um Trabalho de Conclusão de Curso, realizado no ano de 2012, sobre a temática da produção de conhecimento sobre Terapia Ocupacional em Educação Inclusiva, campo de conhecimento e atuação que tem crescido bastante no país e pelo qual vários profissionais e pesquisadores têm se interessado, pela grande repercussão que a inclusão escolar vem causando diante da sociedade e pela complexidade dos processos inclusivos. Objetivo: Este estudo teve como objetivo realizar um mapeamento da produção científica no campo da Educação Inclusiva em Terapia Ocupacional no período de 2001 a 2011 para, assim, investigar sobre o perfil e as características da produção científica nesta área de conhecimento e atuação. Metodologia: Caracterizou-se por uma pesquisa de revisão bibliográfica e pesquisa documental em dois periódicos indexados de Terapia Ocupacional de circulação nacional: a Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo e os Cadernos de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos. Resultados e discussão: Os resultados deste estudo identificaram 15 artigos sobre Terapia Ocupacional no campo da Educação Inclusiva, no período eleito para a busca (2001-2011). A partir disso, foi realizada a compilação dos dados para a sistematização de eixos temáticos, capazes de caracterizar o perfil da produção científica na temática alvo da pesquisa. Assim, foram constituídas sete categorias de análise: inclusão profissional, inclusão escolar de alunos com deficiência, inclusão digital, fundamentos da Terapia Ocupacional no campo da educação, formação de professores, Terapia Ocupacional em atuação multiprofissional no ambiente escolar e gestão da educação com vistas à educação inclusiva. Conclusão: Com a realização desse levantamento, foi possível conhecer os caminhos que a Terapia Ocupacional tem trilhado nesses últimos dez anos no campo da educação, mas especificamente no campo da educação inclusiva, área de enfoque deste estudo. Pudemos identificar que a produção científica sobre Terapia Ocupacional no campo da Educação Inclusiva mostra-se ainda discreta e rarefeita, porém já vem se fazendo presente e constante nos periódicos específicos de Terapia Ocupacional no Brasil, o que já nos permite visualizar os perfis de produção científica, por meio das Anais nossas categorias de análise. Desse modo, acrescentamos a importância e a necessidade de impulsionar pesquisas com essa temática, a fim de garantir a consolidação das práticas da Terapia Ocupacional neste campo.



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PROMOÇÃO DE SAÚDE SEXUAL COM ADOLESCENTES: POTENCIAL DA EXTENSÃO PARA A FORMAÇÃO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS

ROSANA JULIET SILVA MONTEIRO; ANNA CAROLINA DE SENA E VASCONCELOS; DANIELA TAVARES GONTIJO; VERA LÚCIA DUTRA FACUNDES

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL.

Palavras-chave: saúde sexual e reprodutiva; formação profissional; promoção da saúde e terapia ocupacional

Resumo: Introdução: A promoção da saúde sexual e reprodutiva constitui um dos eixos da atenção integral à saúde do adolescente. Neste campo, o desenvolvimento de metodologias participativas é uma estratégia efetiva, que suscita do terapeuta ocupacional habilidades e competências específicas para o planejamento e condução de intervenções compatíveis com esta abordagem. Objetivo: Discutir aspectos relacionados às relações estabelecidas entre extensionistas e o publico de um projeto de extensão, com ênfase na reflexão de questões relevantes sobre a formação dos terapeutas ocupacionais para a atuação no campo da promoção de saúde. Metodologia: O presente trabalho foi construído a partir de reflexões baseadas na análise de conteúdo dos dados provenientes dos diários de campo de 2 acadêmicas de Terapia Ocupacional e anotações realizadas pelas docentes durante as reuniões de supervisão sobre as intervenções realizadas em um projeto de extensão denominado Promoção de Saúde Sexual e Reprodutiva com Adolescentes. Participaram do referido projeto 118 adolescentes do oitavo e novo ano do ensino fundamental de escolas públicas da cidade do Recife - Pernambuco. Durante as intervenções foram utilizados jogos, elaborados pela equipe responsável, que mediaram o processo de construção do conhecimento sobre a temática. Resultados/Discussões: As ações do projeto de extensão, articuladas com o ensino e a pesquisa, foram compreendidas enquanto atos educativos, conduzidas e analisadas a partir das concepções de Paulo Freire. Durante o processo percebeu-se o potencial da extensão para a formação do futuro terapeuta ocupacional, sendo este um lócus privilegiado para o desenvolvimento da reflexão crítica sobre a própria prática e formação. Destacaram-se a construção de habilidades necessárias para ações de cunho participativas, entre elas a disponibilidade para o diálogo, a valorização do universo temático do público participante e a produção do conhecimento de forma conjunta com este. Conclusão: Constatou-se a importância da Universidade, enquanto espaço de formação, se apropriar, com maior intensidade, de metodologias mais participativas no processo de ensino aprendizagem dos futuros terapeutas ocupacionais. Além disso, enfatiza-se a importância do desenvolvimento de ações pelos futuros terapeutas ocupacionais em espaços alternativos ao campo tradicional de formação (unidades de saúde), principalmente no que se refere às promotoras do desenvolvimento das habilidades e competências necessárias para o planejamento e sistematização das ações de cunho intersetoriais.




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TERAPIA OCUPACIONAL EM HOSPITAIS: AÇÕES NA ÁREA DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA

MIRYAM BONADIU PELOSI; VERA LUCIA VIEIRA DE SOUZA; NATHÁLIA PEREIRA AMADO; NAYANA PIRES RODRIGUES

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; sistemas de comunicação alternativos e aumentativos; humanização da assistência

Resumo: Introdução: A Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA) é um grupo integrado de componentes que inclui símbolos, recursos, estratégias e técnicas que auxiliam pessoas com dificuldades comunicativas ou de escrita a se comunicarem e a participarem de suas atividades diárias. A CAA é utilizada em instituições que de reabilitação, hospitais, escolas, e estudada em Universidades por diferentes grupos de pesquisa. O Projeto de Implementação da Comunicação Alternativa para os Pacientes com Dificuldade de Fala no Hospital Universitário é uma iniciativa interdisciplinar da Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia e Pedagogia. O projeto é desenvolvido no Ambulatório de Surdez e nas enfermarias do Hospital Universitário com crianças que apresentam surdez associada a outras patologias, e adultos hospitalizados. Objetivo: Difusão da CAA através da produção de material de apoio e formação em serviço dos profissionais envolvidos. Metodologia: Avaliação dos pacientes encaminhados, desenvolvimento de pranchas de comunicação alternativa e treinamento em serviço dos profissionais envolvidos. O material produzido é postado no Portal Assistiva para download gratuito por toda a comunidade. Resultados: O projeto teve início em 2012, e, como projeto piloto, avaliou e acompanhou o atendimento de seis crianças com quadro de múltipla deficiência, associado à surdez, desenvolvendo materiais que apoiaram os atendimentos das residentes do hospital. Ao todo foram desenvolvidos kits de avaliação e atendimento; pranchas de comunicação; atividades pedagógicas adaptadas; e atividades dinâmicas no computador. As residentes e demais profissionais do ambulatório foram capacitados em CAA com um curso de 40 horas no início do projeto, e em serviço, ao longo dos atendimentos com supervisoras das três áreas de atuação. Nas enfermarias do HUCFF foram avaliados e acompanhados 28 pacientes com idade que variaram entre 15 e 81 anos. Desses, 22 apresentavam dificuldade de comunicação oral, seis dificuldades de comunicação oral e escrita, e nenhum com dificuldade de comunicação só escrita. Quanto aos recursos, todos utilizaram pranchas de comunicação, mas alguns pacientes utilizaram outros recursos como lousa para escrever (4); comunicadores (2); computador (2); tablets (3) e objetos concretos (1). Além das pranchas de comunicação, foram também desenvolvidas 300 atividades. Considerações Finais: A Universidade tem tido papel fundamental na difusão da CAA, contando com a expertise de seus professores para o processo de avaliação dos potenciais usuários e formação dos profissionais, além do apoio dos seus alunos e residentes na elaboração dos materiais que são disponibilizados para a comunidade.




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TERAPIA OCUPACIONAL E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA: ACÕES FORMATIVAS PARA A COMUNIDADE

MIRYAM BONADIU PELOSI; GERALDO ALBERTACCI JUNIOR; TALITA FURTADO RIBEIRO; THAINARA PIRES GONÇALO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; sistemas de comunicação alternativos e aumentativos; relações comunidade-instituição

Resumo: Introdução: A Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA) é uma das áreas da Tecnologia Assistiva, e através da seleção de símbolos, recursos, estratégias e técnicas tem o objetivo de favorecer a comunicação oral e/ou escrita de pessoas com perdas funcionais advindas de situações permanentes ou temporárias. Diversos softwares podem ser utilizados para o desenvolvimento de recursos de CAA, e para a maioria deles, é necessária a realização de cursos de formação. A partir dessa demanda nasceu o projeto de Formação em CAA para Estudantes, Profissionais, Familiares e Cuidadores. Objetivo: Apoiar o desenvolvimento da comunicação alternativa dentro da universidade em seus diferentes cursos de graduação e Unidades de Saúde, além da comunidade. Metodologia: Os cursos são gratuitos, com frequência mensal e carga horária variada dependendo do público, conteúdo e proposta. A avaliação dos cursos é realizada em formulário online, no site do LabAssistiva. Resultados: No período de setembro de 2012 a maio de 2013 foram realizados 13 cursos de formação que trabalharam com os softwares: Boardmaker (3); Invento (2); Aventuras (1); Comunicar com Símbolos (2); ARASAAC (2); PowerPoint (1) e OverlayMaker (2), com carga horária que variou de quatro a oito horas. As formações realizadas tiveram como público alunos da universidade (11), residentes do Hospital Universitário (1) e professores das escolas públicas (1). O público total atendido foi de 169 pessoas, que produziram, em média, trinta atividades por curso. As atividades foram postadas no Portal Assistiva para download gratuito. A avaliação dos cursos foi bem positiva considerando os seguintes tópicos: site do curso (8,9), fundamentação teórica (9,2); atividades práticas (9,3); exemplos de atividades (9,2); aplicabilidade à prática profissional (8,4); suporte do professor instrutor (9,7); suporte dado pelos alunos facilitadores (9,6); dinâmica do curso (9,1); local (8,6); carga horária (8,8); participação (8,7); produção do próprio aluno (8,5). Na área de comentários, os itens mais citados foram: a necessidade de cursos com maior duração (36,8%), seguido da sugestão de uso de um laboratório maior (21%). Considerações Finais: O projeto tem colaborado para a formação na área de Comunicação Alternativa da comunidade acadêmica da UFRJ, e mais recentemente, voltou suas atenções para ações extramuros. A combinação de formação presencial, disponibilização de materiais instrucionais e atividades na internet tem ampliado a abrangência do mesmo. O acesso mensal de usuários ao Portal Assistiva tem alcançado 10 mil visualizações por mês, auxiliando no processo de divulgação da Comunicação Alternativa.




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TERAPIA OCUPACIONAL E A PEDAGOGIA: PENSANDO O BRINCAR ADAPTADO PARA A CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA

MIRYAM BONADIU PELOSI; VERA LUCIA VIEIRA DE SOUZA; DANIELE ABRANCHES; ANA KAROLINY DOS SANTOS FURTADO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; educação; relações comunidade-instituição

Resumo: Introdução: O brincar é atividade primordial da infância e base para o desenvolvimento e aprendizado. A utilização de jogos como recurso terapêutico ocupacional é uma ação bastante frequente, mas necessita de adaptações quando utilizada com uma criança com deficiência. Objetivo: O projeto Terapia Ocupacional Brincando, em sua ação extensionista, objetiva produzir conhecimento acerca do brincar adaptado para crianças com deficiência. Propõe adaptações para jogos e a elaboração de atividades pedagógicas relacionadas ao conteúdo do jogo. O material produzido é disponibilizado à comunidade através de plataforma na internet. Metodologia: Foram selecionados 40 jogos para a faixa etária de 2 a 12 anos, das empresas Estrela e Grow, que foram adaptados e utilizados como base para criação de atividades pedagógicas. As análises foram realizadas por grupo interdisciplinar composto por terapeutas ocupacionais e pedagogas. Resultados: Para o jogo “Pizzaria Maluca”, que será utilizado como exemplo, 50 atividades foram elaboradas tendo como temática os alimentos. Foram construídas atividades sobre sua origem, formas de comercialização e utilização na culinária. Atividades que utilizaram como símbolos as fotografias, os símbolos pictográficos e as palavras, em brincadeiras de pareamento entre símbolos pictográficos e fotografias, e correspondência desses, com palavras. Outras atividades estabeleceram desafios de contar os alimentos presentes na pizza, de classificação na composição de fatias de pizza com ingredientes doces ou salgados, de origem vegetal ou animal, e até mesmo, de produtos comestíveis e não comestíveis. Para o trabalho desses conceitos foram preparadas atividades de pintar, ligar e marcar, recortar e colar, escrever e compor a partir de figuras. Os enunciados das atividades e as regras foram construídos com pictogramas para facilitar a compreensão. Para apoiar o jogo e a realização das atividades pedagógicas foram desenvolvidas pranchas de comunicação em papel, em comunicadores e para dispositivos móveis. Considerações Finais: O trabalho cooperativo entre os profissionais da Terapia Ocupacional e da Pedagogia possibilitou a elaboração de atividades pedagógicas relacionadas aos jogos estudados, levando em consideração possíveis dificuldades comunicativas, visuais, de coordenação motora fina e de compreensão das crianças. A disponibilização do material desenvolvido dentro da universidade, em portal na internet, caracterizou a ação extensionista do projeto. Os símbolos e recursos da Comunicação Alternativa foram fundamentais para o desenvolvimento das atividades de apoio ao jogo.




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O CUIDADO AOS CUIDADORES: AÇÕES DE EXTENSÃO CONTRIBUINDO PARA A FORMAÇÃO DE TERAPEUTAS OCUPACIONAIS

DÉBORA HASHISAKA; MARIA PAULA PANÚNCIO-PINTO

FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - USP, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: atenção ao cuidador; extensão universitária; formação profissional

Resumo: Introdução: A literatura discute o impacto causado numa família pela necessidade de lidar com o adoecimento de um de seus membros, situação que vai exigir atenção e cuidados específicos, por período de tempo indeterminado. O membro da família que é responsabilizado pelo cuidado acaba organizando sua vida em função desse papel. Essa responsabilidade pode acarretar perda de papéis ocupacionais, alterações no cotidiano, saúde e participação social do cuidador. O projeto de extensão “Cuidando do Cuidador” oferece apoio e cuidado aos cuidadores dos sujeitos atendidos nos ambulatórios de reabilitação ligados à FMRP-USP, no sentido de retomar seus outros papéis ocupacionais, ressignificar o cotidiano e garantir sua participação em contextos de vida. Além disso, os grupos oferecem um momento de integração, expressão, diversificação de atividades e descoberta de habilidades. Objetivos: Descrever a experiência do Projeto Cuidando do Cuidador e suas contribuições à formação profissional dos estudantes de Terapia Ocupacional. Metodologia: Estudo documental de 47 relatórios de grupos realizados no Centro de Reabilitação do HC-FMRP (CER) e Centro Integrado de reabilitação do Hospital Estadual de Ribeirão Preto (CIR), no período de agosto de 2012 a maio de 2013, privilegiando estratégias/atividades e contribuições para a formação profissional de terapeutas ocupacionais. Resultados/Discussão: Foram realizados 47 encontros com 147 atendimentos, a 54 cuidadores (49 do gênero feminino e 5 do gênero masculino). Todos os cuidadores possuíam grau de parentesco com o paciente (cônjuges, pais, filhos e avós). Ao longo dos grupos foram desenvolvidas atividades artesanais (12), atividades de lazer (11); atividades expressivas (10), atividades corporais (08); rodas de conversa (07); culinária (02). Os grupos funcionam com caráter de grupo aberto, e a bolsista convida os cuidadores a partir sala de espera. Cuidadores também são multiplicadores convidando outros a entrarem no grupo. Atividades são propostas de acordo com demandas trazidas pelos usuários. Supervisões semanais com docente coordenadora do projeto provêm acesso à produção cientifica, discussão das atividades, dificuldades e realidade da prática no projeto. Participaram do projeto no período estudado 01 bolsista e 07 voluntárias. Considerações Finais: Relatos dos participantes reafirmam a importância de espaço para os cuidadores se expressarem, praticarem atividades prazerosas e, finalmente, possuírem um momento em que eles sejam o foco de atenção. Em relação aos estudantes, relatos enfatizam a importância do contato com demandas da comunidade e aproximação à prática profissional desde o início da formação na graduação.



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CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES DE SAÚDE DA UFMG SOBRE CURSO E PROFISSÃO DE TERAPIA OCUPACIONAL

RAYSSA CARDOSO DE MATOS; CARLA RIBEIRO LAGE; DEBORA TEIXEIRA COSTA LANA; TAINÃ ALVES FAGUNDES; MARCIA BASTOS REZENDE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; conhecimento; estudantes

Resumo: Introdução: Em 1969 a Terapia Ocupacional (TO) foi reconhecida como curso de nível superior no Brasil. Após 44 anos de existência, a profissão ainda faz pouco conhecida entre muitos profissionais da saúde. Como possíveis justificativas estão o reduzido número de terapeutas ocupacionais e a dificuldade encontrada pelos estudantes e profissionais em explicar a profissão. O conhecimento sobre as profissões é essencial para a atuação em equipe, o que contribui para a qualidade do serviço, enriquecendo a prática clínica e oferecendo um tratamento mais adequado ao cliente. Caso contrário, a atuação torna-se individual e fragmentada 4. Neste sentido, é preciso a Terapia Ocupacional se apresentar como uma profissão em busca de solidez fundamental para um conhecimento em evolução. Objetivo: verificar o conhecimento dos estudantes da área da saúde, da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, em relação ao curso e profissão de Terapia Ocupacional. Metodologia: participaram da pesquisa 297 alunos dos cursos da área de saúde da UFMG. Utilizou-se questionário semiestruturado composto por 6 questões: 2 abertas e 4 fechadas, sendo apenas as últimas consideradas para este estudo. Foi realizada análise por frequência. Resultados/Discussão: dentre os entrevistados, 98% já ouviram falar da TO e, 92% sabem que a UFMG oferece o curso, 7% não sabiam e 0,33% não responderam. Os meios pelos quais ouviram falar da Terapia Ocupacional, em maior e menor escala, foram “alunos” e “rádio”, respectivamente. Dentre os entrevistados, 94,3% consideram a Terapia Ocupacional como da área de Ciências da Saúde. A falta de conhecimento sobre profissionais da área pode decorrer da falta de divulgação em diversos meios de comunicação, necessitando de trabalhos como apresentação da profissão em cursos pré-vestibulares, além de disciplinas acadêmicas que preparem universitários para atuarem em equipes interdisciplinares 4. Nesse sentido, cabe aos estudantes e profissionais da Terapia Ocupacional divulgarem a profissão e atuarem de forma mais concisa, para que seu trabalho seja reconhecido em diversos âmbitos. Considerações Finais: Partindo do pressuposto de que através da educação se constrói conhecimento, crítica e capacidade transformadora, é importante repensar a formação acadêmica dos cursos da saúde, no intuito de enriquecê-la e preparar futuros profissionais para o trabalho interdisciplinar. Além disso, considera-se que deve haver uma maior divulgação da profissão pelos meios de comunicação, e que esta iniciativa deve começar pelos profissionais que nela atuam.



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TERAPIA OCUPACIONAL NA BRINQUEDOTECA: PROMOVENDO O DESENVOLVIMENTO INFANTIL ATRAVÉS DO BRINCAR

THACIANA FIORAVANTE CAVALCANTE; MARIA PAULA PANÚNCIO-PINTO; THAÍS BERTONI GALBIATTI

FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - USP, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: brincar; desenvolvimento infantil; brinquedoteca

Resumo: Introdução: Para Vygotsky, na brincadeira a criança tem um embasamento para ações realizadas ao longo da vida e isto possibilita aprendizagens mais elaboradas, avanço na capacidade cognitiva e social. Considerando a importância da oferta do brincar em contextos de serviços de saúde, o projeto de extensão Brinquedoteca-Sucatoteca, homologado desde 2011 pelo Programa Aprender com Cultura e Extensão (PRC-USP), é realizado na sala de espera do Centro Integrado de Reabilitação – CIR, sendo oferecido às crianças atendidas nos ambulatórios de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional. Nesse contexto, o brincar é compreendido como promotor do desenvolvimento infantil: as atividades lúdicas ofertadas atuam também como mediadoras na relação entre pais e filhos; sendo os pais/cuidadores orientados sobre a importância do brincar. Objetivos: Descrever as práticas realizadas na Brinquedoteca-Sucatoteca, enfatizando resultados em termos das mudanças percebidas no desempenho das crianças e das contribuições para a formação profissional dos estudantes de Terapia Ocupacional. Metodologia: Estudo documental acessou 57 relatórios dos atendimentos realizados no período de agosto/2012 a maio/2013, em abordagem descritivo-exploratória, utilizando análise de conteúdo temática (BARDIN, 1977). Resultados/Discussão: No período analisado, totalizaram-se 57 “encontros”, com a participação de 80 crianças, (27 do sexo feminino e 53 do sexo masculino), além de 10 pais/cuidadores. Participaram do projeto 7 estudantes de Terapia Ocupacional (1 bolsista, 2 estagiárias e 4 voluntárias). Foram realizados: jogos de mesa, circuitos psicomotores, confecção de diferentes brinquedos de sucata, exploração do brincar livre, leituras e atividades lúdicas. Foi observado que as diversas atividades contribuíram com o aumento da disposição das crianças durante seus atendimentos, diminuíram a tensão provocada pelo tempo de espera, e permitiram a interação social. Com a confecção de brinquedos de sucata as crianças aprenderam a construir brinquedos de baixo custo, o que é importante considerando o nível socioeconômico das famílias atendidas em serviços públicos de saúde. Considerações Finais: Os “encontros” contribuem para o desenvolvimento biopsicossocial das crianças. Acadêmicas participantes relatam que o projeto proporciona contato mais direto com a profissão, a comunidade e o território desde o início de sua formação. Resultados positivos do projeto levaram a sua expansão para outros espaços do complexo de saúde do HC-FMRP, buscando cada vez mais a participação dos pais/cuidadores das crianças e dos profissionais que atuam no Sistema Público de Saúde.




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REALIDADE E EXPECTATIVAS DE DESEMPENHO NA CONDUÇÃO DE AUTOMÓVEIS

CRISTHIANY BOLLMANN; ANDRÉA MARIA FEDEGER

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; condução de veículos; desempenho ocupacional

Resumo: A condução de automóveis é uma atividade descrita pela Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde – CIF como “controlar e mover, sob o seu próprio comando, um veículo [...] ou qualquer meio de transporte à sua disposição, como por exemplo, um carro [...]”.O presente trabalho tem como objeto de estudo o desempenho na condução de automóveis e estuda a correlação entre a expectativa de motoristas com e sem a doença de Parkinson sobre o tempo que pretendem desempenhar esta atividade e seu perfil como condutor na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O estudo está vinculado a iniciação científica (IC) da Universidade Federal do Paraná, e faz parte do projeto “Estudo Descritivo do Desempenho em Dirigir Automóveis de Pessoas com Diagnóstico de Doença de Parkinson (DP)” iniciado em 2011. Este trabalho tem como objetivo descrever os dados do perfil do condutor, em especifico as infrações na CNH e resultado das respostas que investiga a expectativa de tempo que a pessoa tem em relação a conduzir um automóvel. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e de campo com delineamento transversal caráter observacional e com grupo controle. Avaliação do desempenho na direção de automóveis para pessoas com DP (ADDA-DP) parte I é apresentada através de entrevista após a leitura do Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). A informação da CNH se dá através da consulta online da condição do condutor. A amostra da pesquisa é composta por 27 condutores com o diagnóstico da DP que compõe o grupo de estudo (GE) e 27 condutores do grupo controle (GC). A pesquisa se desenvolve na Associação Paranaense de Portadores de Parkinsonismo – APPP no Ambulatório do Distúrbio do Movimento no Hospital de Clínicas da UFPR e no Setor de Ciências da Saúde - Bloco Didático II – Campus Botânico. Na pesquisa de campo a amostra parcial é composta de 20 pessoas no GE e GC já completo com predominância masculina entre os entrevistados. Scally et al (2011) discorre que condução de automóveis é uma atividade complexa que exige a integração simultânea de diversos estímulos advindos do ambiente, bem como o planejamento e a execução de movimentos em um ambiente em constantes mudanças. A Política Nacional de Trânsito (PNT) considera a mobilidade do cidadão em seu espaço social como um meio de liberdade de ir e vir, de satisfazer as necessidades de trabalho, lazer, de educação, dentre outras. O estudo amplia o horizonte na investigação acerca do desempenho na direção de automóveis, atividade instrumental de vida diária (AIVD) buscando identificar a expectativa do condutor com doença de Parkinson em realizar essa atividade versus sua condição como motorista habilitado.



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SAÚDE, TRABALHO E VIDA COTIDIANA: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM INDIVIDUOS COM HIV/AIDS

MARIELZA R. ISMAEL MARTINS 1; MONIQUE LUIZA DE CARVALHO VIOLA PLATINA 2; ADRIANA MAIRA MARINI 2

1.HOSPITAL DE BASE/FAMERP, SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP, BR; 2.HOSPITAL DE BASE, SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP, BR.

Palavras-chave: qualidade de vida; hiv; status funcional

Resumo: Introdução: Com o aumento significativo da sobrevida dos indivíduos vivendo com a AIDS, as preocupações estão voltando-se principalmente para a qualidade de vida (QV) destes. Objetivos: avaliar a qualidade de vida de indivíduos com HIV/AIDS assim como seu status funcional e domínios biopsicossociais. Metodologia: Estudo transversal com amostra não-probabilística, consecutiva, de pacientes que frequentaram o Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP) de um hospital escola. Os instrumentos utilizados foram: entrevista semi estruturada para caracterização dos dados biosociodemográficos; a Avaliação de atendimento de Saúde Holístico e de Reabilitação e para estimar a qualidade de vida o questionário WHOQOL-HIV bref . A amostra foi estimada em 46 indivíduos, com base em estudos prévios e com nível de confiança de 95%. Foram convidadas para participar do estudo portadores do vírus HIV/AIDS que chegaram para a consulta periódica com o infectologista no serviço de saúde, e pacientes internados na enfermaria da DIP. Para o cálculo global de cada domínio, que varia entre 4 e 20, utilizou-se a equação sugerida pela OMS. Os dados foram descritos em médias, desvios-padrão, valores mínimos e máximos e medianas. Utilizou-se o teste Kolmogorov-Smirnov para avaliar a normalidade das distribuições. Resultados e Considerações Finais: Os maiores escores na qualidade de vida foi em nível de independência, espiritualidade e relações sociais e houve correlação positiva entre as variáveis: escolaridade, situação trabalhista e conjugal, sendo estes os que os que possuíam maior grau de instrução, atividade e eram casados. No Brasil tem se configurado a feminização da epidemia e isto está associado à vulnerabilidade da mulher, pelas características biológicas, sociais e culturais que favorecem a aquisição do HIV. A qualidade de vida e o status funcional devem ser incluídos no seguimento clinico para que se implemente intervenções específicas pelos profissionais de saúde, bem como pelos gestores de políticas públicas.






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AVALIAÇÃO DO IMPACTO NO COTIDIANO E NA PARTICIPAÇÃO DE PESSOAS ACOMETIDAS POR DOR CRÔNICA

THAIS ROSA COSTA; BÁRBARA SANTOS LUCCAS DUARTE; TAÍSA GOMES FERREIRA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL.

Palavras-chave: dor crônica; classificação internacional de incapacidades; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: É de consenso que a Dor altera o cotidiano do sujeito causando alterações nas atividades de vida Diária (AVD’s) bem como, nas atividades de vida produtiva (AVP’s), resultando em modificações significantes no seu cotidiano e na participação social. A importância de criar este projeto de iniciação nesta área vem da possibilidade de contribuir para complementação de tratamento no serviço do ambulatório da Dor HUSM, para além da via medicamentosa e incluir tratamentos conservadores que proporcione qualidade de vida a esta população. Objetivo: Avaliar os aspectos biopsicossociais e o impacto no cotidiano e na participação das pessoas com Dor Neuropática nos Membros Superiores tratadas pelo Ambulatório da Clínica da Dor do HUSM, hospital regional e produzir um fluxo de tratamento para o setor de Terapia Ocupacional da UFSM. Metodologia: Este estudo é do tipo descritivo e exploratório, com uma abordagem quanti e qualitativa dos dados, avaliado pelo CEP com CAAE 12555213.5.0000.5346. A pesquisa é composta por pessoas com diagnóstico médico de Síndrome Complexa de Dor Regional, encaminhados ao Grupo de Dor do HUSM. O instrumento para coleta de dados utilizado neste estudo será a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), validado e consolidado para a aplicação nesta população. Resultados/Discussões: A dor é um componente que desestrutura a vida do sujeito afetando seu cotidiano, sendo a dor um aspecto difícil de ser avaliado. A natureza complexa da Dor Crônica impede que sua prevalência possa ser medida através da avaliação de condições físicas bem circunscritas. É necessária uma abordagem ampla e geral, que incorpore múltiplas facetas do problema como: localização, intensidade, características temporais, percepção afetiva e gradação da Dor, além da compreensão das incapacidades temporárias e/ou permanentes e seu impacto no âmbito social. (Teixeira, 2003). Visto que a Terapia Ocupacional tem os instrumentos necessários para esta avaliação dentro das demandas que envolvem o cotidiano das pessoas, entendemos que a profissão pode explorar esta demanda proporcionando a população acometida melhor qualidade de vida. Considerações Finais: Através da avaliação do impacto da dor crônica no cotidiano das pessoas pode se instituir protocolos mais abrangentes tanto para área específica de Terapia Ocupacional quanto na área de tratamento multiprofissional da dor crônica. Assim sendo, além desta pesquisa contribuir para a ampliação da qualidade de vida deste grupo populacional, pode também gerar dados para pesquisas posteriores que envolvam a prática clínica do terapeuta ocupacional, já que este projeto está atrelado a um serviço.



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EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL NA FORMAÇÃO EM SAÚDE: PERCEPÇÃO DOS EGRESSOS DE TERAPIA OCUPACIONAL

ANA CLARA BITENCOURT MORAES; ROSANA APARECIDA SALVADOR ROSSIT

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, SANTOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: educação em saúde; formação profissional; educação interprofissional

Resumo: Introdução: A Educação Interprofissional (EIP) em Saúde é conceituada como uma proposta onde duas ou mais profissões aprendem juntas sobre o trabalho conjunto e sobre as especificidades de cada uma, na melhoria da qualidade ao paciente. É considerado um estilo de educação que prioriza o trabalho em equipe, a integração e a flexibilidade da força de trabalho que deve ser alcançada com um amplo reconhecimento e respeito às especificidades de cada profissão. Nessa perspectiva, o campus Baixada Santista da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) implantou em 2006 uma proposta pedagógica inovadora nos parâmetros brasileiros. Propôs um desenho curricular com a organização dos conteúdos programáticos em eixos e módulos, na perspectiva da educação interprofissional e na interface entre as unidades curriculares para seis cursos de graduação na área da saúde. Objetivos: Analisar um projeto de EIP na formação em saúde, a partir da percepção dos egressos em Terapia Ocupacional. Metodologia: O projeto de pesquisa foi realizado no campus Baixada Santista da UNIFESP. Foram convidados a participar da pesquisa, profissionais egressos do curso de graduação em terapia ocupacional, que concluíram o ciclo de formação em 2009 e 2010, com prática profissional superior a dois anos. Os egressos receberam, por e-mail, uma carta convite, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e o questionário Readiness Interprofessional Learning Scale - RIPLS (PARSELL e BLIGH, 1999), traduzido e validade por (PEDUZZI e NORMAN, 2012). O questionário avalia a percepção dos egressos em relação a três fatores: a) Trabalho em Equipe e colaboração; b) Identidade profissional; c) Atenção centrada no paciente. Os egressos responderam o questionário por e-mail no período de setembro/2012 a janeiro/2013. O questionário adotado utiliza a escala de atitudes do “tipo Likert”. Resultados/Discussões: Sessenta por cento dos egressos responderam o questionário. Os resultados apontam para o desenvolvimento de competências comuns aos profissionais da saúde, competências específicas da profissão e competências colaborativas as quais são apontadas como essenciais para a melhoria dos serviços de saúde: trabalho em equipe, prática colaborativa e integralidade no cuidado ao paciente. Considerações Finais: A percepção dos egressos e as sugestões fornecidas contribuem para avaliar a formação interprofissional em saúde em atenção às demandas do mercado de trabalho e para programar as reformulações curriculares que se fizerem necessárias.



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[163]

AUTISMO EM IDADE ADULTA: FAMÍLIAS DENTRO DO CONTEXTO BRASILEIRO

FERNANDA DUARTE ROSA; THELMA SIMÕES MATSUKURA; AMANDA DOURADO FERNANDES

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: autismo; idade adulta; famílias

Resumo: Introdução: A literatura internacional aponta que indivíduos com Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) ao chegarem à idade adulta ainda apresentam graves comprometimentos em seu comportamento, linguagem e interação social; além de demandas como a falta de oportunidades de emprego e inclusão social, pouca disponibilização de serviços e necessidade de maior apoio e informações para as famílias. Verificou-se que literatura nacional, ainda não apresenta estudos voltados diretamente a temática dos TEAs em idade adulta. Objetivos: Apresentar aspectos gerais de uma amostra de pesquisa de doutorado realizada com familiares de pessoas com Transtornos do Espectro do Autismo quanto à suas características socioeconômicas, diagnóstico recebido, vinculação à instituições de educação e suporte recebido por estas famílias. Metodologia: Foram pesquisadas famílias de pessoas com TEA em idade adulta. Foram utilizados três instrumentos para coleta de dados que foram respondidos pelo cuidador principal das pessoas com TEA: um instrumento para levantamento de dados gerais (Ficha de identificação), um instrumento para coleta de dados sobre o curso de vida do indivíduo com autismo e de sua família (Questionário) e um instrumento para avaliação de aspectos da qualidade de vida do cuidador principal (WHOQolabreviado). Os dados que serão apresentados nesta apresentação foram analisados através de estatística descritiva. Resultados/Discussões: Foram retornados até o presente momento 70 questionários; A maioria dos respondentes são mães, com média de 50 anos de idade, os respondentes residem nos estados do Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo, onde reside a maior parte da amostra (50% dos respondentes). A maioria apresenta diagnóstico de Autismo (78%) com idades variando de 18 a 41 anos. Aproximadamente 65% estão atualmente inseridos em Instituições de Educação Especial, 92% nunca teve oportunidade de inserção no mercado de trabalho. O WHOQol-abreviado apresentou escores que os enquadram os cuidadores em níveis regulares em todos os domínios. Aproximadamente 80% da amostra considera que no Brasil não existem serviços adequados de suporte às famílias e as fontes mais citadas de suporte social são a própria família e as instituições especializadas onde os filhos estão inseridos. Considerações Finais: O estudo acrescenta no conhecimento da área e oferece elementos relevantes para as práticas desenvolvidas pelo terapeuta ocupacional e demais profissionais que possam estar envolvidos com esta população.




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REFLEXÃO CRÍTICA DE GRADUANDOS DE TERAPIA OCUPACIONAL NO CONTEXTO DA MATERNIDADE

ANA CLAUDIA SANTOS; MARÍLIA SANTANA RODRIGUES; ADRIANA GOMES LIMA; CARINA PIMENTEL SOUZA BATISTA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, CAMPUS PROF. ANTÔNIO GARCIA FILHO, LAGARTO, SE, BRASIL. 

Palavras-chave: terapia ocupacional; recém-nascido; maternidade

Resumo: Introdução: Uma das formas de favorecer a relação entre pais e bebês é disponibilizar sugestões de manuseio, estimulação e criação/continuidade de um vínculo afetivo entre eles. Outro fator importante na primeira infância é a avaliação da história pré, peri e neonatal da criança, bem como a avaliação dos reflexos primitivos, a identificação de crianças consideradas de risco e a possibilidade de encaminhamento para estimulação precoce. Objetivos: Descrever experiências de discentes do II ciclo de Terapia Ocupacional em Práticas de Integração Ensino-Serviço em Terapia Ocupacional I, numa maternidade filantrópica do município de Lagarto/Se. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência com a utilização de observações e coleta de dados dos prontuários dos recém-nascidos (RN); realização de anamnese; avaliação dos reflexos primitivos (realizados pela docente) e orientações às mães quanto à importância da estimulação para o desenvolvimento da criança. Resultados/Discussão: As visitas possibilitaram: 1) contato inicial dos discentes aos prontuários; 2) desenvolvimento de habilidades na prática da anamnese; 3) conhecimento na avaliação da Terapia Ocupacional com RN, com identificação dos reflexos presentes; 4) desenvolvimento da prática comunicacional com o paciente, atentando para as suas dúvidas e utilizando uma linguagem acessível. Percebeu-se que há pouca troca de informações por parte da equipe de profissionais. Apesar disto, a coordenadora do serviço enfatizou que a maternidade procura meios de oferecer atendimentos humanizados, capazes de orientar às mães sobre como elas devem proceder com suas respectivas crianças. As mães demostraram desconhecer a importância da estimulação e do brincar durante essa fase, bem como, insegurança com a oferta de estímulos proprioceptivos para o RN. Durante as avaliações observaram-se os reflexos de Sucção, Busca, Olhos de Boneca, Moro, Tônico Cervical Assimétrico, Marcha, Fuga à asfixia, Preensão Palmar e Plantar. Considerações Finais: Conclui-se que seria de grande relevância à inserção do Terapeuta Ocupacional nesse ambiente, colaborando tanto no processo comunicacional profissional-paciente/pacienteprofissional, quanto nas possíveis intervenções a serem feitas com os RN e as genitoras. A vivência levou os discentes à reflexão crítica de como poderiam atuar nesse contexto, identificando as crianças de risco e estimulando o desenvolvimento infantil. Toda a equipe de saúde deve está comprometida ao diálogo, com informações úteis ao desenvolvimento dos RN, visto que, a ausência ou presença de tais informações/orientações podem ser (des) favorecedoras ao desenvolvimento infantil.



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[167]

SAÚDE NA PRIMEIRA INFÂNCIA: SENSIBILIZANDO AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE

ANA CLAUDIA SANTOS; LAÍS FERNANDA SILVEIRA SANTOS RAMOS; ELLEN MICAELA DAS NEVES CRUZ; ARISTELA DE FREITAS ZANONA; CARINA PIMENTEL SOUZA BATISTA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, CAMPUS PROF. ANTÔNIO GARCIA FILHO, LAGARTO, SE, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; desenvolvimento infantil; agentes comunitários de saúde

Resumo: Introdução: A primeira infância é a fase de maior maturação/plasticidade neuronal, e de maior vulnerabilidade, como também de melhor resposta às terapias e aos estímulos, o que favorece a um bom prognóstico caso uma intervenção ocorra precocemente. Dessa forma, é fundamental o acompanhamento do desenvolvimento da criança nesse período (0 a 2 anos) por meio da vigilância do desenvolvimento infantil. Este trabalho é parte do projeto “Vigilância do crescimento e desenvolvimento infantil (0 a 02 anos): uma proposta de capacitação aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) do município de Lagarto - SE”, coordenado pelo núcleo de Terapia Ocupacional com a colaboração dos Núcleos de Fonoaudiologia e Nutrição. Objetivo: Relatar os resultados obtidos, através do questionário aplicado aos ACS durante a 1ª intervenção, quanto aos seus conhecimentos sobre crescimento e desenvolvimento infantil (0 a 2anos). Metodologia: Participaram vinte e cinco ACS, sendo aplicado um questionário contendo os seguintes tópicos: I – Perfil do Agente; II – Perfil da Microárea; III – Conhecimentos Específicos: Caderneta da Criança; Etapas do desenvolvimento motor e linguístico; Fatores de risco e Sinais de alarme. Resultados/Discussão: Quanto ao perfil: Faixa etária de 31 a 40 anos (40%); Sexo Feminino (72%); 48% têm o Ensino Médio Completo; 36% têm de 10 a 15 anos de atuação profissional; cada ACS acompanha em média 171 famílias; 60% informaram ter crianças com deficiência nas suas microáreas, sendo a maioria deficiência física. Quanto aos conhecimentos específicos: 60% demonstraram fragilidades em relação às etapas do desenvolvimento motor e da linguagem, sendo que 56% inverteram a ordem, o que demonstrou a dificuldade no uso completo da Caderneta da Criança para acompanhamento do desenvolvimento infantil, a identificação de sinais de alarme e consequentemente o encaminhamento precoce para intervenção, na presença de algum atraso. Considerações Finais: Conclui-se então que é imprescindível que sejam incorporadas à prática dos ACS, capacitações sobre crescimento e desenvolvimento infantil, uma vez que estes, mediante o acompanhamento das famílias e do binômio mãe-filho, têm potencialidades e possibilidades de identificar as crianças que se encontram expostas a fatores de risco, reconhecer àquelas com possíveis atrasos no desenvolvimento para encaminhá-las o mais breve possível a serviços especializados, com o objetivo de minimizar ou inibir agravos já instalados, para a efetivação da vigilância do desenvolvimento infantil, por meio do esforço conjunto e da visão integral, não só nos seus aspectos orgânicos, mas, sobretudo, psicoafetivos e sociais.



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[172]

BARREIRAS PARA O DESEMPENHO OCUPACIONAL DE INDIVÍDUOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: PERCEPÇÕES DO TERAPEUTA OCUPACIONAL

VALESKA CARDEAL SANTANA1; GABRIELA CORDEIRO CORREA2

1.HOSPITAL DE CLÍNICAS - UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: terapeuta ocupacional; deficiência visual; atividades cotidianas

Resumo: Introdução: A visão constitui-se na principal via de percepção e verificação dos estímulos do ambiente. Deficiência visual (DV) refere-se à perda visual em decorrência de alterações orgânicas e compreende cegueira e baixa visão. Diante dos diferentes níveis de dificuldade visual o desempenho ocupacional é afetado em maior ou menor grau, sobretudo no autocuidado e na mobilidade. O terapeuta ocupacional (TO) pode auxiliar o indivíduo a restaurar o desempenho ocupacional competente, buscando o equilíbrio entre as ações e sentimentos relacionados às habilidades da pessoa e às demandas do meio. Objetivos: Expor as percepções do terapeuta ocupacional acerca das limitações de desempenho ocupacional de crianças e adolescentes com DV, com base em uma experiência extensionista. Metodologia: Projeto de extensão de abordagem exploratória descritiva, de parceria entre o Curso de Terapia Ocupacional da UFPR, a ONG D+Eficiente e a Escola Professor Osny Macedo Saldanha -, Instituto Paranaense de Cegos. A coleta de dados e as intervenções foram realizadas de março a dezembro de 2011. A amostra constituiu-se de nove indivíduos, de 8 a 13 anos de idade, sendo cinco com diagnóstico de cegueira e quatro com baixa visão. Como avaliação foi aplicada a Medida Canadense de Desempenho Ocupacional, respondida pelas crianças e adolescentes. Resultados/Discussão: Destacaram-se durante as intervenções os fatores limitantes: assiduidade; oportunidade para a realização de atividades; e autonomia, motivação e iniciativa do indivíduo. A falta de assiduidade resultou em descontinuidade intermitente no tratamento e consequente estagnação ou rebaixamento do desempenho da atividade que estava sendo treinada. A oportunidade para realização as atividades treinadas em terapia no contexto domiciliar pode ser influenciada por aspectos como: insegurança dos cuidadores, por não saber como lidar com a realização das atividades em casa; engajamento da família no processo terapêutico; e pressão temporal, resultante da rotina dos indivíduos e seus familiares. A inserção na rotina das atividades treinadas em terapia depende da autonomia, motivação e iniciativa dos próprios indivíduos, aspectos observados em menor ou maior grau neste estudo. Considerações Finais: A participação da família ou cuidadores no processo terapêutico bem como a postura do próprio indivíduo frente ao tratamento e a realização das atividades fora do contexto terapêutico mostraram-se fatores essenciais para o desempenho ocupacional independente e autônomo. Além disso, cabe ressaltar que o projeto de extensão mostrou-se ferramenta importante no fomento da parceria entre saúde, educação e comunidade.




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[212]

O PERFIL DO TUTOR A PARTIR DA PERCEPÇÃO DOS PETIANOS

MARCELA VILELA BARROS FERREIRA; FRANCIELE BENFICA DA SILVA; GEANE MARIA SANTOS DO AMARAL; JULIANA NOGUEIRA DE PAULA; MARCIA BASTOS REZENDE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE, MG, BRASIL.

Palavras-chave: tutor; perfil; pet

Resumo: Introdução: O Programa de Educação Tutorial (PET) é um programa do governo federal desenvolvido por grupos de estudantes, com tutoria de um docente, organizados a partir de formações em nível de graduação das Instituições de Ensino Superior do país, orientados pelo princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. A educação tutorial é uma metodologia de ensino com compromissos epistemológicos, pedagógicos, éticos e sociais. Ela se efetiva por meio de grupos de aprendizagem, constituídos por estudantes que realizam atividades extracurriculares sob orientação de professores tutores. A tutoria pode ser definida segundo Martins (2007) como acompanhar e orientar alunos, colaborando e criticando sua aprendizagem, a fim de potencializar capacidades individuais e do grupo. A política do PET é regulamentada pela Portaria 976 de 27 de julho de 2010, que diz das atribuições de tutores e alunos, dos objetivos e do seu funcionamento. Objetivo: Descrever o perfil do tutor do PET-TO a partir da percepção dos PETianos. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, com questionário aberto realizado a partir da seguinte pergunta: “Cite três características necessárias para ser um bom tutor”. O grupo de amostra foi convidado por email e constituído por alunos que já participaram e os que ainda participam do programa. A análise dos dados se baseia na frequência com que cada característica foi citada, e as respostas foram registradas, classificadas e interpretadas sem interferência do pesquisador. Resultados/Discussão: Foram convidados 33 PETianos e egressos e 17 responderam.Considerando as respostas obtidas, as características foram divididasem dois grupos: (1) características próprias do tutor e (2) características adquiridas com a equipe. Quatro características foram destacadas no grupo 1 responsabilidade, flexibilidade, pro-atividade e trabalho em equipe; já no grupo 2 destacou-se a característica interesse em aprender. De acordo com o Manual de orientações básicas do PET (2006) o tutor tem umasérie de atividades a serem cumpridas e as mesmas requerem características de pró-atividade e responsabilidade. Martins (2007) reafirma os resultados obtidos quando sugere que o tutor apresente interesse em conhecimento, postura pró-ativa e incentive a integração e coesão do grupo. Porém, ressalta que não existe um perfil pronto e acabado para o tutor. Considerações Finais: Os dados sugerem que a tutoria é um modelo de ensino-aprendizagem onde todos ensinam e aprendem juntos. Todos são sujeitos no seu processo de aprendizagem.



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[216]

PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA - ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA “OFICINA DE DANÇA”

FLÁVIA MEIRELLES ISRAEL; ADRIANA SPARENBERG OLIVEIRA; ELKE TIEGUI BALDO; GABRIELA CHIAPINI FUZARO; THAÍS BALASTREIRE FORGHIERI

FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - USP, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; promoção de saúde mental; atenção básica

Resumo: A Terapia Ocupacional ampliando o seu campo de ação, procura compreender e transformar as ações humanas próprias de determinados contextos, para que essas pessoas adquiriam maior autonomia e participação na melhoria de sua qualidade de vida e consequentemente de sua saúde. Busca ter ações para a promoção de saúde, através da integralidade de diferentes setores, da valorização dos conhecimentos populares e da participação social e comunitária. A Oficina de Dança existe desde 2010 como projeto de extensão em um Núcleo de Saúde da Família. Atende atualmente 15 sujeitos de ambos os sexos, acima de 50 anos. De agosto de 2010 até maio de 2013, foram realizados 124 encontros. A partir de agosto de 2012, houve uma mudança na dinâmica dos encontros, onde atividades além da Dança foram inseridas durante os encontros. Objetivo: O objetivo deste trabalho é apresentar as atividades desenvolvidas como recurso terapêutico ocupacional para possibilitar a apropriação de intenções, sinais e significados que cada ação provocar, vivenciar aspectos objetivos e subjetivos da realidade de cada pessoa. E a partir daí efetivar ações promotoras da saúde mental. Método: Foram analisados 24 relatórios, através da analise de conteúdo temática (MINAYO, 2007), referentes ao período de setembro de 2012 a maio de 2013. Cada relatório descreve os encontros, as atividades realizadas e seus objetivos. O embasamento teórico-metodológico se dá através das práticas e princípios da Terapia Ocupacional segundo a análise da ação humana proposta por Oliveira (2005) apud Josué el al (2009). Resultado/Discussão: Dos 24 relatórios, 15 (62,5%) apresentam atividades com o conteúdo referente a integração e socialização do grupo, 12 (50%) a expressão e comunicação, 6 (25%) relacionados a memória, 6 (25%) motivação, 5 (21%) a coordenação motora, 2 (8%) relacionados a avaliação e planejamento das atividades. O aspecto que merece maior destaque é que as atividades utilizadas como recurso simbólico, permitem a percepção dos aspectos subjetivos das relações interpessoais, das ações dos participantes diante da vida. Os resultados apontam que as atividades desenvolvidas estimulam as relações interpessoais a expressão de sentimentos e a comunicação, aspectos relevantes para a promoção de saúde mental. Considerações Finais: Este projeto cumpre o objetivo da promoção de saúde mental e das atividades de extensão universitária, provoca mudanças e reflexões aos participantes do grupo. Concluímos que as atividades, juntamente com a dança como Recurso Terapêutico explora vivências e criam vínculos de confiança, essenciais para as processo de envelhecimento e deve ser explorado como recurso de promoção da saúde mental.




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IDENTIFICAÇÃO DE PAPÉIS OCUPACIONAIS PELOS PARTICIPANTES DA OFICINA DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL- OPASSO

ADRIANA SPARENBERG OLIVEIRA; ELKE TIEGUI BALDO; MARIANA GUIMARÃES WALTHER; CAMILA LOTUFO SEGATI

FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO- FMRP-UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; papéis ocupacionais; participação social

Resumo: Introdução: Os papéis ocupacionais são determinantes críticos da produtividade humana. Avaliar e intervir nos papéis ocupacionais dos indivíduos é parte do domínio da Terapia Ocupacional. Objetivos: Este estudo tem por objetivos identificar os papéis ocupacionais dos participantes da OPASSO, um serviço substitutivo para usuários de serviços de Saúde Mental e de outras clínicas que sofrem de transtornos crônicos. Método: Para este estudo, o instrumento escolhido foi o questionário “Lista de Identificação de Papéis Ocupacionais”. A amostra foi composta de oito sujeitos, usuários do serviço de Terapia Ocupacional – OPASSO. Resultados: A distribuição dos papeis ao longo do tempo demonstra de que todos (8) desempenharam no passado o papel de estudante e de membro de família, no entanto no presente somente 1 afirma estudar e 2 referem importância no futuro. Em relação aos serviços domésticos 7 referem o desempenho no passado, no entanto todos referem desempenhar esse papel no presente e também acreditam ser importante no futuro. 6 sujeitos referem o papel ocupacional de trabalhador no passado, no entanto nenhum afirma desempenhar esse papel no presente, e metade deles (4) considera importante o desempenho no futuro. O papel de amigo 3 referem no passado, nenhum refere no presente e 7 desejam para o futuro. Em relação ao papel de cuidador, apenas 2 já desempenharam este papel, nenhum exerce no presente ou pretende no futuro. 7 referem o papel religioso no passado e somente 5 no presente e no futuro. O papel de Passatempo, 6 referem no passado e 5 no presente e no futuro. No papel de Participante em Organizações, 3 sujeitos relatam no passado, 2 presente e 3 manifestam intenção no futuro. Em relação a importância atribuída a esses papeis, 7 sujeitos consideram o papel ocupacional de estudante de muita importância assim como o de trabalhador. No de voluntário 3 consideram não ter importância, 1 considera ter alguma importância e 4 muito importante. Em relação ao de cuidador, apenas 2 sujeitos consideram de muita importância. Em relação ao papel ocupacional de serviços domésticos 7 consideram de muita importância. Ao papel ocupacional de amigo 7 sujeitos consideram de muita importância. Todos os sujeitos atribuíram muita importância ao papel ocupacional de membro família, bem como, o papel ocupacional religioso. Muita importância foi atribuída por 6 sujeitos ao papel ocupacional de passatempo. Considerações Finais: os participantes da OPASSO, atribuem grande importância aos papeis de membro familiar, estudante e trabalhador. A OPASSO tem se mostrado como um espaço onde esses papeis são resgatados e estimulam-se as habilidades de desempenho com os participantes.




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RELATO DE EXPERIÊNCIA: UTILIZAÇÃO DO PROTOCOLO DE KLEINERT NA REABILITAÇÃO DE TENDÃO FLEXOR, ZONA II.

KARLA DA SILVA PEREIRA1; MARINA MENEZES BORN1; ANGELA PAULA SIMONELLI1; DÉBORA REGINA DE OLIVEIRA MACHADO2 1.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL; 2.HOSPITAL DO TRABALHADOR, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; protocolo de Kleinert; lesão de tendões flexores

Resumo: A lesão de tendão flexor, em específico a zona II, possui alta incidência de formação de aderência, sendo esta a primeira causa de mau resultado após uma reparação, ocasionando deformidades em flexão e em extensão e consequente prejuízo funcional. O uso de um protocolo de mobilização precoce pode ajudar a diminuir tais aderências e prejuízos. O objetivo deste trabalho é relatar o caso da paciente N. C. N., sexo feminino, 59 anos, trabalha em serviços gerais, com diagnóstico de lesão do tendão flexor do 4o dedo na Zona II, em membro superior esquerdo (CID10: S662), por acidente doméstico - corte com faca - em 16 de maio de 2013, atendida pelas estudantes de Terapia Ocupacional (TO), sob supervisão da professora responsável e preceptora - terapeuta ocupacional do serviço - durante estágio supervisionado em prática II, curricular e obrigatório do sétimo período do curso de Graduação em Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Paraná que ocorre no Hospital do Trabalhador de Curitiba/PR entre os meses de abril a julho de 2013. N.C.N. teve cirurgia de tenorrafia realizada em 23 de maio e seu primeiro atendimento no ambulatório de Terapia Ocupacional em 28 de maio de 2013. Foi realizado protocolo de Kleinert desenvolvido para reabilitação precoce e confeccionado aparelho para imobilização de MCFs em 60º e para movimentação imediata controlada com a utilização de elásticos, realizando exercícios de extensão ativa e flexão passiva dentro da órtese 10 vezes a cada hora até 3 semanas de pós operatório, assim permitindo a movimentação ativa precoce das articulações propiciando o movimento e deslizamento do tendão pós-operado sem promover tensão na zona de sutura e aderência na cicatrização. Duas semanas depois, N.C.N. apresentou: 80º em MCF, 90o em articulação em interfalangeana proximal (IFP) e 45º em interfalangeana distal (IFD) do 2o dedo; 80º em MCF, 85o em IFP e 45º em IFD do 3º dedo; 80º em MCF, 85º em IFP e 30º em IFD do 4º dedo; e 65º em MCF, 90º em IFP e 45º em IFD do 5º dedo. A distância polpa-palma (DPP) está em 1,5cm. Os movimentos de extensão não puderam ser aferidos, pois, ainda não estão liberados para realização devido a preservação do procedimento cirúrgico. Não há evidências de rigidez articular. A cicatriz localizada na falange proximal do 4º dedo apresenta discreta aderência. Segundo relato da paciente o aparelho confeccionado “é leve, confortável e permite respiração da pele”. Considerações Finais: Com isso, verificou-se a eficiência deste protocolo para a reabilitação de lesão de tendão flexor, zona II. Sendo possível observar que a intervenção precoce contribui para uma restauração funcional mais rápida quando comparada a outros tratamentos da mesma lesão.




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ESTUDO DE FATORES DE UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS PARA CONFECÇÃO DE ÓRTESES PARA MEMBROS SUPERIORES.

LARISSA GALVÃO DA SILVA; IRACEMA SERRAT VERGOTTI FERRIGNO; DANIEL MARINHO CEZAR DA CRUZ

UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia oupacional; aparelhos ortopédicos; membros superiores

Resumo: Introdução: Reabilitação dos membros superiores é um desafio para terapeutas que trabalham com pessoas com deficiência ou com traumas e a restauração ou maximização do potencial da função é um objetivo comum da intervenção terapêutica nestes casos, sendo as órteses partes essenciais do tratamento. Objetivos: Conhecer os fatores de utilização do dos materiais de confecção de órteses para membros superiores, envolvendo instrumentos permanentes e de consumo e tempo de modelagem das órteses. Metodologia: Esta pesquisa foi financiada pela CAPES. Foi feita uma pesquisa descritiva, com a utilização de um questionário on line no formato Google Docs, sobre a prática dos terapeutas ocupacionais com a confecção de órteses para membros superiores, com uma amostra intencional de setenta terapeutas ocupacionais, extraída da sociedade brasileira de terapia da mão. Resultados/Discussão: 52 terapeutas ocupacionais responderam. Dentre estes, 56% afirmaram utilizar o termoplástico de baixa temperatura Ezeform™; 13% utilizam o termoplástico de alta temperatura PVC; 7% o termoplástico de baixa temperatura Ômega Plus™; 4%, Gesso Sintético; 4%, NCM Prefered™; 4%, Aquaplast™; 2%, NCM Clinic™; 2%,Orflilight Black ™; 2% Orfilight™; 2 %, Orfit Easy™; 2%, Ômega Max 3/32™ e 2%, outros materiais. Assim, os materiais mais utilizados, de acordo com o questionário, foram Ezeform™ e o PVC. Da amostra de terapeutas ocupacionais que utilizam o Ezeform ™ como material de preferência, 84,61% atuam no estado do São Paulo; e, entre os que utilizam o PVC, 80% estão no estado do Pará. A maioria dos profissionais que trabalham com o Ezeform e os outros termoplásticos de baixa temperatura, tem formação específica em Terapia da Mão, enquanto que os que utilizam o PVC, têm formação em neurologia. Metade dos terapeutas que utilizam termoplástico de baixa temperatura possuem experiência de mais de 10 anos com o material e a outra, de 1 à 5 anos de experiência, enquanto que os que utilizam o PVC, possuem, em sua maioria, de 1 à 5 anos; os instrumentos permanentes e de consumo são muito diferenciados para a confecção de órteses com ambos os materiais, e segundo os resultados, os termoplásticos de baixa temperatura utilizam menos recursos, entretanto o tempo de modelagem é semelhante. Considerações Finais: Há uma grande variedade de materiais para confecção de órteses para MMSS, e estes são escolhidos a partir de fatores de formação profissional, econômicos, regionais, climáticos e de diagnósticos dos pacientes. É necessária, a continuidade de pesquisas por novos materiais para facilitação do trabalho de terapeutas ocupacionais que confecionam órteses para membros superiores.




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CONFECCIONANDO E BRINCANDO: O BRINCAR COMO POTENCIALIZADOR DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

MIRELY EUNICE SOBRAL 1; GICELY REGINA SOBRAL 2; ADRIENNY NUNES DA SILVA 2; SHEYLA CAROLINE MARTINS 3

1.ACADÊMICA DO CURSO DE TERAPIA OCUPACIONAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL; 2.ENFERMEIRA RESIDENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA – FCM/UPE, RECIFE, PE, BRASIL; 3.TERAPEUTA OCUPACIONAL RESIDENTE EM SAÚDE MENTAL- FCM/UPE, RECIFE, PE, BRASIL.

Palavras-chave: desenvolvimento infantil; brincar; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: O brincar está associado ao prazer, descoberta, domínio, criatividade e autoexpressão. A Terapia Ocupacional utiliza o brincar como recurso terapêutico ou como papel ocupacional da criança, pois acredita que o mesmo possibilita o desenvolvimento de seu repertório motor, sensorial, social, emocional e cognitivo. É através do brincar que a criança estabelece suas primeiras experiências com o ambiente, onde age e interage, experimenta desafios, resolve problema e descobre funções. O profissional, que lida com o brincar em um contexto definido, precisa desenvolver sua criatividade e aproximar-se de materiais que possibilitem a construção de recursos terapêuticos a serem analisados e utilizados. Objetivo: Construir recursos terapêuticos de baixo custo que facilitem o brincar, vislumbrando proporcionar um melhor desenvolvimento infantil e interação social. Metodologia: Estudo descritivo e intervencional. Os recursos foram construídos para três crianças em situação de vulnerabilidade social moradoras da comunidade do bairro do Planalto localizado na cidade de Abreu e Lima, região metropolitana do Recife, em parceria com a Associação Evangélica Novas de Paz. As crianças foram previamente selecionadas na comunidade, de acordo com a necessidade da intervenção de um terapeuta ocupacional. Foram utilizados materiais de baixo custo e foram construídos o jogo lúdico da dama, quebra cabeça e a confecção de uma bola. Esta prática foi desenvolvida a partir do componente curricular Terapia Ocupacional na Infância, da Universidade Federal de Pernambuco. Resultados/Discussões: Os recursos tiveram como objetivos estimular alguns componentes de desempenho como o processamento perceptual envolvendo a discriminação direito-esquerda, posição no espaço, figura solo, entre outros. Com relação ao componente motor, trabalhou se o alinhamento postural, o cruzamento da linha média, lateralidade, coordenação fina, integração visual-motora. Na integração cognitiva, o nível de vigília, espectro de atenção, início e término da atividade e formação conceitual estavam presentes. Toda a produção foi desenvolvida pelas crianças, com auxílio do acadêmico de terapia ocupacional, onde puderam demonstrar bastante interesse, criatividade e cooperatividade realizando assim uma confecção de maneira plena. Considerações Finais: O brincar é um recurso importante, pois permite à criança se relacionar com os outros, auxiliando em seu desenvolvimento. E o mesmo deverá ser utilizado como intervenção para atingir objetivos terapêuticos e estimular o desenvolvimento integral de cada criança.



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A IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DE AVALIAÇÕES PADRONIZADAS DURANTE A GRADUAÇÃO EM TERAPIA OCUPACIONAL

GÉSSICA DANIELLE MENDONÇA NEVES; JÉSSICA MAYARA SANTOS ALVES; FELIPE DOUGLAS SILVA BARBOSA; CLÓVIS EDUARDO SILVA FALCÃO DE ALMEIDA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS, UNCISAL, MACEIÓ, AL, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; qualidade de vida; saúde do idoso

Resumo: Introdução: A avaliação se caracteriza pelo processo de receber e interpretar os dados sobre o indivíduo e que são necessários para a intervenção. Com este instrumento podemos identificar problemas, potencialidades, criar hipóteses e tomar as decisões sobre o plano de tratamento. As avaliações em Terapia Ocupacional são realizadas antes de iniciar o tratamento, durante e no fim do tratamento, para ter parâmetros da evolução. Estas podem ser formais ou informais. As avaliações formais devem ser priorizadas, por serem confiáveis e sensíveis para identificar alterações mínimas e importantes. Estas avaliações apresentam instruções específicas, normas referenciais e as pontuações individuais são comparadas aos grupos padrão para obter o resultado. Para utilizar as avaliações padronizadas, o terapeuta ocupacional deve estar apto e seguir com cautela todas as normas do teste. Objetivos: Descrever a importância da aplicação de avaliações padronizadas durante a graduação em terapia ocupacional por acadêmicos de uma Universidade publica de Maceió-AL. Metodologia: No desenvolvimento das aulas teóricas da disciplina de Terapia Ocupacional aplicada a Gerontologia, foi abordada a importância em saber aplicar as avaliações padronizadas, quais eram as avaliações mais usadas em idosos e como realizar cada avaliação. Durante as aulas práticas, em uma oficina de memória tivemos a oportunidade conhecer e intervir junto aos idosos. Segundo Cavalcanti (2007) o primeiro passo para identificar o instrumento de avaliação mais indicado é a realização de uma revisão bibliográfica aprofundada, buscando identificar quais testes estão disponíveis segundo a demanda. O teste utilizado para avaliação foi o Mini Exame do Estado Mental o qual cada aluno avaliaria um idoso e, em outro momento haveria a discussão sobre os resultados dos testes e possíveis intervenções a esse grupo. Resultados/Discussões: Para os acadêmicos foi uma oportunidade ímpar conhecer e aplicar as avaliações padronizadas em idosos, e foi uma experiência de significativa relevância, pois deixa para os alunos que é necessário um estudo teórico aprofundado para a escolha e aplicação dessas avaliações. Considerações Finais: E notório que esse aprendizado é de suma importância para a formação em Terapia Ocupacional, pois a partir da articulação teórico-prática foi possibilitada aos alunos uma base para futuras avaliações.




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ATIVIDART – DESAFIOS DE UMA PRODUÇÃO COLETIVA EM REDE

FLÁVIA LIBERMAN; BIANCA REZENDE DOS SANTOS; PAULA SANTANA DOS ANJOS; FERNANDA GAMA LESSA; HELOISE PERES DE OLIVEIRA

UNIFESP, SANTOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: relações virtuais; experiência; metodologias

Resumo: Introdução: O Blog e o Facebook são importantes instrumentos de comunicação, interação e compartilhamento de ideias, o que o torna uma importante ferramenta pedagógica virtual a ser explorada potencialmente na área educacional, sobretudo nas criações e produções de conteúdos desenvolvidos nos módulos de Atividades e Recursos Terapêuticos (ART) do Curso de Terapia Ocupacional da Baixada Santista. Objetivos: construir ferramentas que sirvam para sistematizar conteúdos dos diferentes módulos de ART na formação do terapeuta ocupacional e, simultaneamente, oferecer espaços virtuais para a produção coletiva de conhecimento; ampliar as metodologias de ensino-aprendizagem e, simultaneamente, possibilitar a construção de um projeto coletivo envolvendo discentes, docentes, profissionais com diferentes populações e contextos tanto na formação quanto nas práticas em Terapia Ocupacional. Metodologia: O blog consiste na postagem dos trabalhos (escritos, reflexões, percepções ou vídeos) desenvolvidos em aula, nos módulos de ART, conforme forem sendo feitos, e estão divididas nas seguintes temáticas: biblioteca, videoteca, ART I, ART II, ART IV, abordagens grupais e monitoria, que serão desdobradas em outras à medida que a as experiências forem compartilhadas (postadas). A página do facebook tem sua atualização semanal abordando assuntos dentro do campo da Terapia Ocupacional. Resultados: Como conta com alunas dos três primeiros anos do curso de Terapia Ocupacional da Unifesp/BS, a troca de experiência mostrou-se o elo entre essas estudantes, visto que todas teem os mesmos módulos e diferentes aprendizados, diferentes vivências em sala, diferentes relações entre a turma, o que se mostra a base da Terapia Ocupacional, a troca de experiências, de aprendizados, de sensações, percepções. As postagens servem para compartilharmos a Terapia Ocupacional com estudantes de outras universidades, docentes e discentes de outros cursos, mostrando nossa importância e conquistando nosso espaço como futuros profissionais. Conseguimos colaboradores externos, docentes e profissionais de Terapia Ocupacional, rompendo barreiras geográficas, institucionais e temporais na produção de um conhecimento compartilhado, inspirador e potente. Considerações Finais: Reafirma-se a necessidade de construir um espaço democrático que permita uma maior visibilidade daquilo que se faz e como se faz em Terapia Ocupacional, possibilitando o conhecimento, a troca e a reflexão no campo. Vale ressaltar a importância do projeto como possibilidade de uma produção em rede que aproxima saberes, amplia conexões criando uma comunidade virtual de experiências em Terapia Ocupacional.



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DANCEABILITY: POSSIBILITANDO EXPERIÊNCIAS PARA ENRIQUECER A FORMAÇÃO EM TERAPIA OCUPACIONAL

FLÁVIA LIBERMAN; MARIAH AGUIAR ARRIGONI; VIVIANE SANTALUCIA MAXIMINO; ANA CAROLINA COSTA SAVANI; TAINAH IAZZO LONGATTI

UNIFESP, SANTOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: dança; arte; atividades e recursos terapêuticos

Resumo: DANCEABILITY: POSSIBILITANDO EXPERIÊNCIAS PARA ENRIQUECER A FORMAÇÃO EM TERAPIA OCUPACIONAL Flavia Liberman, Viviane Santalucia Maximino, Ana Carolina Costa Savani, Mariah Arrigoni e Tainah Iaizzo Longatti. mariah_arrigoni@hotmail.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – BAIXADA SANTISTA Introdução O Danceability é um dos recursos apresentado no 2º ano no curso de Terapia Ocupacional na UNIFESP- Campus Baixada Santista durante o módulo “Atividades e Recursos Terapêuticos IV- Processos Criativos e de Comunicação Verbal e Não-Verbal”. Essa vivência é oferecida com o intuito de ampliar o repertório de propostas a serem possivelmente oferecidas pelos futuros terapeutas ocupacionais no campo das artes, do corpo, saúde e cultura. No ano de 2012 as docentes responsáveis pelo módulo contaram com o apoio de duas discentes do 4º ano do curso, que observaram o momento da vivência e organizaram os diferentes registros dos alunos com relação a essa experiência. Objetivo: Esse trabalho visa relatar, a partir de uma experiência ocorrida durante as aulas, o que a vivência do Danceabillity pode proporcionar aos futuros terapeutas ocupacionais no momento de sua formação. Metodologia: O trabalho foi realizado com base em registros feitos pelas alunas da turma ingressante em 2010, às quais foram pedidos registros a respeito do vivenciado em sala de aula por meio de criação livre. Desses registros emergiram subsídios para retratar como a experiência da aula foi assimilada pelos membros do coletivo, identificando alguma importância no momento da vivência para a formação em Terapia Ocupacional. Resultados/Discussão A vivência possibilitou aos alunos perceberem as sensações que os inundam ao provocar e perceber o movimento de seus corpos em posições inusitadas, entrar em contato com os limites uns dos outros, em um exercício intenso da sensibilidade, elemento fundamental para a o “ser-terapeuta ocupacional”. Considerações Finais: Além de um recurso terapêutico possível a ser utilizado com a população alvo atendida por terapeutas ocupacionais, o Danceability é ferramenta importante para a formação sensível dos profissionais da área. A dança e a improvisação corporal experimentadas em grupo podem proporcionar o contato com suas próprias constituições corporais, com os colegas, além de poderem proporcionar um ambiente para compartilhar as experiências de alunos em formação e professores. Afirma-se a importância do trabalho com as atividades corporais e artísticas para que as mesmas possam ser incorporadas como recurso terapêutico em Terapia Ocupacional.




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IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE TERAPIA OCUPACIONAL EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

CRISTIANE CARNAVAL GRITTI; MAYSA ALAHMAR BIANCHIN

FAMERP, SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; unidade de terapia intensiva; implantação

Resumo: Introdução. Os avanços nas tecnologias e nos conhecimentos científicos vêm aumentando a taxa de sobrevida de pacientes gravemente doentes, aumentando o custo e os investimentos no hospital e no tratamento pós alta hospitalar. Devido a isto, as intervenções precoces nestes pacientes graves internados contribuirão para o tratamento e reabilitação precoce, diminuindo o tempo de permanência no hospital e o tempo de reabilitação no hospital e após a alta hospitalar. O terapeuta ocupacional é um dos profissionais aptos para compor a equipe multiprofissional que atua nestas unidades. Como requisitos mínimos para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o serviço de atendimento da Terapia Ocupacional deve ser garantido no leito dos pacientes adultos em UTI. Esta assistência deve ser integrada as demais atividades assistenciais prestadas ao paciente. Objetivo: O objetivo deste estudo foi descrever a estruturação do serviço de terapia ocupacional em uma Unidade de Terapia Intensiva de adultos internados em um Hospital Universitário de São José do Rio Preto. Método: Esta estruturação ocorreu em um hospital universitário de alta complexidade, com vinte leitos de UTI para adultos da clínica e da cirurgia de todas as especialidades médicas. Resultados/Discussão: As atividades de terapia ocupacional foram estruturadas de acordo com as rotinas da Unidade de Terapia Intensiva, da observação diária pela terapeuta durante dois meses e levantamento bibliográfico na literatura sobre o assunto, para assim, estruturar o serviço e iniciar as atividades. Considerações Finais: Embora os dados disponíveis na literatura sejam escassos, pode-se estruturar o serviço de Terapia Ocupacional. Assim, este estudo contribui para promover a atuação e o conhecimento desta área de atuação para os profissionais de terapia ocupacional. Faz-se necessário novos estudos que descrevam as práticas de atuação e as experiências profissionais neste campo.






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DESEMPENHO OCUPACIONAL, QUALIDADE DE VIDA E ADESÃO AO TRATAMENTO DE PACIENTES COM EPILEPSIA

CRISTIANE CARNAVAL GRITTI; VANIA UEMURA PAULINO; LÚCIA HELENA NEVES MARQUES; LILIAN CASTIGLIONI; MAYSA ALAHMAR BIANCHIN

FAMERP, SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: Epilepsia; terapia ocupacional; avaliação

Resumo: Introdução: Nos dias de hoje, as causas principais de problemas de saúde são as doenças crônicas e uma destas condições é a epilepsia. Esta é considerada como uma das condições crônicas que mais afeta o comportamento e a qualidade de vida, por isso, é um grande desafio para os profissionais de saúde. Objetivo: Avaliar o desempenho ocupacional, qualidade de vida e adesão ao tratamento medicamentoso dos pacientes com diagnóstico de epilepsia de difícil controle. Método: Trata-se de um estudo transversal e quantitativo. Participaram 30 pacientes do ambulatório do Hospital de Base de São José do Rio Preto a mais de um ano. Os instrumentos utilizados foram: Teste de Morisky, Questionário de Qualidade de Vida em Epilepsia-31 (QOLIE-31), Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM) e análise do prontuário com os dados clínicos. Para a análise dos dados, foi realizada a análise descritiva dos dados obtidos, a verificação da normalidade dos dados pelo Teste de Kolmogorov-Smirnov (KS) e foram aplicados testes estatísticos paramétricos e o Teste T de Student, com auxílio do software GraphPad Instat 3.0. Resultados/Discussão. Os dados mostraram que de 30 participantes 67% do sexo masculino, média de idade {45 ± 11}, 80% diagnóstico de Epilepsia de Lobo Temporal, 63% iniciaram crises de epilepsia na infância, 77% utilizavam politerapia medicamentosa. No Teste de Morisky, 70% foram classificados como Média Adesão ao Tratamento Medicamentoso. Na QOLIE-31 as médias do escore dos sete domínios foram inferiores a 67, sendo a Preocupação com as crises a média de escore mais baixo (média de 28 ± 28). Na COPM, as principais dificuldades relatadas foram: Funcionamento na comunidade (70%), Trabalho Remunerado/Não Remunerado (67%) e Socialização (33%). Utilizando o Teste T de Student, foi encontrado correlação altamente significativa (P valor= 0,0002) entre os valores totais da QOLIE-31 e os indivíduos que praticavam ou não atividades de lazer. Considerações Finais: O estudo teve como importância a avaliação da adesão ao tratamento medicamentoso, da qualidade de vida e do desempenho ocupacional dos pacientes com epilepsia de difícil controle para proporcionar intervenção mais objetiva e eficaz da equipe interdisciplinar, sendo a Terapia Ocupacional profissional atuante dentro da equipe.




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TORNAR-SE TERAPEUTA: VIVÊNCIAS EM UM GRUPO DE SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA

JULIANA NEPOMUCENO ARONI; ALEXANDRE CARDOSO DA CUNHA; FERNANDA LÍVIA COSTA FRECHIANI; FELIPE GOMES LEMOS; LENISE MORAES SANTANA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO, VITÓRIA, ES, BRASIL.

Palavras-chave: Atenção básica; saúde mental; terapia ocupacional

Resumo: A lógica manicomial, na qual a loucura torna-se doença e o louco um ser perigoso que deve ser excluído da sociedade se trata de uma construção histórica e cultural. O processo de tornar-se terapeuta ocupacional traz a necessidade de repensar essa lógica manicomial, afastar-se dos manicômios mentais, porém, o aluno carrega consigo medos e angústias diante do desconhecido, e o contato com a loucura e a alteridade são essenciais para a elaboração de tais sentimentos e formação profissional. Durante a graduação os alunos apropriam-se da teoria, porém, tornar-se terapeuta não depende só disso, é um processo de reconstrução do eu e de reflexão de conceitos. Este trabalho tem como objetivo discutir sobre a importância da vivência de terapeutas ocupacionais em formação no Projeto de Extensão “Territorialização e desterritorialização: saúde mental, atenção primária e Terapia Ocupacional”. No projeto os alunos participam semanalmente de um grupo de Terapia Ocupacional realizado em uma Unidade de Saúde da Família do município de Vitória/ES, quinzenalmente de reuniões com os profissionais diretamente envolvidos com a saúde mental, têm contato intenso com as agentes comunitárias de saúde e eventualmente participam de reuniões de equipe, semanalmente participam de supervisões de casos e planejamento das atividades. Os alunos, são levados a entrar em contato com as alteridades, algo que não necessariamente nos foi proposto antes. O primeiro contato com a loucura é através da teoria, mas parece algo abstrato, distante e difícil de visualizar. Por esse motivo, é esperado que sintam medo do erro, angústia diante do desconhecido e incapaz de atuar junto à esse público O grupo de saúde mental é um campo de experimentação importante para lidar com todos esses sentimentos. Nele é possível que tenham liberdade de atuar, de intervir e de vivenciar o “ser” terapeuta ocupacional com uma maior segurança, devido a presença de um professor e de um espaço para discussão das práticas e dos sentimentos surgidos nesta. A prática se mostra como um espaço possibilitador de quebra de paradigmas e visão das potencialidades dos sujeitos. O contato com os pacientes e o ambiente da unidade de saúde da família proporcionado pelo projeto de extensão, se mostra de fundamental importância na formação profissional e na construção do “ser terapeuta”, sendo este um espaço que além da aprendizagem, é também um local onde os medos, anseios, dúvidas e expectativas enquanto futuros profissionais podem ser trabalhados.




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[299]

A TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA NA FORMAÇÃO DE ACADÊMICAS DE TERAPIA OCUPACIONAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

ROSANA JULIET SILVA MONTEIRO 1; RAYANNE NATIVIDADE SILVAL 1; TAÍSE MORGANE DE LIMA MEDEIROS 1; VERA LÚCIA DUTRA FACUNDES 1; ROSANE MOREIRA DE MENEZES 2

1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL; 2.ESPAÇO FAMÍLIA, RECIFE, PE, BR.

Palavras-chave: terapia; sofrimento psíquico; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: A Terapia Comunitária Integrativa (TCI) é desenvolvida no Sistema Único de Saúde (SUS), desde o ano de 2008, como uma prática integrativa de cuidado essencial da rede de atenção básica a saúde e vem se constituindo em um instrumento valioso de intervenção psicossocial na saúde pública. Considerada uma prática de efeito terapêutico completando os serviços de saúde, promove a construção de vínculos, amplia a prevenção do sofrimento psíquico e a promoção da saúde. Objetivo: relatar as vivências de discentes de Terapia Ocupacional participantes da TCI, com ênfase na reflexão sobre as tecnologias de cuidado para atuação no campo da saúde mental. Metodologia: este relato foi construído com base nas atividades práticas da disciplina Terapia Ocupacional em Psiquiatria, realizada com a população referenciada de uma Unidade Saúde da Família da cidade do Recife. As rodas de TCI aconteceram uma vez por semana e, além da comunidade participaram profissionais vinculados a USF e estudantes de vários cursos da área de saúde. As acadêmicas de Terapia Ocupacional participaram de um total de seis rodas. Após o encerramento, as estudantes e a docente da disciplina discutiram as peculiaridades da TCI, relacionando-as as contribuições da Terapia Ocupacional. Resultados/ discussão: as rodas de TCI propiciaram a construção de discentes mais atentas às singularidades dos indivíduos, sensíveis à escuta como uma forma de alívio de dores psíquicas e emocionais. Essa vivência articulada ao ensino incitou a ratificação desta prática como uma importante estratégia de cuidado, proporcionou a conscientização da importância das redes de apoio social, principalmente na superação de dificuldades e na construção de resiliência. Além disso, pôde-se ainda articular a TCI com os objetivos da Terapia Ocupacional no campo da saúde mental, identificando que ambas intervêm na prevenção e reparação do mal estar psíquico, contribuindo na valorização das competências e potencialidades dos sujeitos e favorecendo processos de mudança e transformação na comunidade em prol de uma melhor qualidade de vida. Considerações Finais: A TCI apresentou-se como uma estratégia eficiente de cuidado, de baixo custo e de intervenção complementar no campo da Atenção Básica, promotora de redes sociais solidárias para o enfrentamento e prevenção do sofrimento psíquico. Contribuiu no processo de formação das acadêmicas de Terapia Ocupacional, uma vez que estimulou o desenvolvimento de posturas mais participativas na construção da horizontalidade das relações e na co-responsabilização com seu processo de cuidado/formação e permitiu também uma reflexão crítica sobre as tecnologias de cuidado no campo da saúde mental.



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[313]

POLÍTICAS DE ENSINO SUPERIOR E GRADUAÇÃO EM TERAPIA OCUPACIONAL NO BRASIL

LIVIA CELEGATI PAN; ROSELI ESQUERDO LOPES

UNIVERFEDERAL DE SÃO CARLOS, SÃO CARLOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; políticas de educação superior; instituições federais de ensino superior

Resumo: Introdução: Desde a sua regulamentação como profissão de nível superior, a terapia ocupacional tem crescido progressivamente no país, a partir da expansão de cursos de graduação, e mais recentemente, esse aumento tem se acentuado. Entre os anos de 2004 e 2012, houve um crescimento superior a 60%, sendo bastante significativa a ampliação de cursos em Instituições de Ensino Superior (IES) públicas, especialmente no sistema federal. As atuais políticas de ensino superior adotadas no Brasil, especificamente o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI e o Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde – Pró-Saúde, promoveram o aumento de cursos e vagas em Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) e o redirecionamento da formação de profissionais que atuam no setor saúde, respectivamente, com implicações também para a formação de terapeutas ocupacionais. Objetivos: Compreender a implantação e o rebatimento das atuais políticas de ensino superior, em especial o REUNI e o Pró-Saúde, para os cursos de graduação em terapia ocupacional das IFES e para os seus Projetos Político-Pedagógicos, bem como apreender como vem sendo proposta a formação profissional na área. Metodologia: Foram realizadas entrevistas com os coordenadores dos cursos de graduação em Terapia Ocupacional das IFES em funcionamento e estudados os seus respectivos Projetos Político-Pedagógicos. Resultados: Verificou-se que o REUNI foi fundamental para o processo de expansão de vagas públicas na Terapia Ocupacional, principalmente, para regiões do país que ainda não possuíam cursos de graduação na área em IES públicas. Por outro lado, o Pró-Saúde não foi uma presença significativa na grande maioria dos cursos estudados, sendo que os seus rebatimentos se deram de forma indireta, na medida em que se articulavam a outros cursos da área da saúde e por meio do Pet-Saúde. Conclusão: Tais políticas de ensino superior vêm promovendo transformações importantes na formação de terapeutas ocupacionais em instituições de grande relevância no cenário nacional, tanto no que se refere ao número absoluto como à produção acadêmica, o que se constitui como um elemento altamente relevante na discussão acerca da consolidação da Terapia Ocupacional no Brasil.




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[330]

ADAPTAÇÃO E VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO TORQUE DO ANTEBRAÇO DURANTE A SIMULAÇÃO DE ATIVIDADE COTIDIANA: A INFLUÊNCIA DA COORDENAÇÃO MOTORA E DAS CARACTERÍSTICAS ANTROPOMÉTRICAS

BÁRBARA DE FÁTIMA DEPOLE 1; DÉBORA COUTO DE MELO CARRIJO 1; ADRIANA FRANCISCA DE ARAÚJO 1; RODRIGO CÉSAR ROSA 2

1.CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA, ARARAQUARA, SP, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE DE UBERABA- UNIUBE, UBERABA, SP, BRASIL.

Palavras-chave: avaliação funcional; torque; antebraço

Resumo: Para os profissionais da reabilitação, em especial o terapeuta ocupacional é fundamental a precisão da identificação das limitações dos sujeitos com alterações funcionais em membros superiores, no entanto, existe a necessidade do aprimoramento de procedimentos e técnicas de avaliação para a efetiva recuperação de habilidades e minimização de déficits decorrentes das lesões e doenças neurológicas ou de tecidos moles. Assim, o objetivo dessa pesquisa é a adaptação de um instrumento de medida de torque isométrico do antebraço, durante a simulação da atividade de girar a chave. Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com seres humanos através do parecer nº 68789 em 14/06/2012 data da relatoria. Foi confeccionado uma barra em aço com medidas 60 cm de comprimento por 14 cm de largura e 4 cm de espessura para fixação do torquímetro que está acoplado à essa estrutura para eliminar os ruídos na leitura. Os dados podem ser exibidos em um indicador digital. Após essa fase, iniciaram-se os testes em três posições distintas (neutro, 45º de supinação e 45º de pronação) do antebraço em sujeitos adultos de 18-40 anos, tanto no membro dominante quanto não dominante. Foram realizados 30 testes, sendo 15 gênero feminino e 15 gênero masculino. Esses dados estão sendo correlacionados aos dados antropométricos, goniométricos e testes de coordenação motora de Minnesota coletados de cada sujeito no dia da avaliação. Os resultados parciais demonstraram que os valores de desvio padrão e p das medições do torque, são em média extremamente significantes, norteando a validade e confiabilidade do estudo. Ao final da pesquisa, objetiva-se ter desenvolvido e aprimorado uma forma de avaliação funcional, que permita o conhecimento objetivo sobre fatores que interferem na funcionalidade ao realizar uma atividade cotidiana. Assim, ao analisar a população sem lesão, será possível conhecer a validade do instrumento desenvolvido. Espera-se contribuir para o aprimoramento do campo das medidas de avaliação utilizadas na reabilitação física, favorecendo autonomia, independência, qualidade de vida e participação social da população com alteração funcional.





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[332]

RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO DE TERAPIA OCUPACIONAL “OFICINA DE ATIVIDADES PARA ACOMPANHANTES”

ANDREA PEROSA SAIGH JURDI1; CARLA CILENE BAPTISTA DA SILVA1; GLENDA MILEK2; MARIANA PEREIRA SIMONATO3

1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, SANTOS, SP, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP, BRASIL; 3.INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRAS - IFF/FIOCRUZ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: oficinas de atividade; infância; estágio profissionalizante

Resumo: Introdução: Este trabalho é um relato de experiência do estágio profissionalizante de Terapia Ocupacional em Educação Inclusiva da Universidade Federal de São Paulo, em um serviço de saúde mental infantil, na cidade de Santos/SP. O objetivo do estágio é formar o estudante de Terapia Ocupacional com recursos para atuar na interface entre a educação e a saúde, na perspectiva da educação inclusiva. Com a proposta de ampliar o compromisso coletivo em direção a atenção integral às crianças atendidas neste. As estagiárias realizaram, no período de fevereiro a junho de 2012, o grupo Oficina de Atividades para Acompanhantes. Os objetivos das oficinas consistiram em possibilitar um espaço de acolhimento para os acompanhantes; criar, através das atividades, um espaço de troca; propiciar experimentações de diferentes atividades; permitir a escuta desta população. Metodologia: As oficinas de atividades foram desenvolvidas por duas estagiárias com periodicidade semanal e com duração de uma hora, enquanto ocorriam os atendimentos das crianças pela equipe. As propostas de atividades foram estabelecidas em supervisão e junto aos participantes. Os familiares e/ou acompanhantes eram convidados a participar e realizar a atividade proposta pelas estagiárias e após a execução da mesma havia um espaço de discussão e propostas para próximas oficinas. Resultados e Discussões: A adesão dos participantes foi crescente e intensa ao longo do semestre. As oficinas constituiram-se como espaço de acolhimento e reflexões vividas, experimentação de diferentes atividades, troca de experiências do cotidiano da população. Um espaço aberto, onde pessoas do mesmo território se encontravam, dispostas a compartilhar e promover encontros. Considerações Finais: Entende-se que fazer com que a família seja parte integrante do tratamento da criança não é tarefa fácil. Porém, dar voz e vez para que ela manifeste suas angústias, seja acolhida e reconhecer suas demandas é tarefa fundamental nesse processo. A possibilidade de participar de uma experiência como esta ainda na graduação de Terapia Ocupacional, com o suporte das supervisões, permitiu às estagiárias uma intensa reflexão e apreensão sobre a ampliação do compromisso em relação ao cuidado da criança, o processo da tessitura de redes, a potencialidade do fazer e estar junto, a necessidade de se romper com o estatuto de verdade do saber profissional, e principalmente, a importância de se horizontalizar o olhar no trabalho com famílias.




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[338] 

IMPLANTAÇÃO DE UM SERVIÇO DE TERAPIA OCUPACIONAL EM UM AMBULATÓRIO DE ONCOLOGIA E HEMATOLOGIA

GABRIELA MARTINS DIAS1 ; AIME JULIANA DOS SANTOS2 ; ALINE FERRARI FABRI3 ; DAYANE REGINA DOS SANTOS2

1.HC- UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL; 2.HC-UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL; 3.UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; serviço ambulatorial; implantação

Resumo: A implantação do serviço de Terapia Ocupacional (TO) no Ambulatório de Oncologia e Hematologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HCUFPR) foi viabilizada pelo programa de Residência Multiprofissional em Atenção Hospitalar do HC-UFPR. O objetivo é relatar o processo de implantação e de organização do serviço de Terapia Ocupacional. Primeiramente buscou-se a descrição das atividades do ambulatório (AMB), investigando-se os objetivos da unidade, a caracterização da clientela, conformação da equipe de saúde, a dinâmica de operacionalização da equipe médica e de enfermagem, a rotina dos pacientes no AMB e a análise do espaço físico. Através do reconhecimento das demandas do AMB foram estruturadas duas modalidades de atendimento da Terapia Ocupacional: atendimentos individuais nos leitos-dia e atendimento grupal na sala de medicação. As intervenções propostas visaram facilitar a permanência dos pacientes durante o tratamento quimioterápico ambulatorial, estimular as habilidades de regulação emocional, proporcionar melhora na qualidade de vida, valorizar as potencialidades dos pacientes e auxiliar na reorganização das áreas de desempenho ocupacional. As dinâmicas utilizadas nos atendimentos favoreceram a inserção do terapeuta ocupacional na equipe de saúde do AMB, ressaltando-se como pontos-chave para a implantação do serviço o respeito aos profissionais que já tinham sua rotina de trabalho estruturada na unidade e uma proposta de intervenção que trabalhasse em conjunto com a dinâmica de operacionalização da mesma. Tais ações contemplam ainda a análise da demanda, sendo esta fundamental quando se preconiza a prática centrada no cliente. Percebeu-se, por relatos da equipe e dos pacientes abordados pelo serviço implantado, o enriquecimento do trabalho e da assistência com a inclusão do terapeuta ocupacional na equipe de saúde, contribuindo para a realização de ações multiprofissionais que buscam o atendimento integral do paciente assistido pelo AMB. Agrega-se ainda a oportunidade da experimentação e correlação teórico-prática da implantação de um serviço de Terapia Ocupacional dentro de um programa de residência multiprofissional, que tem como foco o trabalho em equipe.






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[341]

QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA

LUDMILA GONÇALVES PERRUCI; MARYSIA MARA RODRIGUES PRADO DE CARLO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; qualidade de vida; neoplasia mamária

Resumo: O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. A Organização Mundial da Saúde estima em 27 milhões de casos de câncer no ano 2030. Portanto, o câncer de mama é um importante problema de saúde, que traz também manifestações clínicas, físicas e psicossociais, que comprometem significativamente sua qualidade de vida, com prevalência da dor e de incapacidades. O objetivo é analisar o impacto dos processos dolorosos na qualidade de vida das mulheres que vivenciaram o câncer de mama. Trata-se de um estudo qualitativo descritivo, com metodologia de análise de conteúdo temático, realizada através de uma entrevista dirigida e em profundidade, baseada num questionário semiestruturado. A casuística é composta de 11 mulheres com diagnóstico oncológico, submetidas à mastectomia e que frequentam o Núcleo de Ensino, Pesquisa e Assistência na Reabilitação de Mastectomizadas (REMA), da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto–USP. A seleção dos sujeitos (amostra por conveniência) foi realizada a partir dos dados coletados em estudo anterior, de Faria e De Carlo (2011), no qual foi aplicada a escala “Functional Assessment of Cancer Therapy-Breast” (FACT-B), que é um instrumento que avalia a qualidade de vida em pacientes com câncer de mama e validado para o Brasil. Foram entrevistadas as mulheres que apresentaram scores baixos de acordo com a pontuação desse instrumento, até 20% da sua amostra do referido trabalho, com ênfase nos aspectos da dor e suas consequências na vida desta população. As entrevistas foram transcritas integralmente, categorizadas e analisadas segundo conteúdos temáticos. Conclui-se que as análises das experiências relatadas pelas entrevistadas contribuem para a melhor compreensão dos processos dolorosos e qualidade de vida de mulheres com câncer de mama. Os resultados permitem afirmar que a Terapia Ocupacional pode colaborar para a manutenção da independência e autonomia, promoção do bem-estar e qualidade de vida dessas pacientes.






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[398]

CÓDIGO DE ÉTICA DO ESTUDANTE DE TERAPIA OCUPACIONAL NA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA: RELATO DE EXPERIÊNCIAS

BERLA MOREIRA MORAES UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, JOÃO PESSOA, PB, BRASIL.

Palavras-chave: código de ética; terapia ocupacional; estudante

Resumo: Introdução: A Resolução CNE/CES 6, de 19 de fevereiro de 2002, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Terapia Ocupacional, descreve o perfil do formando egresso/profissional o terapeuta ocupacional, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado ao exercício profissional em todas as suas dimensões, pautado em princípios éticos, no campo clínico-terapêutico e preventivo das práticas de Terapia Ocupacional, bem como conhecedor dos fundamentos históricos, filosóficos e metodológicos da Terapia Ocupacional e seus diferentes modelos de intervenção, atuando com base no rigor científico e intelectual. Dessa forma, considera-se fundamental a formação ética do estudante perpassando os limites de uma disciplina obrigatória, constituindo-se como um documento norteador das práticas éticas que um estudante de Terapia Ocupacional deve adotar durante seu processo de formação. Objetivos: O presente trabalho visa analisar o Código de Ética do Estudante de Terapia Ocupacional elaborado por estudantes do curso de Terapia Ocupacional na Universidade Federal da Paraíba. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa documental analisando os Códigos de Ética do Estudante de Terapia Ocupacional elaborados pelos alunos do quarto período cursando a disciplina de Ética e Bioética aplicada a Terapia Ocupacional. Para a construção do documento tiveram como embasamento as Resoluções COFFITO 10/1978 e 425/2013 referentes ao Código de Ética do fisioterapeuta e terapeuta ocupacional e o Código de Ética e Deontologia de Terapia Ocupacional respectivamente e código de ética de estudantes de outros cursos da saúde. Resultados: Os 07 trabalhos apresentados tiveram similaridade entres os capítulos, compreendendo: Princípios fundamentais (que estabelece a importância da formação científica, técnica e ética do estudante de terapia ocupacional); Os Direitos dos estudantes de terapia ocupacional; Os deveres e as limitações/ proibições; A relação com o cliente/paciente/usuário; A relação com a instituição, com os professores/ orientadores, colegas, profissionais; O sigilo em terapia ocupacional e as Disposições finais. Cada capítulo foi constituído por artigos cuja quantidade variou tanto entre capítulos como entre os Códigos de Ética apresentados, com uma média de 41 artigos por Código. Considerações Finais: Com base nos Códigos de Éticas do Estudante de Terapia Ocupacional elaborados pelos alunos percebe-se que houve um cuidado na construção dos documentos inserindo ao longo dos mesmas recomendações éticas e morais a serem seguidas por eles enquanto discentes de Terapia Ocupacional da UFPB.




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O ADULTO E IDOSO COMO FOCO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL EM UM PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL

ALEXSANDRA SANTOS SILVA; BRENDA PINA DOS SANTOS; RITA APARECIDA BERNARDI PEREIRA

UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; saúde do idoso; saúde do adulto

Resumo: Introdução: O Programa de Residência Multiprofissional do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná é composto por 5 programas, sendo que a Terapia Ocupacional (TO) está inserido em 3 deles: Programa de Saúde do Adulto e Idoso (PSAI), Saúde da Mulher e Oncologia /Hematologia. O PSAI possui 5 profissões (Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Terapia Ocupacional) com inicio em 2010. Objetivo: Relatar as ações realizadas pela TO no cotidiano do PSAI Metodologia: Relato de Experiência Discussão: A Terapia Ocupacional se insere no programa atuando nas seguintes unidades: Pneumologia, Clínica Médica, Cirurgia Geral, Neurocirurgia, Cirurgia do Aparelho Digestivo, Ortopedia, Neurologia, Neurovascular, Infectologia e Ambulatório de Acidente Vascular Cerebral. A rotina se da através da participação nas visitas multiprofissionais, reuniões clínicas, aulas teóricas, supervisões com tutores e preceptores e participação no grupo de residentes de Terapia Ocupacional. Durante as visitas o residente de Terapia Ocupacional pode relatar aspectos relacionados a sua intervenção e compartilhar novas informações com a equipe. Nas reuniões clinicas são expostos casos complexos correlacionando a teoria com a prática. As supervisões ocorrem como um meio de esclarecer dúvidas e elucidar condutas referentes à prática, servindo como estratégia de ensino-aprendizagem. O grupo de residentes da Terapia Ocupacional reúne as profissionais dos três programas, sendo neste realizadas discussões de artigos científicos, casos das diferentes especialidades e vivência e análise de atividades terapêuticas. Considerações: A experiência do trabalho em equipe propiciou a reflexão sobre a importância da comunicação, da integralidade da assistência e responsabilização com o processo de tratamento do sujeito que requer o cuidado no ambiente hospitalar. As residentes de Terapia Ocupacional, atuando em equipe, puderam auxiliar na percepção dos demais profissionais quanto às consequências da hospitalização no desempenho ocupacional. Assim, nota-se que para o processo de formação profissional, a vivência descrita nesse contexto possibilitou a construção de outros olhares e modos de atuação na promoção do cuidado integral e interdisciplinar. Porém, como ainda é um processo em fase de consolidação, existem barreiras que necessitam ser transpostas, dentre elas: a falta de recursos materiais e o desconhecimento por um grande número de profissionais que pela primeira vez estão atuando com um terapeuta ocupacional em sua equipe.



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A FORMAÇÃO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL: CONTRIBUIÇÕES DA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE

FÁTIMA CORREA OLIVER1 ; MARTA AOKI1 ; VANESSA ANDRADE CALDEIRA2

1.UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP, BRASIL; 2.SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: atenção básica em saúde; atenção territorial e comunitária; formação profissional

Resumo: Parceria entre Unidade Básica de Saúde (UBS) e curso de Terapia ocupacional procura formar profissionais para desenvolver o cuidado numa perspectiva territorial e intersetorial. Desde 2002, participaram 150 alunos em atividades curriculares relacionadas à Atenção Territorial e Comunitária em Reabilitação. Um dos objetivos dessas atividades é que o aluno vivencie, discuta e contribua para o desenvolvimento de serviços territoriais para minimizar os processos de exclusão social de pessoas com limitações na realização de atividades cotidianas. Este trabalho propõe a reflexão sobre avanços e desafios para essa formação. A UBS conta com 6 Equipes de Saúde da Família com cobertura de 100% do território, assistente social, psicóloga, terapeuta ocupacional e equipe de vigilância à saúde, que atendem somente à UBS. A parceria qualifica e amplia o processo de trabalho da terapia ocupacional, o cuidado à população e oferece um ambiente propício para a formação. Os encontros com os estudantes possibilitam discutir diferentes configurações de atenção básica e de cuidado territorial às pessoas com limitações, considerando que o serviço é a concretização de uma entre várias possibilidades e que pode ser questionado. A experiência dos alunos no cotidiano da UBS é material de reflexões e de qualificação do trabalho e da formação, a partir de registros em diário de campo, discussão em supervisão e reuniões entre equipes. Considerar as reflexões das experiências particulares como potencializadoras da ação em outros contextos tem sido um dos desafios, bem como o diálogo entre condições reais e ideais de trabalho, reconhecendo o possível para o serviço, o usuário, a família e os profissionais, sem deixar de identificar o limiar que merece investimento para disparar a transformação das realidades. Outro desafio é priorizar qual população ou problemáticas são foco da ação da terapia ocupacional. A atenção básica e a formação têm privilegiado a divisão em saúde mental e reabilitação. Nesta experiência nos esforçamos para construir a atenção às pessoas com limitações na participação e na realização de atividades com foco no indivíduo, sua família e o contexto sócio-cultural. A formação na atenção básica é um meio para discutir e promover o acesso e a continuidade do cuidado necessário às pessoas; o trabalho com diferentes necessidades (saúde, educação, cultura e lazer) nos serviços territoriais; a responsabilidade de coordenar o cuidado em diferentes serviços; a participação comunitária; o trabalho orientado às famílias e à transformação do contexto sócio-cultural. Esses atributos podem estar presentes no trabalho do terapeuta ocupacional daí sua importância para a formação.



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A EXPERIÊNCIA DE SER TERAPEUTA OCUPACIONAL EM UMA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL DE UM HOSPITAL PEDIÁTRICO DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE

MARIANA PEREIRA SIMONATO; NAYARA LOBATO DA SILVA MOURA; VALERIA BORGES RIBEIRO LIMA; FERNANDA DO NASCIMENTO MAIA; ROSA MARIA DE ARAUJO MITRE INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA

FIOCRUZ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: residência multiprofissional; terapia ocupacional; hospital pediátrico

Resumo: Introdução: A residência multiprofissional é uma especialização que objetiva formar e qualificar recursos humanos para o Sistema Único de Saúde (SUS) sob perspectiva interdisciplinar, potencializando as práticas assistenciais, articuladas ao ensino e a pesquisa, através do treinamento em serviço sob planejamento, supervisão e orientação profissional especializada. Nesta perspectiva, o Instituto Fernandes Figueira (IFF), referência para o SUS nas áreas de ensino, pesquisa e assistência em saúde da mulher, da criança e do adolescente, desenvolve, desde 2010, o programa de Residência Multiprofissional em Saúde Integral da Criança e do Adolescente Cronicamente Adoecidos, que contempla sete áreas profissionais dentre elas, a Terapia Ocupacional. Objetivo: o presente trabalho tem por objetivo refletir sobre a experiência do terapeuta ocupacional em um programa de residência e os diferentes campos de atuação, pensando na contribuição que tal formação possa ter na qualificação para atuar sob a ótica da integralidade. Metodologia: Relato experiência de residentes de Terapia Ocupacional em um hospital de média e alta complexidade para crianças e adolescentes. Resultados/Discussão: o programa de residência em Terapia Ocupacional desenvolve atividades teóricas e práticas, sendo algumas de caráter interdisciplinar, comum a todos os residentes e outras específicas. As atividades práticas se desenvolvem nas unidades de internação (enfermaria de pediatria, enfermaria de doenças infecciosas pediátricas, cirurgia pediátrica, neocirúrgica, unidade intermediária, unidade de pacientes graves, neonatologia) no programa de atendimento domiciliar e nas unidades ambulatoriais (ambulatórios geral e especializados). O residente de terapia ocupacional, dentro de sua especificidade, tem rotatividade em diversos setores como: Nutrição, Oftalmologia, Serviço Social, Ambulatório de Adolescentes, Ambulatório de Fisioterapia, Banco de Leite, Cuidados Paliativos, Genética, entre outros. Considera-se que esta experiência proporciona para o profissional um olhar ampliado sob a perspectiva da integralidade e interdisciplinaridade, com maior reflexão e pratica dos campos de competência em comum entre as áreas. Considerações Finais: a inserção do terapeuta ocupacional na residência multiprofissional de um hospital de média e alta complexidade de atenção à saúde da criança e do adolescente pode contribuir para a formação de profissionais mais qualificados, capazes de romper com a lógica tradicional fragmentada da assistência à saúde e construir maior interlocução com as diversas profissões envolvidas no cuidado a esta clientela.




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CONFECÇÃO DE ÓRTESES EM PORCELANA FRIA, FACILITANDO A SUA AQUISIÇÃO PELASCRIANÇAS COM DÉFICITS MOTORES

MARIA DAS GRACAS FERREIRA DE PINHO; ISADORA MARIA CORDEIRO DE OLIVIRA GURGEL; MARILDA CONCEIÇÃO FERRAZ SANTANA

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA- UNIFOR, FORTALEZA, CE, BRASIL.

Palavras-chave: tecnologia de assistência; terapia ocupacional; órtese

Resumo: Introdução: Órteses são aparelhos utilizados há bastante tempo como forma de curar ou estabilizar uma parte do corpo afetada por traumas, com diversos materiais utilizados para sua confecção como couro, metais, tecido, termoplástico, espumas e polímero viscoelásticos. Objetivo: Investigar a utilização de material porcelana fria na confecção de órteses em crianças com deficiência motora. Metodologia: Pesquisa aplicada, qualitativa, período longitudinal, no Núcleo de Assistência Médica Integrada da cidade de Fortaleza – Ceará, Brasil. A investigação ocorreu de abril de 2012 a maio de 2013, com enfoque na descoberta de materiais de baixo custo adequados para a confecção de órteses. A amostra foi espontânea, constituída por 33 crianças e seus acompanhantes. Aplicou-se entrevista semi-estruturada com os acompanhantes e o teste de função motora da mão com as crianças que são acompanhadas no NAMI. Os resultados foram organizados em categorias analíticas e elaborada a análise de conteúdo. Resultados: A interpretação das informações aconteceu a partir da confecção de 2 orteses de cotovelo, 32 órteses abdutoras de polegar órteses,13 órteses funcional estática e 8 órteses de posicionamento, totalizando 55 órteses para 33 crianças atendidas no NAMI e entrevistas dos 33 responsáveis da amostragem espontânea para este estudo, e permitiu às autoras organizarem os dados qualitativos em quatro categorias: opiniões sobre os materiais de baixo custo, estética da órtese confeccionada em porcelana fria, opiniões relacionadas com a resistência das órteses e opiniões a respeito do conforto das órteses. Foi percebido que as órteses confeccionadas em porcelana fria, além de apresentarem redução nos custos, tiveram o desempenho preservado. A maioria afirmou que a órtese de porcelana fria é boa, bonita, resistente e confortável. Considerações Finais: O estudo apresentou dados que permitiram uma reflexão acerca da importância de se desenvolver pesquisas que envolvam a redução dos custos para a confecção de órtese, bem como da atuação da Terapia Ocupacional nesse contexto. Os principais resultados apontaram que os sujeitos foram beneficiados com uso desses equipamentos confeccionados em porcelana fria, borracha de Etil Vinil Acetato e tecido.




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PROGRAMA DE RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO HOSPITALAR EM ONCOLOGIA E HEMATOLOGIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

RENATA SLOBODA BITTENCOURT1; MORGANA BARDEMAKER LOUREIRO1; DAYANE REGINA DOS SANTOS1; ALINE FERRARI FABRI2

1.HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: educação continuada; equipe de cuidados de saúde; terapia ocupacional

Resumo: O Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Atenção Hospitalar (PRIMAH) teve início em 2010 e tem como objetivo a formação multiprofissional crítica e reflexiva, abrangendo 5 áreas de concentração, a saber: cardiovascular, saúde do adulto e do idoso, saúde da mulher, urgência e emergência e Oncologia e Hematologia. O programa de Oncologia e Hematologia é composto por uma equipe de residentes multiprofissionais que contemplam a Farmácia, Farmácia-Bioquímica, Nutrição, Psicologia e Terapia Ocupacional. Neste programa os residentes atuam nas unidades de Cirurgia Geral, de Cirurgia do Aparelho Digestivo, de Quimioterapia e de Transplante de Medula Óssea (TMO). Objetivamos aqui apresentar a busca por um trabalho interdisciplinar, através de um relato de experiência. Para concretizarmos nosso intento em uma atuação interdisciplinar realizamos e participamos de reuniões clínicas, reuniões multiprofissionais, reuniões de residentes para discussão de casos, e reunião de residentes e preceptores do programa de Oncologia e Hematologia. A prática possibilitada pelo PRIMAH envolve os residentes em atendimentos interprofissionais em diferentes modalidades (individuais e grupais) e em contextos diferentes (ambulatório e internamento). Esta troca entre profissionais é um conhecimento demasiadamente valoroso, uma vez que instrumentaliza os residentes a identificarem nos pacientes a demanda que compete ao campo profissional do outro, ampliando suas visões de Saúde e de cuidados com o Ser Humano. No cotidiano da equipe evidenciam-se algumas situações que dificultam a assistência interprofissional, como a alocação de residentes em espaços físicos diferentes, a rotina específica de cada profissão, que por vezes impossibilita a prática interprofissional, e a tecnologia dura escassa, como espaço para a realização de grupos. Destaca-se como resultados obtidos que estas interações entre os diversos profissionais possibilitam uma visão integral ao paciente, resultando em um cuidado diferenciado e humanizado. Como ganho para a instituição destaca-se a possibilidade da implementação da Terapia Ocupacional no ambulatório de quimioterapia, a possibilidade de maior abrangência dos pacientes atendidos, possibilidade de ampliação das pesquisas na equipe multidisciplinar e início de novos grupos como o Grupo de Mães, Grupo de Cuidadores Familiares, Grupo de Educação em Saúde no Ambulatório de Quimioterapia. E por fim, para o residente uma formação em serviço intensa e completa na área de oncologia e hematologia.



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OLHARES: EXPERIMENTAÇÕES COM UM GRUPO DE MULHERES DA REGIÃO NOROESTE DE SANTOS

THAÍS MARQUES FIDALGO; VIVIANE SANTALUCIA MAXIMINO; FLÁVIA LIBERMAN

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, SANTOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: estrutura de grupo; saúde da mulher; atividades cotidianas

Resumo: Introdução: Os dispositivos grupais têm sido utilizados como ferramentas importantes em ações relacionadas ao ensino e às intervenções em terapia ocupacional em diferentes contextos e populações. São inúmeros aspectos que envolvem a temática: sua potência, procedimentos e propostas, análise de seus efeitos, avaliações em seu uso, ressonâncias do trabalho grupal, dificuldades, entre outros. Entre os pontos estudados pelos terapeutas ocupacionais encontram-se os processos de ”olhar para si, olhar para o outro e olhar para si através do outro”. Estes compõem parte importante da experiência e da potencia do trabalho em grupo e estiveram presentes em uma ação interprofissional no Curso de Terapia Ocupacional da UNIFESP- BS durante o ano letivo de 2012 com um grupo de mulheres da Zona Noroeste de Santos. Objetivo: Descrever um processo de desenvolvimento de uma proposta de trabalho que utiliza o dispositivo grupal a partir do olhar de uma terapeuta ocupacional em formação. Método: O processo ser relatado a partir dos relatos de uma aluna do terceiro ano do curso de Terapia Ocupacional participante do processo. Estes relatos foram registrados em um diário de campo e incluem tanto a descrição objetiva dos encontros do grupo quanto das supervisões alem das chamadas notas intensivas, que registram os efeitos subjetivos da proposta para a referida aluna. Resultados e discussão: Cada etapa do trabalho teve suas peculiaridades, sua importância, trouxe angústias e realização. As mulheres eram convidadas a participar do grupo que acontecia na ONG Instituto Arte no Dique. Os relatos, que incluem falas das participantes, indicam que a proposta configurou-se como um processo de construção e formação de um espaço: espaço de existência, de possibilidades e de experiências. Espaço de saúde, afeto e arte. A partir da interação, das trocas interpessoais e dos vínculos criados, ocorreram processos de criação e expressão. Os recursos utilizados foram variados: massagem, alongamentos, escuta, conversas, passeio e artesanato. Ao final, como resultado, houve a criação de uma pasta onde tudo que foi feito ao longo desse período foi guardado e entregue a cada mulher. Receitas, poemas, fotos. Mais do que isso, devolvemos “elas para elas”. Suas falas, histórias, lágrimas e sorrisos. Enfim, entregamos o seu olhar a partir do nosso olhar. Considerações Finais: Conclui-se que ao se expressar, o individuo cria algo novo e esta produção tem efeitos de transformação tanto na realidade psíquica como na realidade compartilhada. Um trabalho ao mesmo tempo individual e coletivo, produzindo sentimento de pertença e de possibilidades de experimentação de diversas atividades e propostas.



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[477]

PACIENTES SUBMETIDOS À ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL: INTERVENÇÕES DA TERAPIA OCUPACIONAL E DA FISIOTERAPIA

VALESKA CARDEAL SANTANA1 ; BRUNA VEIGA1 ; RITA APARECIDA BERNARDI PEREIRA2 ; GABRIEL SANTO SCHAFER1 ; ALVARO LUIZ PERSEKE WOLFF1

1.HOSPITAL DE CLÍNICAS - UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: artroplastia; fisioterapia; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: A artroplastia total de quadril (ATQ) é um procedimento cirúrgico caracterizado por substituição articular, permitindo a mobilidade e a melhora da dor, proporcionando aumento da qualidade de vida e possibilitando o desempenho satisfatório das atividades. A principal indicação é a presença de dor intensa acompanhada de limitação funcional. Tem incidência alta entre idosos, sendo a osteoartrose a principal causa. Há evidência estatística de que a reabilitação melhora a função e a força muscular. Os fenômenos tromboembólicos representam as complicações mais comuns, respondendo por mais de 50% da mortalidade pós-operatória. Objetivos: Evidenciar a intervenção do terapeuta ocupacional (TO) e do fisioterapeuta com pacientes submetidos à ATQ. Metodologia: Revisão bibliográfica. Resultados/Discussão: O objetivo do terapeuta ocupacional é proporcionar ao paciente o retorno às suas atividades de vida diária (AVD) com segurança e autonomia, considerando as necessidades de desempenho ocupacional no contexto para o qual o paciente retornará após a cirurgia. Como avaliação no pós-operatório, poderá ser aplicada a Medida de Independência Funcional, para análise do grau de dependência do paciente, podendo ser introduzido o treino de AVDs. Antes da alta, é indicada uma visita domiciliar para identificar elementos que ameacem a segurança do paciente ou sua autonomia e satisfação no desempenho das AVDs. Ambulatorialmente, deverão ser observados aspectos como: dependência nas AVDs; insatisfação ou insegurança gerando dificuldade de reinserção social; ou necessidade de adequação ambiental. A abordagem fisioterápica tem como objetivo realizar orientações quanto às mudanças de decúbito evitando movimentos de flexão acima de 90º, adução e rotação interna, os quais favorecem a luxação da prótese. O fisioterapeuta realiza e orienta o paciente quanto à profilaxia para trombose venosa profunda, que atua no combate da estase sanguínea, através do aumento do retorno venoso. Deve-se fortalecer os grupos musculares abdutores, flexores e extensores do quadril, a fim de promover a estabilidade da prótese. Estimula-se o ortostatismo e o treino de marcha, com equipamentos auxiliares. Considerações Finais: A prática integrada proporciona melhor assistência ao paciente, uma vez que fornece informações ampliadas a respeito do processo de reabilitação e prognósticos, reduzindo o risco de reinternações decorrentes de complicações da ATQ. A terapeuta ocupacional e a fisioterapeuta devem atuar em conjunto utilizando diferentes recursos para promover o desempenho funcional, e garantir a qualidade de vida do paciente.



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[481]

SÍNDROME COMPLEXA DE DOR REGIONAL: ESTUDO DE CASO SOBRE O BENEFÍCIO DO USO DE ÓRTESE

BÁRBARA SANTOS LUCCAS DUARTE; THAIS ROSA COSTA; ALINE SARTURI PONTE; KATINE MARCHEZAN ESTIVALET

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL.

Palavras-chave: dor crônica; classificação internacional de incapacidades; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: O cotidiano de uma pessoa com Síndrome Complexa Dor Regional (SCDR) passa a ser limitado, pois esta apresenta sinais e sintomas localizados, tais como a rigidez secundária, que impactam nas atividades de auto cuidado. Objetivo: Apresentar as contribuições do uso de órteses na clínica de Terapia Ocupacional em paciente com rigidez articular ocasionada por SCDR. Metodologia: A pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso descritivo. Desenvolvido a partir do Projeto de Pesquisa, Projeto Dor Neuropática nos Membros Superiores: Capacidade funcional e aspectos biopsicossociais, avaliado pelo CEP com CAAE 08718312.4.0000.5346. Para a coleta de dados utilizou-se um goniômetro a fim de mensurar valores pré e pós o uso das órteses, e Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM). R. idade 54 anos, sexo masculino, casado, produtor rural, encaminhado pela Clínica da Dor do Hospital Universitário de Santa Maria ao serviço de Terapia Ocupacional. O paciente desenvolveu a SCDR após fratura de úmero no membro superior esquerdo, ocasionada por atropelamento há dois anos. Este apresenta rigidez articular no cotovelo, metacarpofalangeanas e interfalangeanas proximais e distais do 2º ao 5º dedo. Resultados e discussão: Ao chegar ao atendimento de Terapia Ocupacional o paciente foi submetido às avaliações. Na COPM, as atividades de auto cuidado como lavar o rosto e cortar a carne foram às atividades apontadas como problemas para o seu desempenho. Na goniometria sua flexão máxima na articulação do cotovelo foi de 60°. Para esta articulação optou-se pela utilização de uma órtese estática seriada. Segundo De Carlo e Luzo (2004, p. 107), “é utilizada para promover o alongamento tecidual.” Esta é remodelada diante das necessidades do paciente. E para o ganho de flexão as articulações dos dedos utilizou-se uma órtese dinâmica, segundo as mesmas autoras, “promove ou inicia um movimento passivo em uma determinada direção e é utilizada para aplicar uma força de deformação por meio de tração intermitente a uma articulação”. Após três meses o paciente foi reavaliado e observou-se um ganho de flexão da articulação cotovelo de 60º para 120°. Nas articulações metacarpofalangeanas e interfalangeanas também observou-se ganhos. As atividades de autocuidado eram as principais queixas do paciente. Devido ao ganho da amplitude de movimento (ADM) este apresenta maior autonomia para a realização de suas atividades de vida diária. Considerações Finais: As órteses contribuíram de maneira significativa no tratamento e na reabilitação do paciente, contribuindo assim para uma melhora da ADM, facilitando o desempenho na área de auto cuidado.



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[495]

ATUAÇÃO DE TERAPEUTAS OCUPACIONAIS EM PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

FERNANDA BRIOSCHI SOARES; FERNANDA RODRIGUES DA SILVA

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA, CAMPINAS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; prática profissional; especialização

Resumo: Introdução: A internação hospitalar representa uma ruptura no cotidiano do indivíduo, pois este se afasta da família, amigos, escola e trabalho. Podem ocorrer mudanças de papeis ocupacionais, dependência nas atividades de vida diária e atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Além disso, o indivíduo precisa lidar com estresse, medo, insegurança, traumas, procedimentos dolorosos e invasivos. Assim, a atuação da Terapia Ocupacional visa à promoção da qualidade de vida do indivíduo, proporcionando boas condições de permanência no hospital, boa relação com a equipe profissional e atendimento às necessidades dos acompanhantes. Objetivo: Descrever a experiência de terapeutas ocupacionais residentes inseridas nos programas de Residência Multiprofissional em Saúde da Criança e de Urgência e Trauma no Hospital e Maternidade Celso Pierro - HMCP no município de Campinas. Metodologia: Relatar a experiência de duas terapeutas ocupacionais residentes, no período de seis meses no ano de 2013, nas enfermarias adultas e pediátrica, alojamento conjunto (para binômio mãe-bebê) e pronto socorro adulto e infantil. São realizadas intervenções diárias, semanais e quinzenais, dependendo da demanda do paciente, com tempo de duração média de 20 minutos até uma hora, com pacientes de ambos os sexos e todas as faixas etárias, divididos por programa de residência (saúde da criança/ urgência e trauma). São utilizados nas atividades com os pacientes materiais de madeira; de artesanato; materiais para atividades expressivas de sentimentos e dúvidas; materiais para atividade de leitura e midiática; atividades lúdicas; materiais para estimulação sensorial; e materiais para adaptações de acordo com a necessidade de cada indivíduo. Resultados: A partir da demanda encontrada no hospital, foi criado um novo instrumento de avaliação da Terapia Ocupacional, além de folders de orientação para estimulação do desenvolvimento neuropsicomotor e de orientação para o pós-alta hospitalar aos pacientes que sofreram acidente vascular encefálico ou lesão medular. Considerações Finais: A criação do novo instrumento de avaliação possibilitou melhora na identificação e registro das demandas do paciente. Os folders de orientação permitem ampliação na atenção integral ao sujeito, uma vez que proporcionam informações para continuação do cuidado ao paciente em domicílio.




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[516]

ADAPTAÇÃO E AVALIAÇÃO DA CONSISTÊNCIA INTERNA DO LATE-LIFE FUNCTION AND DISABILITY INSTRUMENT PARA O PORTUGUÊS BRASILEIRO (LLFDI-BR)

ROSÉ COLOM TOLDRÁ; ANA CRISTINA FAGUNDES SOUTO; MARINA PICAZZIO PEREZ BATISTA; MARIA HELENA MORGANI DE ALMEIDA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: envelhecimento; avaliação/métodos; tradução/adaptação

Resumo: Introdução: A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa reconhece a importância da avaliação da funcionalidade e de intervenções para sua recuperação e prevenção de declínio, bem como a utilização de instrumentos que as subsidiem. O Late-life Function Disability Instrument – LLFDI foi desenvolvido em 2002 nos Estados Unidos para uso com idosos não institucionalizados e sua adaptação para o Português Brasileiro, ocorrida em 2011, resultou no Instrumento de Avaliação da Função e Incapacidade para a População Idosa – LLFDI-BR. O componente “Função” avalia o grau de dificuldade para realização de atividades e o componente “Incapacidade” a frequência de realização e grau de limitações para as atividades. Objetivos: Apresentar as etapas de adaptação transcultural do LLFDI para o Português Brasileiro e avaliação da consistência interna de seus componentes. Metodologia: A adaptação seguiu as etapas propostas pela literatura: traduções do instrumento, síntese das traduções, retrotraduções, análise por comitê de especialistas e pré-teste. Para avaliação da consistência interna utilizou-se os coeficientes α de Cronbach e Ω de McDonald. Resultados/Discussão: A fase 1 do pré-teste foi realizada com 30 idosos não institucionalizados. As questões que apresentaram dificuldades quanto à compreensão por pelo menos 10% da amostra foram reajustadas após análise por subcomitê de especialistas para garantia da equivalência semântica, idiomática e cultural, resultando na versão utilizada na fase 2, conduzido com 17 sujeitos, não participantes da fase 1. A versão final foi aplicada em 118 idosos, na maioria mulheres (79,7%). A escolaridade dos participantes variou de 1-4 anos de estudo a 12 ou mais. Todos os domínios do componente “Função” apresentaram consistência interna elevada. Quanto ao componente “Incapacidade”, a consistência interna mostrouse alta e nos domínios específicos, “Papel Pessoal” e “Papel de Gerenciamento”, foi moderada. Considerações Finais: A versão final produzida foi plenamente compreendida pelos participantes. A validação do componente “Função” indicou elevada consistência interna, no componente “Incapacidade” a consistência interna, embora um pouco menor, mostrou-se alta. Destaca-se a sensibilidade do instrumento para captar alterações iniciais, orientando ações de prevenção e de avaliação de forma abrangente da Função e da Incapacidade de idosos em nosso país. O LLFDI-BR está sendo submetido a outros testes para que se confirme sua utilidade para uso pelo terapeuta ocupacional e outros profissionais de áreas afins. 



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[520]

REFLEXÕES SOBRE O PROCESSO DE ESTÁGIO EM TERAPIA OCUPACIONAL: O TORNAR-SE TERAPEUTA OCUPACIONAL

ADRIANA FRANCISCA DE ARAÚJO; ANA PAULA DEMAMBRO; BÁRBARA DE FÁTIMA DEPOLE; CARLA JOSIANE MERCÚRIO; MIRIAN LIMA PIRES

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA - UNIARA, ARARAQUARA, SP, BR.

Palavras-chave: formação profissional; subjetividades; terapia ocupacional

Resumo: O presente trabalho foi proposto por um grupo de estagiárias em processo de supervisão na clínica escola de Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia do Centro Universitário de Araraquara- UNIARA no 1º semestre do ano de 2013. Através desta discussão materializou-se a aprendizagem da prática terapêutica. Fundamentou-se a prática realizada e buscou-se disseminar suas descobertas. Segundo Lima (2011), o percurso do terapeuta ocupacional é se disponibilizar para entrar em contato com a essência e o desassossego no seu atuar, rompendo com suas expectativas para alcançar um campo de afetação. O objetivo da pesquisa foi explorar os aspectos subjetivos desencadeados pelo encontro com o cliente no processo terapêutico ocupacional. A fim de analisar a atividade durante a terapia, considerando a individualidade dos clientes na intervenção buscou-se confrontar as questões éticas, pessoais e culturais na relação terapeuta- cliente. Através de um questionário aplicado com os próprios pesquisadores obteve-se os dados para análise e fundamentação deste aprendizado teórico-prático. As respostas obtidas descrevem a atividade como sendo, facilitadora, porta de entrada, ponte, disparadora, estratégias para intervenção terapêutica e para vida cotidiana de cada cliente. Assim, o terapeuta lida com a oposição, soma e a divisão entre ele e o cliente, pois as questões subjetivas como éticas, culturais, sentimentais e afetivas de cada um são diferentes, mas se tornam fundamentais no processo de intervenção. As questões levantadas em supervisão foram analisadas e fundamentadas através de artigos e livros levando a um amplo conhecimento profissional e pessoal, que estão permeando o desenvolvimento adequado do processo reflexivo sobre a formação profissional. Pensar a atividade como mediação na Terapia Ocupacional é refletir em um sujeito que está implicado com todos os seus afetos no fazer. Ensinar e aprender o uso das atividades como instrumento das ações terapêuticas ocupacionais é também lidar com as próprias emoções que, de certa forma, potencializam os sujeitos para a vida. (TAKEITI, ARAÚJO, 2007) Portanto, esta aprendizagem tornou-se importante no processo de formação profissional e pessoal das estagiárias.






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[522]

IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE TERAPIA OCUPACIONAL EM UM HOSPITAL PEDIÁTRICO UNIVERSITÁRIO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

VERA LUCIA VIEIRA DE SOUZA; MONICA VILLAÇA GONÇALVES; MELISSA RIBEIRO TEIXEIRA; MIRYAM BONADIU PELOSI

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; saúde da criança; serviço, práticas clínicas

Resumo: Introdução: O Curso de Graduação em Terapia Ocupacional da UFRJ teve início em agosto de 2009 e encontra-se vinculado ao Departamento de Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina criado em junho de 2013. A grade curricular contém diversas disciplinas relacionadas à saúde da criança, desenvolvimento infantil, brincar, educação inclusiva e contextos hospitalares. Apesar da Universidade dispor de uma rede hospitalar, a falta de profissionais terapeutas ocupacionais nas unidades próprias é um dos desafios para a formação profissional. Com intuito de oferecer campo para atividades práticas, a coordenação do Curso disponibilizou professores para iniciaram as atividades assistenciais na unidade pediátrica, o que possibilitou a incorporação do serviço de Terapia Ocupacional no organograma do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira IPPMG/UFRJ, com funcionamento integrado ao SUS. Desenvolvimento: O serviço atualmente conta com quatro professores do Curso de Terapia Ocupacional que supervisionam estagiários da área de contexto hospitalar, observação ou disfunção sensório-motora. O serviço ambulatorial recebe crianças encaminhadas de setores do hospital: da equipe do serviço de reabilitação, da reumatologia, da psicologia, da enfermaria, de projetos do curso de Terapia Ocupacional na própria unidade ou em escolas e creche. Foi elaborado um formulário para coleta inicial de dados sócio-demográficos das crianças e de seus familiares, procedência e motivo do encaminhamento, expectativas do tratamento terapêutico ocupacional. Avaliações padronizadas são realizadas em função da idade e necessidades identificadas. Atualmente, o serviço acompanha crianças na faixa etária de 11 meses a 11 anos de idade, com atraso do desenvolvimento neuromotor, alterações sensoriais, déficits cognitivos, deficiências físicas, alterações na comunicação, e alterações de comportamento. O atendimento é semanal, individual ou em grupo. As intervenções visam à estimulação sensório-motora, desenvolvimento de habilidades, a implementação de comunicação alternativa, autonomia e independência nas ocupações próprias da idade e na relação com outras crianças e atenção aos familiares através de orientações. Considerações Finais: A organização do serviço vem ocorrendo com a articulação entre projetos de pesquisa, ensino e extensão com a prática assistencial. Dessa forma, amplia-se os serviços oferecidos à população ao mesmo tempo em que a formação profissional ocorre no contexto real dos serviços de saúde. Integrar o serviço à unidade ainda é um desafio bem como manter a assistência integrada à rede de serviços prestados à criança como acompanhamento na escola ou na creche.



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[526]

EMPREGO APOIADO: TECNOLOGIA SOCIAL PARA GERAÇÃO DE TRABALHO E RENDA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

ANA CLARA BITENCOURT MORAES; ANDREA PEROSA SAIGH JURDI; NAYRA LIVIA BANDEIRA; LAURA MEDEIROS MENTA; LAIS BAPTISTA LIMA; ISABELLE ARAUJO SOARES

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, SANTOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: emprego apoiado; inclusão; mercado de trabalho

Resumo: Introdução: A inclusão econômica de pessoas com deficiência, apesar de avanços, ainda se constitui em um desafio para a sociedade brasileira. O Brasil conta com cerca de 24 milhões de pessoas com deficiência e ao discutir a oportunidade de trabalhos para elas, chama a atenção o fato de que apenas 2% dessas pessoas em idade de trabalhar estejam empregadas. Uma das alternativas para pensar a inclusão no mercado de trabalho é a metodologia do Emprego Apoiado, uma tecnologia social, reconhecida pelo governo brasileiro através do Ministério da Ciência e Tecnologia, que privilegia a dinâmica de apoios e reconhece a relação intrínseca entre ambiente e deficiência, dando ênfase a um modelo social. Objetivos: Promover o acesso das pessoas com deficiência no mercado de trabalho através da metodologia do Emprego Apoiado. Metodologia: Na primeira etapa do projeto de extensão, as alunas dividiram-se em dois grupos nos municípios de Praia Grande e Santos. Atualmente as alunas extensionistas estão na terceira etapa do projeto que é a implantação do mesmo com usuários atendidos nas instituições parceiras: Fundação Educacional e Cultural da Praia Grande e o Projeto Nutre (Núcleo de Trabalho, Renda e Emprego) desenvolvido pela APAE de Santos. A metodologia do Emprego Apoiado consiste em três fases: 1.Descoberta, 2.Desenvolvimento de Emprego, 3.Acompanhamento pós-colocação. Resultados/Discussões: Na APAE em Santos, participam de um grupo temático, coordenado por uma terapeuta ocupacional, onde o papel está sendo a criação de um vínculo para poderem traçar o perfil vocacional dos alunos. Na mesma instituição, existe um grupo que já está inserido no mercado de trabalho, e está sendo feito o acompanhamento desses alunos nos postos de trabalho onde estão empregados. Na Praia Grande, as alunas passaram por um processo maior de discussão teórica, para compreender o mundo da pessoa com deficiência, e por esse motivo estão na fase de selecionar os candidatos que mais se beneficiariam do Emprego Apoiado. Considerações Finais: O público-alvo do Emprego Apoiado são pessoas com deficiência mais significativa, ou seja, demandam estratégias de apoio mais intensas para romper as barreiras de acesso ao trabalho, que não estão sendo atendidas pelos sistemas tradicionais de colocação no mercado ou não conseguem manter-se em um emprego. O método possibilita pensar a qualidade de vida e a funcionalidade da pessoa com deficiência em interação com sua comunidade, contemplando todos os aspectos da vida social. Protagonista no seu processo de construção de um plano pessoal de futuro, a pessoa com deficiência pode decidir sobre si mesmo, exercendo seu direito de cidadão.





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[537]

MODELO PEDAGÓGICO SYLLABUS NO ENSINO DA GRADUAÇÃO EM TERAPIA OCUPACIONAL

MARIA AMÉLIA AMÉLIA XIMENES; CRISTINA MARIA DA PAZ QUAGGIO; LYANA CARVALHO E SOUSA; ALEXANDRA SANTOS MONTEIRO FERNANDES; VIVIAN MARIA SANDRI

UNIVERSIDADE SAGRADO CORAÇÃO, BAURU, SP, BRASIL.

Palavras-chave: metodologia; terapia ocupacional; prática no ensino superior

Resumo: Uma das principais competências da atual sociedade da informação é adquirir a capacidade de aprender de forma autônoma, numa realidade de estudantes cada vez mais despreparados. A busca de alternativas pelas Universidades interessadas na qualidade de ensino se acentua como diferencial de oferta de formação nas diferentes áreas do conhecimento. A Universidade do Sagrado Coração (USC) se insere nesse contexto, adotando como política institucional, o Projeto Modelo Didático-Pedagógico Syllabus. Foi implantado em 2008 com o Curso de Terapia Ocupacional aderindo-o em 2010. Objetivos: Propor mudanças metodológicas acompanhadas de planejamento e avaliação sistemática. Operacionalizar na ação docente e no estudante, na sala de aula, maior interação na construção do conhecimento. Metodologia: O Modelo centra o processo de ensinar apoiado em programas de estudos. O ato de planejar é essencial na ação docente, mediando o processo de aprendizagem, com base em aulas participativas e avaliações contínuas, indicando o desenvolvimento do estudante perante o conteúdo trabalhado. A ação metodológica qualifica a relação teoria com a prática com o apoio da plataforma tecnológica. O Modelo Pedagógico é pautado em três eixos: a) Docente: Elaboração, com antecedência, do plano de ensino e plano da aula para ser disponibilizado para estudantes na Plataforma Syllabus. Preparação de material para atividade de orientação prévia ao aluno. Aplicação do Quiz em sala de aula como instrumento de avaliação diagnóstica da aprendizagem. Postagem de atividades pós-aula de aprofundamento e complementação dos conteúdos na Plataforma Syllabus. b) Discente: Preparação prévia para o encontro pedagógico em sala de aula, através da realização de atividades para antecipar a compreensão de conteúdos. Participação ativa durante a aula como estratégia de aprendizagem. c) Institucional: Manutenção de infra-estrutura para o desenvolvimento da Metodologia: Oferta de formação continuada como auxilio ao desempenho profissional do professor. Estímulo para inovação didática da prática docente, de forma a ultrapassar o processo de reprodução de informação dos conteúdos, a fim de favorecer o relacionamento de uma informação com a outra (interdisicplinaridade). Resultados/Discussão: Possibilitou a inovação no ambiente de aprendizagem com melhora de rendimento. Proporciona maior organização e controle de conteúdos programáticos. Considerações Finais: Proporciona uma forma de estimular a participação do aluno, sobretudo, estimulá-lo a ler e refletir sobre os assuntos lidos, criando um espaço do professor e do aluno de forma contínua e ativa.



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[537]

MODELO PEDAGÓGICO SYLLABUS NO ENSINO DA GRADUAÇÃO EM TERAPIA OCUPACIONAL

MARIA AMÉLIA AMÉLIA XIMENES; CRISTINA MARIA DA PAZ QUAGGIO; LYANA CARVALHO E SOUSA; ALEXANDRA SANTOS MONTEIRO FERNANDES; VIVIAN MARIA SANDRI

UNIVERSIDADE SAGRADO CORAÇÃO, BAURU, SP, BRASIL.

Palavras-chave: metodologia; terapia ocupacional; prática no ensino superior

Resumo: Uma das principais competências da atual sociedade da informação é adquirir a capacidade de aprender de forma autônoma, numa realidade de estudantes cada vez mais despreparados. A busca de alternativas pelas Universidades interessadas na qualidade de ensino se acentua como diferencial de oferta de formação nas diferentes áreas do conhecimento. A Universidade do Sagrado Coração (USC) se insere nesse contexto, adotando como política institucional, o Projeto Modelo Didático-Pedagógico Syllabus. Foi implantado em 2008 com o Curso de Terapia Ocupacional aderindo-o em 2010. Objetivos: Propor mudanças metodológicas acompanhadas de planejamento e avaliação sistemática. Operacionalizar na ação docente e no estudante, na sala de aula, maior interação na construção do conhecimento. Metodologia: O Modelo centra o processo de ensinar apoiado em programas de estudos. O ato de planejar é essencial na ação docente, mediando o processo de aprendizagem, com base em aulas participativas e avaliações contínuas, indicando o desenvolvimento do estudante perante o conteúdo trabalhado. A ação metodológica qualifica a relação teoria com a prática com o apoio da plataforma tecnológica. O Modelo Pedagógico é pautado em três eixos: a) Docente: Elaboração, com antecedência, do plano de ensino e plano da aula para ser disponibilizado para estudantes na Plataforma Syllabus. Preparação de material para atividade de orientação prévia ao aluno. Aplicação do Quiz em sala de aula como instrumento de avaliação diagnóstica da aprendizagem. Postagem de atividades pós-aula de aprofundamento e complementação dos conteúdos na Plataforma Syllabus. b) Discente: Preparação prévia para o encontro pedagógico em sala de aula, através da realização de atividades para antecipar a compreensão de conteúdos. Participação ativa durante a aula como estratégia de aprendizagem. c) Institucional: Manutenção de infra-estrutura para o desenvolvimento da Metodologia: Oferta de formação continuada como auxilio ao desempenho profissional do professor. Estímulo para inovação didática da prática docente, de forma a ultrapassar o processo de reprodução de informação dos conteúdos, a fim de favorecer o relacionamento de uma informação com a outra (interdisicplinaridade). Resultados/Discussão: Possibilitou a inovação no ambiente de aprendizagem com melhora de rendimento. Proporciona maior organização e controle de conteúdos programáticos. Considerações Finais: Proporciona uma forma de estimular a participação do aluno, sobretudo, estimulá-lo a ler e refletir sobre os assuntos lidos, criando um espaço do professor e do aluno de forma contínua e ativa.



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[552]

SAÚDE COLETIVA E TERAPIA OCUPACIONAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ATENDIMENTO DOMICILIAR NA ATENÇÃO BÁSICA

CAROLINE ANDREIA DA SILVA FRANÇA; ALESSANDRO RODRIGO PEDROSO TOMASI

UFPR, FAZENDA RIO GRANDE, PR, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; atenção básica; saúde coletiva

Resumo: Introdução: A compreensão da saúde multideterminada vem impondo ao profissional de saúde novos desafios, no sentido de intervir de acordo com as reais demandas de saúde da população. Sob a perspectiva da Terapia Ocupacional, a saúde pode ser promovida por meio do envolvimento em atividades significativas na vida dos sujeitos. Neste sentido, o envolvimento em ocupações é uma importante ferramenta na questão da promoção à saúde e prevenção de doenças e agravos, na medida em que há aprendizagem, apoio aos papéis pessoais e sociais, auxílio no aumento ou manutenção do repertório de ocupações significativas, além de desviar a atenção dos sintomas físicos ou psicológicos. Objetivos: Descrever o processo de Terapia Ocupacional em atendimentos domiciliares no contexto da atenção básica, em uma unidade de saúde do município de Curitiba – PR, realizados na disciplina de estágio de prática em Terapia Ocupacional. Metodologia: Foram realizados 11 atendimentos com periodicidade semanal e com duração aproximada de uma hora, junto a um usuário tetraplégico com sequelas de lesão medular em nível C5, utilizando atividade adaptada de confecção de mosaico em vaso de cerâmica, visando a participação no lazer. Foram utilizadas abordagens de promoção de saúde e adaptação e compensação, com privilégio do uso terapêutico de si mesmo e uso terapêutico de ocupações e atividades, com enfoque para atividades com propósito. Para a avaliação dos resultados utilizaram-se observações durante o desenvolvimento das sessões, relatos do usuário e esposa/cuidadora, além de quadro comparativo entre objetivos estipulados e os alcançados. Resultados e discussão: ao final dos atendimentos, o usuário mostrou-se engajado no lazer, área negligenciada desde o acidente que gerou a lesão medular. Como determinante de saúde, o lazer é um aspecto importante a ser abordado no processo de intervenção em Terapia Ocupacional. Neste sentido, o terapeuta ocupacional possui um leque de possibilidades no sentido de contribuir para a saúde da população, na medida em que possibilita aos usuários aumento na autonomia para tomada de decisões, além de melhoras das habilidades percepto-sensoriais, cognitivas, práxicas e motoras, e das funções relacionadas ao movimento. Considerações Finais: Considera-se que a intervenção em questão contribuiu significativamente para a percepção do usuário sobre suas habilidades e como podem ser utilizadas no seu dia a dia para o lazer. Houve a promoção de bem estar e saúde do usuário, prevenção de possíveis agravos físicos e emocionais resultantes da baixa participação no lazer além do aumento no senso de competência do usuário.



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[559]

PROJETO “TO NA REDE”: PERCEPÇÕES DOS ACADÊMICOS NA CONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DAS AÇÕES

MARINA LEANDRINI DE OLIVEIRA; GRASIELLE SILVEIRA TAVARES PAULIN; PAULA TATIANA CARDOSO

UFTM, UBERABA, MG, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; educação; atenção primária à saúde

Resumo: Introdução: A educação superior no Brasil tem se relacionado com as políticas públicas, especialmente no contexto da saúde, que encontra constantes desafios na implementação de propostas que se traduzam em formação profissional qualificada. O Projeto “Terapia Ocupacional na Rede” é uma proposta que objetiva discutir e formular alternativas para inserção da Terapia Ocupacional (TO) na Atenção Primária, promovendo identificação e divulgação das possibilidades de atuação deste profissional de forma contextualizada e embasada pelas informações obtidas por meio do diagnóstico territorial. Inicialmente foram desenvolvidos o diagnóstico territorial, a construção de um blog e a elaboração de propostas de inclusão na rede municipal de saúde. Objetivos: Identificar a percepção de acadêmicos acerca do desenvolvimento do Projeto “Terapia Ocupacional na Rede”. Metodologia: Consiste em um estudo qualitativo, a partir de questionários semi-estruturados aplicados ao final da participação dos acadêmicos no projeto (n=17). O conteúdo abordado refere-se às percepções sobre as ações desenvolvidas no período de 09/2012 a 04/2013, integradas às práticas de Estágio (V e VII períodos do curso de Terapia Ocupacional). Os dados obtidos foram sistematizados e analisados com base na análise de conteúdo, a partir da realização de leitura flutuante, exploração do material e tratamento dos resultados. Resultados/Discussão: A partir dos resultados parciais do estudo, elaborou-se duas categorias temáticas, a saber: produções de sentido para a relação teóricoprática e desafios na implementação de ações na formação profissional. A primeira categoria possibilita o entendimento de que os processos realizados desde a capacitação até a finalização desta etapa do projeto foram permeados pela possibilidade de buscas ativas dos acadêmicos por informações que se tornaram subsídios para prática profissional. Desta forma, os acadêmicos retratam que o envolvimento no projeto favoreceu o aumento de interesse pela Atenção Primária enquanto espaço potencial para atuação do terapeuta ocupacional, atribuindo importância ao protagonismo e a postura critico-reflexiva do profissional para o reconhecimento da profissão. A segunda categoria, intitulada desafios na implementação de ações na formação profissional, apresenta que segundo a percepção dos acadêmicos o principal fator limitante foi o tempo para execução das atividades que segundo os mesmos, poderiam ter sido ainda melhor concluídas. Considerações Finais: As percepções dos acadêmicos evidenciaram o desenvolvimento de habilidades importantes na formação profissional, reiterando a importância de estratégias que envolvam construções conjuntas, planejamento e interface concreta com a prática nos serviços.




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[562]

SÍNDROME DE DOWN E A INTERVENÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL

MARIANA DUMER BORGES1; BRUNA LUISA DE QUADRO BIGLIARDI2; NICOLE RUAS GUARANY1

1.UFPEL, PELOTAS, RS, BRASIL; 2.UFPEK, PELOTAS, RS, BRASIL.

Palavras-chave: síndrome de down; terapia ocupacional; intervenção

Resumo: Introdução: Síndrome de Down (SD) é uma alteração genética causada por erro na divisão celular durante a divisão embrionária, ao invés de dois cromossomos no par 21, possuem três. O quadro clínico é representado por olhos oblíquos, rosto arredondado, mãos pequenas com dedos curtos, orelhas pequenas, hipotonia, língua protusa, dificuldades motoras, cardiopatias e comprometimento intelectual. Objetivo: O estudo tem como objetivo relatar a intervenção terapêutica ocupacional em um menino com Síndrome de Down atendido no setor de Terapia Ocupacional no Núcleo de Neurodesenvolvimento da Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul. Metodologia: A amostra composta por um menino com SD atendido de novembro de 2012 a abril de 2013. Realizou-se anamnese com cuidador e avaliação de Terapia Ocupacional, a qual compreende aspectos como capacidades motoras, cognitivas, função social, comunicação, realização das atividades de vida diária entre outros. Realizou-se um total de 18 atendimentos neste período. Resultados/Discussão: Paciente iniciou os atendimentos com 5 meses de idade, não possuía controle cervical nem controle de tronco, além de dificuldade na interação com o ambiente e brinquedos. A intervenção terapêutica ocupacional foi composta por atividades de estimulação do controle de tronco, controle cervical, cognitiva, propriocepção e de linguagem. Foram propostas atividades com diversos recursos terapêuticos como prancha de equilíbrio, rolo com toalha de banho, bolas e brinquedos com estímulos auditivos e visuais. A partir do sexto atendimento paciente apresentou melhor controle cervical, começou a equilibrar-se melhor sentado utilizando as mãos como apoio, a sorrir quando oferecida a atividade. Nos últimos atendimentos o paciente já sentava sem apoio, adquiriu controle de cervical completo e leva ambas mãos na linha média. Considerações Finais: O estudo revela a importância da intervenção terapêutica ocupacional precoce em indivíduos com SD, os quais apresentam inúmeras alterações que influenciam no seu desempenho ocupacional. Através da intervenção precoce estes indivíduos poderão apresentar melhor prognóstico, melhora das capacidades motoras e cognitivas e consequentemente melhora na qualidade de vida tanto do indivíduo com a síndrome quanto dos seus cuidadores.





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[563]

NÚCLEO DE ESTUDOS EM GENÉTICA E REABILITAÇÃO

MARIANA DUMER BORGES; DANIELE DORNELLES BENDER; NICOLE RUAS GUARANY

UFPEL, PELOTAS, RS, BRASIL.

Palavras-chave: genética; terapia ocupacional; pesquisa

Resumo: Introdução: Doença genética é todo e qualquer distúrbio que afeta o material genético, a Terapia Ocupacional tem papel fundamental na reabilitação de pessoas afetadas por essas doenças, tendo como foco principal a reabilitação e a promoção da qualidade de vida através das atividades terapêuticas. O Projeto de Extensão Terapia Ocupacional na atenção à doenças genéticas buscar promover atendimento terapêutico ocupacional à crianças e adolescentes com doenças genéticas e proporcionar espaço de estudo e pesquisa através do Núcleo de Estudos em Genética e Reabilitação do Curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Objetivo: Proporcionar conhecimento teórico e prático da área clínica, a alunos do curso de Terapia Ocupacional da UFPel. Metodologia: O Projeto Terapia Ocupacional na atenção à doenças genéticas atende semanalmente 35 crianças e adolescentes entre 9 meses e 15 anos de idade e possui 10 alunos envolvidos. Os pacientes são encaminhados através de instituições e médicos da região, estes são avaliados e encaminhados para atendimento. O grupo de pacientes é composto por crianças com Síndrome de Down, Síndrome de Willians, Autismo, Síndrome do X-frágil, Acondroplasia, Fenilcetonúria entre outras. O Núcleo de Estudos em Genética e Reabilitação acontece semanalmente, com duração de uma hora e trinta minutos, em cada encontro há a apresentação de artigos ou estudos de casos por um dos participantes. Resultados/Discussão: Os atendimentos terapêutico ocupacionais tem proporcionado evolução clínica dos pacientes, tem-se observado o aumento na independência e autonomia na realização das atividades de vida diária, aquisição de habilidades motoras e cognitivas, participação nas atividades sociais e de lazer e melhor qualidade de vida. Através das discussões de artigos científicos, o grupo desenvolve-se favoravelmente e a cada encontro nota-se o crescimento dos participantes, apresentando argumentos sólidos.Considerações Finais: O projeto tem sido enriquecedor, pois apesar de reabilitação a pacientes com doenças genéticas por profissionais de Terapia Ocupacional ser um campo de atuação pouco difundido no Brasil, é muito importante e necessário que os estudantes desenvolvam, desde o período acadêmico, o interesse pelo assunto, buscando relatar a eficácia do tratamento desses pacientes.





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[572]

ESTUDO DE CONFIABILIDADE, FIDEDIGNIDADE DOS PROCEDIMENTOS DE APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DO MODELO LÚDICO

MARIA MADALENA MORAES SANT´ANNA1; ROSEMEIRE YASSUKO KAWAKAMI2; CAMILA MIRANDA ALMEIDA2; LOUISE JIMENEZ2

1.IAEPETEL, LONDRINA, PR, BRASIL; 2.AACD, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: modelo lúdico; adaptação transcultural; instrumentos de avaliação

Resumo: Introdução: Os instrumentos de avaliação utilizados no Modelo Lúdico foram desenvolvidos por Francine Ferland em 1994, sendo utilizados para crianças com deficiência física no período pré-escolar. A Avaliação do Comportamento Lúdico abrange cinco domínios a serem avaliados: interesse geral da criança; interesses lúdicos básicos; capacidades lúdicas básicas; atitude lúdica e expressão das necessidades e dos sentimentos, que são quantificados em escala que varia de 0 a 4. A Entrevista Inicial com os Pais abrange perguntas estruturadas para saber o comportamento lúdico da criança em casa em seis domínios: interesse gerais e lúdicos da criança, característica do brincar da criança, parceiros de brincadeira, objetos que usa para brincar, atitude lúdica e atividades que desenvolve em seu cotidiano. Estes instrumentos foram traduzidos e adaptados culturalmente para o Brasil, seguindo uma metodologia que incluiu a realização da tradução e da retrotradução, seguidas da avaliação de equivalência semântica, idiomática e conceitual. A partir destes estudos, fez-se necessário, para elaborar o manual de aplicação na versão brasileira, um estudo de confiabilidade e fidedignidade também para os procedimentos de aplicação destes instrumentos. Objetivos: Estabelecer a confiabilidade e a fidedignidade dos procedimentos de aplicação da Entrevista Inicial com os Pais e Avaliação do Comportamento Lúdico da criança com deficiência física, a partir dos estudos de adaptação transcultural dos protocolos de avaliação do Modelo Lúdico para o Brasil. Metodologia: Foram realizadas as avaliações utilizando os dois instrumentos em 20 crianças na faixa etária de 6 meses a 6 anos com diagnóstico clínico de paralisia cerebral do setor de terapia ocupacional infantil da AACD, SP, e verificada a confiabilidade entre 5 examinadores. Os dados obtidos foram analisados utilizando-se o índice de Kappa, para definir o índice de concordância de cada item dos diferentes domínios. Resultados: Os procedimentos de aplicação propostos no Brasil devem sofrer ajustes semânticos para abranger as necessidades de nossa cultura, partindo dos resultados apresentados no estudo de confiabilidade e fidedignidade. Considerações Finais: Depois dos ajustes semânticos realizados nos procedimentos de aplicação e do resultado da análise estatística, poderemos oferecer aos terapeutas ocupacionais brasileiros a versão final destes instrumentos, vindo a completar a necessidade destes profissionais de utilizar, em suas avaliações sobre o brincar da criança com deficiência, instrumentos adaptados, confiáveis e fidedignos para a cultura brasileira.




- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[572]
ESTUDO DE CONFIABILIDADE, FIDEDIGNIDADE DOS PROCEDIMENTOS DE APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DO MODELO LÚDICO

MARIA MADALENA MORAES SANT´ANNA1; ROSEMEIRE YASSUKO KAWAKAMI2; CAMILA MIRANDA ALMEIDA2; LOUISE JIMENEZ2

1.IAEPETEL, LONDRINA, PR, BRASIL; 2.AACD, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: modelo lúdico; adaptação transcultural; instrumentos de avaliação

Resumo: Introdução: Os instrumentos de avaliação utilizados no Modelo Lúdico foram desenvolvidos por Francine Ferland em 1994, sendo utilizados para crianças com deficiência física no período pré-escolar. A Avaliação do Comportamento Lúdico abrange cinco domínios a serem avaliados: interesse geral da criança; interesses lúdicos básicos; capacidades lúdicas básicas; atitude lúdica e expressão das necessidades e dos sentimentos, que são quantificados em escala que varia de 0 a 4. A Entrevista Inicial com os Pais abrange perguntas estruturadas para saber o comportamento lúdico da criança em casa em seis domínios: interesse gerais e lúdicos da criança, característica do brincar da criança, parceiros de brincadeira, objetos que usa para brincar, atitude lúdica e atividades que desenvolve em seu cotidiano. Estes instrumentos foram traduzidos e adaptados culturalmente para o Brasil, seguindo uma metodologia que incluiu a realização da tradução e da retrotradução, seguidas da avaliação de equivalência semântica, idiomática e conceitual. A partir destes estudos, fez-se necessário, para elaborar o manual de aplicação na versão brasileira, um estudo de confiabilidade e fidedignidade também para os procedimentos de aplicação destes instrumentos. Objetivos: Estabelecer a confiabilidade e a fidedignidade dos procedimentos de aplicação da Entrevista Inicial com os Pais e Avaliação do Comportamento Lúdico da criança com deficiência física, a partir dos estudos de adaptação transcultural dos protocolos de avaliação do Modelo Lúdico para o Brasil. Metodologia: Foram realizadas as avaliações utilizando os dois instrumentos em 20 crianças na faixa etária de 6 meses a 6 anos com diagnóstico clínico de paralisia cerebral do setor de terapia ocupacional infantil da AACD, SP, e verificada a confiabilidade entre 5 examinadores. Os dados obtidos foram analisados utilizando-se o índice de Kappa, para definir o índice de concordância de cada item dos diferentes domínios. Resultados: Os procedimentos de aplicação propostos no Brasil devem sofrer ajustes semânticos para abranger as necessidades de nossa cultura, partindo dos resultados apresentados no estudo de confiabilidade e fidedignidade. Considerações Finais: Depois dos ajustes semânticos realizados nos procedimentos de aplicação e do resultado da análise estatística, poderemos oferecer aos terapeutas ocupacionais brasileiros a versão final destes instrumentos, vindo a completar a necessidade destes profissionais de utilizar, em suas avaliações sobre o brincar da criança com deficiência, instrumentos adaptados, confiáveis e fidedignos para a cultura brasileira.




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[582]

RECONHECIMENTO DA REDE E TERRITÓRIO PARA DINÂMICA DE TRABALHO DE RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

RODRIGO ALVES DOS SANTOS SILVA1; ANDRÉ EDUARDO MEI2; CRISTINA AURORA GUIATA2; SIMONE BORGES DA SILVA2; RICARDO JOSÉ GOMES2

1.UFSCAR, SAO CARLOS, SP, BRASIL; 2.UNIFESP, SANTOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: residência multiprofissional; território; sistema único de saúde

Resumo: Introdução: A Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde da UNIFESP – Campus Baixada Santista, tem como público alvo os usuários do SUS. Assume como eixo transversal a atenção à saúde do indivíduo, família e sua rede social, através de intervenções preventivas, curativas e reabilitadoras, além de formar profissionais que sejam capazes de colocar o saber específico na direção de um saber compartilhado enfatizando a interdisciplinaridade como norteadora das ações individuais e coletivas. Objetivo: descrever a dinâmica de trabalho inicial realizada pelos Residentes Multiprofissionais em Atenção à Saúde em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no município de Santos - SP. Descrição da experiência: de maio a julho de 2012 houve inserção dos Residentes Multiprofissionais de oito áreas diferentes em uma UBS. Ações iniciais realizadas: apropriação das atividades desenvolvidas e vinculação com a equipe de funcionários; visitas domiciliares para aproximação ao cotidiano comunitário; territorialização visando contribuir à observância das relações sociais e infraestrutura; visitas a equipamentos da rede de saúde, assistencial social, educação e ONGs com o objetivo de mapear os equipamentos e realizar contatos interpessoais; participação em reuniões dos Agentes Comunitárias de Saúde(ACS) e reuniões do Conselho Local visando compreender o trabalho dos ACS e os espaços de controle social da população.Resultados: As ações iniciais possibilitaram agregar aliados para compartilhar o planejamento e desenvolvimento das atividades propostas, favoreceram a troca de saberes, além da percepção das singularidades dos sujeitos através da visita domiciliar. A territorialização proporcionou o reconhecimento do cotidiano, estrutura e condicionantes de saúde do território para o desenvolvimento de projetos de intervenção, no mesmo sentido que o diálogo com os componentes da rede fortaleceu laços para o trabalho intersetorial. Foi possível perceber a complexidade do trabalho dos ACS e compartilhar discussões do processo saúde doença. Sentir a necessidade de qualificar o controle social sobre as ações do Estado oferecidas pela UBS, estratégia importante para que se criem resistências à redução das políticas sociais. Considerações Finais: levando em consideração as experiências compartilhadas nessa etapa inicial de formação em ensino e serviço, entendemos que a discussão sobre a dinâmica de construir laços na UBS, território e rede de serviços é essencial para realização das ações coletivas e individuais dentro do cenário de prática na atenção primária incorporando um sentido de complexidade que potencializa os encontros e a gestão do cuidado em saúde.




- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[584]

NECESSIDADE DE TERAPEUTAS OCUPACIONAIS NA AMAZÔNIA BRASILEIRA

OTAVIO AUGUSTO DE ARAÚJO COSTA FOLHA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, ANANINDEUA, PA, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; amazônia; graduação

Resumo: Introdução: A Terapia Ocupacional é uma profissão que, se comparada a profissões milenares como a medicina, o direito, a pedagogia, é considerada recente. É oriunda do campo da saúde, mas hoje adentra e se consolida em outros campos, como a educação e o campo social. Desde sua regulamentação no âmbito nacional no final da década de 1960, a Terapia Ocupacional ampliou suas teorias e práticas e foi inserida em algumas políticas públicas. No entanto, observamos que o número de profissionais ainda é incipiente no cenário brasileiro, principalmente em regiões em desenvolvimento como a Amazônia, o que afeta a oferta e a inserção em políticas, programas e serviços na região. Objetivo: Neste sentido, buscou-se investigar a necessidade quantitativa de terapeutas ocupacionais na região amazônica, considerando os serviços de saúde e na assistência social. Materiais e Métodos. Foi realizado um levantamento do número de terapeutas ocupacionais que atuam na região, dos cursos de graduação em Terapia Ocupacional, bem como dos dispositivos de atenção à saúde e à assistência social onde o terapeuta ocupacional está inserido, através do sistema COFFITO/ CREFITO´s, dos bancos de informações do Ministério da Saúde, do Ministério do Desenvolvimento Social e do Ministério da Educação. Resultado/Discussão. Os resultados indicaram que existe uma defasagem significativa de terapeutas ocupacionais na região amazônica tanto nos serviços de saúde quanto nos dispositivos de assistência social. Indicaram também que a quantidade de profissionais formados por ano nos cursos de graduação existentes na região não será capaz de suprir a necessidade de profissionais nos serviços públicos pelo menos a curto e médio prazo. Considerações Finais: Este estudo elucidou a necessidade de terapeutas ocupacionais na região amazônica, da criação de novos cursos de graduação e da inserção dos profissionais nas políticas, programas e serviços no âmbito da saúde e da assistência social. Elucidou também a necessidade de implementação de estratégias coletivas para a ampliação da oferta dos serviços por terapeutas ocupacionais.






- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[586]

PRÁTICAS DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM USF DE SANTOS/SP: EXPERIÊNCIAS E APRENDIZADOS

RODRIGO ALVES DOS SANTOS SILVA1; ANDRÉ EDUARDO MEI2; DEBORAH OLIVEIRA2; NATASSIA APARECIDA AUGUSTO2; TEREZINHA RODRIGUES2

1.UFSCAR, SÃO CARLOS, SP, BRASIL; 2.UNIFESP, SANTOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: residência multiprofissional; sistema único de saúde; formação em saúde

Resumo: Introdução: O Programa de Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde da Universidade Federal de São Paulo (PRMAS - UNIFESP), Campus Baixada Santista, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Santos e Santa Casa de Santos, propõe atuação no nível primário em Unidade Básica de Saúde e Unidade de Saúde da Família por equipes de 8 profissionais de categorias distintas. Objetivo: Apresentar ações realizadas no período de março a dezembro de 2012 por equipe de residentes do PRMAS - UNIFESP na Seção de Saúde da Família (SESFAMI) dos Morros Vila Progresso e Santa Maria, situada no município de Santos – SP, através de relato de experiência pautado nos registros dos residentes. Descrição da experiência: No período mencionado, a equipe de residentes pautou seu trabalho em ações por linhas de cuidado em saúde: linha materno-infantil - grupo de gestantes e grupo de crianças menores de um ano; infância e adolescência - grupo de pré-adolescentes e aproximação do Programa Saúde na Escola; adulto e idoso - grupo de diabéticos insulino-dependentes; e saúde mental - participação do processo de matriciamento da rede de saúde mental e abordagens individuais por acolhimento e encaminhamento. Foram também realizadas ações transversais tais como: territorialização, acompanhamento de famílias cadastradas, capacitações, elaboração de catálogo de serviços, e organização do dispensário de medicamentos. Resultados: Observou-se aumento do vínculo de munícipes com a USF; aperfeiçoamento da percepção e prática dos profissionais; aproximação com a rede de cuidados, pela atuação de diferentes áreas profissionais e com a equipe local; e aprendizado sobre gestão de demanda. A operacionalização do trabalho foi dinâmica, havendo ações executadas conforme planejamento inicial (grupos de gestantes, menores de um ano e de insulino-dependentes, abordagens de acolhimento e encaminhamento), bem como atividades não desenvolvidas como previa o projeto (Saúde na Escola e grupo de promoção de saúde com mulheres) e outras ainda que necessitaram replanejamento, como o fortalecimento do matriciamento em saúde mental. Considerações Finais: As ações realizadas contribuíram para a formação dos residentes e profissionais da USF, através de processo que favoreceu discussão ampliada e percepção de singularidades, e para a assistência, enriquecida de olhares para o cuidado por diversificadas estratégias de atuação. Justifica-se, portanto, pedagógica e assistencialmente o investimento na parceria Residência Multiprofissional - USF.





- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[590]

VER-SUS: ATIVIDADES EXTRAMUROS NA FORMAÇÃO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL

MARLETE ANDRIZE DE OLIVEIRA; DANIELA LOCINDO SOUTO; TAÍSA GOMES FERREIRA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL.

Palavras-chave: ver-sus; terapia ocupacional; vivência

Resumo: Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde, o conceito de saúde é definido não apenas como a ausência de doença, mas como um estado de perfeito bem estar físico, psíquico, social e espiritual que considera fatores condicionantes e determinantes sociais de saúde. Aponta que é indubitável que o profissional da saúde esteja preparado para trabalhar com o sujeito de forma integral, considerando suas diferenças. Entretanto o que se observa é que o profissional de saúde muitas vezes pode passar por uma (de) formação nas Universidades, ou seja, não são preparados para considerar o sujeito em sua subjetividade e totalidade, ressaltando assim somente a patologia. Com o intuito de diminuir esse déficit na formação, o Ministério da Saúde juntamente com movimentos estudantis, desenvolveram o projeto Ver-SUS (Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde). Objetivo: Relatar a experiência do VER-SUS, realizada em 2012, no município de Santiago, Rio Grande do Sul. Metodologia: Trata-se de um relato de experiências vivenciadas no período de fevereiro de 2012, com duração de 10 dias. Contou com a participação de estudantes de diversas Universidades e de diferentes núcleos, onde foi oportunizado a todos os estudantes a possibilidade de ver a atuação do SUS na maioria de suas instâncias. Discussões: A Resolução CNE/CES 06/2002, Art. 3° refere que o Curso de Terapia Ocupacional tem como perfil uma formação generalista, humanista crítica e reflexiva, sendo necessário fortalecer este perfil em atividades extracurriculares como forma de complementar a formação. O VER-SUS é uma medida criada para suprir com as rupturas no ensino até que o mesmo esteja empoderado a ponto de arcar com essas demandas, sendo objetivos desta vivência redimensionar a formação acadêmica, possibilitando uma visão real da comunidade que os mesmos pretendem atuar, proporcionando trocas de saberes entre os diversos núcleos profissionais e um maior entendimento sobre o funcionamento do SUS, além de debater a criação, gestão, organização e trabalho para o SUS, já que grande parte dos profissionais de saúde será empregada neste sistema. Considerações Finais: O VER-SUS Propiciou aos versusianos uma experiência inigualável, onde conheceram o funcionamento do SUS, bem como foram provocados a refletir seu papel em uma equipe de saúde. A continuidade deste projeto de Vivência-Estágio é de grande importância para toda a comunidade acadêmica, pois propicia uma visão além da que é passada em sala de aula, um olhar mais humano da realidade do indivíduo e de suas necessidades.



- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[590]

VER-SUS: ATIVIDADES EXTRAMUROS NA FORMAÇÃO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL

MARLETE ANDRIZE DE OLIVEIRA; DANIELA LOCINDO SOUTO; TAÍSA GOMES FERREIRA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA MARIA, RS, BRASIL.

Palavras-chave: ver-sus; terapia ocupacional; vivência

Resumo: Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde, o conceito de saúde é definido não apenas como a ausência de doença, mas como um estado de perfeito bem estar físico, psíquico, social e espiritual que considera fatores condicionantes e determinantes sociais de saúde. Aponta que é indubitável que o profissional da saúde esteja preparado para trabalhar com o sujeito de forma integral, considerando suas diferenças. Entretanto o que se observa é que o profissional de saúde muitas vezes pode passar por uma (de) formação nas Universidades, ou seja, não são preparados para considerar o sujeito em sua subjetividade e totalidade, ressaltando assim somente a patologia. Com o intuito de diminuir esse déficit na formação, o Ministério da Saúde juntamente com movimentos estudantis, desenvolveram o projeto Ver-SUS (Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde). Objetivo: Relatar a experiência do VER-SUS, realizada em 2012, no município de Santiago, Rio Grande do Sul. Metodologia: Trata-se de um relato de experiências vivenciadas no período de fevereiro de 2012, com duração de 10 dias. Contou com a participação de estudantes de diversas Universidades e de diferentes núcleos, onde foi oportunizado a todos os estudantes a possibilidade de ver a atuação do SUS na maioria de suas instâncias. Discussões: A Resolução CNE/CES 06/2002, Art. 3° refere que o Curso de Terapia Ocupacional tem como perfil uma formação generalista, humanista crítica e reflexiva, sendo necessário fortalecer este perfil em atividades extracurriculares como forma de complementar a formação. O VER-SUS é uma medida criada para suprir com as rupturas no ensino até que o mesmo esteja empoderado a ponto de arcar com essas demandas, sendo objetivos desta vivência redimensionar a formação acadêmica, possibilitando uma visão real da comunidade que os mesmos pretendem atuar, proporcionando trocas de saberes entre os diversos núcleos profissionais e um maior entendimento sobre o funcionamento do SUS, além de debater a criação, gestão, organização e trabalho para o SUS, já que grande parte dos profissionais de saúde será empregada neste sistema. Considerações Finais: O VER-SUS Propiciou aos versusianos uma experiência inigualável, onde conheceram o funcionamento do SUS, bem como foram provocados a refletir seu papel em uma equipe de saúde. A continuidade deste projeto de Vivência-Estágio é de grande importância para toda a comunidade acadêmica, pois propicia uma visão além da que é passada em sala de aula, um olhar mais humano da realidade do indivíduo e de suas necessidades.





- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[599]

PERFIL DAS CRIANÇAS ATENDIDAS NA TERAPIA ASSISTIDA POR CAVALOS: CONTRIBUIÇÃO DO CURSO DE TERAPIA OCUPACIONAL/UFS

ANA CLAUDIA SANTOS; SANDRA AIACHE MENTA; JÉSSICA RIBEIRO SANTOS; VALESCA DÓRIA DE AZEVEDO; RAVANE VASCONCELOS SANTOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, LAGARTO, SE, BRASIL.

Palavras-chave: terapia assistida por cavalos; terapia ocupacional; reabilitação

Resumo: Introdução: A Terapia Assistida por Cavalos (TAC) é uma intervenção educacional e terapêutica que usa o cavalo dentro de um contexto multidisciplinar das áreas de saúde, com o objetivo de desenvolver os aspectos neuropsicomotores 1,2,3. O beneficio de um serviço de reabilitação que possa melhorar a qualidade de vida das crianças, além da importância fundamental no processo de aprendizagem dos alunos dos cursos de Terapia Ocupacional no contato com terapias alternativas que envolvem diversos contextos sociais e culturais 4, foi o motivador da construção de um projeto de extensão no Núcleo de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Sergipe utilizando a TAC Objetivo: Apresentar o perfil do grupo que inicialmente seria assistido por tal projeto e relatar dados do grupo que permanece em atendimento após seis meses de funcionamento. Metodologia: Inicialmente foram divulgados e esclarecidos, junto aos técnicos das Secretarias de Saúde e Educação do Município de Lagarto/SE, os benefícios da TAC, pelos profissionais responsáveis pelo projeto. Posteriormente foi acordado que inicialmente seria atendido um grupo de crianças pré-selecionadas pela Secretaria de Educação. Resultados/Discussão: 28 crianças com distúrbios neuropsicomotores foram encaminhadas pela Secretaria de Educação (Departamento de Educação Especial), condicionadas com a autorização médica prévia. Atualmente, estão sendo assistidas 19 crianças no projeto TAC, das quais 10 apresentam o diagnóstico de autismo, 8 apresentam Paralisia Cerebral e 1 apresenta Síndrome de DOWN. As outras crianças foram desligadas do projeto por motivo de inassiduidade habitual. Considerações Finais: Durante essa trajetória, estão sendo notáveis os avanços tanto para praticantes como os familiares e toda equipe integrante da TAC. Diante de relatos dos pais, professores e profissionais que vem acompanhando essas crianças observou-se melhora na diminuição da agressividade, relação social com colegas em sala de aula e demais pessoas, uma melhor aceitação de regras e vários outros aspectos.




- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[601]

O PROCESSO DE FORMAÇÃO DE RESIDENTES DE TERAPIA OCUPACIONAL EM SERVIÇOS DE SAÚDE DO TRABALHADOR

DANIELE RODRIGUEZ ZOLDAN; RENATA CORADINE MEIRELES; SABRINA DE MELLO RODRIGUES; TATIANA ANDRADE JARDIM; JULIANA DE OLIVEIRA BARROS; SELMA LANCMAN

USP, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; residência multiprofissional; saúde do trabalhador

Resumo: Introdução: Os Programas de Residência Multiprofissional em Saúde são orientados pelos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, como estratégia de formação específica com vistas a instituir um arsenal de profissionais com perfil para modificar práticas atuais e criar uma nova cultura de intervenção e de entendimento em saúde. Nesse contexto, o Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, implantou em 2012 o “Programa de Residência Multiprofissional em Promoção da Saúde e Cuidado na Atenção Hospitalar”, que compreende três áreas de concentração: Saúde da Criança e do Adolescente, Saúde do Adulto e do Idoso e Saúde Coletiva com ênfase em Saúde e Trabalho. Objetivos: Refletir sobre a experiência de formação das residentes de Terapia Ocupacional da área de Saúde do Trabalhador, em serviços específicos desse campo, em contexto multiprofissional. Metodologia: Relato de experiência da inserção de três terapeutas ocupacionais em dois Serviços de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), serviço com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. Resultados: Efetivação da parceria da Terapia Ocupacional com dois SESMTs, sendo um de uma universidade pública e o outro de um hospital público, resultando em três projetos. No SESMT da universidade pública foram desenvolvidos dois programas: - Programa de Reabilitação e Readaptação Profissional, desenvolvido em parceria com a equipe do serviço, objetivando a readaptação e permanência no trabalho de trabalhadores com restrições laborativas e histórico de uso abusivo de álcool e drogas. - Programa de Retorno ao Trabalho para funcionários com restrições laborativas de um hospital universitário, com visão multidisciplinar a fim de sensibilizar gestores e trabalhadores sobre a readaptação profissional e adaptações nas condições e organização do trabalho visando a permanência do trabalhador em contexto laboral. No SESMT do hospital foi desenvolvido uma parceria com a equipe do serviço, objetivando o acompanhamento dos trabalhadores com restrições laborativas para avaliação e adequação do trabalho às restrições de saúde e promovendo ações preventivas para os demais trabalhadores. Considerações Finais: A residência possibilitou, para as residentes de Terapia Ocupacional, a vivência de práticas em serviço multidisciplinares e a atuação em equipe, auxiliando na articulação de saberes, fazeres e produção de conhecimento. Para a equipe envolvida, possibilitou o reconhecimento da contribuição do Terapeuta Ocupacional no contexto de Saúde do Trabalhador.



- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL


[611]

RELATO DE EXPERIÊNCIA EM INICIAÇÃO CIENTÍFICA NA GRADUAÇÃO EM TERAPIA OCUPACIONAL

DANIELA CHRISTOVAM; ALINE CRISTINA BENEDITO; CATHERINE AMORIM KRON; MARIA LUISA GAZABIM SIMÕES BALLARIN

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS, CAMPINAS, SP, BRASIL

Palavras-chave: terapia ocupacional; pesquisa; aprendizagem

Resumo: Considerando que a iniciação cientifica - IC é o primeiro passo dado pelo estudante na direção da investigação científica possibilitando uma formação diferenciada, este trabalho tem por objetivo discorrer sobre a vivência de bolsistas da Faculdade de Terapia Ocupacional da PUC-Campinas que integraram o grupo de pesquisa: “Saúde Mental, Terapia Ocupacional e Perspectivas de Formação”. Trata-se um trabalho descritivo e qualitativo, caracterizado como um relato de experiência realizado com base nos relatórios de pesquisa de três bolsistas e nos registros das reuniões sistemáticas realizadas semanalmente com orientador, no ano de 2012. Este relato foi construído em conjunto, seguindo os passos formais do desenvolvimento de pesquisas cientificas com as respectivas descrições e reflexões dos participantes deste processo. Buscamos descrever os fatores que motivaram nossa inserção na iniciação científica, as dificuldades encontradas nas diferentes fases do processo e a importância dessa experiência na formação pessoal e profissional. A área e a temática investigada foram decisivas para que buscássemos o contato inicial com o orientador, nos motivando a realizar o processo seletivo. Após nossa inserção e como primeira etapa do processo, passamos a ter contato com o plano de trabalho de iniciação científica e a metodologia utilizada no estudo, o que demandou inúmeras leituras. Nesta fase, foi relevante aprender a manusear as fontes de informação e começar a dialogar com os diferentes autores. Na fase subsequente, relativa à organização, a montagem do banco de dados e a análise estatística dos mesmos, embora tivéssemos encontrado dificuldades tivemos que aprender utilizar ferramentas e a compreender a estatística descritiva. A etapa de elaboração dos relatórios e do trabalho final foi a que mais demandou empenho, pois nos deparamos com a dificuldade para adequar à linguagem de acordo com as normas estabelecidas, organizar o conteúdo do artigo, administrar o tempo, conciliando as atividades de pesquisa e as demais atividades acadêmicas. É importante destacar que o acompanhamento do orientador ao longo de todo processo foi fundamental, pela sua experiência, conhecimentos e disponibilidade para ensinar. A experiência foi positiva, muitos conhecimentos foram agregados, as dificuldades encontradas pelas alunas foram relativamente superadas. A iniciação cientifica na Terapia Ocupacional necessita ser estimulada, complementando os currículos e formando profissionais cada vez mais capacitados, pois ao participar deste processo identificamos sua importância, não somente para o graduando, mas para os conhecimentos produzidos no campo da Terapia Ocupacional.



- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[616]

TERAPIA OCUPACIONAL: A EVASÃO NA GRADUAÇÃO UMA NECESSIDADE DE DISCUSSÃO?

MARIA LUISA GAZABIM SIMÕES BALLARIN; FÁBIO BRUNO DE CARVALHO; LIANA MAURA NAKED TANNUS; CÉLIA EMÍLIA DE FREITAS ALVES AMARAL MOREIRA; ROBERTO CIASCA

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS - PUC-CAMPINAS, CAMPINAS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; educação superior; evasão

Resumo: Um dos problemas que na atualidade vêm preocupando as Instituições de Ensino Superior - IES brasileiras é a evasão. A evasão de um curso pode ser definida como sendo à saída do aluno de seu curso de origem, sem concluí-lo, caracterizando-se como um fenômeno complexo que pode envolver inúmeros fatores, dos quais se destacam os: pedagógicos, psicológicos, sociais, políticos, econômicos e administrativos. Buscando compreender melhor a evasão no cenário local, este trabalho tem por objetivo analisar a evasão na Faculdade de Terapia Ocupacional do interior de São Paulo. Para tanto, procedeu-se ao levantamento de documentos e relatórios contendo dados sobre alunos matriculados, trancamentos e destrancamentos de matrículas, considerando o período compreendido entre os anos de 2005 a 2012. Utilizou-se como cálculo básico desse estudo, a equação clássica que implica na comparação entre o número de alunos que estavam matriculados num determinado ano, subtraídos os concluintes, com a quantidade de alunos matriculados no ano seguinte, subtraindo-se deste último total os ingressantes desse ano, medindo-se assim, a perda de alunos de um ano para outro, ou seja, a evasão anual. Os dados foram compilados e apresentados em forma de gráficos. Os resultados obtidos evidenciaram que à evasão na referida Faculdade tem índices menores dos padrões descritos em outros estudos que é de 22%, conforme se pode constatar, os percentuais de evasão entre os anos de 2005 a 2008 variaram de 7% a 12%. Nos anos subsequentes, observou-se ligeiro aumento desses percentuais. Esse aumento pode estar associado a não inserção de ingressantes em decorrente do não oferecimento do curso nos anos de 2008, 2009 e 2010. De modo geral, os índices de evasão percentual dos alunos mostraram-se próximos aos índices de evasão do ensino superior. Assim, efetivamente a evasão não é a questão mais problemática e prioritária do referido curso. A diminuição da procura e do número de ingressantes pode indicar sim, problemática merecedora de discussão. Neste sentido, talvez também devêssemos dirigir o foco da atenção para estudos que correlacionem a evasão com outras questões, tais como: o mercado de trabalho do terapeuta ocupacional, à captação de alunos, a valorização social do profissional e o aumento do número de curso de graduação em Terapia Ocupacional.



- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[622]

FORMAÇÃO ACADÊMICA EM TERAPIA OCUPACIONAL: A EXPERIÊNCIA DO GRUPO SAÚDE, TRABALHO E ERGONOMIA NA EXTENSÃO E PESQUISA

BARBARA LIMA BARROSO; CARINA CARVALHO COUTINHO; LUÍS BUENO SILVA; RAYSSA M. LIRA DE MORAIS; IVANALLE HÉLLIDA SINÉSIO CÂNDIDO DA SILVA; MARINA BATISTA SOUZA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, JOÂO PESSOA, PB, BRASIL.

Palavras-chave: grupo de pesquisa; terapia ocupacional; saúde do trabalhador

Resumo: Introdução: A pesquisa científica durante o processo de graduação tem sido objeto de diversos estudos. A universidade possui como função norteadora especifica a produção e difusão de conhecimentos para a melhoria do bem estar da sociedade. Tais construções são realizadas nos campos prático e cientifico do fazer acadêmico, geradores de reflexões críticas, experiências norteadoras, respeitando-se a historicidade do local e do indivíduo. Vislumbramos a extensão como um elo entre a Universidade e a Sociedade, através da utilização de diálogos que objetivam o crescimento em mão dupla, despertando no acadêmico a percepção de que a universidade não é detentora de todos os conhecimentos, e que a escuta e o diálogo com a população são fundamentais para o crescimento de ambos, além de entendermos que não existe uma formação completa do discente sem a extensão que gerará atuações de iniciação científica criando um diálogo mais completo entre as ações realizadas no território gerando conhecimentos e dados para a pesquisa. Em meio a estas responsabilidades o processo acadêmico proporcionará uma aquisição de saberes mais reflexivo no discente, formando não apenas profissionais técnicos, mas indivíduos politizados, com uma visão inter/transdisciplinar. Melhorando, dessa forma, a qualidade do ensino durante a graduação, consequentemente preparando o indivíduo para a pós-graduação com a utilização de novos conhecimentos sobre as diferentes áreas, o que possibilitará a interface com outros serviços, permitindo uma troca de vivências e experiências, com uma produção individual e coletiva que beneficiem o desenvolvimento da sociedade local e mundial. Objetivo: Divulgar as experiências e dificuldades durante o processo de implantação do Grupo de Pesquisa Saúde, Trabalho e Ergonomia da UFPB. Este grupo é composto por professores e acadêmicos de três áreas de conhecimento distintos (Engenharia de Produção, Fisioterapia e Terapia Ocupacional) dentro dos conceitos da transdisciplinaridade e interdisciplinaridade, abordagem científica que visa a unidade do conhecimento. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo, com viés exploratório, descritivo e explicativo. Resultados/Discussão: A equipe proponente desta proposta afirma o seu compromisso com a interface entre a tríade acadêmica: ensino, pesquisa e extensão, trabalhando de forma integrada para garantir a geração e a difusão de novos saberes, agregado a realidade social com a formação técnico-científica. Considerações Finais: Este grupo de pesquisa está em processo de construção e modelagem científica, experimentando todas as dificuldades e prazeres que o fazer educação cientifica proporciona aos docentes e discentes no Brasil.



- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[623]

FORMAÇÃO EM TERAPIA OCUPACIONAL: DESAFIOS DA ÀREA SOCIAL E O DILEMA DA QUESTÃO SOCIAL PARA A PROFISSÃO

MARIA DANIELA CORREA DE MACEDO; CAMILA MENDES

UFES, VITORIA, ES, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; graduação; área social

Resumo: O presente trabalho surgiu de inquietações e questionamentos de docente da área social do curso de Terapia Ocupacional da UFES sobre como o currículo têm contemplado as necessidades e demandas da área social e como têm resultado essas ações na formação dos graduandos. Com isso, buscamos entender como algumas estratégias estão refletindo na formação e avaliar se as mesmas têm garantido a necessidade de demandas teóricas e práticas necessárias para formação com qualidade no campo social. Este estudo compõe a pesquisa “O social em questão: correlações entre a prática e a formação em Terapia Ocupacional”, com objetivo geral de verificar a formação dos estudantes de Terapia Ocupacional da UFES no âmbito da área social. Utilizou-se método de estudo de caso, de abordagem qualitativa, com uso de entrevista semi-estruturada com graduando de Terapia Ocupacional. Critério de participação: graduando ter cumprido a grade curricular do curso e estágio obrigatório. Como resultado parcial deste estudo, observou-se que a área social ainda é relacionada e associada à questão social para Terapia Ocupacional, envolvendo campos e conceitos da saúde para exemplificar ações do campo social. Com isso, justifica-se a área através das políticas sociais, com ênfase ao SUAS e aos grupos populacionais diferenciados atendidos, como população em situação de rua, idosos, desabrigados por desastres naturais, índios. No entanto, notou-se fragilidade ao referenciar o aporte teórico e metodológico pertinente a área, vinculando processos terapêuticos às ações sociais. Conceitos pertinentes como história de vida, território, cultura e relações de poder foram destacados como questões centrais para o contexto social. Aparece a percepção sobre questões macroestruturais da sociedade como diferencial na formação em social embora apresenta-se como um grande desafio este olhar para Terapia Ocupacional diante de dicotomizações, ações pontuais e focadas em microestruturas. A falta de disciplinas, práticas e conteúdos foram citadas, sendo a extensão destacada com complementar a formação para compreensão da área social. Consideramos que embora questões centrais tenham aparecido como fundamentais para a área e apreendidas e adquiridas na formação, como território, populações diferenciadas socialmente, cultura, políticas; equívocos aparecem no discurso sobre a assimilação da questão social enquanto área, campo ou contexto. Com isso, percebe-se a necessidade de melhor definição no currículo sobre a área social, com maior número de disciplinas teórico e prática, variedade de conteúdos e carga horária significativa. Pois, a Terapia Ocupacional social aparece como “um desafio muito maior”.



- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 

[624]

A PRODUÇÃO CIENTÍFICA DE TERAPEUTAS OCUPACIONAIS NO PROGRAMA DE PÓSGRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA DA UFPA

DANIELLA FRANCO COUTINHO; GISELY GABRIELI AVELAR DE SOUZA; AIRLE MIRANDA DE SOUZA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, BELÉM, PA, BRASIL.

Palavras-chave: pós-graduação; terapia ocupacional; interdisciplinaridade

Resumo: No Brasil, somente a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) possui um Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional (TO). Na região norte os terapeutas ocupacionais têm buscado formação em pós-graduações de outros campos do conhecimento científico, dentre eles, a Psicologia. Na realidade amazônica, especificamente paraense, o Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP) da Universidade Federal do Pará (UFPA), fundando em 2005 e funcionando com o curso de mestrado, têm sido demandado por esse profissional. Esta pesquisa teve como objetivo compreender a inserção do terapeuta ocupacional no PPGP/UFPA. Para a coleta de dados, realizamos um levantamento das linhas de pesquisa, do ano de inserção dos terapeutas ocupacionais e temas desenvolvidos, por meio de consulta ao Banco de Teses da CAPES, site do PPGP e Curriculum lattes. A partir da análise dos dados, identificamos 14 terapeutas ocupacionais que ingressaram no programa, contudo, 1 (14%) discente do ano 2005, não concluiu o mestrado. A linha de pesquisa com maior quantitativo de terapeutas ocupacionais foi Prevenção e Tratamento Psicológico (PTP), com o total de 11 (85%) discentes; a linha Subjetividade e Cultura (SC), recebeu 2 (15%), enquanto que, Estudos Psicanalíticos e Psicopatológicos da Subjetividade (EPPS) nenhum. O ano com maior representatividade foi 2012, sendo selecionados 3 (23%) alunos. Os anos de 2007 e 2010 receberam 2 (15%), respectivamente e todos inseridos na linha PTP. Em 2006, 2008, 2009 e 2011 o programa recebeu, 1 (13%), em cada ano e somente em 2008 é que a linha SC foi contemplada, nos demais, todos estiveram em PTP. O ano de 2013 foi o único ao longo dos 8 anos de existência do programa sem terapeutas ocupacionais no corpo discente. Sobre os temas desenvolvidos nas dissertações, na linha PTP destacam-se estudos envolvendo processos de perda, morte e luto e em contextos hospitalares; pesquisas sobre gênero, paternidade, violência; acolhimento institucional e desenvolvimento infantil; arteterapia gestáltica; Gestalt-terapia e dependência química; na linha CS destacam-se estudos sobre representações sociais e políticas públicas. Compreendemos que o PPGP, tem sido fundamental na articulação de práticas e saberes interdisciplinares no campo social e da saúde, a partir da abertura de uma significativa porta para campos do conhecimento, como a Terapia Ocupacional, e assim, fomenta e proporciona desenvolvimento científico capaz de repercutir não apenas no campo específico desta profissão, mas com benefícios diretos e indiretos a toda comunidade, tanto científica, quanto para os indivíduos e grupos contemplado nos estudos.




- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[625]

O PERFIL ACADÊMICO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL EGRESSO DO PROGRAMA DE PÓSGRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA DA UFPA

DANIELLA FRANCO COUTINHO; GISELY GABRIELI AVELAR DE SOUZA; AIRLE MIRANDA DE SOUZA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, BELÉM, PA, BRASIL.

Palavras-chave: pós-graduação; terapia ocupacional; perfil

Resumo: A inserção na pós-graduação stricto sensu é um dos caminhos que o terapeuta ocupacional pode seguir ao longo de sua carreira profissional, contudo, o Brasil possui somente 1 mestrado especificamente na área o que contribui para o ingresso destes profissionais em múltiplos programas de áreas do conhecimento afins. A psicologia têm sido uma destas possibilidades, e no Pará, o Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP) da UFPa, conta com a participação efetiva de terapeutas ocupacionais em seu corpo discente desde sua fundação. O objetivo desta pesquisa foi identificar o perfil acadêmico dos terapeutas ocupacionais inseridos no PPGP/UFPA, a partir da análise do curriculum lattes dos terapeutas ocupacionais que ingressaram no respectivo programa, identificando os seguintes itens: instituição e ano de graduação; titulações; principais campos de atuação profissional; linhas de pesquisa e experiência em docência, com ênfase aos eixos e disciplinas. Os resultados demonstraram um quantitativo de 13 terapeutas ocupacionais que ingressaram e concluíram o mestrado no PPGP/UFPa. Todos (100%) graduados em Terapia Ocupacional (TO) pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), entre os anos de 1994 e 2010, sendo 2002 e 2004 os de maior representatividade, 3 (23%). Em relação a titulação acadêmica, identificamos que 3 (23%) são mestres e possuem mais de uma especialização, 3 (23%) estão cursando o mestrado e 4 (30%) já ingressaram no doutorado. Quanto aos principais campos de atuação profissional, constatamos que a maioria, 9 (69%), possui experiência no campo da habilitação e/ou reabilitação; 5 (39%) na assistência social; 9 (69%) na assistência hospitalar e 6 (46%) em saúde mental. As linhas de pesquisa, indicaram que 9 (69%) continuam desenvolvendo estudos, pesquisas e/ou práticas relacionadas aos temas de suas dissertações. A inserção na docência obteve uma amostra de 8 (61%) profissionais, e todos (100%) em cursos de graduação em Terapia Ocupacional. As áreas de ensino foram diversas, com destaque aos estágios supervisionados, 7 (54%) e atividades junto a coordenação, 5 (39%). Um dos principais objetivos do mestrado é o estímulo a docência, e os resultados apontam que grande parte dos terapeutas ocupacionais ingressou na carreira a partir do mestrado, o que ratifica a importância da pós-graduação para alcançar o meio acadêmico. Constatamos também um número expressivo de profissionais que permaneceram desenvolvendo estudos relacionados aos temas de suas dissertações, o que permite compreender que os eixos de pesquisa aprofundados no percurso da pós-graduação, são potencialmente capazes de influenciar na prática profissional e acadêmica ou vice-versa.



- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[630] 

INTERDISCIPLINARIDADE, PET-SAÚDE E TERAPIA OCUPACIONAL

EMANUELLE COMPARIM; DERIVAN BRITO DA SILVA

UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: interdisciplinaridade; pet-saúde; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: A interdisciplinaridade é um desafio para o desenvolvimento de práticas integrais em saúde, destarte há necessidade de propiciar vivências interdisciplinares aos estudantes. O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) favorece aos estudantes vivências em serviços de saúde e aos profissionais e serviços de saúde o aperfeiçoamento e a especialização, por meio da criação de grupos de aprendizagem tutorial. Objetivo: Analisar as contribuições de ações interdisciplinares, desenvolvidas no PET-Saúde, para a formação profissional em saúde, mas especificamente em Terapia Ocupacional. Metodologia: Para a realização do estudo utilizou-se de procedimentos relativos à pesquisa bibliográfica e pesquisa documental. A estruturação da pesquisa foi composta por uma sequência de procedimentos que compreende quatro fases, sendo elas: elaboração do projeto de pesquisa, investigação das soluções, análise explicativa das soluções e síntese integradora. Utilizou-se como categorias conceituais: Formação Profissional em Saúde; Ações Interdisciplinares; Terapia Ocupacional; PET-Saúde. Discussão: A formação em saúde requer o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias ao trabalho em equipe, onde se faz necessário a vivência em serviços de saúde onde deve perpassar ações interdisciplinares. As características fundamentais da interdisciplinaridade são a intensa troca de saberes entre os especialistas e o grau de integração das disciplinas. Cursos de Terapia Ocupacional tem se vinculado ao PET-Saúde enquanto uma das estratégias para o desenvolvimento de ações de ensino-pesquisa-extensão. Observa-se que os estudantes podem estar vinculados a dois papéis: o de monitor do PET-Saúde, o de estudante de uma determinada disciplina vinculada ao PET-Saúde, ou ambos. Enquanto monitor desenvolve atividades ao longo do projeto junto à equipe do serviço e à comunidade. Já como estudante foca mais para as atividades específicas e pontuais da disciplina responsável pela ação, seja ela de ensino, pesquisa ou extensão. O PET-Saúde contribui para que ocorra a dinâmica entre a tríade ensino-serviço-comunidade. Observam-se mudanças na formação e capacitação para o exercício profissional nos serviços de saúde, tanto de estudantes quanto de profissionais. Além de mudança no campo dos saberes que ampliam a visão crítica em relação ao trabalho em equipe. Considerações Finais: Há necessidade do estímulo contínuo ao planejamento e implementação de ações interdisciplinares, com intuito de formar profissionais aptos ao trabalho em equipe e com visão crítica em relação aos diferentes saberes, enquanto uma das estratégias para melhoria da atenção/assistência em saúde.




- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL  


[637] 

A IMPORTÂNCIA DO PET-SAÚDE PARA A FORMAÇÃO DOS ALUNOS BOLSISTAS

MELISSA COSTA DE MAGALHÃES; CAROLINA MARIA DO CARMO ALONSO; SOFIA RÉGIS VIEIRA; LARISSA TEREZA FERNANDES DIAS; CAMILLA FIGUEIREDO DA COSTA MALHEIRO

UFRJ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; pet - saúde; estratégia saúde da família

Resumo: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) "Atenção à Saúde da pessoa com deficiência na Estratégia Saúde da Família (ESF): discutindo necessidades e novas possibilidades de cuidado" teve início em 2012 e tem por objetivo a integração de ensino, serviço e pesquisa no campo das práticas territoriais de cuidado à saúde das pessoas com deficiência, por meio da análise das ações desenvolvidas pelos profissionais das equipes de saúde da família e do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF). O projeto PET-Saúde é desenvolvido através de uma parceria entre o Curso de Terapia Ocupacional da UFRJ e uma unidade de saúde da cidade do Rio de janeiro. Uma tutora-docente da UFRJ- coordena doze alunas bolsistas e seis preceptores que são profissionais da unidade de saúde. Este estudo realiza-se em etapas e é baseado em princípios da pesquisa ação, na qual os sujeitos da pesquisa participam ativamente da produção de resultados. Na etapa um deu-se a aproximação e inserção dos alunos no campo da ESF e NASF por meio de: visitas domiciliares, acolhimento na unidade, grupos, palestras, capacitações e oficinas. Na etapa dois, busca-se identificar as representações dos profissionais da ESF sobre o cuidado da pessoa com deficiência. Na etapa três, a partir da análise dos dados produzidos nas etapas anteriores, projetar-se-á ações junto as equipes da ESF que possibilitem o desenvolvimento de novas estratégias de cuidado da população com deficiência. A experiência das alunas nas primeiras etapas do projeto proporcionou aproximação com as políticas públicas de saúde, o SUS e seus conceitos. O contato com a realidade dos usuários do serviço foi determinante na construção do conhecimento dos alunos promovendo visão contextualizada do processo de saúde-doença o que significou à necessidade de trabalhar a partir do referencial da Clínica Ampliada. Nessa mesma direção as experiências multidisciplinares e interdisciplinares e também a oportunidade de aplicar conceitos aprendidos durante a formação acadêmica foram fonte de enriquecimento para a formação. A participação no projeto permitiu a inserção das alunas em eventos específicos da área possibilitando aprofundar temas atuais relacionados à pesquisa como Matriciamento e apoio especializado na ESF. O PET- Saúde é um projeto que coloca os estudantes da graduação em contato direto com a política pública do SUS e com sua aplicação prática durante o período de formação profissional. Assim, contribui para a compreensão do conteúdo teórico-prático de forma facilitada, apresentando por isso, grande relevância e importância na formação acadêmica.





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[639] 

A INFLUÊNCIA DO ESTRESSE PRECOCE NO DESEMPENHO OCUPACIONAL DE PACIENTES DEPRESSIVOS: RESULTADOS PRELIMINARES

CAMILA MARIA SEVERI MARTINS; KEIDE FERNANDA USTULIN; CRISTIANE VON WERNE BAES; NAYANNE BECKMANN BOSAIPO; MARIA PAULA PANÚNCIO-PINTO; MARIO FRANCISCO JURUENA

FMRP-USP, BRODOWSKI, SP, BRASIL.

Palavras-chave: estresse precoce; depressão; avaliação do desempenho ocupacional

Resumo: Introdução: A Prática Baseada no Cliente na Terapia Ocupacional estabelece que a saúde está fundamentada no desempenho ocupacional do cliente, visando priorizar as necessidades e desejo da pessoa no seu tratamento. A literatura aponta que a depressão ocasiona graves prejuízos em diferentes áreas do desempenho ocupacional do individuo. Além disso, o Estresse Precoce (EP) atua como fator agravante, mantenedor do curso crônico e recorrente da depressão. A Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM) foi desenvolvida para avaliar a percepção da pessoa sobre seu desempenho ocupacional nos domínios: auto-cuidado, lazer e produtividade, sendo assim relevante sua aplicação em pacientes depressivos. Objetivo: Comparar a auto-percepção do desempenho ocupacional de pacientes adultos em episódio depressivo atual com e sem história de estresse precoce através da COPM. Metodologia: A amostra foi composta por 11 pacientes depressivos do Hospital Dia do Hospital das Clínicas da FMRP-USP. Para avaliação da gravidade dos sintomas depressivos utilizamos a Escala de Depressão de Hamilton (HAM-D21), sendo incluídos apenas pacientes com HAM-D21≥17 pontos. A presença de EP foi confirmada através do Questionário Sobre Traumas na Infância (CTQ). Além disso, aplicamos a COPM para identificação de mudanças na auto-percepção do cliente no seu desempenho ocupacional. Resultados/Discussão: Na amostra avaliada, 81.8% dos pacientes sofreram algum tipo grave de EP, comparados a 18.2 % sem EP. A pontuação média dos pacientes com EP na HAM-D21 foi de 27.9 pontos (epm= 2.4), enquanto que os sem EP pontuaram 35.5 pontos (±1.5), demonstrando que ambos os grupos de pacientes apresentam sintomatologia depressiva grave. Além disso, os pacientes com EP obtiveram pontuação média de 2.8 (±0.5) de acordo com a escala de desempenho e 2.4 pontos (±0.4) na escala de satisfação da COPM, enquanto que os pacientes sem EP pontuaram em média 2.4 (0) na escala de desempenho e 1.0 ponto (0) na escala de satisfação da COPM. Dessa maneira, observa-se que o grupo de pacientes sem EP apresenta maior comprometimento nas esferas de desempenho e satisfação em relação às ocupações. Considerações Finais: Nossos resultados preliminares sugerem a influencia do estresse precoce no desempenho ocupacional em pacientes depressivos, porém em virtude da amostra reduzida de pacientes avaliados nossos dados são ainda limitados. Dessa forma mais estudos são necessários a compreensão dos mecanismos relacionados às vivências traumáticas de pacientes psiquiátricos adultos, objetivando práticas preventivas, interventivas e tratamentos mais eficazes na área da Terapia Ocupacional para pacientes depressivos com EP.





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[642]

EXPERIÊNCIA ACADÊMICA NA CONSTRUÇÃO DO PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR

KRYSLENE DOS SANTOS SOUZA ALCÂNTARA; JULIANA FERREIRA LOPES; MAURICÉA FERREIRA DE ALMEIDA; EMANUELLA PINHEIRO DE FARIAS BISPO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚIDE DE ALAGOAS, MACEIO, AL, BRASIL.

Palavras-chave: atenção primária; saúde mental; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: As equipes de Atenção Básica (AB) são um recurso estratégico para o enfrentamento de agravos vinculados a sofrimentos psíquicos devido sua proximidade ao território (Almeida,2013). O tratamento junto à família de portadores de esquizofrenia deve reconhecer as possíveis dificuldades do paciente, dando ênfase ao trabalho colaborativo entre cuidadores e profissionais para discussão da construção do Projeto Terapêutico Singular-PTS (Scazufca, 2000; BRASIL, 2007). Este é compreendido como uma estratégia de cuidado, organizada através de ações articuladas desenvolvidas por uma equipe multidisciplinar e definida a partir da singularidade do indivíduo, considerando suas necessidades e o contexto social que se insere (BOCCARDO, et al.2011). O terapeuta ocupacional na Estratégia de Saúde da Família, em suas ações na saúde mental, objetiva ampliar o desempenho e a participação social, obedecendo ao modelo de redes de cuidado, de base territorial e atuação transversal com outras políticas específicas atentando-se para a singularidade e subjetividade do sujeito (Ran,1997;Almeida,2013). Assim, o desenvolvimento do PTS se constitui como estratégia central de produção do cuidado e visa promover acolhimento, vínculo e responsabilização pelos usuários e garantir atenção continuada e integral a saúde. Objetivo: Relatar experiência acadêmica em práticas da disciplina de Saúde Pública aplica à Terapia Ocupacional em comunidade objetivando confeccionar o PTS a fim de visualizar ações e parcerias em prol da qualidade de vida do paciente e cuidadores. Metodologia: O projeto foi desenvolvido por visitas domiciliares acompanhadas e supervisionada por agentes comunitários da saúde, docente e monitores.Utilizou-se de entrevistas e escuta terapêutica dos familiares para sua construção, identificando no território as redes de suportes para a família e paciente. Resultados: A elaboração do PTS demonstrou a importância das redes de apoio e da equipe interdisciplinar no território para sua execução e construção coletiva.Consegui-se propor estratégias como acompanhamento do paciente e familiares no CAPS,igreja, hospitais;Identificando e realizando a escuta, acolhimento e orientações aos familiares;propondo um plano terapêutico visto as necessidades individuais e coletivas da casa;além de observar a necessidade do acompanhamento médico e terapêutico do paciente para maior autonomia e qualidade de vida. Considerações Finais: A construção do PTS foi uma ferramenta essencial para observar e praticar a integralidade na atenção à saúde, e nas práticas acadêmicas na comunidade ao promover o raciocínio clínico com o respeito as histórias de vida e singularidades dos sujeitos no território.




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[654]

PERSPECTIVAS DA TUTORIA E PRECEPTORIA DE TERAPIA OCUPACIONAL DAS RESIDÊNCIAS MULTIPROFISSIONAIS EM SAÚDE DA FAMÍLIA

ALINE GOMES GOMES; SANDRA MARIA GALHEIGO

USP, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: Interprofissionalidade; terapia ocupacional; residência multiprofissional em saúde

Resumo: Introdução: A atuação do terapeuta ocupacional enquanto tutor e preceptor da Residência Multiprofissional em Saúde da Família (RMSF) abarca atividades de ensino em serviço e de formação interdisciplinar e interprofissional, o que implica em uma série de desafios. No contexto da Atenção Primária a Saúde e no conjunto de ações da Saúde Coletiva, dentre as quais as relacionadas à nova Promoção da Saúde, o principal desafio tem sido o de preparar o residente terapeuta ocupacional para a prática generalista, tal como proposta pelo Sistema Único de Saúde. Objetivo/Metodologia: Esse trabalho, com base em relato de experiência, apresenta reflexões acerca dos desafios da tutoria e da preceptoria da RMSF no ensino da integralidade, da prática interprofissional, da constituição de rede de cuidados em saúde e do desenvolvimento da atuação generalista da profissão. Resultados: Compreendendo-se o objeto de trabalho do terapeuta ocupacional neste nível de atenção em saúde como multicêntrico e relacionado à participação social da população, à emancipação, às condições de vida, e às possibilidades de escolhas individuais e coletivas em consonância com a análise do contexto sócio-histórico, há para tutores e preceptores da RMSF desafios e caminhos a serem desbravados. Dentre os desafios encontrados apontamos a necessidade de superação de: (i) a tensão produzida pela separação entre os campos de atuação da profissão (reabilitação, saúde mental, social, dentre outros) que interfere no processo de aprendizagem do residente para a atuação em problemas complexos em saúde; (ii) as dificuldades de eleição de conteúdo didático que possam compor o campo generalista da profissão e; (iii) de dicotomias provenientes da atuação nos campos de saber e prática da profissão. Considerações Finais: Na proposta de formação em serviço da RMSF, tutores e preceptores, necessitam discutir desafios e estratégias para a superação de obstáculos para a formação multiprofissional em saúde. Ao mesmo tempo, têm que reconhecer e refletir criticamente suas velhas formas de intervir, bem como produzir novas formas de cuidado em saúde em uma perspectiva generalista.





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[678]

APONTAMENTOS SOBRE A PRIMEIRA RESIDÊNCIA TERAPÊUTICA DO ESTADO DO PARÁ: O ESPAÇO ENTRE O IMAGINÁRIO E A REALIDADE DO COTIDIANO

BRENDA PINA DOS SANTOS1; BRUNO COSTA POLTRONIERI1; ZENEIDE NAZARÉ LIMA DOS SANTOS1; ELECILDA CARVALHO PEREIRA RAIOL2

1.UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ, BELÉM, PA, BRASIL; 2.UNIDADE DE REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL, ANANINDEUA, PA, BRASIL.

Palavras-chave: residência terapêutica; reabilitação psicossocial; terapia ocupacional

Resumo: Em 2010 a reforma psiquiátrica no Estado do Pará apresentou um avanço importante em sua consolidação a partir da implementação de um novo serviço substitutivo em saúde mental caracterizado como Residência Terapêutica (RT). Assim, o presente estudo objetivou analisar a relação cotidiana entre moradores e cuidadores da primeira RT do Pará, os desafios e repercussões desse processo. Trata-se de um trabalho qualitativo que consistiu na observação do desempenho ocupacional dos moradores e de entrevistas acerca do imaginário social que permeia os cuidadores e as influências desse imaginário na realidade do cotidiano. A população alvo foi constituída por uma mostra de dezenove sujeitos, entre oito moradores e onze cuidadores de ambos os sexos que se disponibilizaram a participar do estudo. Durante a pesquisa de campo foi realizado também levantamento bibliográfico, utilizando-se como instrumento de coleta de dados um roteiro de observação de desempenho ocupacional adaptado do protocolo da Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM) ao contexto da RT e entrevistas semi-dirigidas voltadas para os cuidadores. Os resultados apontaram que alguns dos objetivos propostos pelo projeto da RT que visam a aquisição de autonomia e independência dos moradores dentro da ótica da reabilitação psicossocial ainda estão em construção. Observou-se dificuldades quanto à capacitação permanente dos cuidadores que vise a conscientização destes sobre o seu real papel dentro do cotidiano da casa, bem como carência de iniciativas sociais que busquem a inserção dos moradores em espaços para além da RT e consequente reinserção destes na comunidade e no trabalho, com vistas a oportunizar a reconstrução de um cotidiano que durante anos esteve tolhido em virtude do longo período de institucionalização. A partir disso, discutir como as ações em Terapia Ocupacional podem contribuir com a superação dessas problemáticas.




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[689]

O CONFLITO ENTRE O IDEAL E O REAL NA FORMACAO EM TERAPIA OCUPACIONAL

TERESINHA CID CONSTANTINIDIS; ALEXANDRE CARDOSO DA CUNHA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO, VITORIA, ES, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; prática profissional; educação em saúde

Resumo: Introdução: No período do estágio profissionalizante, o contato com a prática profissional, ocasiona o confronto entre teoria e prática, e requer que o aluno use os conhecimentos adquiridos na sua formação para transformar a realidade que encontram como terapeutas ocupacionais. No desenvolvimento da atividade prática, acontece a sujeição do real ao que é idealizado e a transformação do ideal em face às exigências do real. Para que este processo ocorra é importante que haja uma relação dinâmica entre o real e o ideal. Se a teoria fica simplesmente a reboque da prática, os fenômenos assumem seu desenvolvimento causal sem que se possa neles intervir. Objetivo: Discutir o processo de idealização da profissão pelos alunos em confronto com a realidade das experiências práticas, relacionando essa questão ao processo de formação do terapeuta ocupacional. Metodologia: Trata-se de um estudo teórico essencialmente qualitativo, desenvolvido a partir de discussões registradas, no momento de supervisão de estagio, em que a alunos do sétimo período do curso de graduação expressaram estranhamento ao confrontarem as práticas de Terapia Ocupacional idealizadas com aquelas as desenvolvidas por terapeutas ocupacionais atuantes nos serviços. Emergem no estudo quatro categorias identificadas em função de sua frequência e centralidade nas discussões: o processo da escolha da profissão, a idealização da Terapia ocupacional, a realidade profissional e o papel do professor no processo de formação do terapeuta ocupacional. Essas categorias são exploradas com apoio trabalhos sobre a formação em Terapia Ocupacional e teoria de produção de subjetividade. Resultados/Discussão: Os alunos expressam frustração em confrontar a Terapia Ocupacional idealizada, construída nos períodos precedentes de formação, com os terapeutas ocupacionais reais, nas atividades praticas. O conflito acontece como resultado do uso que os alunos fazem da Terapia Ocupacional ideal que, neste caso, deveria confirmar a prática. A formação resultaria de um processo de transformação que se dá entre a realidade considerada e o modelo idealizado, na relação professor aluno. Considerações Finais: Aponta-se que a reflexão sobre o processo de formação em Terapia Ocupacional vai além da discussão curricular trazendo a necessidade de discussão sobre a relação terapeuta ocupacional-população atendida-instituições, sobre os modos de subjetivação de professores e alunos de terapia ocupacional assim como a relação que se estabelece entre eles.




- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[695]

A BRINQUEDOTECA EM CONTEXTO AMBULATORIAL: REFLEXÕES A PARTIR DA EXPERIÊNCIA EM PROJETO DE EXTENSÃO

ANA CAROLINA CHAGAS PEREIRA; MARIA PAULA PANÚNCIO-PINTO; LUZIA IARA PFEIFER

FMRP-USP, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: Brincar; terapia ocupacional; brinquedoteca

Resumo: Introdução: O brincar é uma das oito áreas de ocupação, sendo considerado uma ocupação infantil significativa e fundamental. A Brinquedoteca é um espaço preparado para estimular a criança a brincar, possibilitando o acesso a uma grande variedade de brinquedos, dentro de um ambiente especialmente lúdico. Incentiva a autonomia e desenvolve a capacidade crítica e de escolha da criança, além de promover, o desenvolvimento infantil, a socialização, a criatividade e a imaginação. O Projeto de Extensão “Brinquedoteca/Sucatoteca”, desenvolvido a partir da sala de espera do Centro Integrado de Reabilitação do Hospital Estadual de Ribeirão Preto, oferta às crianças atendidas nos ambulatórios de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional este espaço para o desempenho de seu papel de “brincante”. A implantação da brinquedoteca faz parte das ações de humanização do serviço, proporcionando um ambiente enriquecedor que oferece estímulos ao brincar e a interação entre crianças, com ou sem alterações no desenvolvimento, profissionais, e seus cuidadores. Objetivo: este trabalho objetiva desenvolver uma reflexão sobre a importância de uma brinquedoteca no contexto ambulatorial, a partir da experiência do Projeto “Brinquedoteca/Sucatoteca” e de uma revisão de literatura sobre o tema. Metodologia: revisão de literatura em português (LILACS, SCIELO, MEDLINE, 2000-2013) sobre “brinquedoteca”; estudo documental do relatório anual do projeto. Resultados/Discussão: De forma geral a literatura aponta que o tema é mais explorado pela psicologia e educação, estando também presente em trabalhos da Enfermagem e Terapia Ocupacional. As brinquedotecas são mais frequentes em escolas e comunidades, além do contexto universitário e hospitalar. Pouco se publicou sobre brinquedotecas em serviços ambulatoriais. Análise qualitativa do relatório anual mostrou que a brinquedoteca aumentou a adesão ao tratamento, diminuindo as faltas e o tempo ocioso de espera, aumentando a interação entre as crianças e cuidadores. Considerações Finais: Dada a importância do brincar para o desenvolvimento, e considerando que há poucos trabalhos de terapeutas ocupacionais sobre brinquedotecas no contexto ambulatorial, faz-se necessário que estes profissionais se apropriem desse campo de atuação, desenvolvendo estudos sobre o tema.




- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[696]

MAPEAMENTO DOS SERVIÇOS PARA USUÁRIOS DE ÁLCOOL E DROGAS: UMA ESTRATÉGIA DE ENSINO – APRENDIZAGEM

ROBERTA PEREIRA FURTADO DA ROSA; EDUARDA GOMES PEREIRA; CLAUDECI SANTOS SILVA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: saúde mental; redes de atenção; formação em saúde

Resumo: Dados da coordenadoria de Saúde mental mostram avanços na implantação e financiamento de novos serviços em vários estados do país para tratamento de usuários de álcool e outras drogas e construção de políticas que contemplem essa população. Contudo tal investimento ainda não é suficiente à demanda de alguns municípios. Neste trabalho considera-se a cidade do Rio de Janeiro, que com 15.989.929 milhões de habitantes (IBGE, 2010) dispõe de poucos serviços territoriais guiados pela reforma psiquiátrica brasileira. Devido a ações de recolhimento de usuários de crack na cidade justificadas pela necessidade de tratamento urgente, foi proposto na disciplina de Terapia Ocupacional em saúde mental do IFRJ, compreender essa real situação e conhecer os serviços no território que atendem essa população. Objetivou-se promover uma reflexão crítica dos alunos em relação à oferta de tratamento em álcool e outras drogas no município em contraponto ao movimento de internações compulsórias. Foi proposto um debate sobre as ações de recolhimento compulsório a usuários de drogas pela prefeitura do Rio de Janeiro e posteriormente foi feito um levantamento dos serviços já existentes na cidade a fim de mapear sua disposição segundo as áreas programáticas (A.P.) a qual a cidade é dividida. Os serviços-alvo foram leitos de crise/ urgência, consultórios de Rua, CAPSad e comunidades terapêuticas públicas e privadas. A atividade prática foi feita a partir de sobreposição de mapas demarcados pelas A.P. e bairros e a marcação dos serviços neles, segundo dados encontrados pelos alunos. Esta atividade visou discutir as ações de recolhimento compulsório justificadas por uma “estratégia de tratamento” aos usuários de drogas, e a real situação e oferta dos serviços existentes. Foi observada a falta de investimento público quanto à criação de novos serviços orientados pelas Políticas de Saúde Mental, além da distribuição dos já existentes refletirem uma discrepância segundo cada A.P. demonstrando que a oferta de tratamento em álcool e drogas se concentra na zona sul e centro da cidade e é escasso nas zonas oeste e norte da cidade. Consideramos que esta estratégia de mapeamento trouxe aos alunos a compreensão sobre a falta de investimentos, mostrando diferenças em relação à oferta de cuidados na cidade. Esta falta é mascarada por outras ações que propõem respostas rápidas a problemas complexos. Notamos assim um quadro de desassistência a essa população que necessita de cuidados a longo prazo. Esta proposta de ensino permitiu aos alunos a construção de uma posição crítica sobre o assunto fazendo-os co-partícipes na luta pelos direitos da população ao acesso a saúde mental no município.





- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[695]

A BRINQUEDOTECA EM CONTEXTO AMBULATORIAL: REFLEXÕES A PARTIR DA EXPERIÊNCIA EM PROJETO DE EXTENSÃO

ANA CAROLINA CHAGAS PEREIRA; MARIA PAULA PANÚNCIO-PINTO; LUZIA IARA PFEIFER

FMRP-USP, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: Brincar; terapia ocupacional; brinquedoteca

Resumo: Introdução: O brincar é uma das oito áreas de ocupação, sendo considerado uma ocupação infantil significativa e fundamental. A Brinquedoteca é um espaço preparado para estimular a criança a brincar, possibilitando o acesso a uma grande variedade de brinquedos, dentro de um ambiente especialmente lúdico. Incentiva a autonomia e desenvolve a capacidade crítica e de escolha da criança, além de promover, o desenvolvimento infantil, a socialização, a criatividade e a imaginação. O Projeto de Extensão “Brinquedoteca/Sucatoteca”, desenvolvido a partir da sala de espera do Centro Integrado de Reabilitação do Hospital Estadual de Ribeirão Preto, oferta às crianças atendidas nos ambulatórios de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional este espaço para o desempenho de seu papel de “brincante”. A implantação da brinquedoteca faz parte das ações de humanização do serviço, proporcionando um ambiente enriquecedor que oferece estímulos ao brincar e a interação entre crianças, com ou sem alterações no desenvolvimento, profissionais, e seus cuidadores. Objetivo: este trabalho objetiva desenvolver uma reflexão sobre a importância de uma brinquedoteca no contexto ambulatorial, a partir da experiência do Projeto “Brinquedoteca/Sucatoteca” e de uma revisão de literatura sobre o tema. Metodologia: revisão de literatura em português (LILACS, SCIELO, MEDLINE, 2000-2013) sobre “brinquedoteca”; estudo documental do relatório anual do projeto. Resultados/Discussão: De forma geral a literatura aponta que o tema é mais explorado pela psicologia e educação, estando também presente em trabalhos da Enfermagem e Terapia Ocupacional. As brinquedotecas são mais frequentes em escolas e comunidades, além do contexto universitário e hospitalar. Pouco se publicou sobre brinquedotecas em serviços ambulatoriais. Análise qualitativa do relatório anual mostrou que a brinquedoteca aumentou a adesão ao tratamento, diminuindo as faltas e o tempo ocioso de espera, aumentando a interação entre as crianças e cuidadores. Considerações Finais: Dada a importância do brincar para o desenvolvimento, e considerando que há poucos trabalhos de terapeutas ocupacionais sobre brinquedotecas no contexto ambulatorial, faz-se necessário que estes profissionais se apropriem desse campo de atuação, desenvolvendo estudos sobre o tema.





- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[696]

MAPEAMENTO DOS SERVIÇOS PARA USUÁRIOS DE ÁLCOOL E DROGAS: UMA ESTRATÉGIA DE ENSINO – APRENDIZAGEM

ROBERTA PEREIRA FURTADO DA ROSA; EDUARDA GOMES PEREIRA; CLAUDECI SANTOS SILVA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: saúde mental; redes de atenção; formação em saúde

Resumo: Dados da coordenadoria de Saúde mental mostram avanços na implantação e financiamento de novos serviços em vários estados do país para tratamento de usuários de álcool e outras drogas e construção de políticas que contemplem essa população. Contudo tal investimento ainda não é suficiente à demanda de alguns municípios. Neste trabalho considera-se a cidade do Rio de Janeiro, que com 15.989.929 milhões de habitantes (IBGE, 2010) dispõe de poucos serviços territoriais guiados pela reforma psiquiátrica brasileira. Devido a ações de recolhimento de usuários de crack na cidade justificadas pela necessidade de tratamento urgente, foi proposto na disciplina de Terapia Ocupacional em saúde mental do IFRJ, compreender essa real situação e conhecer os serviços no território que atendem essa população. Objetivou-se promover uma reflexão crítica dos alunos em relação à oferta de tratamento em álcool e outras drogas no município em contraponto ao movimento de internações compulsórias. Foi proposto um debate sobre as ações de recolhimento compulsório a usuários de drogas pela prefeitura do Rio de Janeiro e posteriormente foi feito um levantamento dos serviços já existentes na cidade a fim de mapear sua disposição segundo as áreas programáticas (A.P.) a qual a cidade é dividida. Os serviços-alvo foram leitos de crise/ urgência, consultórios de Rua, CAPSad e comunidades terapêuticas públicas e privadas. A atividade prática foi feita a partir de sobreposição de mapas demarcados pelas A.P. e bairros e a marcação dos serviços neles, segundo dados encontrados pelos alunos. Esta atividade visou discutir as ações de recolhimento compulsório justificadas por uma “estratégia de tratamento” aos usuários de drogas, e a real situação e oferta dos serviços existentes. Foi observada a falta de investimento público quanto à criação de novos serviços orientados pelas Políticas de Saúde Mental, além da distribuição dos já existentes refletirem uma discrepância segundo cada A.P. demonstrando que a oferta de tratamento em álcool e drogas se concentra na zona sul e centro da cidade e é escasso nas zonas oeste e norte da cidade. Consideramos que esta estratégia de mapeamento trouxe aos alunos a compreensão sobre a falta de investimentos, mostrando diferenças em relação à oferta de cuidados na cidade. Esta falta é mascarada por outras ações que propõem respostas rápidas a problemas complexos. Notamos assim um quadro de desassistência a essa população que necessita de cuidados a longo prazo. Esta proposta de ensino permitiu aos alunos a construção de uma posição crítica sobre o assunto fazendo-os co-partícipes na luta pelos direitos da população ao acesso a saúde mental no município.





- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[700]

INTEGRAÇÃO ENSINO-EXTENSÃO: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE GRADUANDOS EM CURSOS DA ÁREA DA SAÚDE

LAURA ASSONI; MARIA PAULA PANÚNCIO-PINTO; ANA CAROLINA CHAGAS PEREIRA

FMRP-USP, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: extensão universitária; formação; ensino de graduação

Resumo: Introdução: Na área da saúde, a linha formativa que visa introduzir o estudante na realidade social prática desde o início do curso, proporcionando oportunidades indispensáveis para a sua formação, assume particular relevância, uma vez que se integra à rede assistencial, servindo como novo espaço voltado à humanização e à qualificação da atenção à saúde. Assim, projetos de extensão universitária assumem lugar importante e cumprem o papel de sensibilizar estudantes e professores para as reais necessidades sociais, além de levar ao desenvolvimento de competências importantes, como o trabalho em equipes multiprofissionais e o diálogo com a comunidade. Objetivos: obter o ponto de vista dos estudantes a respeito das contribuições que a participação em projetos de extensão oferece para sua formação acadêmica. Metodologia: Abordagem descritivo-exploratória, quali-quantitativa, com análise de conteúdo temático. Foram identificados os bolsistas do Programa “Aprender com Cultura e Extensão” (2010- 2012) na FMRP, os quais foram convidados a responder questionário semi-estruturado. Resultados: Ao longo do período estudado 59 estudantes participaram do Programa “Aprender com cultura e extensão”. Até o momento, 20 bolsistas participaram do estudo (15 graduandos em Terapia Ocupacional, 4 em Fonoaudiologia e 1 em Medicina. A análise de conteúdo permitiu a identificação de três categorias sobre as principais contribuições para a formação dos graduandos: (1) Desenvolvimento pessoal/profissional, (2) Desenvolvimento de habilidades especificas e (3) Integração teoria-prática. A referência que compõe o núcleo temático presente em 42 dos 102 depoimentos (41.2%) refere-se à contribuição de permitir “desenvolvimento pessoal/ profissional”. As referências que compõem o núcleo temático “desenvolvimento de habilidades específicas” foram identificadas em 41 dos 102 depoimentos (40.1%). As referências que compõem o núcleo temático Integração teoria-prática foram identificadas em 19 dos 102 depoimentos (18,7%). Considerações Finais: A inserção gradativa e orientada de práticas desde o inicio da graduação através da extensão universitária promove a aproximação dos estudantes com o campo de atuação e especificidades da profissão, possibilitando aos graduandos desenvolver habilidades pessoais e profissionais. As atividades extramuros também mostram-se importantes por possibilitar a aquisição de habilidades práticas procedimentais, um grande desafio à formação de profissionais da saúde.




- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[705]

CUIDADO INTEGRAL E AMPLIADO À SAÚDE NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL: UMA REALIDADE POSSÍVEL? RELATO DE CASO.

FABIANE AQUINO LOURENÇO DE ARAUJO1 ; PAULA MARQUES DE FREITAS BURATTINI1 ; GISELE PAIVA2 ; LUCIA DA ROCHA UCHÔA FIGUEIREDO1

1.UNIFESP, SANTOS, SP, BRASIL; 2.IRMANDADE DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SANTOS, SANTOS, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; cuidado em rede; residência multiprofissional

Resumo: Introdução: A Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Campus Baixada Santista, se constitui em ensino de pós-graduação lato sensu com duração de dois anos. Oferece ao residente a oportunidade de trabalhar em contexto hospitalar e na atenção primária, contando com uma equipe multiprofissional em cada um dos cenários. A residência se dá em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e com o Hospital de Ensino Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Santos (ISCMS). Objetivo: O presente trabalho relata a intervenção em Terapia Ocupacional (T.O.) com gêmeos e sua família, enfatizando a continuidade do cuidado estabelecido na ISCMS e no Centro de Saúde Martins Fontes (CSMF). Metodologia: Relato de caso. Resultados/Discussão: D., 30 anos, mãe de 7 filhos, os mais novos gemelares, R e C. Quando estes completavam 4 dias de vida, R. foi internado na ISCMS com quadro de hipoglicemia sintomática. R. perdeu o acesso venoso periférico no dorso da mão esquerda, onde apresentou lesão de grande extensão somada a hematoma, necessitando ser submetido à cirurgia plástica com enxerto de pele. R. teve alta da instituição com quase 3 meses e foi encaminhado ao Ambulatório de Terapia Ocupacional da ISCMS. Após a alta, o caso foi passado para acompanhamento no CSMF, contando com o envolvimento da equipe de residentes em conjunto com os profissionais do serviço, na tentativa de aproximar-se da família e estabelecer vínculos. Duas semanas depois da alta de R., seu irmão gêmeo, C., foi admitido na enfermaria pediátrica da ISCMS por dispnéia. Três dias depois já apresentava episódios contínuos de agitação intensa, cianose e queda de saturação, com confirmação de H1N1, que o levou a óbito com quatro meses. A família apresenta extrema vulnerabilidade social, contando com benefícios do governo e “bicos” esporádicos de D. como cabeleireira. Considerando estes e outros aspectos, fez-se necessário uma interlocução de serviços como CREAS, CRAS, Conselho Tutelar, CSMF e ISCMS. A Terapia Ocupacional, neste contexto, além das ações de Terapia da Mão, contribui na formação de um olhar voltado a saúde de D., pensando no fortalecimento da rede de apoio formal e informal desta família, na formação de vínculo com os serviços da rede de atenção, e atuando na construção e organização de seu cotidiano de forma compartilhada. Considerações Finais: Acredita-se que o acompanhamento desta família seja uma construção na qual muito há que se fazer, mas ocorre a aproximação de um cuidado integral quando a educação, a assistência social e a saúde em diversos níveis resolvem se envolver conjuntamente, visando o cuidado para com os indivíduos como um todo.



- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[711]

INSERÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO NÚCLEO DE NEURODESENVOLVIMENTO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

PRINCE CHAIENE MEIRELES DIAS; JULIANO MARTINS DE MARTINS; ADRIANA FARIAS VASCONCELLOS; NAIARA TERRES DA SILVA; NICOLE RUAS GUARANY

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, PELOTAS, RS, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; núcleo de neurodesenvolvimento; universidade federal de pelotas

Resumo: Introdução: O Curso de Terapia Ocupacional iniciou suas atividades na Universidade Federal de Pelotas em 2010 e em 2012 passou a fazer parte do Núcleo de Neurodesenvolvimento Dr. Mário Coutinho atendendo a crianças e adolescentes com deficiências físicas e intelectuais tais como paralisia cerebral, autismo e outras doenças genéticas. Objetivo: O objetivo deste estudo é apresentar a inserção da Terapia Ocupacional neste espaço e o perfil dos pacientes atendidos neste local. Metodologia: O ambulatório de Terapia Ocupacional conta com 10 alunos do 6º e 4º semestre que prestam atendimentos semanais aos pacientes. Neste espaço os alunos realizam avaliação de Terapia Ocupacional, atendimento individual e em grupo aos pacientes, além de orientação aos pais/cuidadores, outros profissionais da saúde e professores nas escolas. Resultados: Atualmente 35 pacientes estão em atendimento e o setor possui uma lista de espera de 37 pacientes. A clientela é formada por 31 crianças, sendo que 6 pacientes possuem menos de 1 ano, e 4 adolescentes com idade média de 6 anos e 15 anos respectivamente. Os principais diagnósticos são Paralisia Cerebral (n=10) e Autismo (n=6) e Mielomeningocele (n=3). Em ambas as faixas etárias, as avaliações de Terapia Ocupacional identificaram um grande número de queixas quanto ao prejuízo na realização das atividades de vida diária como higiene pessoal, vestuário e mobilidade e nas relações sociais. Considerações Finais: Este espaço é o único que oferta atendimento de Terapia Ocupacional na cidade de Pelotas, e também está abraçando a demanda de outras cidades da região sul do estado, por este motivo tem recebido muitos encaminhamentos. Estes primeiros meses serviram para identificar a clientela da região e as necessidades desta população, além disso, já se observam resultados positivos no tratamento dos pacientes com melhora no desempenho ocupacional e funções sociais.




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[724]

POSSÍVEIS INTERVENÇÕES DA TERAPIA OCUPACIONAL FRENTE ÀS PESSOAS COM LESÃO MEDULAR: REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA.

PAMELA CRISTINA BRUMATTI; DÉBORA COUTO DE MELO CARRIJO; LIANE PEREIRA DE SIQUEIRA

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA- UNIARA, ARARAQUARA, SP, BRASIL.

Palavras-chave: lesão medular; lesão raquimedular; lesado medular

Resumo: A lesão medular define-se por um rompimento completo ou incompleto dos tratos nervosos responsáveis pela transmissão, modificação e coordenação motora e/ou sensorial, e no controle autônomo do sistema de órgãos de uma pessoa. Assim como a lesão medular desestrutura a qualidade de vida do lesado e de seu cuidador, também provoca alterações na dinâmica familiar, apresentando, portanto, aspectos que interferem no ajuste psicossocial do mesmo. A Terapia Ocupacional visa às necessidades dessas demandas, procurando favorecer a reabilitação e auxiliando o individuo que está incapacitado à atingir seu maior nível de funcionamento físico, mental, espiritual, social e econômico. A abordagem idealizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) constitui estratégias de desenvolvimento comunitário visando a reabilitação, a igualdade de oportunidades e a integração social das pessoas com deficiência, por intermédio de esforços combinados entre a pessoa com deficiência, a família, a comunidade e os serviços de saúde, de educação e social, buscando primordialmente a inserção na sociedade. A essa abordagem deu-se o nome de Reabilitação Baseada na Comunidade (RBC). Com a Terapia Ocupacional esta estratégia redimensionou as práticas interventivas, pois a reabilitação não se restringe apenas à avaliação funcional e à recuperação das incapacidades, ela é compreendida dentro de uma rede de significados construída pelo sujeito. Por meio de uma revisão sistemática de literatura nas bases de dados, Lilacs, Periodico CAPES e Scielo, objetiva-se nessa pesquisa conhecer os fatores que influenciam na qualidade de vida do lesado e seus familiares; identificar as principais alterações na dinâmica familiar; conhecer os impactos e as dificuldades da família frente às limitações do lesado medular; além de descrever possíveis intervenções da Terapia Ocupacional diante às demandas dessa população. Usou- se como critérios de inclusão somente artigos com estudos de populações adulta e artigos publicados de 2003 a 2013. Foram excluídos artigos em inglês e artigos que não abordavam as dificuldades da família e do lesado medular, a qualidade de vida e o enfrentamento familiar. Os resultados parciais demonstram que de 823 artigos encontrados, apenas 29 estão sendo revisados. Sendo que destes, todos relatam a correlação da lesão medular e o impacto familiar ao enfrentar as dificuldades relacionadas à qualidade de vida do lesado. Portanto, o terapeuta ocupacional, utilizando da abordagem RBC, busca integrar socialmente a pessoa com deficiência, favorecendo a valorização do potencial humano para a criatividade e a liberdade, respeitando sua autonomia e sua dignidade.




- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[725]

FALANDO COM AS MÃOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM OFICINA DE LIBRAS NO PROJETO RONDON

LARISSA SILVA ALVES; JÉSSICA CHAVES DE SOUZA; ISABEL APARECIDA PORCATTI DE WALSH; KARINA PEREIRA; LUCIENY ALMOHALHA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO, UBERABA, MG, BRASIL.

Palavras-chave: libras; rondon; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: O Projeto RONDON é idealizado pelo Ministério da Defesa e, possui foco na integração social, tendo como um de seus objetivos a formação de multiplicadores nas comunidades atendidas pelo projeto. A Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) atuou na cidade de Igarapé-Açu/PA através da Operação Forte do Presépio. Foram desenvolvidas diversas oficinas, dentre elas a de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), que é a primeira língua do deficiente auditivo, caracterizada pela fala através de sinais. As oficinas aconteceram de forma multidisciplinar, sendo que esta foi desenvolvida por profissionais de Fisioterapia e alunos de Terapia Ocupacional e Nutrição. A Terapia Ocupacional apresenta em uma de suas áreas de atuação a inclusão de pessoas com deficiência, o que facilitou na elaboração e execução das oficinas. Objetivos: Ensinar alguns sinais de LIBRAS para a comunidade de Igarapé-Açu; Capacitar a comunidade para serem multiplicadores; Estimular o aprendizado da LIBRAS. Metodologia: Durante o projeto RONDON foram realizadas duas oficinas sobre LIBRAS, em que se pretendia ensinar à comunidade local alguns sinais importantes para facilitar a comunicação destes com os deficientes auditivos. Estas oficinas foram demandas da população e, ocorreram em dois dias, tendo uma duração total de quatro horas. A primeira oficina contou com 5 participantes, já na segunda oficina o número aumentou para 20 participantes. Através de uma apostila de LIBRAS foi ensinado à comunidade sinais referentes ao alfabeto manual, números, cores, noções do calendário, disciplinas escolares, espaço físico da escola, materiais escolares, partes do corpo humano, estados brasileiros, animais, cumprimentos, membros da família e utensílios domésticos. Resultados/Discussão: Com as oficinas foi possível perceber o quanto a comunidade tem interesse na LIBRAS e como valorizam e entendem a importância desta língua. Todos os participantes tiveram muito empenho em aprender o que foi ensinado, sendo que a maioria demonstrou facilidade com os sinais. Considerações Finais: Por meio das oficinas tornou-se notório que os objetivos foram alcançados, pois na segunda oficina o número de participantes aumentou consideravelmente, sendo que isto demonstra que quem participou da primeira oficina desempenhou o papel de multiplicador. A comunidade de Igarapé-Açu possui forte interesse em aprender a LIBRAS, entendendo que ela é importante tanto para quem trabalha e precisa lidar diretamente com o deficiente auditivo, quanto para quem exerce apenas o papel de cidadão, pois compreendem que a inclusão deve estar presente em todos os setores e, que para ela acontecer cada um deve fazer sua parte.




- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[729]

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM TERAPIA OCUPACIONAL: POSSIBILIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO DO RACÍOCINIO CLÍNICO

DERIVAN BRITO DA SILVA; PRISCILA ZULATO DE OLIVEIRA; BRUNA ROBERTA LESSA SCHNEIDER; FERNANDA PERCEGONA; ANA BEATRIZ ZIMMERMANN

UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: metodologias ativas; terapia ocupacional; educação profissionalizante

Resumo: As Diretrizes Curriculares para graduação em Terapia Ocupacional preveem o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias ao exercício profissional. Durante a formação o estudante vivencia atividades de cunho pedagógico e/ou de prática assistencial. Este tem por finalidade relatar a experiência de um processo pedagógico de Estágio Supervisionado de Prática em Terapia Ocupacional, caracterizado por supervisão-direta (docente-assistencial) e carga horária semestral de 120h, onde participaram seis estagiárias. O processo pedagógico ocorreu em Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Município de Curitiba no período de 30/10/12 até 14/03/13. As atividades pedagógicas foram desenvolvidas por meio de estratégias da metodologia da problematização. Para a prática assistencial utilizaram-se estratégias de processos grupais e relacionadas à Assistência Domiciliar. Inicialmente as estagiárias apresentavam as propostas de intervenção em supervisão para análise, discussão e encaminhamentos. Após as intervenções eram discutidos: planejamento, implementação, resultados obtidos e próximas propostas de intervenção. Também foram realizadas observações dos supervisores ao exercício da prática assistencial das estagiárias. A população atendida incluiu criança, adultos e idosos com queixas de desempenho ocupacional ou correlatas. Durante o período as estagiárias executaram procedimentos relativos à prática e registro do Processo de Terapia Ocupacional. Foram abordados os pontos fortes e os que necessitavam melhorar, com base nas habilidades e competências esperadas, visando aperfeiçoamento do raciocínio clínico e da prática - análise metacognitiva por parte das estagiárias. O estímulo à prática reflexiva contribuiu para o desenvolvimento do raciocínio clínico das estagiárias e o entendimento do Processo de Terapia Ocupacional, como por exemplo, no desenvolvimento das práticas assistenciais e nas atividades pedagógicas. As práticas assistências promoveram o desenvolvimento dos insights necessários para adaptações das estratégias de intervenção, explorando seu potencial e adequando-as às demandas surgidas em um determinado momento. Por outro lado, as atividades pedagógicas, com base na Metodologia da Problematização, permitiram conhecer a população atendida, o entendimento de suas potencialidades, limitações e necessidades e auxiliou no planejamento e implementação da assistência. Sugerem-se atividades tanto de caráter pedagógico quanto assistencial que instiguem o raciocínio clínico no aqui-agora, como elemento primordial das práticas profissionalizantes.




- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[730]

SOBRE O QUE OS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS ESTÃO FALANDO?

OTAVIO AUGUSTO DE ARAÚJO COSTA FOLHA; VICTOR CAVALEIRO CORRÊA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, ANANINDEUA, PA, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; produção de conhecimento; pesquisa

Resumo: Introdução: A sociedade contemporânea atravessa um período de profundas mudanças em todos os aspectos da vida humana, refletindo nas condições de saúde, na qualidade do viver e na participação social das pessoas. Cada vez mais é exigido dos profissionais, inclusive do terapeuta ocupacional, habilidades e competências para buscar, desenvolver, dominar e utilizar informações capazes de suprir as demandas e problemáticas que se apresentam no cotidiano. Diante dessa realidade, compreendemos que uma estratégia adotada pelos diversos profissionais para suprir tais demandas é a produção de conhecimento científico. No entanto, é importante compreender quais caminhos temos percorrido até o momento no contexto da produção de conhecimento. Quais os principais temas, objetivos, métodos e sujeitos de pesquisa investigados? Estas informações são pertinentes para o delineamento de reflexões e proposições para favorecer, fortalecer e fomentar a produção científica no campo. Objetivo: Neste estudo, focalizamos a produção de conhecimento científico nos periódicos de Terapia Ocupacional no cenário nacional, por ser um matiz essencial na geração desta forma de saber na sociedade contemporânea. Neste sentido, buscamos realizar um mapeamento da produção bibliográfica brasileira nos últimos anos. Metodologia: Realizamos um estudo qualitativo, descritivo, transversal durante o período de 2003 à 2013, num horizonte temporal de 10 anos. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental, baseada na coleta de dados por meio da análise sistemática e crítica dos artigos publicados por terapeutas ocupacionais nas principais periódicos de Terapia Ocupacional no cenário brasileiro. Resultados/Discussão: Os dados obtidos permitiram compreender as principais tendências e enfoques temáticos, as metodologias utilizadas e o público-alvo dos trabalhos, possibilitando uma compreensão do panorama geral e sua articulação com as demandas à profissão de Terapia Ocupacional. Considerações Finais: Este estudo nos permitiu elucidar algumas considerações pertinentes à construção da proposta do estudo, elencando suas potencialidades e limitações, tecendo ponderações, críticas e sugestões para o desenvolvimento e aprimoramento da produção de conhecimento científico no âmbito da Terapia Ocupacional, de modo a fortalecer seus alicerces teóricos e engendrar novos passos, quiçá curtos, porém firmes.




- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[729]

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM TERAPIA OCUPACIONAL: POSSIBILIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO DO RACÍOCINIO CLÍNICO

DERIVAN BRITO DA SILVA; PRISCILA ZULATO DE OLIVEIRA; BRUNA ROBERTA LESSA SCHNEIDER; FERNANDA PERCEGONA; ANA BEATRIZ ZIMMERMANN

UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: metodologias ativas; terapia ocupacional; educação profissionalizante

Resumo: As Diretrizes Curriculares para graduação em Terapia Ocupacional preveem o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias ao exercício profissional. Durante a formação o estudante vivencia atividades de cunho pedagógico e/ou de prática assistencial. Este tem por finalidade relatar a experiência de um processo pedagógico de Estágio Supervisionado de Prática em Terapia Ocupacional, caracterizado por supervisão-direta (docente-assistencial) e carga horária semestral de 120h, onde participaram seis estagiárias. O processo pedagógico ocorreu em Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Município de Curitiba no período de 30/10/12 até 14/03/13. As atividades pedagógicas foram desenvolvidas por meio de estratégias da metodologia da problematização. Para a prática assistencial utilizaram-se estratégias de processos grupais e relacionadas à Assistência Domiciliar. Inicialmente as estagiárias apresentavam as propostas de intervenção em supervisão para análise, discussão e encaminhamentos. Após as intervenções eram discutidos: planejamento, implementação, resultados obtidos e próximas propostas de intervenção. Também foram realizadas observações dos supervisores ao exercício da prática assistencial das estagiárias. A população atendida incluiu criança, adultos e idosos com queixas de desempenho ocupacional ou correlatas. Durante o período as estagiárias executaram procedimentos relativos à prática e registro do Processo de Terapia Ocupacional. Foram abordados os pontos fortes e os que necessitavam melhorar, com base nas habilidades e competências esperadas, visando aperfeiçoamento do raciocínio clínico e da prática - análise metacognitiva por parte das estagiárias. O estímulo à prática reflexiva contribuiu para o desenvolvimento do raciocínio clínico das estagiárias e o entendimento do Processo de Terapia Ocupacional, como por exemplo, no desenvolvimento das práticas assistenciais e nas atividades pedagógicas. As práticas assistências promoveram o desenvolvimento dos insights necessários para adaptações das estratégias de intervenção, explorando seu potencial e adequando-as às demandas surgidas em um determinado momento. Por outro lado, as atividades pedagógicas, com base na Metodologia da Problematização, permitiram conhecer a população atendida, o entendimento de suas potencialidades, limitações e necessidades e auxiliou no planejamento e implementação da assistência. Sugerem-se atividades tanto de caráter pedagógico quanto assistencial que instiguem o raciocínio clínico no aqui-agora, como elemento primordial das práticas profissionalizantes.





- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


730]

SOBRE O QUE OS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS ESTÃO FALANDO?

OTAVIO AUGUSTO DE ARAÚJO COSTA FOLHA; VICTOR CAVALEIRO CORRÊA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, ANANINDEUA, PA, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; produção de conhecimento; pesquisa

Resumo: Introdução: A sociedade contemporânea atravessa um período de profundas mudanças em todos os aspectos da vida humana, refletindo nas condições de saúde, na qualidade do viver e na participação social das pessoas. Cada vez mais é exigido dos profissionais, inclusive do terapeuta ocupacional, habilidades e competências para buscar, desenvolver, dominar e utilizar informações capazes de suprir as demandas e problemáticas que se apresentam no cotidiano. Diante dessa realidade, compreendemos que uma estratégia adotada pelos diversos profissionais para suprir tais demandas é a produção de conhecimento científico. No entanto, é importante compreender quais caminhos temos percorrido até o momento no contexto da produção de conhecimento. Quais os principais temas, objetivos, métodos e sujeitos de pesquisa investigados? Estas informações são pertinentes para o delineamento de reflexões e proposições para favorecer, fortalecer e fomentar a produção científica no campo. Objetivo: Neste estudo, focalizamos a produção de conhecimento científico nos periódicos de Terapia Ocupacional no cenário nacional, por ser um matiz essencial na geração desta forma de saber na sociedade contemporânea. Neste sentido, buscamos realizar um mapeamento da produção bibliográfica brasileira nos últimos anos. Metodologia: Realizamos um estudo qualitativo, descritivo, transversal durante o período de 2003 à 2013, num horizonte temporal de 10 anos. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental, baseada na coleta de dados por meio da análise sistemática e crítica dos artigos publicados por terapeutas ocupacionais nas principais periódicos de Terapia Ocupacional no cenário brasileiro. Resultados/Discussão: Os dados obtidos permitiram compreender as principais tendências e enfoques temáticos, as metodologias utilizadas e o público-alvo dos trabalhos, possibilitando uma compreensão do panorama geral e sua articulação com as demandas à profissão de Terapia Ocupacional. Considerações Finais: Este estudo nos permitiu elucidar algumas considerações pertinentes à construção da proposta do estudo, elencando suas potencialidades e limitações, tecendo ponderações, críticas e sugestões para o desenvolvimento e aprimoramento da produção de conhecimento científico no âmbito da Terapia Ocupacional, de modo a fortalecer seus alicerces teóricos e engendrar novos passos, quiçá curtos, porém firmes.





- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[753]

TEATRO DO OPRIMIDO COMO METODOLOGIA PEDÁGOGICA DE APRENDIZAGEM COM ALUNOS DA GRADUAÇÃO EM TERAPIA OCUPACIONAL

ADRIANE HENDERSON DE MATOS; CLAUDIA REINOSO ARAÚJO DE CARVALHO

UFRJ, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; teatro do oprimido; saúde mental

Resumo: Introdução: Teatro do Oprimido é um modo de fazer teatro que considera o mesmo como instrumento de transformação da realidade e todos os seres humanos como atores por natureza, pois, neste caso, trata-se de uma linguagem humana por excelência. Dentre suas modalidades, encontra-se o teatro- fórum onde os participantes são convocados a apresentar uma cena, com uma situação problema real, e a encontrar diferentes saídas para a mesma. Tal modalidade foi utilizada como recurso pedagógico de aprendizagem e avaliação na disciplina de TO em Saúde Mental, ofertada aos alunos de graduação em Terapia Ocupacional (TO) da UFRJ. Objetivos: Inferir acerca do teatro do oprimido como recurso metodológico facilitador do processo de ensino- aprendizagem em curso de graduação em Terapia Ocupacional. Metodologia: Relato de experiência realizado a partir da vivência de discentes e docentes em disciplina de Saúde Mental ministrada no primeiro semestre de 2013. Discussão: O campo da Saúde Mental é um campo complexo e interdisciplinar que e neste Curso a disciplina é ministrada em quatro unidades diferentes, são elas: história da loucura; manifestações dos transtornos mentais; políticas de saúde mental e Terapia Ocupacional; abordagens da Terapia Ocupacional em Saúde Mental. Isso implica em métodos pedagógicos, de aprendizagem e avaliação plurais. A opção de utilizar o teatro do oprimido, na modalidade teatro- fórum como avaliação parcial na disciplina deu-se com o objetivo de possibilitar aos alunos a identificação das principais características clínicas dos transtornos mentais e a partir disso elaborar possíveis intervenções a partir do repertório da Terapia Ocupacional. O trabalho iniciou com a realização de exercícios teatrais; em seguida apresentaram-se as cenas elaboradas por cada grupo; após cada apresentação ocorreu um debate sobre o conteúdo apresentado; e, por fim, foi ofertada a possibilidade de repetição da cena para que outros alunos pudessem intervir, encenando, possivelmente, outras saídas para o mesmo tema. Considerações Finais: Observa-se que esta metodologia facilita a apropriação do conteúdo pela vivência corporal através da construção cênica. Ao experimentar no próprio corpo um sintoma descrito, o aluno tem a possibilidade de compreender mais concretamente aspectos da psicopatologia. Com a possibilidade de problematizar cenicamente a descrição e apresentação de um sintoma foi possível a reflexão sobre os mesmos, integrando conteúdos ministrados ao longo da disciplina em suas diferentes unidades, corroborando para a construção do conhecimento não só da psicopatologia, mas da complexidade da atuação do terapeuta ocupacional no campo da saúde mental.




- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[755]

PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADE E SAÚDE MENTAL: O USO DE PROJETOS DE EXTENSÃO PARA APROXIMAÇÃO DO ALUNO COM OUTRAS POSSIBILIDADES TEÓRICAS

ALEXANDRE CARDOSO DA CUNHA; TERESINHA CID CONSTANTINIDIS; ÁTALA LOTTI GARCIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO, VITÓRIA, ES, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; produção de subjetividade; complexidade

Resumo: A subjetividade é um conceito que tem muitas polêmicas e que diferentes autores o definem de maneiras diferentes. Apesar disto, a cada dia que passa ele é mais utilizado por diversos profissionais seja na clínica, na pesquisa ou na composição dos textos das políticas públicas. Neste cenário, o conceito ganha contornos e força com autores que na contemporaneidade se utilizam dele como ideia central de suas propostas. Um dos possíveis entendimentos sobre o termo é que ele se refere a produção de subjetividade ou processos de subjetivação, ou seja pensa-se em subjetividade enquanto processo, que é construída constantemente e que se modifica à medida que o sujeito é atravessado pelos acontecimentos da vida, pelos encontros que vivencia. Assim tomar o conceito a partir desta ótica contemporânea exige um redimensionamento das tradicionais visões e entendimentos do termo, a escolha coloca em evidência os modos de vida e as forças que atuam nos diferentes modos que se pode colocar em funcionamento. Escrever sobre a subjetividade também requer um olhar que seja diferente do tradicional, do que se diferencia da visão cartesiana de entender o mundo, a ciência, a própria subjetividade e a forma de escrever. Escrever textos científicos exige do autor certas habilidades e a compreensão de determinada lógica de escrita. Na Universidade Federal do Espírito Santo, foi criado o projeto “Produção de Subjetividade e saúde mental: grupo de estudos e produção de textos”. Este projeto objetiva ampliar o estudo da produção de subjetividade pelos alunos de graduação em Terapia Ocupacional e que possam experimentar a produção de textos com a linguagem e estilo própria da Complexidade. Assim trata-se de um projeto que um projeto que possa reunir a discussão do conceito de subjetividade aliada a espaços que possam minimizar as dificuldades e ampliação do entendimento de como se constrói textos científicos tem muito a agregar às pessoas que dele participarem. Ocorrem reuniões quinzenalmente com leitura e discussão de textos previamente escolhidos e a partir há previsão que a partir do oitavo mês de projeto os alunos comecem a esboçar escritas de textos com base no referencial que sustenta o projeto. Após 6 meses do início do projeto podemos identificar que alguns alunos começam a se aproximar mais com autores da considerados da contemporaneidade/ complexidade ou que fundamentam tais autores. Trabalhos de conclusão de curso e participação em outros projetos de extensão começam a se fortalecer pela questão do referencial. Concluímos que projetos desta natureza são ótimas oportunidades para aprofundamento e contato mais intenso dos alunos com determinada teoria/modo de pensar a vida.




- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[769]

LESÃO DE PLEXO BRAQUIAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NO CONTEXTO DA REABILITAÇÃO.

FERNANDA PERCEGONA1 ; NAYARA MARTINS LOPES1 ; ANGELA PAULA SIMONELLI1 ; DÉBORA REGINA DE OLIVEIRA MACHADO2

1.UFPR, CURITIBA, PR, BRASIL; 2.HOSPITAL DO TRABALHADOR, CURITIBA, PR, BRASIL.

Palavras-chave: lesão de plexo braquial; terapia ocupacional; atividades de vida diária

Resumo: A lesão de plexo braquial é a mais grave dentre as lesões nervosas que acometem o membro superior. A maioria destas ocorre por compressão em acidentes de alta energia, como o caso dos acidentes de trânsito com motocicletas. Neste caso, as lesões são causadas por ocorrer alongamentos do plexo braquial nas quedas sobre o coto do ombro. Acomete na maioria das vezes homens jovens, desencadeando perdas temporárias ou permanentes dos movimentos e sensibilidade do membro superior acometido. O objetivo deste trabalho é relatar o caso do paciente A.S., sexo masculino, 20 anos, com diagnóstico de lesão completa de plexo braquial com avulsão de todas as raízes do plexo e fratura de clavícula (CID 10: T144) por acidente automobilístico em 20 de abril de 2012. É atendido por estudantes de Terapia Ocupacional (TO) da UFPR, sob supervisão da professora e da preceptora do serviço, durante o estágio supervisionado em prática II. Está ocorrendo no Hospital do Trabalhador de Curitiba/PR, entre os meses de abril e julho de 2013. A.S. teve a fratura fixada e em 26 de maio de 2012 foi realizada a cirurgia de exploração do plexo. Iniciou os atendimentos no ambulatório de Terapia Ocupacional em 31 de julho de 2012, duas vezes por semana, apresentando dor em ombro, ausência de movimentos e rigidez articular em articulações metacarpofalangeanas (MCF) dos dedos, punho, cotovelo e ombro; e ausência de sensibilidade desde o cotovelo até as articulações interfalangeanas distais (IFD). Relatava dificuldade para realizar as atividades de vida diária (AVD) como: arrumar a cama e varrer o quarto. Desde então, são realizados exercícios cinesioterápicos de movimentação passiva de flexão e extensão de punho, MCFs e interfanlangeanas (IFs), objetivando o ganho de amplitude de movimento (ADM) e diminuição da rigidez articular; exercício isométrico passivo de flexão e extensão usando bastão com tapping para aumentar a ADM passiva e diminuir rigidez articular de ombro e punho. O massageador e as texturas foram utilizadas visando estimulação da sensibilidade. Além disso, foi confeccionada uma órtese de termoplástico e elásticos para adaptar a preensão para a realização das AVDs. Em avaliação realizada em 23 de julho de 2013 foram obtidos os seguintes resultados: A.S. obteve diminuição de rigidez articular e aumento da amplitude de movimento passiva das articulações MCF, IFs, punho, cotovelo e ombro; retorno da sensibilidade desde o ombro até o cotovelo. Relatou que o uso da órtese possibilita a realização das atividades supracitadas. Nestes casos, verificou-se que o tratamento é longo e o terapeuta ocupacional, principalmente por meio das adaptações, auxilia a independência dos pacientes em atividades significativas.




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[770]

O PROCESSO DE ADAPTAÇÃO E CONFIABILIDADE DO INSTRUMENTO OCCUPATIONAL THERAPY TASK OBSERVATION SCALE PARA O BRASIL EM PORTADORES DE ESQUIZOFRENIA

FERNANDA VIEIRA DOS SANTOS LIMA; GABRIELA CRUZ DE MORAES; RODRIGO AFFONSECA BRESSAN

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, SAO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: avaliação; terapia ocupacional; esquizofrenia

Resumo: Introdução: A literatura internacional aponta para diversos instrumentos de avaliação em Terapia Ocupacional. Já no Brasil, a literatura aponta para uma escassez de instrumentos validados para avaliação nesta área. O instrumento em questão é a Occupational Therapy Task Observation Scale (OTTOS), desenvolvida por Dr. Russel Margolis e estendido por Glenda Schnell. Trata-se de um instrumento com 20 itens, com escores que variam de zero a dez. É preenchido pelo terapeuta ocupacional que acompanha o indivíduo enquanto o mesmo faz atividades num contexto de terapia ocupacional em grupo, leva de um a dois minutos para ser preenchido. O estudo de adaptação e confiabilidade este instrumento para a língua portuguesa. Os procedimentos utilizados para o estudo foram: a) tradução e retro tradução do instrumento; b) validação de face entre versão original e retrotraduzida; c) definição de pontos de ancoragem; d). avaliar a consistência interna e a confiabilidade da OTTOS na versão em português. Objetivo: O objetivo do presente estudo consiste em descrever a resultados em relação à estabilidade da versão brasileira da OTTOS. Procedimentos: A amostra corresponde aos pacientes em acompanhamento pela Terapia Ocupacional no Programa de Esquizofrenia (PROESQ) no período de agosto a setembro de 2011. A amostra consistiu em 27 participantes. O instrumento foi aplicado em dois momentos, com intervalo de quinze dias. Resultados/Discussão: Para analise da confiabilidade teste-reste, foi utilizado o teste T pareado, os valores de p variaram de 0,019 a 0,921. A consistência interna foi medida através do Alfa de Cronbach, os valores variaram de 0,839 a 0,968. De maneira geral, a versão brasileira do instrumento apresenta um bom nível de concordância entre os itens. De acordo com os dados apresentados acima, o instrumento adaptado apresenta boa estabilidade. Considerações Finais: O estudo traz reflexões sobre importância de instrumentos de avaliação uma vez que, pois contribuem não só como função de pesquisa, mas também como treinamento profissional pela possibilidade orientação e padronização de condutas.




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[778]

PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DE UM SERVIÇO DE INTERVENÇÃO PRECOCE BILÍNGUE PARA SURDOS – RELATO DE EXPERIÊNCIA

KARLA MAYARA FLORENTINO FERNANDES; LAYANE LIMA SABOIA; LIA RODRIGUES VASCONCELOS; PAULO BRUNO DE ANDRADE BRAGA; MARILENE CALDERARO MUNGUBA

UNIFOR, FORTALEZA, CE, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; surdez; intervenção precoce

Resumo: A cultura surda, como qualquer cultura, tem como principal traço, a língua. Assim, a Libras – Língua brasileira de Sinais, regulamentada pelo decreto 5.626/2005. Consequentemente, os surdos residentes em centros urbanos utilizam a língua brasileira de sinais – Libras, reconhecida pela Linguística como língua natural dessas pessoas, com todas as peculiaridades e características das línguas orais. Este trabalho tem como objetivo relatar uma experiência no processo de implantação de um serviço de intervenção precoce bilíngue para surdos. Trata-se de um relato de experiência de um grupo de acadêmicos de Terapia Ocupacional da Universidade de Fortaleza, constituído por três ouvintes e um surdo, sob a supervisão da professora orientadora, no seu processo de preparação para a implantação de um serviço em uma perspectiva inovadora. Organizou-se um grupo de estudos que funcionou semanalmente durante o período de fevereiro a junho de 2012. Discutiram-se as temáticas: bilinguismo precoce e cultura surda, desenvolvimento da criança surda, a constituição do sujeito surdo mediada pela língua de sinais. Associou-se a oficinas de Libras para que os acadêmicos se apropriassem da cultura surda e da Libras. As discussões e os estudos trouxeram uma nova ótica sobre a importância de se aceitar e estimular precocemente, crianças surdas a assumirem sua identidade. Discutiu-se, ainda, a utilização da estimulação sensorial associada a Libras, promovendo a percepção, em especial visuo-espacial, devido as características próprias das línguas de sinais e à percepção e visão de mundo do surdo. O mundo do surdo é visual. Tendo em vista o que se foi estudado nos artigos, pôde-se perceber que as barreiras atitudinais, tanto da família como da sociedade, em relação à surdez e à pessoas surda, geram consequências importantes para a constituição da identidade surda. A convivência com adultos surdos é determinante para a criança surda. Percebeu-se a relevância de mediar esta compreensão aos familiares das crianças surdas. Identificou-se a demanda da intervenção precoce logo após o momento da notícia do diagnóstico da surdez, acompanhando o seu desenvolvimento e propondo novos desafios a serem alcançados pelo individuo e suas famílias. Para tanto, é essencial a capacitação dos acadêmicos que realizarão o acompanhamento das crianças surdas e de suas famílias, nos aspectos da cultura surda, do bilinguismo e do respeito ao surdo como cidadão em pleno gozo de seus direitos. 




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[812]

PERDAS, MORTE E LUTO: AS PRODUÇÕES DE TERAPEUTAS OCUPACIONAIS NO MESTRADO EM PSICOLOGIA DA UFPA.

DANIELLA FRANCO COUTINHO; GISELY GABRIELI AVELAR DE SOUZA; AIRLE MIRANDA DE SOUZA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, ANANINDEUA, PA, BRASIL.

Palavras-chave: dissertações; perda, morte e luto; terapia ocupacional

Resumo: O luto consiste na reação à perda de um objeto importante, podendo ser uma perda real (morte de uma pessoa significativa, perda de partes do corpo ou emprego, etc) ou simbólica. Grande parte dos estudos que envolvem processos de perda, morte e luto, são desenvolvidos nas áreas de psicologia e enfermagem, em programas de pósgraduação do eixo centro-sul brasileiro. Na Amazônia, o Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP) da Universidade Federal do Pará (UFPA), desde 2005, vem produzindo conhecimento sobre estes temas, a partir da linha de pesquisa Prevenção e Tratamento Psicológico (PTP). Ao longo do caminho, terapeutas ocupacionais (TOs) com interesse na área, passaram a compor o programa. O objetivo desta pesquisa foi fazer um levantamento sobre as dissertações produzidas pelos terapeutas ocupacionais inseridos no PPGP/UFPA, com temas sobre processos de perda, morte e luto. Para a coleta de dados, realizamos consulta ao Banco de Teses da CAPES, site do PPGP e curriculum lattes dos discentes terapeutas ocupacionais do programa, inseridos na linha PTP, coletando os seguintes itens do estudo: ano, público alvo, temas e método (tipo de estudo, local, , instrumentos de coleta e análise dos dados). Identificamos 4 produções científicas, sendo 2 dissertações concluídas e 2 em andamento, as quais 1 foi apresentada em 2009 e outra em 2012. Ambas as produções em desenvolvimento, têm previsão de conclusão para 2014. O público alvo das pesquisas envolvem crianças (1), adultos (1) e idosos (2). Os temas abordados foram: a expressão do pesar nas atividades ocupacionais do enlutado; a experiência da criança frente a cirurgia cardíaca corretiva e os significados da morte; o processo de luto e o significado da viuvez para o idoso; e os significados das ocupações para o idoso hospitalizado e em cuidados paliativos oncológicos. Todas as pesquisas utilizaram a abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso e a análise de conteúdo de Bardin. Os instrumentos utilizados mesclaram entrevista (4), desenho (1), colagem (2), conto de história (1), atividade expressiva livre (1) e oficina de atividades (2). Os locais das pesquisas foram os hospitais (3) e centro de saúde (1). Considerarmos que as referidas dissertações, são significativas para o conhecimento científico interdisciplinar, pois a ponte construída entre a Psicologia e a Terapia Ocupacional, favorece o aprofundamento teórico e técnico fundamental na compreensão e intervenção frente às pessoas que vivenciam perdas, a iminência de morte e os processos de luto. Neste sentido, faz-se importante a continuidade de estudos sobre estes temas para outras populações, métodos e técnicas, na busca de melhor qualidade do cuidado aos atores envolvidos neste cenário.




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[813]

A UTILIZAÇÃO DO BODY MAP COMO METODOLOGIA DE ENSINO-APRENDIZADEM NA EXPLORAÇÃO DO RECURSO CORPORAL

BÁRBARA KATIENE MAGNO GAIÃO; MIRELLA BRUNA FÉLIX DE FREITAS; FLÁVIA PEREIRA DA SILVA

UFPE, RECIFE, PE, BRASIL.

Palavras-chave: body-map; ensino-aprendizagem; terapia ocupacional

Resumo: O body map é definido como uma imagem do corpo humano em tamanho real, que utiliza de efeitos visuais e do discurso, com propósito de incitar reflexões sociais, políticas, e até mesmo do processo econômico. Para a utilização do mesmo é indispensável, por parte dos facilitadores, a compreensão do seu processo de aplicabilidade, que compreende o testemunho do sujeito, narrado em primeira pessoa, a construção do mapa corporal em tamanho real e a criação das chaves, que descrevem cada elemento encontrado no mapa, além de ser necessário o conhecimento dos materiais adequados para a realização do procedimento. Esse método proporciona a exploração de diversos objetivos, desde terapêuticos a ferramenta de pesquisa, e desta forma seu potencial de uso pode-se relacionar aos objetivos que a Terapia Ocupacional almeja, permitindo compreender os contextos em que o sujeito se insere e as representações do “eu” expostas durante a atividade. O objetivo deste trabalho é apresentar o body map como metodologia de ensino-aprendizagem utilizado em uma disciplina do perfil curricular do curso de Terapia Ocupacional. Trata-se de um relato de experiência que evidencia a utilização do body map com estudantes do curso de Terapia Ocupacional na disciplina de Análise de Atividades e Recursos Terapêuticos 2, do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Pernambuco. Considerando a proposta da disciplina de discutir a utilização dos recursos corporais, na perspectiva do Desempenho Ocupacional, pode-se ressaltar a importância da articulação deste método com a mesma. O body map foi utilizado durante a disciplina para que os estudantes, através da experimentação do recurso, compreendessem a diversidade dos objetivos propostos. O mesmo permitiu a comunicação de ideias, experiências, significados e sentimentos. Favoreceu a expressão singular de cada indivíduo, estimulando também o estreitamento das relações de grupo, e assimilação desse recurso terapêutico para o acervo da Terapia Ocupacional. Desta forma, o estudo e aplicação do recurso suscitou o desejo de inseri-lo, de forma mais consistente e contínua, ao programa da disciplina e o desenvolvimento de projetos de pesquisas e intervenção, utilizando o mesmo como ferramenta de pesquisa e recurso terapêutico atrelados à Terapia Ocupacional.




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[813]

A UTILIZAÇÃO DO BODY MAP COMO METODOLOGIA DE ENSINO-APRENDIZADEM NA EXPLORAÇÃO DO RECURSO CORPORAL

BÁRBARA KATIENE MAGNO GAIÃO; MIRELLA BRUNA FÉLIX DE FREITAS; FLÁVIA PEREIRA DA SILVA

UFPE, RECIFE, PE, BRASIL.

Palavras-chave: body-map; ensino-aprendizagem; terapia ocupacional

Resumo: O body map é definido como uma imagem do corpo humano em tamanho real, que utiliza de efeitos visuais e do discurso, com propósito de incitar reflexões sociais, políticas, e até mesmo do processo econômico. Para a utilização do mesmo é indispensável, por parte dos facilitadores, a compreensão do seu processo de aplicabilidade, que compreende o testemunho do sujeito, narrado em primeira pessoa, a construção do mapa corporal em tamanho real e a criação das chaves, que descrevem cada elemento encontrado no mapa, além de ser necessário o conhecimento dos materiais adequados para a realização do procedimento. Esse método proporciona a exploração de diversos objetivos, desde terapêuticos a ferramenta de pesquisa, e desta forma seu potencial de uso pode-se relacionar aos objetivos que a Terapia Ocupacional almeja, permitindo compreender os contextos em que o sujeito se insere e as representações do “eu” expostas durante a atividade. O objetivo deste trabalho é apresentar o body map como metodologia de ensino-aprendizagem utilizado em uma disciplina do perfil curricular do curso de Terapia Ocupacional. Trata-se de um relato de experiência que evidencia a utilização do body map com estudantes do curso de Terapia Ocupacional na disciplina de Análise de Atividades e Recursos Terapêuticos 2, do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Pernambuco. Considerando a proposta da disciplina de discutir a utilização dos recursos corporais, na perspectiva do Desempenho Ocupacional, pode-se ressaltar a importância da articulação deste método com a mesma. O body map foi utilizado durante a disciplina para que os estudantes, através da experimentação do recurso, compreendessem a diversidade dos objetivos propostos. O mesmo permitiu a comunicação de ideias, experiências, significados e sentimentos. Favoreceu a expressão singular de cada indivíduo, estimulando também o estreitamento das relações de grupo, e assimilação desse recurso terapêutico para o acervo da Terapia Ocupacional. Desta forma, o estudo e aplicação do recurso suscitou o desejo de inseri-lo, de forma mais consistente e contínua, ao programa da disciplina e o desenvolvimento de projetos de pesquisas e intervenção, utilizando o mesmo como ferramenta de pesquisa e recurso terapêutico atrelados à Terapia Ocupacional.





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[816]

A UTILIZAÇÃO DA ABORDAGEM DE INTEGRAÇÃO SENSORIAL NA INTERFACE DA SÍNDROME DE JOUBERT

HELINE MYRANI DA SILVA OLIVEIRA; JÂNIO CARLOS DA SILVA; NAYARA DA SILVA BATISTA; JULIANA DE FÁTIMA DA SILVA; JAQUELINE SANTOS; JOSÉ GUTEMBERGUE DE VASCONCELOS BEZERRA

UNCISAL, MACEIO, AL, BRASIL.

Palavras-chave: síndrome de joubert; terapêutica; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: A Síndrome de Joubert é uma desordem genética rara que afeta o cerebelo, uma área do cérebro que controla o equilíbrio e a coordenação. As características mais comuns incluem ataxia, e os movimentos anormais dos olhos, língua e hipotonia. O tratamento para a síndrome de Joubert é sintomático e de suporte, assim a Terapia Ocupacional tem um papel significativo no tratamento com o uso da abordagem de Integração Sensorial (IS), que a partir de estímulos sensoriais controlados busca-se uma melhor resposta adaptativa. O quadro clínico apresentado nesse relato é de com L.R., cuja a idade é de 19 anos, e com o diagnóstico de Síndrome de Joubert. Com a avaliação, observamos alterações, e assim o plano de intervenção foi proposto com bases teóricas da abordagem da IS. Objetivos: Demonstrar a intervenção da Terapia ocupacional com uso da abordagem de integração sensorial junto ao paciente com diagnóstico de síndrome de Joubert. Metodologia: Foi descrito o relato das práticas do estágio de Disfunções Físicas do adulto, que foram realizadas durante 5 meses pelos estagiários do 5º de Terapia Ocupacional, sendo desenvolvidas na Unidade de Terapia Ocupacional da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, o estágio foi acompanhado pelo docente José Gutembergue de Vasconcelos Bezerra. Resultados: De acordo com o que foi observado na avaliação, percebemos o quanto se fazia necessário trabalhar o processamento sensorial, visto que o mesmo apresentava alteração no equilíbrio e na coordenação visuomotora, em decorrência da dificuldade para regular o estímulo sensorial, com isso foram elaboradas atividades a fim de favorecer a entrada de estímulos visuais, proprioceptivos e vestibulares. Alguns recursos importantes foram utilizados, como: almofadão, plataforma móvel, labirinto, tapete com texturas, bola suíça e iluminação baixa. Discussão: Diante dos resultados demonstrados e analisados foi possível perceber que depois de uma série contínua de atendimentos, houve evolução significativa, na organização do mesmo em atividades que exigissem o equilíbrio dinâmico. Considerações Finais: Tendo em vista a atenção da Terapia Ocupacional ao paciente com um quadro de sintomatologias acarretado pela Síndrome de Joubert, percebemos o quão é necessário o uso da Terapia de IS, esta se desenvolve por meio da neuroplasticidade, portanto, a abordagem utilizada despertou de forma positiva a orientação, nível de excitação e atenção o que, por sua vez, refletiu em um melhor desenvolvimento nas atividades, contribuindo assim para uma organização das respostas adaptativas.




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[816]

A UTILIZAÇÃO DA ABORDAGEM DE INTEGRAÇÃO SENSORIAL NA INTERFACE DA SÍNDROME DE JOUBERT

HELINE MYRANI DA SILVA OLIVEIRA; JÂNIO CARLOS DA SILVA; NAYARA DA SILVA BATISTA; JULIANA DE FÁTIMA DA SILVA; JAQUELINE SANTOS; JOSÉ GUTEMBERGUE DE VASCONCELOS BEZERRA

UNCISAL, MACEIO, AL, BRASIL.

Palavras-chave: síndrome de joubert; terapêutica; terapia ocupacional

Resumo: Introdução: A Síndrome de Joubert é uma desordem genética rara que afeta o cerebelo, uma área do cérebro que controla o equilíbrio e a coordenação. As características mais comuns incluem ataxia, e os movimentos anormais dos olhos, língua e hipotonia. O tratamento para a síndrome de Joubert é sintomático e de suporte, assim a Terapia Ocupacional tem um papel significativo no tratamento com o uso da abordagem de Integração Sensorial (IS), que a partir de estímulos sensoriais controlados busca-se uma melhor resposta adaptativa. O quadro clínico apresentado nesse relato é de com L.R., cuja a idade é de 19 anos, e com o diagnóstico de Síndrome de Joubert. Com a avaliação, observamos alterações, e assim o plano de intervenção foi proposto com bases teóricas da abordagem da IS. Objetivos: Demonstrar a intervenção da Terapia ocupacional com uso da abordagem de integração sensorial junto ao paciente com diagnóstico de síndrome de Joubert. Metodologia: Foi descrito o relato das práticas do estágio de Disfunções Físicas do adulto, que foram realizadas durante 5 meses pelos estagiários do 5º de Terapia Ocupacional, sendo desenvolvidas na Unidade de Terapia Ocupacional da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, o estágio foi acompanhado pelo docente José Gutembergue de Vasconcelos Bezerra. Resultados: De acordo com o que foi observado na avaliação, percebemos o quanto se fazia necessário trabalhar o processamento sensorial, visto que o mesmo apresentava alteração no equilíbrio e na coordenação visuomotora, em decorrência da dificuldade para regular o estímulo sensorial, com isso foram elaboradas atividades a fim de favorecer a entrada de estímulos visuais, proprioceptivos e vestibulares. Alguns recursos importantes foram utilizados, como: almofadão, plataforma móvel, labirinto, tapete com texturas, bola suíça e iluminação baixa. Discussão: Diante dos resultados demonstrados e analisados foi possível perceber que depois de uma série contínua de atendimentos, houve evolução significativa, na organização do mesmo em atividades que exigissem o equilíbrio dinâmico. Considerações Finais: Tendo em vista a atenção da Terapia Ocupacional ao paciente com um quadro de sintomatologias acarretado pela Síndrome de Joubert, percebemos o quão é necessário o uso da Terapia de IS, esta se desenvolve por meio da neuroplasticidade, portanto, a abordagem utilizada despertou de forma positiva a orientação, nível de excitação e atenção o que, por sua vez, refletiu em um melhor desenvolvimento nas atividades, contribuindo assim para uma organização das respostas adaptativas.





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[818]

ÓRTESE DE MEMBRO SUPERIOR DIFERENCIADA PARA PACIENTE HOSPITALIZADO PÓS ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

MARCOS VINICIUS CUNHA CAVALCANTE1 ; ELISA DO SOCORRO SILVA DE MATOS2

1.INSS, BELEM, PA, BRASIL; 2.ESAMAZ, BELÉM, PA, BRASIL.

Palavras-chave: órteses; teraia ocupacional; acidente vascular encefálico

Resumo: Introdução: Órteses são dispositivos auxiliares para ajudar a corrigir deformidades ou más formações de forma eficaz trazendo para o indivíduo a possibilidade de utilizar o membro com maior facilidade, durante a execução de atividades do cotidiano. Em pessoas com sequelas de Acidente Vascular Encefálico nos Membros Superiores, as órteses podem favorecer além da prevenção de deformidades, também a adequada postura anatômica e facilitação de utilização do membro afetado. No caso acompanhado, foram realizados atendimentos a um paciente com sequelas de AVC no hemicorpo esquerdo e o processo de verificação da necessidade do uso de órtese nos dedos da mão que se apresentavam em padrão semi-flexor, diminuindo a funcionalidade do membro e a habilidade de manipular, posicionar e usar objetos na execução de suas atividades de vida diária. Objetivo: Pretende-se relatar a vivência de experiência acadêmica, durante o desenvolvimento de estágio supervisionado de Terapia Ocupacional no contexto hospitalar, relacionados aos atendimentos, avaliação, prescrição, confecção e treino de órtese diferenciada para membro superior. Metodologia: A experiência acadêmica foi desenvolvida em uma enfermaria de clínica médica masculina, da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, durante o período de abril a junho de 2013, durante o desenvolvimento de estágio supervisionado em Terapia Ocupacional. Discorre-se sobre os atendimentos, sendo as supervisões dos atendimentos foram efetivadas pelo preceptor do estágio e terapeuta ocupacional e uma estagiária do último ano do curso de graduação em Terapia Ocupacional da Escola Superior da Amazônia – ESAMAZ (Belém-PA). Resultados: A partir dos atendimentos foi possível avaliação, análise e confecção do tipo de órtese diferenciada , visto que o paciente apresentava como diagnóstico secundário Insuficiência Renal Crônica, com uso de cateter e punção, inseridos no membro lesado, impossibilitando o uso de órtese de repouso convencional. Além disso, a órtese diferenciada, além de facilitar a independência das atividades diárias durante a hospitalização, também favoreceu e estimulou o paciente a executar atividades de lazer como tocar violão, diminuindo os desconfortos ocasionados pelo processo de hospitalização. Considerações Finais: Este processo de ensino e aprendizagem possibilitou uma reflexão relevante sobre a experiência para a atuação com este tipo de paciente, além do desenvolvimento de habilidades, de olhar clínico, maior segurança para atuação nessa área e estímulo para o estudo teórico, tão necessário para fundamentar a prática do estágio.




- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[818]

ÓRTESE DE MEMBRO SUPERIOR DIFERENCIADA PARA PACIENTE HOSPITALIZADO PÓS ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

MARCOS VINICIUS CUNHA CAVALCANTE1 ; ELISA DO SOCORRO SILVA DE MATOS2

1.INSS, BELEM, PA, BRASIL; 2.ESAMAZ, BELÉM, PA, BRASIL.

Palavras-chave: órteses; teraia ocupacional; acidente vascular encefálico

Resumo: Introdução: Órteses são dispositivos auxiliares para ajudar a corrigir deformidades ou más formações de forma eficaz trazendo para o indivíduo a possibilidade de utilizar o membro com maior facilidade, durante a execução de atividades do cotidiano. Em pessoas com sequelas de Acidente Vascular Encefálico nos Membros Superiores, as órteses podem favorecer além da prevenção de deformidades, também a adequada postura anatômica e facilitação de utilização do membro afetado. No caso acompanhado, foram realizados atendimentos a um paciente com sequelas de AVC no hemicorpo esquerdo e o processo de verificação da necessidade do uso de órtese nos dedos da mão que se apresentavam em padrão semi-flexor, diminuindo a funcionalidade do membro e a habilidade de manipular, posicionar e usar objetos na execução de suas atividades de vida diária. Objetivo: Pretende-se relatar a vivência de experiência acadêmica, durante o desenvolvimento de estágio supervisionado de Terapia Ocupacional no contexto hospitalar, relacionados aos atendimentos, avaliação, prescrição, confecção e treino de órtese diferenciada para membro superior. Metodologia: A experiência acadêmica foi desenvolvida em uma enfermaria de clínica médica masculina, da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, durante o período de abril a junho de 2013, durante o desenvolvimento de estágio supervisionado em Terapia Ocupacional. Discorre-se sobre os atendimentos, sendo as supervisões dos atendimentos foram efetivadas pelo preceptor do estágio e terapeuta ocupacional e uma estagiária do último ano do curso de graduação em Terapia Ocupacional da Escola Superior da Amazônia – ESAMAZ (Belém-PA). Resultados: A partir dos atendimentos foi possível avaliação, análise e confecção do tipo de órtese diferenciada , visto que o paciente apresentava como diagnóstico secundário Insuficiência Renal Crônica, com uso de cateter e punção, inseridos no membro lesado, impossibilitando o uso de órtese de repouso convencional. Além disso, a órtese diferenciada, além de facilitar a independência das atividades diárias durante a hospitalização, também favoreceu e estimulou o paciente a executar atividades de lazer como tocar violão, diminuindo os desconfortos ocasionados pelo processo de hospitalização. Considerações Finais: Este processo de ensino e aprendizagem possibilitou uma reflexão relevante sobre a experiência para a atuação com este tipo de paciente, além do desenvolvimento de habilidades, de olhar clínico, maior segurança para atuação nessa área e estímulo para o estudo teórico, tão necessário para fundamentar a prática do estágio.





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[836]

“TERRITORIALIZAÇÃO E DESTERRITORIALIZAÇÃO: SAÚDE MENTAL, ATENÇÃO PRIMÁRIA E TERAPIA OCUPACIONAL” – O TERRITÓRIO ENQUANTO CAMPO DE ATUAÇÃO

ALEXANDRE CARDOSO DA CUNHA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO, VITÓRIA, ES, BRASIL.

Palavras-chave: atenção básica; terapia ocupacional; saúde mental

Resumo: A política de saúde mental, no mundo e no Brasil, têm priorizado o cuidado territorial e práticas não manicomiais. As conferências Nacionais de Saúde Mental realizadas no Brasil, afirmam e ampliam as perspectivas de possibilidades e ações a serem desenvolvidas no âmbito da atenção básica. Nesta perspectiva, grupos de atividades e a prática de acompanhamento terapêutico (AT) são possibilidades de atuação do terapeuta ocupacional que estão em consonância com as proposições em vigor e também são dispositivos que terapeutas ocupacionais podem se utilizar na prática profissional. Com base nestas premissas em maio de 2011 iniciou-se um projeto de extensão pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), no bairro Santa Marta em Vitória – ES que visa o desenvolvimento de grupos de terapia ocupacional e ações de acompanhamento terapêutico com munícipes que passaram pela experiência da loucura. Este trabalho objetiva explicitar o funcionamento e os caminhos percorridos para sair dos muros institucionais e as ações que são desenvolvidas fora da Unidade de Saúde da Família. Os grupos de Terapia Ocupacional ocorrem semanalmente, com participação de 4 alunos do Curso de Graduação em Terapia Ocupacional da UFES na USF local e as saídas de acompanhamento terapêutico também ocorrem semanalmente, combinados com o munícipe. Já foram realizadas mais de 70 sessões de grupos de terapia ocupacional e mais de 50 saídas de acompanhamentos terapêuticos. O projeto já atinge cerca de 20 munícipes diretamente, além de seus familiares e vizinhos. Percorrer o território junto com as ACS foi a estratégia adotada inicialmente. A necessidade de institucionalizar as saídas e os acompanhamentos ocorreram com frequência, porém foram vencidos com o tempo e busca de menor dependência em relação aos profissionais da US. O entendimento de parceria cresceu e solidificou-se. Com o tempo o bairro foi ficando pequeno para as ações desenvolvidas e as que necessitam serem desenvolvidas. Acompanhamentos à outros serviços de saúde, à comércios à visita à familiares começaram a ocorrer. Por fim, entendemos que o no projeto tem sido vivenciado que não há um caminho único para se conseguir vencer os muros institucionais, mas romper com eles é um caminho árduo e inevitável para conseguir efetivar o trabalho de saúde mental na atenção básica. Para os alunos que participam do projeto de extensão têm sido uma oportunidade de confrontar todo o arcabouço teórico que tiveram contato com a realidade local.






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[842]

ANÁLISE CRÍTICA DOS RESULTADOS DE PESQUISA

PAOLA DANIELA MÉNDEZ MONTEGHIRFO; BÁRBARA ANDREA SUAZO PAREDES

UNIVERSIDAD DE CHILE, SANTIAGO, CHILE.

Palavras-chave: formação; inovação curricular; transformação social

Resumo: Em 2006, começa na Faculdade de Medicina da Universidade de Chile processo de inovação curricular, que inclui a Escola de Terapia Ocupacional. No auge do movimento estudantil de 2011, professores e alunos refletem sobre o significado da formação atual. A partir daí, observou algumas inconsistências entre o projeto Tuning América Latina e que exigia o Movimento Social pela Educação. Aparece a necessidade de incorporar a visão dos usuários e Terapia Ocupacional (TO) como uma pedra angular na construção da nova formação. O resultado disso é formado um comitê para consultar com os usuários. Este trabalho corresponde a uma pesquisa qualitativa interpretativa realizada pelo grupo de alunos e um professor e tem como objetivo propor uma reflexão crítica sobre os resultados do processo. Os sujeitos do estudo são consideradas um todo e não variáveis, construídos de acordo com o contexto sócio-histórico em que se desenvolvem e experienciam Terapia Ocupacional. Apresentamos os resultados de investigação relacionados com o trabalho do terapeuta ocupacional a partir da perspectiva dos sujeitos. As técnicas utilizadas são entrevistas, notas de campo e revisão de literatura. Na formação profissional devemos questionar a perspectiva reducionista e funcionalista da lógica neoliberal hegemônica. Isto implica fornecer elementos para uma proposta para a construção de transformação social, reconhecendo os alunos, professores e usuários / as como sujeitos sociais, capazes de superar as práticas assistencialistas e clientelistas. É necessário rever conceitos-chave autores e disciplina como Goffman (institucionalização), Pollard e Kronenberg (apartheid natureza política ocupacional de situações da vida cotidiana), Montenegro (intervenção social e controle social), Foucault (biopolítica), Freire (educação popular), Montero (fortalecimento) Bourdieu (poder) e, a partir de uma perspectiva de direitos, Palma (participação social). A prática do terapeuta ocupacional estão localizados na interface entre a epistemologia de poder, normalização, inclusão social e da vida cotidiana, onde emerge e flui ocupação. As diferenças na intervenção podem responder entendimentos epistêmicos, mas o fenômeno em que o sujeito estabelece instituição e suas inter-relações é uma experiência transversal. Assim, a vida cotidiana e trabalho de Terapia Ocupacional exige uma permanente problematização e reflexividade. Os sujeitos podem ser transformadora da realidade ... o desafio atual passa por formação de graduação.





- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[842]

ANÁLISE CRÍTICA DOS RESULTADOS DE PESQUISA

PAOLA DANIELA MÉNDEZ MONTEGHIRFO; BÁRBARA ANDREA SUAZO PAREDES

UNIVERSIDAD DE CHILE, SANTIAGO, CHILE.

Palavras-chave: formação; inovação curricular; transformação social

Resumo: Em 2006, começa na Faculdade de Medicina da Universidade de Chile processo de inovação curricular, que inclui a Escola de Terapia Ocupacional. No auge do movimento estudantil de 2011, professores e alunos refletem sobre o significado da formação atual. A partir daí, observou algumas inconsistências entre o projeto Tuning América Latina e que exigia o Movimento Social pela Educação. Aparece a necessidade de incorporar a visão dos usuários e Terapia Ocupacional (TO) como uma pedra angular na construção da nova formação. O resultado disso é formado um comitê para consultar com os usuários. Este trabalho corresponde a uma pesquisa qualitativa interpretativa realizada pelo grupo de alunos e um professor e tem como objetivo propor uma reflexão crítica sobre os resultados do processo. Os sujeitos do estudo são consideradas um todo e não variáveis, construídos de acordo com o contexto sócio-histórico em que se desenvolvem e experienciam Terapia Ocupacional. Apresentamos os resultados de investigação relacionados com o trabalho do terapeuta ocupacional a partir da perspectiva dos sujeitos. As técnicas utilizadas são entrevistas, notas de campo e revisão de literatura. Na formação profissional devemos questionar a perspectiva reducionista e funcionalista da lógica neoliberal hegemônica. Isto implica fornecer elementos para uma proposta para a construção de transformação social, reconhecendo os alunos, professores e usuários / as como sujeitos sociais, capazes de superar as práticas assistencialistas e clientelistas. É necessário rever conceitos-chave autores e disciplina como Goffman (institucionalização), Pollard e Kronenberg (apartheid natureza política ocupacional de situações da vida cotidiana), Montenegro (intervenção social e controle social), Foucault (biopolítica), Freire (educação popular), Montero (fortalecimento) Bourdieu (poder) e, a partir de uma perspectiva de direitos, Palma (participação social). A prática do terapeuta ocupacional estão localizados na interface entre a epistemologia de poder, normalização, inclusão social e da vida cotidiana, onde emerge e flui ocupação. As diferenças na intervenção podem responder entendimentos epistêmicos, mas o fenômeno em que o sujeito estabelece instituição e suas inter-relações é uma experiência transversal. Assim, a vida cotidiana e trabalho de Terapia Ocupacional exige uma permanente problematização e reflexividade. Os sujeitos podem ser transformadora da realidade ... o desafio atual passa por formação de graduação.





- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[847]

A CULTURA SURDA NA FORMAÇÃO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL
MARILENE CALDERARO MUNGUBA; WILLER CYSNE PRADO E VASCONCELOS; CHRYSTIANE MARIA VERAS PORTO

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA, FORTALEZA, CE, BRASIL.

Palavras-chave: ensino-aprendizagem; diversidade cultural; terapia ocupacional

Resumo: A formação do profissional de Terapia Ocupacional constitui-se um processo interno ao ser que permanece em evolução e aperfeiçoamento contínuos mediante ações educativas. Interagir com a diversidade humana desvela a complexidade e as desigualdades nos contextos social e cultural. Assim, o contato com a cultura surda, oportunizado na disciplina Libras - Língua Brasileira de Sinais confere ao acadêmico o contato e a compreensão desta cultura e aponta possibilidades em direção a uma ação profissional voltada para a mediação da autonomia e participação social do sujeito surdo. O estudo objetivou descrever a percepção de egressos do curso de Terapia Ocupacional da Universidade de Fortaleza - Unifor acerca da repercussão do contato com a cultura surda, por meio da disciplina Libras, no seu desempenho acadêmico e profissional. Realizou-se estudo survey, descritivo, transversal, qualitativo, com 87 egressos do Curso de Terapia Ocupacional da Unifor, entre 2008.1 e 2012.1, que constituíram a amostra aleatória. Utilizou-se a ferramenta Messenger (MSN), mediante entrevista não estruturada, com a pergunta geradora: como você percebe a repercussão do estímulo ao contato com a cultura surda no seu desempenho acadêmico e profissional? Adotou-se Análise Temática, sendo definidos os núcleos temáticos: semestre em que iniciou o contato com a cultura surda e o aprendizado da Libras; conhecimento da cultura surda e de Libras mediando a comunicação com colegas e com clientes surdos; conhecimento da cultura surda e de Libras – um diferencial no mundo do trabalho. Alusivo ao primeiro núcleo, 24 egressos iniciaram contato com a cultura surda no primeiro semestre do curso, 26 no segundo, 24 no terceiro e 13 no quarto semestre. No que se refere ao segundo núcleo, todos afirmaram que o conhecimento de Libras e a sensibilização sobre a cultura surda mediaram a comunicação e convivência com colegas e clientes surdos em suas práticas pedagógicas e profissionais. E, quanto ao terceiro núcleo, todos identificaram o conhecimento da cultura surda como diferencial relevante devido ao paradigma da inclusão social e da assistência humanizada como direito a ser mediado. Ressaltaram a importância do Ciclo de Debates como técnica de ensinagem na mediação co contato com nativos da Libras e a compreensão da cultura surda. Evidenciou-se que na percepção de egressos do curso de Terapia Ocupacional da Unifor, o contato com a cultura surda e, sobretudo, com a Libras, se mostra uma ferramenta de mediação no desempenho acadêmico e no preparo do terapeuta ocupacional para o exercício profissional na inclusão social, assistência humanizada e mediação do exercício da cidadania de pessoas surdas.




- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[848]

CURRÍCULO INTEGRADO NA MEDIAÇÃO DA PESQUISA NOS SEMESTRES INICIAIS DA FORMAÇÃO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL

MARILENE CALDERARO MUNGUBA; ANA CLÉA VERAS CAMURÇA VIEIRA; CHRYSTIANE MARIA VERAS PORTO

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA, FORTALEZA, CE, BRASIL.
Palavras-chave: pesquisa; educação superior; terapia ocupacional

Resumo: A construção do objeto de estudo faz-se congregando a ideia da pesquisa e as inovações das práticas educativas no contexto do currículo integrado que está sendo implementado na graduação em Terapia Ocupacional da Universidade de Fortaleza - Unifor. A ideia da integração curricular está associada à melhoria do processo de ensinagem na compreensão da realidade e de conteúdos culturais contextualizados em atividades práticas e de pesquisa inseridas precocemente na matriz curricular. Objetivou-se analisar os saberes construídos, produzidos e mobilizados pela pesquisa nos semestres iniciais da graduação em Terapia Ocupacional. A investigação desenvolveu-se no período de fevereiro a julho de 2013, com oito alunas pesquisadoras, mediante pesquisa interpretativa, qualitativa, por observações realizadas nos ambientes de aprendizagem e no locus de pesquisa, rodas de conversa durante os encontros mensais de pesquisadores do projeto de pesquisa Escola promotora de saúde: um espaço de atuação do terapeuta ocupacional. Utilizou-se a Análise Temática e foram definidos os núcleos temáticos: impacto da descoberta, nas atividades de conhecimento do meio realizadas no primeiro ano, das condições de pessoas e grupos que vivem em situação de vulnerabilidade e desfiliação sociais; contato com alunos pesquisadores do curso, no primeiro ano da graduação; pesquisa na graduação como espaço de construção para competências e habilidades, como curiosidade peculiar ao pesquisador. Alusivo ao primeiro núcleo temático identificou-se que no primeiro ano os módulos integrados do Núcleo Comum e os específicos de Terapia Ocupacional, possibilitam a inserção do acadêmico nos cenários de prática levando à descoberta das condições de pessoas e grupos em situação de vulnerabilidade e desfiliação sociais, gerando desconforto e indignação no sentido de contribuir para a justiça social. Quanto ao segundo, ressaltaram que as rodas de conversa e conferências de acadêmicos pesquisadores sobre suas atividades e motivação, realizadas nos módulos Atividades e Ações Integradas I e II, no primeiro ano, mediaram o interesse em conhecer e fazer parte deste universo. Quanto ao terceiro, demonstraram o reconhecimento da pesquisa na graduação como espaço de construção para competências e habilidades, enfatizando a motivação para exercer a curiosidade de pesquisador. Identificou-se a relevância do currículo integrado na mediação da pesquisa nos semestres iniciais da formação do terapeuta ocupacional quanto ao conhecimento precoce de pessoas e grupos que vivem em situação de vulnerabilidade e desfiliação sociais e demandas de investigar a estruturação de estratégias que contribuam para mudança da realidade.





- FORMAÇÃO, GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TERAPIA OCUPACIONAL 


[854]

PROGRAMA DE APERFEIÇOAMENTO EM TERAPIA OCUPACIONAL NA ASSOCIAÇÃO DE ASSISTÊNCIA À CRIANÇA DEFICIENTE

RENATA TIZO MOMESSO; DANIELA CARRARO ANTONIASSI; LUCIANA ZERBINATO

AACD, SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Palavras-chave: terapia ocupacional; reabilitação física; neurologia

Resumo: Introdução: A Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) é uma Organização Não Governamental, fundada em 1950. Há mais de 60 anos oferece reabilitação às crianças e adultos com déficits neurológicos. A equipe de reabilitação é constituída por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, pedagogos, educadores físicos, musicoterapeutas e arteterapeutas, com gerenciamento clínico de médicos fisiatras. Em concordância com a Diretriz da Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência relacionada à capacitação de recursos humanos, observou-se a necessidade de qualificação dos profissionais que atuam nos serviços de reabilitação. Desta forma criou-se, na década de 80, o aperfeiçoamento em Terapia Ocupacional nesta instituição. Este programa apresenta interface multidisciplinar, sendo direcionado pelos setores de Terapia Ocupacional infantil e adulto, com duração de onze meses e carga horária média de duas mil horas. O processo de aperfeiçoamento ocorre através de aulas teóricas e práticas, supervisões, acompanhamento clínico e atendimentos das seguintes patologias: Paralisia Cerebral, Mielomeningocele, Malformação Congênita; Doenças Neuromusculares; Lesão Medular; Amputações e Lesões Encefálicas Adquiridas. Objetivo: Verificar a continuidade de atuação das terapeutas ocupacionais na área da reabilitação física após o aperfeiçoamento assim como registrar a contribuição deste na preparação para a atuação profissional. Metodologia: Estudo prospectivo para o levantamento da atuação profissional dos Terapeutas Ocupacionais que participaram do programa no período de Fevereiro de 2003 a Dezembro de 2012, através de questionário estruturado. Discussão: A AACD é uma instituição de referência internacional em serviços de reabilitação física para pessoas com sequelas neurológicas. Os setores de Terapia Ocupacional adulto e infantil apresentam-se aptos a gerenciar o aperfeiçoamento, qualificando os profissionais para a atuação na área e promovendo o conhecimento da sua especificidade dentro do trabalho em equipe multidisciplinar. Considerações Finais: O programa de aperfeiçoamento atrai terapeutas ocupacionais de vários estados do Brasil. Através desta capacitação, aprimora o atendimento às pessoas com deficiência por sequelas neurológicas em diversos serviços por todo país.




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